Você é capaz de dizer se um firewall substitui um antivírus? E se o  usuário está sujeito a ser infectado só de visitar uma página da web?  Por mais que especialistas banquem mães digitais e alertem "instale um  antivírus, menino", as dúvidas quanto à segurança são sempre presentes.  Por isso, o UOL Tecnologia desvenda a seguir 12 mitos e verdade sobre  segurança digital; confira:
Dois antivírus funcionam melhor que um
Dois antivírus instalados no computador competem entre si, deixam o  sistema mais lento e abrem brecha para que a funcionalidade de um anule a  proteção do outro. Em alguns casos, instalar dois softwares dessa  categoria é impossível. Na teoria, o banco de dados de um antivírus  atualizado deve ser igual ao de seus concorrentes. O que muda, portanto,  são detalhes de desempenho e configuração. Escolha o mais apropriado  para suas necessidades e imunize sua máquina.
É possível ser infectado apenas visitando uma página
Da mesma   forma que mensagens de e-mails podem contar scripts  maliciosos, os sites   podem conter códigos da mesma natureza que são  reconhecidos   automaticamente pelo navegador. Muitas vezes, esses  códigos são   inseridos inadvertidamente em sites populares, o que  aumenta ainda mais o   risco. Manter o navegador e o antivírus  atualizados é uma forma de   evitar o problema.
Vírus podem destruir fisicamente o hardware
Os vírus não têm a   capacidade de causar danos diretos à máquina,  mas podem induzir algum   componente do computador à exaustão ou mesmo  alterar os códigos nativos   de placas e outras peças. Em alguns desses  casos, o usuário pode perder   para sempre o componente afetado.
Um firewall funciona como um antivírus
Um firewall é   complementar ao antivírus e em hipóteses alguma pode  substituí-lo. Os   firewalls são programas utilizados para evitar que  conexões suspeitas e   não autorizadas vindas da internet tenham acesso  ao computador do   usuário. Grande parte dos antivírus possui bons  firewalls. Mesmo assim,   os sistemas operacionais contam com uma versão  nativa do "escudo   digital".
Abrir e-mails sem abrir anexo pode ser perigoso
Essa afirmação   exige um detalhe técnico. De acordo com Cristine  Hoepers, analista de   segurança do CERT BR (setor de segurança do  Comitê Gestor da Internet no   Brasil), algumas mensagens podem vir com  códigos maliciosos chamados de   scripts embutidos no texto da mensagem.  Se o programa usado para ler   e-mails está configurado para  interpretar scripts automaticamente, a   máquina do usuário poderá ser  infectada. Desabilite a função (nas   configurações de auto execução do  Windows, por exemplo) e mantenha o   software sempre atualizado.
Vírus podem deixar o computador lento
"Tá uma carroça. Deve   ser vírus." A frase anterior é quase um dito  popular. E quem diz isso   está com a razão. Alguns programas  maliciosos ou vírus utilizam a   máquina do usuário remotamente para  abusar da capacidade de   processamento do computador e, entre outras  atividades, propagar spams.   Além disso, os malwares podem utilizar  parte da banda larga do usuário   para trocar informações, causando a  impressão de que o sinal da internet   está debilitado. Portanto, por  mais "pesado" que seja um antivírus, é   melhor mantê-lo em  funcionamento a ter de arcar com as consequências de   uma invasão.
Os antivírus protegem contra todo tipo de ameaça
Os antivírus   são essenciais, mas não são eficazes como malwares,  adwares, spywares ou   trojans. Existem programas específicos para esse  tipo de ameaça. O   ideal é manter os dois tipos de softwares instalados  e atualizados.
Um vírus pode ficar alojado no sistema sem ser notado
Há muita   verdade nesta afirmação. Aliás, a maioria das ameaças  utiliza essa   técnica hoje. Quanto mais "imperceptível" for o invasor,  mais danos ele   conseguirá executar sem ser notado. Foi-se o tempo em  que hackers   criavam vírus apenas para importunar os usuários. A  crescente demanda de   comércio eletrônico e gerenciamento de conta  bancária por meio da web   têm atraído a ação dos criminosos. Não se  esqueça de executar uma   verificação em todo o sistema periodicamente.
Antivírus pagos são mais eficazes
Os antivírus pagos costumam   oferecer recursos mais sofisticados,  que integram outros softwares e   facilitam a vida do usuário. Ainda  assim, os sistemas de proteção dos   softwares gratuitos são tão  eficazes quanto, desde que sejam atualizados   periodicamente. Segundo  Cristine Hoepers, analista de segurança do CERT   BR (setor de segurança  do Comitê Gestor da Internet no Brasil), não   existe um antivírus que  proteja o computador contra 100% das ameaças,   seja ele pago ou  gratuito. Mesmo assim a ferramenta é indispensável.
Um vírus pode vir embarcado em um arquivo (ex: JPG, WMV, PDF)
Segundo   Cristine Hoepers, analista de segurança do CERT BR(setor  de segurança   do Comitê Gestor da Internet no Brasil), é possível  introduzir códigos   maliciosos dentro de arquivos. Esses códigos  exploram versões   vulneráveis dos softwares utilizados para abri-los.  Por isso é tão   importante manter os programas sempre atualizados, já  que atualizações   surgem periodicamente e visam diminuir os riscos.
Usar computadores públicos é mais perigoso
Talvez "perigoso"   não seja a palavra correta, mas fato é que o  usuário não tem o controle   dos softwares de um computador público.  Sendo assim, o sistema está mais   suscetível a abrigar arquivos  mal-intencionados, que captam informações   confidenciais como contas e  senhas. Evite acessar redes sociais e   contas de e-mail em locais  públicos.
Os pendrives podem propagar vírus e outras ameaças
Os crackers   abusam do poder de mobilidade do pendrive e  desenvolvem ameaças capazes   de alojarem-se na unidade de memória (no  caso o pendrive) assim que   plugada ao computador. Dica: faça uma  verificação nas unidades de   memória sempre que possível (no  gerenciamento do antivírus é possível   escolher a verificação para  unidades específicas) e desabilite funções   do sistema operacional que  executam os arquivos do pendrive   automaticamente.
  
Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário