segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pequenas empresas aumentam vendas para a União em 44,5% no primeiro semestre

Micro e pequenas empresas de todo o país venderam mais de R$ 5,2 bilhões em bens e serviços para o governo federal, no primeiro semestre, o que representa expansão de 44,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza.
Foi o melhor faturamento das micro e pequenas empresas no período, desde que a SLTI iniciou esse tipo de estatística, em 2002. O levantamento abrange compras da administração direta, de autarquias e de fundações. Segundo ele, R$ 3,6 bilhões do faturamento, equivalentes a 55,5% do todo, foram negociados por meio da modalidade de pregão eletrônico.
Delfino acredita que os bons resultados do primeiro semestre devem se repetir também na segunda metade do ano, que, “normalmente, é um período mais intenso na aplicação do Orçamento”. Ele destacou que as compras por pregão eletrônico proporcionaram economia para os cofres públicos de R$ 2,1 bilhões, dos quais R$ 1,1 bilhão “deve-se à contribuição dos micro e pequenos negócios”.
De acordo com o secretário, o aumento da participação dos pequenos empreendedores nas compras do governo decorre, principalmente, da aplicação dos benefícios garantidos pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06), em vigor desde dezembro de 2006. Dentre esses benefícios, há a prioridade nas compras governamentais até o valor de R$ 80 mil.
A lei também estabelece preferência quando há empate com o preço de outra empresa de maior porte e a possibilidade de novo lance para a micro e pequena empresa que tiver estipulado preço até 5% acima da cotação da empresa concorrente, de maior porte. Quando ocorre o empate, a experiência tem demonstrado que as pequenas empresas ganham em torno de 99% das concorrências de preço.
Pelas estimativas do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), a tendência é que o faturamento dessas empresas cresça mais ainda, em decorrência, também, da busca de qualidade e eficiência do setor, além do crescimento natural da economia, segundo destacou o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, José Claudio dos Santos.
De acordo com Santos, “serão geradas, no Brasil, mais de 900 oportunidades de negócios para os próximos anos e não haverá espaço para aventureiros. Para crescer, é preciso ter qualidade”. O país tem hoje cerca de 6 milhões de micro e pequenas empresas.

Agência Brasil

Carga tributária ainda alta para pequena empresa

Foi importante a recente medida anunciada pela presidente Dilma Rousseff, atualizando os limites de faturamento para efeito de caracterização das pequenas e microempresas no Simples Nacional. A decisão evitará que numerosas dessas firmas continuem pagando impostos e enfrentando trâmites burocráticos como se fossem grandes. No entanto, o ajuste de R$ 36 mil para R$ 60 mil do teto da receita bruta anual do empregador individual, de R$ 240 mil para R$ 360 mil para a micro e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões para apequena empresa, elevação de 50%, significa basicamente a correção de uma defasagem de muitos anos.

Também é pertinente o parcelamento da dívida tributária, em até 60 parcelas, para os empreendedores que estão enquadrados no Simples Nacional,assim como a suspensão da exigência de declaração anual, que será consolidada pela própria Receita Federal a partir do movimento mensal. Espera-se, ainda, que termine com êxito a negociação do governo e dos parlamentares para que micro e pequenas empresas possam exportar, em valores equivalentes aos das suas vendas no mercado interno, sem serem excluídas do Simples.

Não há dúvida de que esse conjunto de medidas é benéfico e contribuirá para estimular número significativo de empresas. No entanto, um dos mais graves problemas enfrentados pela pequenas e micro continua afligindo esse segmento. Trata-se da pesada carga tributária brasileira, inimiga da competitividade da economia nacional.

 Há pequenas, médias e microempresas, dependendo de sua área de atuação, que chegam a empenhar até metade de seu faturamento somente para pagar impostos. Esta cruenta realidade é demonstrada em estudo da auditoria BDO RCS. A pesquisa constatou que 69,8%, num universo de 150 firmas entrevistadas, gastam pelo menos 20% de sua receita apenas com o recolhimento de tributos. Esse custo - pasmem - pode chegar a 27,9% do faturamento até mesmo para optantes pelo regime de tributação inerente ao Simples Nacional.

Imaginemos uma empresa que recolha 20% de tudo o que ganha em impostos. Dos restantes 80%, tem de bancar seu custeio (energia, telefone, internet, água, aluguel ou amortização de imóvel próprio), insumos e salários dos colaboradores. O que resta de lucro para o empreendedor? A resposta está na estatística: a mortalidade dessas organizações nos primeiros cinco aniversários continua muito elevada, em torno de 58%. Todo ano, cerca de 85 mil fecham as portas.

Por isso, é fundamental rever de modo mais profundo o regime tributário da pequena e da microempresa. Também são necessárias medidas como a desburocratização no acesso ao financiamento, diminuição das exigências de grandes compradores para fomento e garantias de crédito para compra de ativos que possam agregar inovação tecnológica a produtos e serviços e participação maior do segmento nas compras do setor público. Como se observa, não basta atualizar os tetos do Simples.

Juan Quirós


Em busca dos pequenos

Com um discurso emocionado – e totalmente afinado com o governo – a microempresária cearense Isabel Cândido contou, no Palácio do Planalto, diante do olhar embevecido das principais autoridades da República, como abriu um pequeno negócio na periferia de Fortaleza há alguns anos com apenas R$ 250 e hoje tem R$ 25 mil investidos no banco. Contrariando a tradição local, o autor do milagre não foi o Padre Cícero, mas o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), com um programa de microcrédito chamado CrediAmigo, criado em 1998. Inspirado em histórias como essa, o governo já está mobilizando os bancos federais para incrementar a concessão de crédito para os pequenos empreendedores. A presidente Dilma Rousseff lançou, na quarta-feira 24, o Crescer, novo programa de microcrédito produtivo orientado do governo. A meta é aumentar a carteira desses empréstimos de R$ 654 milhões este ano para R$ 1,7 bilhão em 2012 e R$ 3 bilhões em 2013, com a concessão de 3,4 milhões de financiamentos nesse período.

“Nosso objetivo é garantir a milhões de pequenos empreendedores, alguns ainda na informalidade, acesso a recursos para investimentos em condições mais adequadas”, disse Dilma no lançamento do programa, por enquanto ainda restrito ao Banco do Brasil, Caixa, BNB e Banco da Amazônia (Basa). “Queremos dar condições para que eles possam expandir seus negócios e gerar riqueza para o Brasil.” Pelas normas do Banco Central (BC), todos os bancos, públicos ou privados, são obrigados a destinar ao microcrédito 2% dos compulsórios sobre depósitos à vista. Quem não quiser emprestar pode deixar o dinheiro parado no BC ou ceder os recursos a uma instituição que queira utilizá-los, opções da maioria dos bancos privados. Pelos dados oficiais, dos R$ 3,15 bilhões disponíveis, um terço dorme nas gavetas do BC e só  R$ 973 milhões vão para o crédito produtivo. O restante financia o consumo.
Isso contraria o princípio do microcrédito, que é o de fomentar pequenos empreendedores por meio de empréstimos baratos e de baixo valor. A intenção do governo é de que todo o dinheiro reservado para o microcrédito passe a circular na economia em investimentos produtivos. Para isso, o novo programa vai oferecer juros mais camaradas que os praticados atualmente. No Crescer, os bancos terão de emprestar a 0,64% ao mês, mas vão receber 1,3% ao mês ou os 16,8% ao ano cobrados hoje pelo BNB, um dos dinheiros mais baratos do sistema bancário. A diferença será subsidiada pelo Tesouro. O governo planeja gastar R$ 50 milhões em 2011, R$ 310 milhões em 2012 e R$ 483 milhões em 2013, com a compensação das taxas de juros. O volume de recursos à disposição do microcrédito não muda. “Queremos gerar oportunidades de ascensão social, e temos certeza de que o microcrédito funciona como um forte fator de ascensão social”, disse Dilma.
 
O novo programa vai exigir que o cliente – pessoa física, microempresa ou empreendedor individual – informe o que vai fazer com o dinheiro. Os recursos podem ser usados para comprar insumos ou equipamentos, treinar mão de obra ou mesmo reforçar o capital de giro, até o limite de R$ 15 mil, dependendo de avaliação de crédito. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garante que a concessão do empréstimo será simples, apesar das exigências de comprovação. “O tomador não precisa apresentar garantias e não haverá burocracia”, disse Mantega. A expectativa do governo é de que a maior parte dos recursos será usada para capital de giro. Hoje, 92% das operações têm essa finalidade, enquanto apenas 7% são usados para investimentos. Em si, a ideia de conceder crédito em doses homeopáticas para estimular a economia não é nova. Iniciativas parecidas prosperam ao redor do mundo, com maior ou menor grau de intervenção estatal. A mais conhecida é o Grameen Bank, fundado em Bangladesh pelo economista Muhammad Yunus, em 1974. O problema é que esse modelo nunca funcionou direito no Brasil.
O CrediAmigo,  embora longe do sucesso do banco de Yunus, é o modelo mais bem-sucedido: localiza-se em uma região que ainda tem enormes desigualdades sociais e desenvolveu esquemas de crédito e de garantia solidária – um cliente garante o outro – bastante eficazes. Mesmo assim, esses mecanismos sempre esbarraram em entraves legais, em especial as exigências do BC, como a de que o interessado tenha uma conta bancária. Outro problema é que os bancos privados há muito tempo torcem o nariz para essa modalidade de empréstimos. O que lhes desagrada é que o esforço para conceder um microempréstimo é semelhante ao exigido para vender financiamentos muito mais rentáveis. “Microcrédito não dá dinheiro”, resume o diretor de um banco de varejo que não quer aparecer para não ser visto como um chato a estragar a festa no Planalto. O Banco do Brasil, que já destina toda a sua carteira de R$ 1 bilhão de microcrédito ao consumo, com taxa de 0,99% ao mês, vê a transição para o microcrédito produtivo como uma oportunidade para ampliar sua presença entre os clientes de renda mais baixa.
 
“Faz parte da nossa estratégia de inclusão bancária e de fidelização dos clientes que já conquistamos”, diz  Robson Rocha,  vice-presidente de gestão de pessoas e desenvolvimento sustentável. A meta do banco é chegar a 2013 com 1,1 milhão de clientes e R$ 1,4 bilhão emprestados. Ao contrário do que propalam os banqueiros do setor privado, os executivos do Banco do Brasil e da Caixa garantem que, mesmo com juros reduzidos, a operação é rentável. “É possível operar sem ter prejuízo”, diz o presidente da Caixa, Jorge Hereda. “Sabemos da importância social, mas olhamos para esse produto com olhar negocial”, afirma Rocha, do Banco do Brasil. Num primeiro momento, o Crescer foi desenhado apenas com a participação dos bancos públicos. Mas os bancos privados também terão que participar, destinando ao programa pelo menos uma parte dos recursos do microcrédito. A exigência começa em 10%, a partir de janeiro de 2011, e aumenta para 80%, em julho de 2013. “Já estamos conversando com os bancos privados e a expectativa é de que eles entrem também”, diz Gilson Bittencourt, secretário-adjunto do Ministério da Fazenda, responsável pela elaboração do programa.



Cláudia Gradilone

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pequenos empreendedores poderão contratar mais de uma operação de microcrédito ao mesmo tempo

Os pequenos empreendedores poderão contratar mais de uma operação de microcrédito ao mesmo tempo, desde que o valor total dos financiamentos não ultrapasse R$ 20 mil. A decisão foi tomada ontem (25) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Na reunião de hoje, o CMN regulamentou parte das medidas do Programa Crescer, novo programa de microcrédito para o setor produtivo, lançado ontem (24) pela presidenta Dilma Rousseff.
As instituições financeiras também poderão cobrar, no máximo, 3% de taxa de abertura do crédito (TAC) para o microcrédito destinado à produção. Esse é o valor que o tomador do microcrédito paga no momento de contratar o empréstimo. O limite vale apenas para as linhas que não fazem parte do Programa Crescer. Nos financiamentos do programa, o teto da TAC será 1%.
Para o microcrédito às pessoas físicas, destinado fundamentalmente ao consumo, a TAC é limitada a 2% do valor da operação. Anteriormente, o teto era de 2% para o microcrédito a pessoas físicas, 3% para o microcrédito produtivo orientado e 4% para o microcrédito produtivo geral.
O CMN também obrigou os bancos com mais de 10 mil clientes com financiamentos do Programa Crescer a adotar controles internos. As instituições deverão verificar se as operações estão adequadas às regras. A cada ano, os bancos terão de promover auditorias internas para revisar os financiamentos concedidos.
Para estimular os bancos privados a também oferecer empréstimos com juros baixos, o Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou que as instituições financeiras passem a destinar ao Programa Crescer parte dos 2% dos depósitos à vista que são obrigadas a repassar para as linhas de microcrédito em geral. A medida já havia sido anunciada ontem.
De acordo com o governo, esse percentual será atingido de forma escalonada: 10% a partir de 1º de janeiro de 2012; 40% em 1º de julho de 2012; 60% em 1º de janeiro de 2013; e 80% em 1º de julho de 2013. Se os bancos descumprirem a destinação, o dinheiro será recolhido pelo Banco Central como compulsório sem remuneração.
A chefe adjunta do Departamento de Normas do Banco Central, Sílvia Marques, disse que atualmente, dos R$ 3,15 bilhões que deveriam ser destinados ao microcrédito, pouco mais de R$ 1 bilhão estão retidos no Banco Central. “A intenção do CMN é estimular o microcrédito produtivo orientado, mas não temos como garantir a aplicação de 100% por meio de uma medida regulatória.”

Jornal Contábil

TST regulamenta certidão negativa de débitos

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) regulamentou a criação do "Banco Nacional de Devedores Trabalhistas", que reunirá dados de empresas e pessoas físicas com débitos na Justiça do Trabalho. A medida está prevista em uma resolução administrativa da Corte - ainda sem número - que trata da emissão da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT).
Com a consolidação das informações sobre os inadimplentes em um único sistema, os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) terão condições de emitir a CNDT às empresas que não possuem dívidas.
A Lei nº 12.440, publicada em 8 de julho, tornou obrigatória a apresentação do documento para a participação em licitações públicas, a partir de 4 de janeiro. A CNDT será expedida gratuitamente, via internet, pela Justiça do Trabalho e terá prazo de validade de 180 dias, contados a partir da data de sua emissão.
De acordo com a resolução, os TRTs deverão atualizar o banco de dados diariamente com o CPF ou CNJP e o nome ou razão social do devedor, além do número do processo e se foi feito depósito ou penhora que garanta o pagamento do débito.
Segundo o TST, serão incluídos na lista de devedores aqueles que não efetuarem o pagamento referente a ações judiciais com o trânsito em julgado, em acordos judiciais trabalhistas ou firmados com o Ministério Público do Trabalho ou com a Comissão de Conciliação Prévia.
Embora a resolução não fixe prazo para a inscrição no banco de inadimplentes, alguns advogados consideram que ficará estabelecido o período de 48 horas concedido para executar as dívidas. O prazo está previsto no artigo 880 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A advogada trabalhista Aline Paiva, do escritório Barbosa, Müsnich e Aragão, considera que o tempo previsto pode trazer problemas às empresas que, por questões burocráticas, não conseguirem comprovar a execução, garantir o depósito ou nomear bens à penhora em até dois dias. "Há a preocupação de que isso deságue em centenas de certidões", diz.
Para Domingos Antonio Fortunato, do Demarest & Almeida Advogados, há apreensão em relação à velocidade de atualização dos dados e ao intercâmbio de informações entre os tribunais. "Informações erradas no sistema e a falta de comunicação entre as Cortes poderão prejudicar empresas em processo de licitação", diz Fortunato, acrescentando que o projeto é bem-visto pelos bons pagadores.
Para o TST, a exigência da Certidão Negativa de Débito Trabalhista poderá acelerar a execução de sentenças judiciais das quais não cabem mais recursos. Atualmente, cerca de 2,5 milhões de trabalhadores aguardam o pagamento de indenizações reconhecidas em decisões judiciais.


Bárbara Pombo  

STF desobriga empresários de pagar depósito em recurso contra Ministério do Trabalho

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu, em votação unânime, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) n.º 156, ajuizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), contra a obrigação de o empregador realizar depósito para recorrer, no âmbito administrativo, de eventual penalidade imposta pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.
O STF decidiu favoravelmente à ação da CNC, que deu entrada em 5 de dezembro de 2008, contrária ao parágrafo 1º do artigo 636 da Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei nº 5452 de 1º de maio de 1943), com a redação dada pelo Decreto-Lei nº 229, de 28 de fevereiro de 1967, que exigia o depósito prévio como condição para interpor recurso administrativo. “O resultado prático dessa decisão é que o empresariado em geral está, a partir de agora, desobrigado dessa exigência”, explicou o chefe da Divisão Sindical da Confederação, Dolimar Pimentel.
No julgamento, o Plenário confirmou jurisprudência vigente na Suprema Corte desde 2007. Os ministros endossaram o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia Rocha, que aplicou a Súmula Vinculante 21, aprovada pelo Plenário do STF em 29 de outubro de 2009. Segundo essa Súmula, “é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”.


Confederação Nacional do Comércio

6 coisas que podem ser hackeadas e que você não sabia

Foi no final dos anos 50 que os hackers surgiram. Desde então, vêm encontrando brechas e promovendo estragos em computadores. Mocinhos ou vilões, eles podem denunciar os problemas de segurança de um sistema, ou invadi-los e promover o caos.
Computadores e redes foram seu único campo de trabalho por um longo tempo.  Mas com a tecnologia fazendo cada vez mais parte de nossas vidas, os hackers expandiram sua atuação para além das fronteiras dos sistemas operacionais. Confira a lista das 6 coisas que podem ser hackeadas e provavelmente você nem fazia ideia.

1. Sorria, seu bebê está sendo observado

Já imaginou seu filho de colo sendo assistido por hackers? Se essa ideia lhe causa calafrios, é bom ficar atento na hora de comprar uma babá eletrônica. O produto pode ser um alvo fácil para hackers, devido às brechas na segurança do aparelho. Apesar dos aprimoramentos tecnológicos, as fabricantes não têm se preocupado em fazer produtos seguros.
Uma babá eletrônica com monitor de TV, por exemplo, pode ter seus canais sem fio sintonizados fora de casa, por qualquer pessoa que tenha um aparelho semelhante ou mesmo um receptor sem fio.
A vulnerabilidade é tão grande que uma família americana processou uma fabricante de sistemas de monitores para bebês. Depois de usar o sistema por meses, o vizinho (que tinha comprado recentemente um aparelho semelhante) alertou-os que a câmera do monitor estava transmitindo um sinal forte o suficiente para ser sintonizado na sua casa. Além disso, o microfone instalado no quarto da criança era tão sensível que o vizinho era capaz de ouvir conversas inteiras acontecendo fora do quarto dela.
As versões mais recentes de monitores de bebês apresentam o “salto de frequência”, uma tecnologia que muda de canal aleatoriamente para garantir privacidade. Mas os modelos mais velhos e menos seguros ainda podem ser encontrados nas prateleiras das lojas.

2. Segredos da Coca

Nem as inocentes máquinas de bebidas doces estão imunes aos hackers. Vários vídeos disponíveis na internet mostram pessoas que conseguiram acessar as máquinas da Coca-Cola. Fabricadas no final dos anos 90, elas podem ser invadidas com um código simples.
O hacker pode obter dados comerciais da máquina, como quantidade de vendas dos produtos e o valor arrecadado. Alguns afirmam serem capazes de alterar preços e até pegar uma bebida de graça, mas isso não aparece em nenhum dos vídeos que circulam pela web.

3. Perdendo o controle 

Quem tem carro sabe que abrir uma garagem com um controle é extremamente confortável, principalmente em dias chuvosos. Mas essa conveniência pode custar caro: os hackers podem mudar um controle facilmente e em poucos minutos o dispositivo estará aceitando uma porta USB.
Depois de hackear o controle, basta apenas chegar perto de uma garagem com um notebook rodando um software específico. Em poucos segundos a garagem estará aberta, livre para qualquer pessoa entrar.
Os softwares para modificar o funcionamento de um controle estão disponíveis na internet e uma série de tutoriais que ensinam como hackear podem ser encontrados online. Felizmente, esta vulnerabilidade é um problema apenas para sistemas mais antigos, já que os controles mais recentes usam um código rotativo que muda cada vez que é usado.

4. Ladrões high-tech

Especialistas em segurança de carros têm uma nova dor de cabeça com a qual se preocupar: os ladrões hackers. Eles podem desbloquear um carro e até dar a partida com apenas o envio de uma ou duas mensagens de celular. Muitos sistemas automotivos, como o OnStar utilizam  o mesmo tipo de tecnologia de um aparelho móvel.
Sendo assim, os novos veículos estão sujeitos à mesma vulnerabilidade do celular. Os hackers também podem promover um estrago na infraestrutura do trânsito, como em redes de energia e sistemas de tráfego.
Mas nem tudo está perdido. Com apenas algumas mudanças, os fabricantes de automóveis podem fechar as portas para os hackers – apesar de não ser muito barato. Apenas os veículos com sistemas modernos estão vulneráveis. Considere os riscos ao comprar um veículo com conectividade avançada e saiba que você pode optar por desativar a parafernália tecnológica.

5. Hackers de humanos

Implantes médicos de alta tecnologia como bombas de insulina e marca-passos podem salvar vidas. Mas os hackers podem usar seus recursos para um fim (bem) menos útil. Pesquisadores demonstraram que determinados marca-passos que usam um sinal sem fio para ajustes são bastante vulneráveis. Basta apenas usar um software para fazer a reprogramação.
Os médicos utilizam esses dispositivos de programação sem fio para fazer ajustes sutis no coração dos pacientes, sem a necessidade de cirurgias adicionais. Infelizmente, o sinal que é utilizado não é criptografado, o que significa que qualquer pessoa pode acessar o dispositivo. Aqui, o sentido de ser hacker ganha outra dimensão, muito mais perversa, já que ele conseguiria manipular o coração de um paciente, causando a parada cardíaca dele e até mesmo a morte.
Bombas de insulina aparentemente são ainda mais suscetíveis a interferências externas. Usando antenas de rádio, hackers podem roubar o sinal sem fio de uma bomba e causar uma explosão de insulina em um paciente, com resultados potencialmente mortais.

6. Zumbilândia

De todas as mídias de armazenamento que você utiliza para guardar as informações mais importantes o seu cérebro é de longe a mais complexa. Por causa da imensa quantidade de dados que o cérebro humano pode armazenar, os cientistas vêm tentando quebrar os nossos “discos rígidos internos” já faz algum tempo.
A parte assustadora disso? Eles estão realmente chegando perto. Ao construir modelos complexos de outros cérebros do reino animal (como os de ratos, gatos e macacos), os pesquisadores começaram a traduzir os trilhões de impulsos de nossa cabeça em dados legíveis.
A Agência de Defesa de Projetos Avançados em Pesquisa dos Estados Unidos está financiando um programa de quase 5 milhões de dólares para a engenharia reversa de seres humanos, em um esforço para decifrar suas habilidades computacionais.
Alguns cientistas veem um futuro em que robôs microscópicos serão injetados na corrente sanguínea de uma pessoa para ir direto ao cérebro monitorar suas atividades. Claro que, com as vulnerabilidades apresentadas em marca-passos e bombas de insulina, não é difícil prever que hackers poderiam assumir o funcionamento dos microrrobôs. Melhor nem imaginar as consequências de estranhos no controle de nosso cérebro.

Roberto Hammerschmidt

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Carga tributária continua alta para pequena empresa

Foi importante a recente medida anunciada pela presidente Dilma Rousseff, atualizando os limites de faturamento para efeito de caracterização das pequenas e microempresas no Simples Nacional. A decisão evitará que numerosas dessas firmas continuem pagando impostos e enfrentando trâmites burocráticos como se fossem grandes. No entanto, o ajuste de R$ 36 mil para R$ 60 mil do teto da receita bruta anual do empregador individual, de R$ 240 mil para R$ 360 mil para a micro e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões para apequena empresa, elevação de 50%, significa basicamente a correção de uma defasagem de muitos anos.

Também é pertinente o parcelamento da dívida tributária, em até 60 parcelas, para os empreendedores que estão enquadrados no Simples Nacional,assim como a suspensão da exigência de declaração anual, que será consolidada pela própria Receita Federal a partir do movimento mensal. Espera-se, ainda, que termine com êxito a negociação do governo e dos parlamentares para que micro e pequenas empresas possam exportar, em valores equivalentes aos das suas vendas no mercado interno, sem serem excluídas do Simples.

Não há dúvida de que esse conjunto de medidas é benéfico e contribuirá para estimular número significativo de empresas. No entanto, um dos mais graves problemas enfrentados pela pequenas e micro continua afligindo esse segmento. Trata-se da pesada carga tributária brasileira, inimiga da competitividade da economia nacional.

Há pequenas, médias e microempresas, dependendo de sua área de atuação, que chegam a empenhar até metade de seu faturamento somente para pagar impostos. Esta cruenta realidade é demonstrada em estudo da auditoria BDO RCS. A pesquisa constatou que 69,8%, num universo de 150 firmas entrevistadas, gastam pelo menos 20% de sua receita apenas com orecolhimento de tributos. Esse custo – pasmem – pode chegar a 27,9% do faturamento até mesmo para optantes pelo regime de tributação inerente ao Simples Nacional.

Imaginemos uma empresa que recolha 20% de tudo o que ganha em impostos. Dos restantes 80%, tem de bancar seu custeio (energia, telefone, internet, água, aluguel ou amortização de imóvel próprio), insumos e salários dos colaboradores. O que resta de lucro para o empreendedor? A resposta está na estatística: a mortalidade dessas organizações nos primeiros cinco aniversários continua muito elevada, em torno de 58%. Todo ano, cerca de 85 mil fecham as portas.

Por isso, é fundamental rever de modo mais profundo o regime tributário da pequena e da microempresa. Também são necessárias medidas como a desburocratização no acesso ao financiamento, diminuição das exigências de grandes compradores para fomento e garantias de crédito para compra de ativos que possam agregar inovação tecnológica a produtos e serviços e participação maior do segmento nas compras do setor público. Como se observa, não basta atualizar os tetos do Simples.

Juan Quirós

Empresas devem investir em inovação para vencer

As perspectivas para o cenário macroeconômico brasileiro são positivas para os próximos cinco anos, mas as empresas têm uma importante lição de casa para fazer se quiserem participar ativamente desse jogo: investir em inovação.
Dados do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) apontam que, no Brasil, a iniciativa privada investe apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nessa área, enquanto na Coreia esse índice chega a 2,5% e, nos Estados Unidos, a 1,9%.
“Existe um gap importante que precisa ser contornado nos próximos anos”, alerta o presidente da IBM Brasil, Ricardo Pelegrini.
Ele participou ontem da abertura do IBM Fórum 2011, evento que reúne até hoje em São Paulo especialistas mundiais em tecnologia, clientes da multinacional e parceiros. 
Uma das alternativas para vencer o gargalo da falta de investimentos em inovação, comenta o executivo, passa pela ampliação das discussões sobre esse tema em todos os âmbitos.
Ele sugere ainda que os empresários procurem se inteirar das leis que existem hoje no Brasil e que podem facilitar os investimentos em inovação. É o caso da Lei do Bem e da Lei de Inovação, e de recursos que podem ser buscados através de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
“Nós mesmos fomos descobrindo novas possibilidades no momento em que resolvemos fazer no Brasil investimentos nessa área. As empresas precisam ir atrás”, defende. 
Por outro lado, o executivo diz que a parceria com o governo federal para estimular os projetos inovadores já está acontecendo, através de encontros capitaneados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com representantes do poder público. “Temos apresentado os nossos pleitos para áreas nas quais consideramos que existem medidas importantes a serem tomadas”, diz.
Um exemplo prático disso é a Sala de Inovação, projeto que está em fase de implantação pelo governo. A iniciativa visa a criar um ponto de integração nos diálogos entre empresas e o poder público federal. Com isso, a ideia é evitar que empresários interessados em investir em inovação tenham que passar por dezenas de interlocutores até encontrar o mais adequado para atender a sua demanda.
O executivo aproveitou para destacar que a empresa está na expectativa para a regulamentação do Programa Brasil Maior. A IBM será uma das empresas de Tecnologia da Informação (TI) brasileiras beneficiadas pela desoneração da folha de pagamento. “Essa lei vai aumentar a nossa competitividade”, projeta.

Centro quer atrair 150 cientistas nos próximos anos

Uma das grandes apostas da IBM no Brasil na área de inovação é o Service Inovation Lab (SIL), laboratório global de pesquisa da empresa integrado a outros oito espalhados pelo mundo. Localizada parte em São Paulo e parte no Rio de Janeiro, a operação foi inaugurada recentemente e já conta com cerca de 15 pessoas. A meta é chegar a pelo menos 150 cientistas nos próximos anos.
O líder global de serviços da IBM, Erich Clementi, diz que esses profissionais vão trabalhar de forma interligada com os mais de três mil cientistas da IBM do mundo todo, desenvolvendo soluções para atender a indústrias em projetos específicos.
O Service Inovation Lab tem como um dos seus focos o desenvolvimento de iniciativas voltadas para o segmento de recursos naturais, como óleo e gás. “É impressionante o potencial para pesquisa que existe nessa área no Brasil”, comenta Clementi.
Outra meta é atender às oportunidades de concepção de cidades inteligentes, que começam a surgir impulsionadas pela Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Não precisamos esperar até 2014 para colocar as cidades operando de forma mais inteligente”, diz Pelegrini, evidenciando que essa é uma das áreas estratégicas para a companhia. A empresa, que completa 100 anos em 2011, tem pressa.

Patricia Knebel

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como manter a motivação e reduzir as faltas ao trabalho

Como manter a motivação no trabalho? Muitas vezes, por trás daquela falta por motivo de doença, compromisso familiar ou desculpa de última hora, está um profissional que se sente desestimulado, que vê suas habilidades sendo mal aproveitadas. Uma vez detectado, esse comportamento deve servir de alerta para empresas e funcionários, dizem os especialistas.
Recentemente, uma pesquisa realizada no mercado de trabalho britânico mostrou que a maior causa das faltas no trabalho era o tédio. Esse resultado pode refletir falta de comprometimento, alienação e desinteresse. Mas é preciso conhecer a causa da causa, ou seja, o porquê do tédio.
O ser humano precisa de desafios, e não quer ser tratado como “coisa”. Algumas empresas veem os funcionários como “números”, esquecendo-se do ser humano que gosta e necessita de ser reconhecido pelo seu valor, pela sua capacidade de criar e de inovar. “Pessoas motivadas e comprometidas não usam de mentiras para justificar o seu desestímulo pelo trabalho”, comenta Alexandre Rangel, sócio-fundador da Alliance Coaching.
A questão é: como estimular as pessoas? A motivação no trabalho decorre de três fatores: atividade física, sociabilidade e criatividade. Muitas empresas dão demasiada ênfase ao trabalho meramente físico das pessoas e se esquecem dos dois outros elementos: a sociabilidade e a criatividade.
A sociabilidade faz falta ao ser humano tanto quanto a atividade física. “Trabalhar em equipe, compartilhar ideias, discutir, discordar, comemorar, ter raiva, ganhar, perder, tudo isso faz parte da natureza humana. Quando esses estímulos não estão presentes no ambiente de trabalho, as pessoas sentem-se desmotivadas”, diz Rangel.
Já o terceiro elemento, a criatividade, aparece quando as pessoas se sentem provocadas. Se o trabalho não proporciona desafios e não estimula o uso da inteligência, a consequência é a apatia, a falta de entusiasmo e as pessoas encarando o trabalho como uma entediante rotina.
O alto índice de faltas no trabalho é um alerta para que as empresas olhem para sua força de trabalho de forma mais humana, pois os benefícios oferecidos por elas, como assistência médica, vales e seguros, não são elementos motivadores e não fazem as pessoas terem vontade de trabalhar e produzir.
Por outro lado, essas faltas também devem ser motivo de atenção para os profissionais. Se a vontade de faltar, sem justificativa real, é frequente, o funcionário deve refletir sobre suas escolhas. Afinal, é a sua qualidade de vida que está em jogo.
“Por mais delicada que seja a situação, o mais indicado é conversar francamente com o superior e falar da sua falta de motivação para realizar o trabalho”, afirma Rangel. Um bom profissional pode até mesmo contar com a possibilidade de trabalhar em outro setor da empresa que possa ser mais desafiador. Se a questão não for sanada, é o momento de procurar outras oportunidades.
O normal do ser humano é querer progredir, viver em condições mais confortáveis, proporcionar melhor escolaridade e ambiente social para si e para sua família. É por isso que, de acordo com Rangel, o profissional deve entender que a vida é feita de realizações, ou seja, de ganhos e perdas. Por exemplo: se uma pessoa determina que visitará 15 clientes na semana, mas, na prática, visita apenas dez, ela “perdeu” cinco visitas. Se alguém se propõe a ler dez capítulos de um livro em um mês e consegue ler apenas oito, “perdeu” dois.
Isoladamente, pode parecer pouco, mas some essas perdas, por semanas, meses ou anos, e será possível ver o impacto que isso poderá ter na vida e no sucesso de uma pessoa. Uma falta aqui, outra ali, justificada por uma mentira branca, a princípio pode não significar nada, mas, multiplicando-se indefinidamente, essa ausência profissional poderá ser desastrosa e impedir que o profissional realize os seus sonhos de melhor qualidade de vida.
É importante lembrar que até pior que o absenteísmo, a ausência física no trabalho, é o chamado “presenteísmo”. Isso ocorre quando a pessoa está presente no trabalho, mas o seu pensamento está distante. Na verdade, ela está “ausente”. As consequências podem ser mais prejudiciais, pois o funcionário que falta ao trabalho não comete erros. Mas, se ele está ausente em pensamento, sua distração pode levá-lo a cometer falhas que podem ser extremamente prejudiciais para sua carreira e para a empresa.

Wellington Silvério

Presença na web é fundamental para os negócios

Atualmente, é muito importante que micro, pequeno e médio empreendedores tenham a sua presença notada na internet, seja por meio de website institucional ou pela venda de seus produtos, utilizando o comércio eletrônico. Ninguém mais pode ignorar, a web está cada vez mais presente na vida das pessoas. A afirmação é de Emerson Andrade, um dos três criadores do primeiro site de compras coletivas do país, o Peixe Urbano.
Emerson encerrou, neste domingo, no Centro de Eventos do Pantanal, a Feira do Empreendedor 2011, com a palestra magna “Compras coletivas – desafios e tendências de um mercado em ascensão”. Como exemplo de sucesso no mercado eletrônico, ele citou o próprio site que ajudou a criar. Lançado em março de 2010, com um ano e meio, ele já conta com cerca de 13 mil parceiros e está presente na Argentina, desde março deste ano, e no México, desde a semana passada. “Já somos considerados um dos maiores sites de comércio eletrônico do país”, declarou.
Segundo matéria publicada na revista Isto é Dinheiro, de maio deste ano, baseada em pesquisa do Ibope NetRatings, embora haja mais de mil sites de compras coletivas no país, Peixe Urbano, Groupon e Click On detêm entre 80% e 85% de um mercado que chegou a faturar R$ 1,5 bilhão em seu primeiro ano de funcionamento no Brasil, com 2,5 milhões de cupons vendidos por mês. Em março deste ano, a audiência do segmento foi de 17,1 milhões de visitantes.

Jairo Pitolé Sant’Ana

Marketing digital para pequenos

Os empresários de pequeno e médio portes não podem se descuidar do marketing digital. Mas é necessário saber escolher a melhor ferramenta – e,  se não tiver tempo de administrá-la, é melhor não tê-la. A avaliação partiu do consultor e professor de marketing e liderança da Fundação Getúlio Vargas de Jundiaí, Junior Portare, em palestra durante a Office PaperBrasil Escolar, que termina dia 25 no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Capital paulista. 
 
Para o especialista, a construção de um bom site é fundamental, e ele deve contemplar as linguagens do consumidor e a do Google. "Hoje, 96% das buscas são feitas pelo Google", justificou. Segundo Portare, com um pouco de pesquisa, o empresário descobrirá formas de linguagem que lhe darão um espaço privilegiado no site de buscas.  O consultor ainda destacou como importantes, entre as ferramentas digitais disponíveis atualmente, o Twitter e o Facebook. 
Independentemente do porte do negócio, acrescentou, é importante manter um bom site, "com missão definida" (por exemplo, divulgar  marca e remeter o internauta a uma loja virtual). Para otimizar recursos, sugeriu que a pequena e média empresas aproveitem o "quem somos" para fazer o institucional da marca. Portare lembrou do exemplo da Camisetas da Hora. Concebida como loja física, a empresa multiplicou o seu negócio por 20 com auxílio da loja virtual. 
 
Segundo o consultor, com R$ 1 mil é possível viabilizar a criação de um comércio eletrônico. "Há plataformas livres e grátis,  ou pagas", disse. Ele ressaltou ser fundamental ter alguém para sanar dúvidas por telefone e providenciar os selos de segurança. 
 
Entre as dicas para não iniciados, o especialista também recomenda pesquisas no YouTube sobre como montar um comércio eletrônico, e cursos oferecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 
Como advertência principal, Portare destacou o cuidado que as empresas devem ter com o marketing feito por meio de e-mails. "É uma ferramenta interessante. Mas não faça spam. O seu cliente vai odiar você", sentenciou.
 
A utilização do marketing tradicional para pequenos negócios do varejo também foi abordada pelo especialista. Ele enfatizou que há alternativas para a pouca verba dessas empresas. A promoção de eventos de relacionamento com a clientela (pessoas físicas ou jurídicas), com apoio dos fornecedores, é uma delas. Parcerias semelhantes também tornam viáveis treinamentos para os funcionários, com bons reflexos nas vendas.


Diário do Comércio

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Empresas devem buscar planejamento tributário

Os limites do Simples Nacional devem ser ampliados ainda neste ano. O reajuste pode chegar até 50%, subindo de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões no caso das pequenas empresas, e de R$ 240 mil para R$ 360 mil para as microempresas. Com essa mudança, a expectativa é de que 500 mil empresas possam integrar o programa.

O acordo foi assinado pela presidente Dilma Rousseff com a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no Congresso Nacional. Contudo, esse aumento deve reforçar ainda mais a necessidade das empresas realizarem o planejamento tributário.

"Muitas mudanças ainda podem ocorrer até o início do próximo ano, mas, se isso ocorrer será grande o número de pequenas e médias empresas que terão que fazer um planejamento para ver se encaixa nesta modalidade tributária que pode ser muito interessante para o empresário, mas é necessário ficar atento pois o rendimento não é a única questão que será avaliada na hora do enquadramento", conta o diretor executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos.

Melhor opção
Os tipos de tributação são três: simples, presumido ou real. A opção pelo tipo de tributação que a empresa utilizará em 2012 pode ser feita até o início do próximo ano, mas, as análises devem ser realizadas com antecedência para que se tenha certeza da opção, diminuindo as chances de erros. "Quanto antes as empresas procurarem saber o melhor regime tributário que podem se enquadrar, mas tempo terão para resolver impeditivos, um exemplo são débitos com a Receita ou INSS, a empresa sabendo destes poderão pagá-los a tempo e se enquadrar no Simples", alerta Richard Domingos.

Outro ponto a ser ressaltado pelas empresas é que cada caso deve ser analisado individualmente, evidenciando que não existe um modelo exato para a realização de um planejamento tributário.

Diário Nordeste

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Bndes quer incentivar exportação de serviços

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) está empenhado em melhorar a agenda de financiamentos e de garantias para a exportação de serviços, segundo o presidente da instituição, Luciano Coutinho. "Estamos empenhados em promover especialmente a exportação de serviços de engenharia, que o Bndes tem parceira crescente e importante. Estamos empenhados em sua expansão", disse Coutinho.

Para o presidente da instituição, há uma grande concentração de empresas intensivas em trabalho no setor de serviços e a oportunidade de redução de encargos permitiria a elas uma melhor posição competitiva no exterior. Segundo ele, é preciso empreender um esforço muito firme de obtenção de ganho de produtividade, de forma a cobrir o aumento dos custos com a força de trabalho.

"Temos o desafio de acelerar o processo de inovação, de desenvolver nossos potenciais, nossas melhores oportunidades", ressaltou Coutinho. "É natural que, em uma economia em que o desemprego caiu pela metade nos últimos anos, e isso significa uma saudável pressão sobre o custo salarial, junto com a ascendência de pressão cambial, essas coisas signifiquem custos de trabalho crescentes, se não tivermos ganhos de produtividade em escala muito maior", avaliou. Coutinho participou hoje do Encontro Nacional de Comércio Exterior, Enaex 2011, no Rio de Janeiro.
 
 
Fonte: Jornal do Comercio

Bancos investem nas PME e elevam concessões

A partir do segundo semestre, as instituições financeiras obtêm aumento do volume de concessões de crédito para micro, pequenas e médias empresas, por conta da aceleração no ritmo da atividade produtiva, com o aquecimento do consumo característico do período. Em suas carteiras, o Bradesco atingiu saldo de R$ 92 bilhões, enquanto o Santander totalizou R$ 41 bilhões. Ambos com planos de expansão para os próximos meses.

De acordo com a Serasa Experian, a procura no setor cresceu 2,3% frente à de 2010.


 
 
Fonte: DCI

Vendas de micro e pequenas para o governo crescem 44,5%

No primeiro semestre de 2011, os micro e pequenos negócios venderam mais de R$ 5,2 bilhões em bens e serviços para o governo federal, superando em R$ 1,6 bilhão os R$ 3,6 bilhões comprados no mesmo período em 2010, um aumento de 44,5%. Levantamento do governo, feito de janeiro a junho de 2011, abrange as compras da administração direta, autarquias e fundações. Ele também mostra aumento da participação deste setor nas compras por meio da modalidade de pregão eletrônico. Em 2005, foram comprados do segmento R$ 25,7 milhões. Em 2011, já são R$ 3,6 bilhões.
“Foi o melhor primeiro semestre para as micro e pequenas empresas desde quando iniciamos as estatísticas, em 2002”, afirma o secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza. Conforme o balanço do governo, em 2002 a participação dos pequenos negócios nas compras federais foi de pouco mais de R$ 658,1 milhões. Delfino não tem dúvidas de que os resultados atuais resultam especialmente da aplicação dos benefícios garantidos pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06), em vigor desde dezembro de 2006.
“Já são mais de 3,2 mil municípios no Brasil que têm a lei regulamentada, o que representa grandes oportunidades de negócios para o segmento das micro e pequenas empresas e também para os empreendedores individuais”, destaca o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.

O capítulo V da lei cria mecanismos que possibilitam uma maior participação dos micro e pequenos negócios nas compras governamentais. Entre eles, exclusividade nas compras de até R$ 80 mil. No primeiro semestre de 2011, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 60% das compras até esse valor, o que equivale a mais de R$ 1 bilhão. Em 2006, foram R$ 515,7 milhões, conforme levantamento do governo.

A lei também estabelece preferência em caso de empate com outra de maior porte – nesse caso, quando o valor da menor é até 5% acima do da maior,  é chamado de empate ficto e a pequena tem direito a dar novo lance. O balanço relativo ao primeiro semestre do período de 2008 a 2011 mostra que, quando usufruíram do empate ficto, os pequenos negócios foram responsáveis por 99% das compras relativas a esse mecanismo em 2008, por 98% em 2009, por 99,6% em 2010, e, em 2011, chegou a 99%.
A expectativa do secretário Delfino é de que os resultados do primeiro semestre de 2011 sejam semelhantes no segundo semestre do ano. “Normalmente esse período é mais intenso na aplicação do orçamento”, explicou o secretário. Ele exemplifica a importância do aumento da participação das micro e pequenas empresas nas compras do governo com balanço do pregão eletrônico. No primeiro semestre de 201, essa modalidade gerou uma economia para os cofres públicos de R$ 2,1 bilhões. Destes, R$ 1,1 bilhão deve-se à contribuição dos micro e pequenos negócios.

Dilma Tavares

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pequenas empresas sonham com o mercado americano

Enquanto tradicionais exportadores se queixam do câmbio e temem os efeitos da crise, pequenas empresas tentam remar contra a maré e buscam o ainda maior mercado mundial, os EUA. Empresários do setor alimentício marcaram presença em evento realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para promover os embarques brasileiros com destino aos EUA. Nas palestras e encontros setoriais, exportadores veteranos, e outros que estão começando, compensavam a ausência de segmentos como têxteis e calçados.
Segundo Juarez Leal, coordenador de desenvolvimento de novos produtos da Apex, "os EUA ainda são a maior locomotiva do mundo, a renda per capita dos americanos atingirá US$ 53 mil em 2014 e existe consumo para ser disputado". O Brasil, disse ele, só precisa "reposicionar sua oferta de exportações."
Como regras para se dar bem no mercado mais competitivo do mundo, foram apontadas a descoberta de nichos para a colocação dos produtos - já que concorrer nas mesmas fatias de mercado das grandes empresas americanas é muito mais difícil - e a necessidade de esquecer o "mercado da saudade", ou seja, produtos específicos para brasileiros que moram nos EUA, que, em sua maioria, recebem salários baixos e, em caso de crise, são a primeira faixa de renda que para de consumir.
A Distillerie Stock do Brasil seguiu essa receita por acaso e espera estar no mercado americano em 2012 com o Kaly, espécie de xarope com sabor de frutas que pode ser usado para fazer drinques alcoólicos e não alcoólicos. No mercado nacional, a empresa atua mais em bebidas alcoólicas.
"Nunca demos muita bola para o mercado americano, porque ele é muito competitivo", conta a gerente de exportação da companhia, Valéria Cristina Natal. Em uma reunião na Associação Brasileira de Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA), Valéria conheceu um comprador de produtos brasileiros da Sysco, maior distribuidora americana de food service. Ele pediu uma amostra do Kaly e, depois de seis meses, surgiu o convite para exportar o produto. "Estamos muito animados, porque o mercado americano de aperitivos é muito desenvolvido e vários vendedores se interessaram", diz.
Outro caso é a Maricota Alimentos, com sede no interior de Minas Gerais. A gerente de comércio internacional Camila Ozório foi ao seminário para levantar maneiras de como colocar no mercado americano toda a linha de produtos da empresa, além do pão de queijo congelado e pré-assado, que já são vendidos nos EUA. Desde que a Maricota começou a exportar, em 2009, o faturamento cresceu 6%.
A companhia tem planos de expandir a fábrica em Luz (MG), atualmente com 500 funcionários, para atender à demanda das exportações, que também têm como destino Argentina, Chile, Espanha, Luxemburgo, Angola e, mais recentemente, a África do Sul. "Com a colocação de toda a linha nos EUA, pretendemos aumentar nossas exportações em 20%", afirma Camila.
Para ela, a Maricota e outras empresas de alimentos têm se dado bem nos EUA porque chegam mais bem preparadas, com facilidade de se adequar ao consumidor e em um segmento que sofre menos com crises. "O consumo de alimentos teve até uma queda em 2009, mas nada considerável a ponto de desistirmos do projeto de exportar."
A Blend Coberturas, especializada em coberturas de sorvete, ainda não exporta a produção, mas quer começar pelos EUA. O diretor da empresa paulistana, Neudo Lambertucci Filho, foi ao evento da Apex para prospectar informações sobre o mercado americano. "Se você entrar lá, entra em qualquer outro. Se não conseguir entrar, tem que reavaliar seu produto", acredita.
 
Fonte: Valor Economico

Deputados defendem assistência tecnológica para microempresa

O presidente do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), e o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE) defenderam há pouco a capacitação tecnológica da população brasileira e a assistência tecnológica para as micro e pequenas empresas. Para Inocêncio, as microempresas têm condições de competir se tiverem capacitação tecnológica. Ele afirmou também que o analfabetismo tecnológico é pior do que o analfabetismo educacional, por ser ainda mais excludente.

Inocêncio Oliveira também defendeu a criação de cidades digitais, com internet de banda larga disponível para toda a população. Além disso, ele afirmou que o Brasil precisa produzir seus próprios softwares.

As declarações foram dadas em seminário sobre a extensão tecnológica no País, que está sendo promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; pelo Conselho de Altos Estudos; e pela Comissão Especial do Plano Nacional de Educação (PNE - PL 8035/10). O evento ocorre no auditório Nereu Ramos.

O deputado Ariosto Holanda, que sugeriu o debate, destacou que 720 mil micro e pequenas empresas são abertas por ano no País, mas 650 mil são fechadas. “Muitas pequenas empresas fecham porque não conseguem inovar, e não conseguem porque estão distantes de centros de conhecimento, como universidades e escolas técnicas”, afirmou.

Holanda também destacou a importância da capacitação tecnológica da população, inclusive da parcela que não tem educação formal. Para ele, esse é o caminho para a desconcentração de renda no País. Segundo o parlamentar, essa capacitação poderia ser feita por meio dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT).

O deputado defendeu a meta de que, ao final do governo Dilma Rousseff, cada uma das instituições federais de ensino brasileiras tenha um CVT. Holanda informou ainda que, ao final do seminário, será divulgado manifesto pela criação de uma rede de extensão tecnológica no País.
 
 
Fonte: DCI

Advogados ficam excluídos de nota fiscal eletrônica

Advogados e outros profissionais liberais não são obrigados a emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NFE). A medida faz parte da Instrução Normativa SF/SUREM 06, de 22 de junho de 2011, da prefeitura de São Paulo que acatou o pedido da Comissão de Direito Tributário da OAB de São Paulo.
Para o presidente da Comissão, Antonio Carlos Rodrigues do Amaral, as Notas Ficais Eletrônicas poderiam dificultar o exercício da profissão. “A Nota Fiscal Eletrônica imporia um novo e desnecessário ônus burocrático para a advocacia, dificultando ainda mais as atividades do dia a dia e os custos tributários”, ressaltou Amaral.
A Instrução Normativa da prefeitura exclui, ainda, da emissão da nota microempresários individuais optantes pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional, as instituições financeiras e demais entidades obrigadas à entrega da Declaração de Instituições Financeiras, transporte público de passageiros, espetáculos teatrais, exibições cinematográficas, espetáculos circenses, parques de diversões, shows, óperas, balé, concertos, competições esportivas, entre outros.

Jornal Contábil

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Copa deve gerar 930 oportunidades para pequenas empresas

Brasília - A Copa do Mundo FIFA 2014 deve gerar 930 oportunidades de negócios para micro e pequenas empresas nas 12 cidades-sede. É o que mostra estudo desenvolvido pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento engloba nove setores da economia: agronegócio, madeira e móveis, vestuário, serviços, comércio varejista, construção civil, turismo, produção associada ao turismo (artesanato, cultura, entre outras atividades) e tecnologia da informação.
“É preciso preparar as empresas, micro empresas e também os empreendedores individuais, para que eles possam realizar negócios e, principalmente, desenvolver seus empreendimentos, seus processos de gestão e ser mais inovadores”, afirma o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.

O mapeamento é uma das ações previstas no Programa Sebrae 2014, que receberá, até 2013, investimentos de R$ 80 milhões. Os recursos estão sendo aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados, como o Sebrae Mais, Sebraetec, Agentes Locais de Inovação (ALI) e Centrais de Negócios. “O legado da Copa é um dos grandes objetivos desse programa. Queremos fazer com que os pequenos negócios sejam mais competitivos e ampliem sua participação na economia”, ressalta Barretto.

A primeira parte do mapeamento, que identificou as oportunidades na construção civil, turismo, produção associada ao turismo (artesanato, cultura, entre outras atividades) e tecnologia da informação, foi divulgada em março, no Rio de Janeiro.

Em junho, o Sebrae iniciou uma série de eventos com empresários nas 12 cidades-sede para divulgar os números locais do estudo. Os encontros já foram realizados no Rio de Janeiro, Brasília, Cuiabá, Natal, Recife, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza. Nas próximas semanas, será a vez de Salvador, Porto Alegre, Manaus e São Paulo. Além de apresentar os resultados, as reuniões marcam também o primeiro momento de aproximação entre empresas demandantes e ofertantes.

As 930 oportunidades de negócios foram identificadas por recomendações de especialistas e validadas por grupos de empresários e representantes locais em cada uma das cidades-sede. Esses segmentos incluem as compras governamentais (com as garantias previstas na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa) e os negócios diretamente com o mercado – que representam a maior parte das oportunidades.

Dilma Tavares

Lei das Sociedades Anônimas passa por modificações

Em 27 de junho deste ano foi publicada a Lei 12.431, oriunda da conversão da Medida Provisória 517/10, que, dentre diversos assuntos, alterou a Lei das Sociedades por Ações (Sociedades Anônimas). O advogado Sillas Battastini Neves, do escritório Zulmar Neves Advocacia, explica que estas modificações alteraram procedimentos relacionados à emissão, resgate e amortização de debêntures e a revogação do artigo 60 da Lei 6.404.

JC Contabilidade - Em que consistiram as alterações da lei?
Sillas Battastini Neves -Na modificação dos procedimentos relacionados à emissão de debêntures, na autorização da utilização de livros societários eletrônicos, na permissão de participação remota nas assembleias de companhias abertas e na dispensa da obrigatoriedade de que membros do conselho de administração sejam acionistas.
Contabilidade - O que significa esta alteração na matéria de debêntures?
Neves - É que a partir de agora as emissões de debêntures não ficam mais limitadas a determinado valor, e as companhias podem adquirir debêntures de sua própria emissão, nos valores especificados pela lei.
Contabilidade - De que forma esta modificação facilita o dia a dia das empresas?
Neves - Ela permite com que as empresas tenham mais flexibilidade ao realizar suas operações de emissão de dívida, esticando prazos e aumentando a captação da poupança popular, com prazos de vencimento mais razoáveis, principalmente para a obtenção de capital de giro e rendimentos extremamente atrativos para investidores.
Contabilidade - No que reflete a autorização para utilização de livros eletrônicos? Isso facilita as rotinas das empresas?
Neves - A lei permitiu que as companhias abertas tivessem quase 100% de seus livros escriturados de forma eletrônica, o que facilitará não só a rotina da escrituração, mas também a análise em eventuais fiscalizações dos órgãos regulamentadores.
Contabilidade - Como se dá a participação remota em assembleias?
Neves - O primeiro passo é a companhia aberta ter adotado esta faculdade nos seus estatutos sociais. Via de regra, o procedimento mais realizado por empresas terceirizadas é muito simples. Realiza-se cadastro, envia-se documentação e emissão de certificado digital. Após a verificação das informações, o acionista já fica apto a votar quando ocorrer a assembleia. O interessante desta modalidade é que o acionista tem a faculdade de votar a partir da publicação do edital de convocação, até um dia antes da realização da assembleia física. O sistema fornece todos os documentos necessários para análise do mérito das deliberações, permitindo inclusive proposição de pautas e discussão acerca dos temas. Depois da realização da reunião, a qual inclusive o participante remoto poderá acompanhar online, ele recebe um certificado de voto.
Contabilidade - O que muda com a permissão de conselheiros não acionistas?
Neves - Como o Conselho de Administração é o órgão responsável pelas diretrizes organizacionais das companhias, elas buscam profissionais de mercado, alinhados com o setor e com as práticas de gestão. Até então, sempre que se procurava referidos profissionais, os acionistas tinham que ceder ao menos uma única ação, de modo que este profissional pudesse participar do Conselho de Administração, uma vez que era exigência legal que os membros do Conselho fossem acionistas. Com o advento da legislação esse requisito de ser acionista deixa de existir, flexibilizando a contratação de profissionais, sem torná-los acionistas.
Contabilidade - Essa mudança está alinhada com as boas práticas de governança corporativa?
Neves - As boas práticas de governança implicam uma gestão com transparência e a prática de contratação de conselheiros sob a égide da lei anterior afrontava este princípio. Esta inovação termina com uma prática falsa de um bom número de empresas que tornava uma pessoa acionista somente por uma imposição legal, o que não se justificava.
Contabilidade - Porque da importância de um conselheiro de administração independente.
Neves - Quanto mais independente um conselheiro puder ser, melhor, mais valor gera para a companhia frente ao mercado e aos investidores. Seu objetivo maior deve ser a perpetuidade da companhia e a multiplicação do capital investido, isto é, afastado de qualquer outro interesse que não este. Portanto, um conselheiro que seja um profissional de mercado, efetivamente independente (não apenas no nome), não acionista, atente as melhores práticas de governança, que preceituam, basicamente, a transparência, a equidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa.

Jornal do Comércio

Sebrae vai pedir ao governo fim da substituição tributária

Se depender do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e de outras entidades que representam os pequenos empresários, o governo dará a esta categoria o mesmo tratamento tributário oferecido às grandes corporações. Depois de conseguir a aprovação de leis como a do Supersimples e do Empreendedor Individual, as entidades querem também o aumento do teto de crédito tributário relativo ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), hoje limitado a 3,95% do total pago, e também o fim da substituição tributária no comércio fora do estado de origem. "O empresário pode ter de custo até 120% a mais do que ele paga dentro do Simples. Queremos que políticas mais claras sejam estabelecidas", afirma o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick.

 
 
Fonte: DCI

Governo forma nova linha para microcrédito

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nessa terça-feira, 16, que o governo está formatando uma nova linha para microcrédito. O assunto será discutido ainda hoje em reunião com os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda. Ao ser questionado sobre quando a nova linha seria anunciada, Mantega respondeu que "será quando a presidente Dilma achar oportuno". "Ainda estamos construindo", afirmou o ministro da Fazenda.
 
Fonte: DCI

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Enfim, Simples Nacional terá novos tetos

União atende um dos principais pleitos do SESCON-SP, da FENACON e de todo o segmento produtivo brasileiro: o reajuste de 50% dos limites e das faixas de faturamento para ingresso das empresas no sistema simplificado de tributos.
O acordo firmado essa semana entre a presidente Dilma Rousseff e a Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas da Câmara dos Deputados deve beneficiar as mais de cinco milhões de organizações optantes e ainda aquelas que agora passam a ter acesso ao regime. "Essa medida deve fomentar significativamente o desenvolvimento do empreendedorismo e aumentar ainda mais o papel já fundamental dos pequenos negócios no País", comemora o presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar, lembrando que a entidade, juntamente à FENACON e às demais entidades do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor, participam dos debates em torno do aprimoramento da legislação das MPEs desde a promulgação da Lei Complementar 123/2006.
Com a mudança, que deve vir pela aprovação do Projeto de Lei Complementar 591/2010, o limite de enquadramento dos empreendedores individuais passará dos atuais R$ 36 mil por ano para R$ 60 mil; das microempresas de R$ 240 mil para R$ 360 mil; e das pequenas empresas de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.
Outras mudanças relevantes também são a permissão para parcelamento de dívida tributária pelas empresas do regime e a extinção da declaração anual do Simples Nacional (DASN).
A partir desse aval do governo, a expectativa é que a tramitação do PLP 591/2010 a partir de agora seja mais rápida. "Vamos acompanhar de perto a aprovação do texto, pois o Brasil precisa dessas mudanças", afirma Chapina Alcazar, enfatizando que o SESCON-SP e todo o empreendedorismo continuarão lutando por mais aprimoramentos não contempladas no pacote.
 
Jornal Contábil

Cuidado com milagres

A imprensa noticiou a realização de operação da Polícia Federal que resultou na prisão de vários agentes públicos ligados à Receita Federal que se valiam de suas funções para obter vantagens ilícitas. O suposto esquema principiava com um funcionário público que dava início a uma fiscalização tributária séria e em busca de elementos que apontassem eventuais recolhimentos a menor de tributos federais. Posteriormente, algum dos integrantes deste esquema contatava a empresa e propunha a “solução” administrativa do caso em troca de propina. O fato é que descoberto o esquema, ainda sob investigação, presos os acusados, a Receita Federal repudiou a prática e alertou: vamos investigar as empresas que se utilizaram deste esquema. Na nossa experiência profissional, várias vezes somos consultados por clientes que são contatados por solucionadores de problemas com qualquer das Fazendas Públicas mediante artifícios desta ordem. Advertimos: não há milagres em matéria tributária e este tipo de solução é ilegal e fantasiosa. Descoberta a “solução” não só o empresário será processado criminalmente por corrupção ativa, como terá exigido de si os tributos que indevidamente deixou de pagar.
O bom é que se esteja alerta contra este tipo de “solução”, já que a lei empresta diversas possibilidades de soluções reais de ordem tributária: 1) o empresário pode pagar o tributo confessando espontaneamente o débito e elidindo a multa moratória; 2) pode parcelar o débito com a Fazenda Pública; 3) poderá verificar se não existem parcelas ilegais contidas no crédito tributário na forma exigida pela Receita; 4) ou pode, em última instância, caso não tenha condições de pagar o débito tributário, proceder no pedido de falência. “Milagres” tributários não existem. É preferível ser devedor de um tributo a criminoso. Não podemos desconsiderar que a escorchante carga tributária brasileira, em que nem mesmo se pagando de forma regular se está livre de um entendimento fazendário por vezes manifestado justamente para possibilitar este tipo de ação criminosa, não pode justificar o conluio com funcionários inescrupulosos. A conduta que os empresários têm de adotar é pressionar por meio de suas entidades a revisão imediata do sistema tributário do País para aprovar reforma que está paralisada há anos no Congresso Nacional por falta de vontade política de implementar um sistema mais justo, mais simples e menos oneroso. 

Jornal Contábil

Lucro Presumido - Seja bem vindo ao 'Clube do SPED'

Quem vai entregar o SPED Contábil da minha empresa? Essa é a pergunta do momento para empresários e contadores que estão no regime de Lucro Presumido, clientes, fornecedores de software e serviços contábeis.
Você já sabia que sua empresa de Lucro Presumido tem de entregar SPED Contábil referente a 2011 até 30 de junho de 2012? Sabendo ou não, bem vindo ao “Clube Brasileiro do SPED”!
Muitos profissionais do ramo (administradores, contadores, pessoal de TI e etc.) achavam que o SPED não ia pegar, pois é, pegou e agora é para valer. Empresas pequenas, médias, os famosos PJ (empresários que emitem uma ou duas notas por mês), não interessa o faturamento, quantidade de funcionários, estado (UF) ou qualquer outra referencia, terão o SPED para já.
O que não surpreende mais ninguém é o nome SPED (Sistema Publico de Escrituração Digital), pois já é uma realidade para grandes empresas e muitos profissionais do ramo que tem entregado arquivos dos conteúdos Contábil, Fiscal, FCONT (Contabilidade Fiscal) e mais recentemente o SPED EFD Pis e Cofins. A complexibilidade é grande e os dados são todos os tipos de operações com informes ao Fisco Federal, Estadual e Municipal, já que o conteúdo envolve a famosa NFe (Nota Fiscal Eletrônica).
Imagine como seria ter um fiscal o tempo todo em sua empresa. É assim que funciona o SPED e a NFe. Toda vez que “você emite uma nota”, a Receita Federal ou SEFAZ (Secretaria de Fazenda do seu Estado) fica sabendo no ato que uma mercadoria foi vendida, assim como para quem foi vendida, como e onde será entregue, o mesmo acontece com uma nota de prestação de serviços em sua cidade.
O governo brasileiro tem investido pesado em modernização para evitar fraudes, sonegação e a corrupção da auditoria fiscal está decretando o fim do infame “jeitinho ou quebra”. O assunto agora não é mais o governo ou o auditor fiscal e sim como você e seu negócio irão “se apresentar aos olhos do Fisco”.
O SPED Contábil no Lucro Presumido não é o primeiro impacto na vida de pequenas e médias empresas. Já sobrevivemos à Nota Fiscal Eletrônica e não faz muito tempo.
O ponto é que o SPED Contábil é um livro eletrônico digital definitivo, não pode ser retificado com a simplicidade de uma DIPJ. Funciona assim, o contador fará a contabilidade normalmente durante o ano, como sempre fez, no final do período entre janeiro e dezembro de 2011 será feito o tradicional encerramento do exercício, com o Balanço Patrimonial e a DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício). É, mas depois disso vem o SPED Contábil e o contador deverá elaborar um arquivo digital oficial no exato formato que a Receita Federal chama de SPED Contábil.
Nesse momento começa o serviço do SPED Contábil, gerar o arquivo é o resultado ou o inicio de um processo que exige qualificação e entendimento de pelo menos três pontos: Layout, DEPARA do Plano de Contas para o Referencial e a Adequação do Balanço/DRE.
Sobre o Layout, minha dica é: Estude cada campo e o seu conteúdo, não tem muito segredo, cada campo deve conter os dados comuns aos quais já temos longa familiaridade, existem campos para contas a débito, a crédito, históricos, centros de custos, descrições de contas e outros tipos de detalhes como nível da conta e natureza.
Na parte de DEPARA do Plano de Contas realmente surge a dificuldade. Só um contador realmente capacitado terá entendimento de suas contas e das referências ideais no Plano de Contas Referencial. Todas as empresas podem e devem continuar usando seus próprios planos de contas, porém, o SPED Contábil exige que você “amarre” suas contas às contas padrão homologadas pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade), CVM (Comissão de Valores Monetários) para empresas financeiras ou SUSEP no caso de Seguradoras, e etc. Cada classe de empresa tem seu Plano de Contas Referencial liberado pela Receita Federal para o SPED.
Como último ponto de atenção fica a construção do Balanço Patrimonial e DRE, esses dois com novos padrões baseados em códigos de aglutinação, de somatória ou sumarização, para suas contas de receita, despesa, patrimônio, ativo e passivo, esses códigos devem ser criados por você e relacionados nos registros de plano de contas (blocos I) e usados nos blocos J do SPED referentes a Balanços e Demonstrativos de Resultado.
Assim, depois de fazer tudo isso, você deve gerar seu SPED Contábil, carregar para o Programa Validador de Arquivos da Receita (PVA) e “cruzar os dedos” para tudo estar certo. Se algo der errado ou surgir um alerta na tela, você deverá revisar seu arquivo SPED. Com isso surgem dois pontos de suma importância, a preparação do seu SPED passa por um contador capacitado e competente para o SPED Contábil e um sistema realmente compatível com as necessidades de sua empresa.
Investimentos em software, equipamentos e principalmente em pessoas são necessários, inclusive em você empresário. Não adianta só trocar de sistema ou contador, você deve estar adaptado a era do SPED, seja bem vindo ao “Clube”!

 Ricardo Gimenez

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Micro e pequena empresa obtêm benefício tributário

A presidente Dilma Rousseff decidiu reajustar em 50% as faixas de faturamento das empresas para enquadramento no sistema simplificado de pagamento de tributos, o Simples, atendendo reivindicação antiga dos micro e pequenos empresários.
Com o ajuste, empresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões poderão fazer o pagamento de impostos usando o sistema. No caso das microempresas, o teto para ingresso subiu para R$ 360 mil. A maior alteração beneficiará empreendedores individuais, que poderão entrar no Simples mesmo que a receita no ano fique em R$ 60 mil. As mudanças, que visam a dar maior competitividade para o setor ainda precisam passar pelo Congresso.

Jornal Contabil

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mercado do tempo

Tempo não é dinheiro: bem ou mal investido, ele sempre vai acabar. Aprenda a lidar com este bem perecível, intransferível e precioso:
Procure andar mais com quem foca o futuro. veja com é o mundo deles. É preciso ter um exemplo próximo de alguém que cumpre metas, para acreditar que é possível;

Reordene sua caixa de entrada de e-mails para que os mais antigos fiquem no alto da lista. Resolver o passado libera o futuro. Aliás, isso vale para muito mais coisas além de e-mails;

Não precisa se punir quando estiver com a cabeça em outra coisa: vagabundagem mental é essencial para o processo criativo. Um minuto de distração pode inspirar horas de foco;

Subestimamos o tempo das tarefas, seja por ignorar a duração delas no passado, seja por não prever imprevistos. descubra o tempo que as coisas duram para se planejar direito;

Aprenda a dizer "não" - saber o que não fazer é tão importante quanto saber o que fazer. Tempo é precioso: dê um pouco a si mesmo;

Agende blocos de tempo apenas para pensar nos seus dilemas - um momento sem TV, computador ou telefone, só com você. Se quiser, pode chamar de meditação;

Multitasking é mito: até computador derrapa pra fazer tarefas simultâneas. Se não for algo simples, com lavar louça e ouvir música, melhor fazer uma de cada vez;

O ideal é fazer listas que você possa cumprir em um dia - uma semana já é muito tempo. Nunca coloque tarefas vagas: quanto mais especifico, melhor;

Exercício e dieta balanceada não aceleram só o metabolistmo - eles aumetam seu foco e sua concentração, permitindo que você complete seu trabalho em menos tempo.


Emiliano Urbin - Revista SuperInteressante

Limite do Simples aumentará

A presidente Dilma Rousseff deve assinar amanhã uma medida provisória para ampliar as faixas de enquadramento das micros e pequenas empresas no Simples Nacional, que estão desatualizadas há seis anos. Hoje, o limite de faturamento anual da microempresa é de R$ 240 mil e de R$ 2,4 milhões para a empresa de pequeno porte. Com a correção, os empreendedores poderão faturar mais sem perder os benefícios fiscais do programa, além de permitir o ingresso de mais empreendimentos no Simples.
No mês passado, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, pediu a correção dos limites para R$ 360 mil (microempresas) e R$ 3,6 milhões (pequenas). As novas faixas estão previstas no projeto de lei complementar 591/10.
O senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), que é um dos articuladores da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional, também defende a inclusão das receitas oriundas das exportações no limite de faturamento das empresas no Simples Nacional, medida que já foi anunciada pelo governo no pacote de estímulo às exportações, no ano passado, mas que, segundo ele, acabou não sendo “definida” pela equipe econômica até o momento. “Mas agora pode sair”, disse Armando Neto, que foi chamado pela presidente Dilma para receber, amanhã, o detalhamento da medida horas antes do anúncio oficial.
“Isso é como a correção da tabela do Imposto de Renda. Você fixou uma faixa de faturamento há oito anos ou dez anos atrás, mas o Brasil continua a ter inflação, como é que não se atualiza o limite? Se não atualizar, há uma expulsão das empresas do Simples. Elas vão sendo expelidas. Porque, se elas crescem, elas batem nesse limite e aí só têm duas alternativas: voltar para a informalidade ou, o que seria muito ruim, perder os benefícios”, avaliou Armando Monteiro Neto.
 
Fonte: Jornal do Comercio

Ministro diz que desoneração da folha de pagamento será ampliada no próximo ano

A desoneração da folha de pagamento dos setores de calçados, confecções, móveis e software deverá atingir também outros segmentos a partir do próximo ano. A afirmação foi feita hoje (5) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. A medida que beneficiará os quatro setores foi anunciada na última terça-feira (2) e fazem parte do Plano Brasil Maior.

“Nós vamos ampliar mais. No ano que vem, vamos começar a fazer estudos para isso. Essa é uma mudança fundamental para a economia brasileira: tirar tributo da folha, passar para outra base de tributação, que reduza o custo Brasil. Tenho certeza de que a indústria naval será um dos próximos setores que iremos estudar”, disse Pimentel, durante evento sobre conteúdo local na indústria naval, no Rio de Janeiro.

Pimentel disse que, neste primeiro momento, foram escolhidos apenas quatro setores por ser uma medida nova, o que exige cautela. O Plano Brasil Maior envolve medidas como o estímulo à inovação tecnológica, redução de custos para a exportação de produtos brasileiros, desonerações tributárias e incentivo à indústria por meio de um programa de compras governamentais.

Segundo Pimentel, os primeiros decretos complementares do Plano Brasil Maior deverão ser publicados até meados da próxima semana.

Agência Brasil 

Receita cobra dívidas tributárias de empresas e pessoas físicas

Empresas e pessoas físicas foram autuadas pela Receita Federal em R$ 40,2 bilhões só no primeiro semestre de 2011. O resultado é recorde para o período e supera em 21,8% o total de autuações ocorridas no mesmo período do ano passado. Mas a Receita estima que o valor será elevado para R$ 100 bilhões até o fim do ano.

Os proprietários e dirigentes de empresa foram as pessoas físicas mais autuadas pela fiscalização da Receita Federal no primeiro semestre. De acordo com números divulgados hoje, 846 deles tinham dívidas tributárias de R$ 632 milhões. Em segundo lugar, em números de autuações, estão os profissionais liberais com 775 autuações e crédito tributário de R$ 136 milhões.

Profissionais de ensino e técnicos de outras naturezas, com 497 autuações, também estão entre os que mais foram autuados pela Receita Federal no primeiro semestre e foram responsáveis por R$ 87 milhões em créditos tributários. Os funcionários públicos e aposentados ficaram em quarto lugar, com 335 autuações e créditos de R$ 47 milhões.

No segmento econômico de pessoas jurídicas, as autuações foram mais concentradas na indústria, com 1.617 autuações e crédito de R$ 10,8 bilhões. Depois, vem o comércio, com 1.394 autuações e créditos tributários de R$ 5,9 bilhões. Em terceiro lugar, vem o setor de prestação de serviços com 1.350 autuações, mas com créditos tributários que somam R$ 6,2 bilhões.

“Primeiro há uma seleção e 90% são autuados. Depois de autuado, o contribuinte pode pagar espontaneamente, parcelar ou questionar no âmbito do Ministério da Fazenda”, informou Caio Marcos Cândido, subsecretário de Fiscalização da Receita Federal.

Ele também disse que o motivo do aumento no crédito tributário é o aperfeiçoamento dos sistemas informatizados da Receita Federal, que ajudam a cruzar cada vez mais os dados e a fazer análises.

Cândido disse que esses sistemas estão sendo aperfeiçoados com o objetivo de deixar melhor a malha fina, utilizada para monitorar empresas que tentam sonegar impostos federais ou fazer planejamento tributário abusivo. O planejamento tributário é quando uma empresa procura brechas para pagar menos impostos.
 

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

NÃO SEJA RASCUNHO


Culpar o destino, a sorte ou até mesmo outras pessoas por nossos fracassos é fácil. Tal atitude pode até apaziguar a nossa consciência e nos trazer  paz de espírito. Não esqueçamos de que a vida é marcada por momentos bons e ruins decorrentes de inúmeros fatores, dentre eles podemos considerar oportunidades e a intervenção alheia. No entanto um dos fatores preponderantes são as escolhas que fazemos. São elas que irão nos levar aonde queremos chegar.  
            Como empresários, não é diferente. O futuro da empresa está em suas mãos. Obviamente não podemos crer que controlaremos todos os fatores que influenciarão a vida da empresa. Pois, temos fatores internos, que é possível controlar, e fatores externos que não controlamos. Mas as escolhas que faremos sim, essas irão ser decisivas.
            Assim sendo, somos nós o principal fator que influencia a nossa vida, seja empresário ou empregado. Sejamos autores da própria historia e não o rascunho de nós mesmos. 

Euvaldo Pereira de Sousa - Bacharel em ciências contábeis e empresário contábil
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial