terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Lucro distribuído a sócio de serviço é isento de IR

Os lucros distribuídos a sócios de serviço são isentos de Imposto de Renda, desde que os valores pagos pela sociedade não ultrapassem o lucro efetivamente apurado no exercício. A conclusão é da Superintendência Regional da Receita Federal da 1ª Região Fiscal — responsável pela fiscalização no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins —, divulgada em solução de consulta editada no último dia 26 de janeiro.
O entendimento interessa particularmente aos escritórios de advocacia, cujos sócios, na maioria dos casos, não participam do capital social, apenas com trabalho. A figura do sócio de serviço foi trazida pela reforma do Código Civil em 2002, por meio da Lei 10.406. Os artigos 997, 1.006 e 1.007, por exemplo, tratam do tema. De acordo com o artigo 1.007, nas sociedades simples, o sócio de serviço participa dos lucros “na proporção do valor das quotas” da sociedade, salvo se o contrato estipular de maneira diferente. O Provimento 112/2006 da Ordem dos Advogados do Brasil permitiu a aplicação da modalidade às bancas.
Em consulta à Receita, o escritório de advocacia Hoffmann Advogados Associados, com sede em Goiânia, questionou se o imposto incidia nos valores pagos aos sócios como remuneração pelo trabalho, como prevê o Código Tributário Nacional em seu artigo 43, ou se essas verbas deveriam ser tratadas como lucro, isento segundo o artigo 10 da Lei 9.249/1995.
De acordo com a Solução de Consulta 6 da Divisão de Tributação, o lucro pago a sócios de capital ou de serviço é isento de Imposto de Renda. Se a apuração for feita pelo regime do Lucro Real, a isenção só alcança os valores pagos abaixo do total de lucro contabilizado. O excedente será tributado. “Se for maior, por definição, não é lucro, mas pro labore, sendo tributável na pessoa física”, explica o tributarista Igor Mauler Santiago, do escritório Sacha Calmon Misabel Derzi Consultores e Advogados.
No caso de apuração pelo Lucro Presumido ou Arbitrado, o que for pago acima da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, descontados os demais impostos e contribuições da sociedade, também não sofre tributação, “desde que a pessoa jurídica demonstre, por meio de regular escrituração contábil (ainda que seja sociedade simples), que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas de apuração da base de cálculo do lucro presumido ou arbitrado”, segundo a solução da Receita.  “Na prática, isso quer dizer que as sociedades de advogados sujeitas ao lucro presumido, com receita bruta anual inferior a R$ 48 milhões, devem manter contabilidade regular, para evitar que os lucros distribuídos aos seus sócios, que normalmente são superiores a 32% da receita, sejam sujeitos ao IR para as pessoas físicas”, diz Santiago.
Para a advogada Camila Vergueiro Catunda, do Vergueiro Catunda Advogados, a definição foi importante por sacramentar que a isenção prevista na lei — editada quando ainda vigia o antigo Código Civil — abrange não só os extintos “sócios de indústria”, mas também os atuais “sócios de serviço”. “O fisco respondeu que a referida lei não cria essa distinção, logo, a isenção é para o sócio, independentemente de ele ser de indústria ou de serviço”, explica.

Fonte: Consultor Jurídico

Empresa se livra de pagar contribuição assistencial por não ser associada a sindicato patronal

As contribuições assistenciais e confederativas instituídas pelos sindicatos só podem ser cobradas de seus filiados. Com esse entendimento, a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho isentou a Confecções Altiva Ltda. da contribuição assistencial patronal cobrada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Uruguaiana (RS), ao qual a empresa não era associada.
Ao reclamar o pagamento da contribuição assistencial, o sindicato argumentou que a atividade preponderante da empresa é o comércio varejista. Dessa forma, sustentou que ela se enquadraria, para fins de representação sindical, na categoria econômica "empresas do comércio varejista em geral", representada pelo sindicato nos municípios de Uruguaiana e Barra do Quaraí (RS).
Na primeira instância, o pedido foi julgado improcedente, mas, após recurso do sindicato ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), a empresa foi condenada a pagar a contribuição assistencial patronal prevista nas convenções coletivas de trabalho relativas aos anos de 2005 a 2008, com acréscimo de multa e juros. O TRT/RS considerou que o trabalho desenvolvido pelo sindicato reverte em favor de todos os membros da categoria representada pela entidade.
A Altiva recorreu, então, ao TST alegando que, ante a liberdade de associação em categorias sindicais, essa contribuição só pode ser exigida dos associados à entidade. Esse foi o entendimento do relator do recurso de revista, ministro Horácio de Senna Pires, que ressaltou que a Constituição da República, em seu artigo 8º, garantiu o direito à liberdade de associação profissional ou sindical e apenas a contribuição sindical, do artigo 578 da CLT, remanesce como obrigatória a todos os integrantes da categoria, ainda que não sindicalizados.
Ao dar provimento ao recurso de revista da empresa, a Terceira Turma julgou improcedente o pedido de pagamento de contribuição assistencial ao Sindicato do Comércio Varejista de Uruguaiana (RS), fundamentando sua decisão na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal – Súmula 666 -   e do próprio TST, sedimentada no Precedente Normativo 119 e na Orientação Jurisprudencial 17 da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC).
 
Fonte: TST

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Capacidade de superar dificuldades é essencial na carreira

Dentre as características que fazem o sucesso ou o diferencial dos profissionais está a resiliência, a qualidade que leva o indivíduo a manter-se motivado e focado em sua meta, mesmo diante de dificuldades. Para Alessandra dos Santos Moura, diretora de Desenvolvimento Organizacional da Caliper Brasil, a resiliência é o grande diferencial de quem conseguiu ir mais longe.
"É uma espécie de elástico interno que permite, por exemplo, trabalhar bem sob pressão e lidar com dificuldades e adversidades sem desestimular-se. Pessoas resilientes não deixam situações desfavoráveis interferirem em seu nível de motivação e conseguem dar continuidade aos seus planos, mesmo sob condições adversas", assinala.
A diretora da Caliper Brasil ensina que uma premissa importante para quem almeja ser bem-sucedido é focar a carreira naquilo que mais gosta de fazer; nas atividades que mais trazem gratificação e motivação. O primeiro passo, segundo a especialista, é dedicar um tempo para elaborar uma definição própria de sucesso.
"Creio que sucesso seja um sentimento de conquista. Tem a ver com aquilo que o indivíduo traça para sua carreira. Está ligado a uma meta definida, a um objetivo e a um planejamento estabelecido e realizado. O sucesso tem uma definição individual e, acredito, não ser contínuo. É um momento de felicidade individual, único e ímpar", diz Alessandra.
Depois de definir o que é sucesso, chega o momento de entender quais são os pontos fortes e a melhorar no perfil do candidato. Existem ferramentas de Avaliação de Potencial e de desempenho para auxiliar os profissionais neste processo de diagnóstico e autoconhecimento. Nessa fase, é preciso ficar atento para não se prender apenas nas dificuldades, concentrando-se igualmente nas características positivas.
"Durante a busca pelo autoconhecimento, o profissional deve buscar obter feedbacks sobre seu desempenho. Essas opiniões de terceiros vão mostrar como ele é percebido pelos outros, o que faz de melhor e como melhorar. Também é um momento de autorreflexão, que vai levá-lo a examinar o que mais gosta de fazer e identificar as necessidades de desenvolvimento para alcançar os objetivos profissionais", aconselha.
A diretora da Caliper pontua que trabalhar as necessidades de desenvolvimento de um perfil pode ser complicado para algumas pessoas, mas que a compreensão dos pontos fortes permite apoiá-los neste processo. "Uma característica forte pode, inclusive, ajudar a superar uma dificuldade. É imprescindível equilibrar competências técnicas e comportamentais para descobrir exatamente quais são as necessidades que precisam ser trabalhadas".
Depois de conhecidas as fraquezas e as fortalezas, o próximo passo é a estruturação de um plano para o desenvolvimento, que deve ser revisado periodicamente para se avaliar as dificuldades. Todo plano de desenvolvimento, assinala Alessandra, precisa ser dividido em submetas: ações determinadas de forma clara e com prazo para serem cumpridas.
"Os programas de coaching ajudam muito nesse sentido. É importante não trabalhar muitas metas ao mesmo tempo. Recomenda-se no máximo três para poder se dedicar bem a cada uma delas. Existem várias ferramentas para apoiar o desenvolvimento de carreira na área de Gestão de Pessoas e excelentes profissionais para esse tipo de consultoria".
Após toda essa preparação, o indivíduo deverá procurar situações nas quais possa usar seu potencial. Estar atento às oportunidades que surgem o levará a reconhecer os momentos decisivos e aproveitá-los para vencer do próprio jeito.
"Notamos que as pessoas de sucesso sempre se colocaram em um momento decisivo na carreira ou na vida pessoal. Nessas ocasiões, usaram suas melhores qualidades a seu favor. Os gatilhos para o sucesso como a ousadia, a perseverança, a segurança ou a resiliência foram decisivos para atingir o resultado esperado", frisa.
O sucesso não tem uma fórmula única, fechada ou absoluta. Cada um que o experimenta, o define à sua maneira. É essa a conclusão que chegaram o fundador e CEO da Caliper USA, Herb Greenberg, e Patrick Sweeney, vice-presidente da empresa, depois de passarem dois anos analisando pessoas bem-sucedidas em mais de vinte países. O resultado dessas entrevistas deu origem à obra "O Sucesso Tem Fórmula", publicada no Brasil pela Editora Campus. Segundo o livro, as qualidades essenciais para guiar o sucesso são:
1. Perseverança
2. Foco no objetivo
3. Autoconhecimento
4. Resiliência
5. Disposição para assumir riscos
6. Desempenhar bem sob pressão
7. Otimismo
8. Empatia
9. Competitividade
10. Paciência
11. Poder de persuasão
12. Segurança
13. Paixão
14. Integridade
15. Confiança
16. Bom humor
17. Estar aberto
18. Criatividade
19. Coragem

Fonte: Canal Executivo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Microcrédito para empresas é o foco dos bancos em 2012

O empreendedor foi o foco em 2011 dos bancos para o destino dos recursos do microcrédito. Até outubro do último ano, as aplicações atingiram R$ 1,323 bilhão, enquanto no mesmo período do ano passado, o volume era de R$ 925 milhões, alta de 43,03%. O Santander aposta no microcrédito produtivo orientado como forma de atingir um novo público, e de ter rentabilidade, com lucro líquido de R$ 17 milhões em 2011. Já os públicos Banrisul e Banco do Brasil integram programas governamentais. Entretanto, a linha possui o problema do alto custo diante das baixas taxas de juros. 
Após a Resolução nº 3.422 do Conselho Monetário Nacional (CMN), as instituições financeiras foram obrigadas a destinar 2% do saldo de depósito à vista ao microcrédito. Entretanto, a obrigação não define o perfil do tomador do empréstimo, o que proporcionava a maior destinação para o consumo. 
Mas em agosto de 2011, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou medidas de incentivo ao microcrédito produtivo orientado. No mesmo mês houve uma inversão das aplicações, sendo que o direcionado ao consumo passou a representar R$ 1,223 bilhão, e para as empresas foi para R$ 1,281 bilhão. 
O Santander atua com o produto desde 2002 com o total de R$ 1,3 bilhão em desembolsos e 250 mil clientes. No ano passado, a operação cresceu 49%, com o total de R$ 186 milhões. A base de clientes se elevou 8% ao longo de 12 meses, com 25 mil tomadores de empréstimos e 151 mil renovações de contratos. 
Segundo o superintendente do Santander Microcrédito, Jerônimo Ramos, a concessão do financiamento não é realizada da forma tradicional, mas sim por meio de 211 agentes de crédito, que têm a função de analisar a situação socioeconômica para conhecer a real necessidade e capacidade de pagamento de cada empresário. "Permite ter uma visão realista do faturamento líquido e se é responsável por despesas familiares, como aluguel, medicamentos, etc.". 
A entrega do recurso financeiro é realizada por meio de ordem de pagamento na agência mais próxima, já que boa parte dos clientes não possui conta corrente no banco. "O microcrédito se desenvolve onde não está o banco. Cerca de 75% dos desembolsos estão no Nordeste e quem chega até lá é o agente financeiro". 
Os financiamentos variam de R$ 500 a R$ 15 mil e os prazos de 4 a 24 meses, com tíquete médio de R$ 1,8 mil e taxa de juros de 2% a 3,95% ao mês. A taxa de adimplência é de 96,6%. "Entendemos o microcrédito como negócio e não como assistencialismo. É rica a relação com os microempreendedores", disse o superintendente, que acrescentou que o lucro líquido obtido em 2011 foi de R$ 17 milhões, alta de 73,5% na comparação com o ano anterior, que foi de R$ 9,8 milhões. 
Apesar da rentabilidade, a operação é custosa para o banco, segundo o superintendente do Santander. "O funding é barato, mas a operação custosa. Uma solução, por exemplo, seria a desoneração da folha de pagamento do agente de crédito". 
Integrante do programa do Governo do Rio Grande do Sul, o Banrisul aplica taxa de juros de 0,64% ao mês e 8% ao ano. O superintendente da unidade de Microcrédito, Sérgio Citolin, explicou que por conta da taxa aplicada a operação não é tão rentável quanto outras linhas, mas que não dá prejuízo. "O banco não olha para a rentabilidade, mas sim para o lado sustentável". 
Desde julho de 2011, início do programa, o total de desembolsos atingiu R$ 6,7 milhões, com a meta de chegar a R$ 50 milhões ainda neste ano. "A disposição é atender a demanda, se for de R$ 100 milhões é ir atrás de mais recursos", detalhou Citolin. 
O modelo de distribuição do Banrisul é distinto, com 27 cooperativas e 11 instituições de microcrédito. "Atende quem não tem acesso às linhas normais e com a construção do modelo de instituições subcontratadas e cooperativas sai do sistema tradicional do banco". 
O superintendente cita o exemplo de dois projetos no interior, na cidade de Soledad, onde os microempresários do setor de pedras preciosas necessitavam de recursos para se adaptar às normas ambientais. "Tiveram financiamento para as estações de tratamento de resíduos, se adequaram às necessidades de meio ambiente e puderam continuar com sua atividade". 
O Banco do Brasil atua desde setembro do ano passado com o Programa Crescer, em parceria com o governo federal. O presidente da instituição, Aldemir Bendine, durante divulgação do balanço, revelou que o foco neste ano está nos empréstimos para investimentos e crescimento das empresas, não somente custeio. "A meta de 2011 foi superada e 2012 deve atingir R$ 1 bilhão." Bendine também disse que o Banco Postal será utilizado para a inserção da linha nas Regiões Norte e Nordeste.
 
Fonte: DCI – SP

Facebook gera retorno 300% maior para empresas

A agência CookieWeb tem conseguido alcançar resultados até 300% maiores com as campanhas vinculadas ao Facebook do que em qualquer outra mídia online.
As campanhas que incluíram anúncios pagos e ações promocionais nas FanPages chegaram a triplicar o número de seguidores para as marcars.
De acordo com a agência, o retorno das campanhas chega a ser 2,5 vezes maior que as mesmas campanhas na rede de display do Google.
"Não acreditávamos em retorno no Facebook, mas isso já é realidade. O Facebook será mais uma opção para marcas que buscam performance, além do engajamento entre seus clientes", afirma Marcel Werdesheim, sócio-diretor da CookieWeb.

Fonte: Brasil Economico

Pontualidade de pagamento das pequenas empresas em janeiro é a maior em sete anos

Relatório divulgado na manhã desta quinta-feira, dia 23, indica que a pontualidade das micro e pequenas empresas atingiu 94,8% em janeiro deste ano - para cada 1 mil pagamentos realizados, 948 foram quitados à vista ou com atrasado máximo de sete dias, o que não configura inadimplência.
Com isso, os técnicos da Serasa Experian, empresa de recuperação de crédito responsável pela pesquisa, constararam que trata-se do melhor resultado - para um mês de janeiro - desde o início da série história, em 2006. Em janeiro daquele ano, por exemplo, a pontualidade foi de 93,6%.

Confira o desempenho de pontualidade conforme o ano:

Janeiro de 2006: 93,6% de pontualidade
Janeiro de 2007: 93,4%
Janeiro de 2008: 93,4%
Janeiro de 2009: 92,9%
Janeiro de 2010: 93,8%
Janeiro de 2011: 94,7%
Janeiro de 2012: 94,8%

De acordo com os economistas da entidade, a redução dos índices de inadimplência das pessoas físicas e a retomada do crescimento econômico do País ajudam a explicar o resultado obtido pelos negócios de pequeno porte em janeiro deste ano. O resultado também anima os técnicos em relação ao futuro, afinal, eles acreditam que nos próximos meses a tendência é de alta na pontualidade dos pagamentos.

Apesar de reunir as empresas com maior potencial de desenvolvimento, foram os negócios do setor de serviços que registraram o pior desempenho em janeiro de 2012 - 93,5% dos pagamentos foram feitos em dia. A primeira posição fica com os micro e pequenos comércios (95,7% de pontualidade). As indústrias tiveram 94% de vencimentos pagos em dia.

Fonte: Estadão.com.br

Cinco erros que podem prejudicar a imagem da sua marca nas mídias sociais

Achar que sua empresa deve, a qualquer custo, atuar nas mídias sociais é apenas o primeiro de muitos erros que os empreendedores cometem quando o assunto é a presença digital das marcas. “Muitas empresas aderem às redes sociais só porque virou moda, mas não têm a menor ideia do que fazer ali”, analisa Cláudio Torres, consultor de marketing digital e autor do livro “A Bíblia do marketing digital”.
Para ajudar os empresários a evitar armadilhas digitais, o Estadão PME ouviu especialistas e identificou os principais erros que uma empresa pode cometer nas redes sociais. Saiba quais são e o que fazer para evitá-los:
1. Criar um perfil sem planejar antes
Os especialistas avaliam que a maioria das empresas não tem um propósito claro quando passa a atuar nas redes sociais. “Não há qualquer planejamento”, diz Torres. “As empresas muitas vezes gastam dinheiro e até contratam um funcionário para cuidar das mídias sociais sem saber direito o que esperam desse canal”, critica.
Para o consultor, o primeiro passo para evitar o erro é identificar que tipo de conteúdo a empresa pode oferecer para seus clientes nesse canal e avaliar se essas informações são de fato relevantes. “Uma marca não ganha seguidores no Twitter e fãs no Facebook se não conseguir fornecer um conteúdo que realmente interesse a seus clientes”, avalia Torres. “A empresa que não consegue fazer essa ligação só vai perder tempo nas redes sociais.”

2. Não perceber que as redes são um reflexo do mundo real
Empresas que prestam um atendimento ruim, que registram alto número de reclamações por parte dos consumidores ou que apresentam falhas em seus produtos não vão encontrar nas mídias sociais uma forma de se redimir. Pelo contrário. “Para uma empresa que enfrenta muitos problemas no mundo real, marcar presença no mundo virtual pode ser uma estratégia desastrosa”, observa Torres. “As reclamações vão ganhar escala e repercutirão em um universo muito maior.”
O consultor observa que, nesses casos, a empresa deve primeiro trabalhar para corrigir seus erros para só então intensificar sua atuação nas mídias sociais. “Aí sim as redes podem ajudar a divulgar a mudança de comportamento da empresa, atuando de forma positiva.”

3. Direcionar o consumidor para outros canais de atendimento
O consumidor que registra uma reclamação ou faz uma pergunta via mídia social quer ser atendido naquele mesmo canal. “As empresas não devem redirecioná-lo para o SAC ou para o site da marca”, avisa Alexandre Marquesi, professor de redes sociais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “A conversa deve ser concluída naquele espaço.”
Ao redirecionar o consumidor para outro canal, além de irritá-lo, a empresa ainda cria uma imagem muito negativa perante os demais clientes. Ela passa a sensação de querer esconder dos outros o que está acontecendo, de querer calar quem reclama dos seus serviços.

4. Mudar o perfil de atuação de uma hora para outra
Muitas empresas, por divulgarem conteúdo interessante, conseguem atrair muitos seguidores. Mas quando percebem que criaram um grande canal de comunicação, caem na tentação de usar essa mídia para vender seus produtos e serviços. “o consumidor pode se sentir traído e abandonar a marca”, diz Marquesi.
“As empresas precisam entender que, nas mídias sociais, a palavra de ordem é engajamento. O dinheiro vem de forma complementar”, comenta Marquesi. O professor da ESPM afirma que é possível sim anunciar seus produtos nesse canal. “Mas o ideal é que se faça isso em forma de promoções ou embutido no conteúdo divulgado. Desta forma, o cliente verá alguma vantagem em receber aquela informação.”

5. Errar e não consertar
O erro faz parte do aprendizado da empresa nas mídias sociais. Mas toda vez que a empresa deslizar, é preciso que ela perceba rapidamente a sua falha e conserte o quanto antes. “Um erro se espalha muito depressa nas mídias sociais e ganha um peso muito forte”, comenta Marquesi. “Portanto, quanto mais rápido vier a correção, maiores as chances de a imagem da empresa ser preservada.” Por isso, é fundamental que as redes sociais tenham um guardião, uma pessoa que cuida desses canais e esteja sempre atenta ao que acontece ali – e que se responsabilize por isso. “Porque a única coisa que pode ser pior que cometer um erro numa mídia social é encerrar a participação da empresa neste canal só para ‘sair de fininho’”, analisa Marquesi. “O consumidor não perdoa.”

Fonte: Estadão.com.br

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Governo será mais flexível com tributos

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo será cada vez mais flexível na redução de tributos que estimulem os investimentos. "Nós temos sido cada vez mais flexíveis na área fiscal. A cada ano nós temos reduzido mais os tributos. Não estou falando do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), mas de outros tributos que barateiam o custo da produção, do investimento. Isso vai continuar", disse.
 
O ministro também avaliou como positiva a redução nas taxas de juros no mercado financeiro depois do anúncio do corte de R$ 55 bilhões no Orçamento da União. "Acho positivo porque o mercado financeiro leva a sério o nosso propósito de fazer uma política fiscal responsável e sólida. O corte que nós anunciamos é grande e mostra que a nossa trajetória vai ser perseguida, não só no ano passado, mas nos próximos", disse.
 
Segundo ele, o aperto do governo abre espaço para juros menores desde que a inflação esteja sob controle. Como todos os índices apontam para a queda da inflação, esse espaço para a redução dos juros será cada vez mais viável, indicou o ministro.
 
Mantega lembrou que janeiro e fevereiro, tradicionalmente, são meses que têm índices de inflação mais elevados, mas em 2012 tem sido diferente. "No ano passado, a inflação pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi 0,83%. Neste ano, foi 0,56%. Portanto, estamos com a inflação controlada e caindo em relação ao ano passado", destacou. Para ele, a tendência de queda da inflação propicia um crescimento da economia em 'condições equilibradas'.
 
O ministro não quis fazer projeções sobre o momento exato em que a taxa de juros passará a ser de apenas um dígito. A taxa básica de juros (Selic) encontra-se em 10,5%. Segundo ele, esse tipo de projeção compete ao BC. "Quanto à velocidade da queda da taxa de juros só o Banco Central pode responder."
 
Fonte: Diário do Comércio

Administração >> Juceg Expresso atende todos os municípios goianos

Os empresários que estão em localidades onde não há unidades da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) podem abrir ou regularizar a empresa por meio do Juceg Expresso, uma parceria da Junta Comercial com os Correios. “O usuário encaminha os documentos para a Juceg e recebe a resposta da solicitação no seu endereço através do sedex. Todos os serviços de registro mercantil podem ser realizados dessa forma”, explica o presidente da Juceg, Veríssimo Aparecido da Silva.

Para utilizar o Juceg Expresso, o empresário deve solicitar dois envelopes na agência dos Correios, um servirá para a emissão dos documentos e o outro será utilizado pela Junta Comercial para remeter resposta ao empresário quando o processo estiver pronto. Todas as informações sobre como utilizar este serviço estão disponíveis no site http://www.juceg.go.gov.br/juceg_expresso.htm.

Juceg Itinerante
De acordo com Veríssimo da Silva, dois projetos em andamento na Junta Comercial vão facilitar ainda mais a vida do empresário que atua no interior. Um deles é o Juceg Itinerante, um microônibus que percorrerá todas as regiões do Estado realizando os serviços de registro mercantil nos lugares onde não há escritório da Junta Comercial. A Secretaria de Indústria e Comércio e o Sebrae são parceiros da Juceg nesta iniciativa.

Certidão via webOutro projeto que vai dar mais agilidade à prestação de serviços de registro mercantil no Estado é a emissão da certidão simplificada da empresa via web. “Esse serviço já está entrando na fase de testes. O empresário vai poder tirar o documento de casa, sem precisar vir à Junta Comercial como faz atualmente”, explica Veríssimo da Silva.

Fonte: TôSabendo.com

Formação de herdeiros é o principal desafio das famílias empresárias

Para 38% das famílias  empresárias da América Latina, garantir a formação dos herdeiros é o principal desafio, segundo revelou um levantamento da Dextron Management Consulting, consultoria focada em projetos de estratégia e organização. A resposta revela que os entrevistados estão preocupados com a continuidade de seus negócios.
Outros 16% disseram que o desafio é destacar a importância da família estimular e apoiar iniciativas das novas gerações, muitas vezes não ligadas aos negócios da família, para estimular o empreendedorismo nos descendentes. Já 13% disseram que o desafio é preservar o legado da família.
Desafios do negócio
Ao serem questionados sobre negócios da família, 30% dos respondentes disseram que o desafio principal é o desenvolvimento e a implementação do processo de planejamento estratégico.
Outras respostas apontadas foram o planejamento da sucessão da direção dos negócios, com 23%, estabelecer um estrutura organizacional formal, com 13%, e a implementação de um processo de profissionalização estruturado, com 10%.
“Os desafios que uma família que é ‘dona de algum negócio’ enfrenta, ao buscar a sua perpetuação ao longo das gerações, são vários e todos interdependentes. O grau de sucesso das famílias, ao enfrentar estes desafios ao longo do tempo, está claramente explicitado no dito popular ‘pai rico, filho nobre e neto pobre’”, finaliza o sócio-dietor da consultoria, Celso Hiroo Ienaga.

Fonte: Infomoney

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Redes sociais ajudam a criar produtos

Depois da publicidade e do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), empresas investem em uma nova frente nas redes sociais: a inovação.
Pepsico, Whirlpool, Tecnisa e Bradesco, entre outras, monitoram Twitter e Facebook para alimentar suas áreas de criação e de desenvolvimento de produtos.
Dessa prática já saíram edifícios com uso compartilhado de bicicletas, sabores de salgadinho e novidades nos serviços bancários.
O trabalho de coleta é como uma garimpagem. "Tudo é visto com cuidado. No geral, o consumidor quer mais do mesmo, porém mais barato", afirmou Cris Monteiro, gerente de marketing da Pepsico do Brasil, durante a Social Media Week, evento que se realiza nesta semana no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo.
Na construtora Tecnisa, esse processo de validação das ideias é acompanhado desde o início por um gestor. "É um profissional capaz de entender se aquilo faz sentido dentro da filosofia de negócios da empresa", diz Paulo Schiavon, gerente de mídia on-line da empresa.
As duas companhias têm experiências bem-sucedidas nas redes sociais. A Pepsico obteve 2 milhões de sugestões com a promoção "Faça-me um sabor", para a batata frita Ruffles. "Recebemos também muitas informações sobre o que fazer com a marca", diz Monteiro.
BICICLETAS NO PRÉDIO
A Tecnisa vendeu um apartamento pelo Twitter, em 2009, e mantém as redes como uma de oito fontes de "inputs" para inovação.
Das plataformas on-line já extraiu mais de 1.100 sugestões -30 estão em desenvolvimento (como um projeto de garagem decorada) e, recentemente, lançou dois empreendimentos com "bike sharing", sistema de uso compartilhado de bicicletas.
O Bradesco criou uma nova forma de reestabelecer senhas de cartões. No banco, o volume de menções a um tema é monitorado para detectar tendências.
"Temos uma média de 1,1 milhão de interações por dia no call center [que inclui as redes sociais]", diz Luca Cavalcanti, diretor de canais digitais do Bradesco.
"Realizamos diversos estudos e pesquisas, inclusive com a participação dos internautas que enviam sugestões", afirma Daniela Cianciaruso, gerente-geral de marketing da Whirlpool Latin America.
Para o consultor Luiz Algarra, o imediatismo das redes desafia o planejamento das empresas.
No ano passado a Kraft Foods retomou a produção da bala Hall's sabor uva verde, após pedidos de internautas sem que isso estivesse programado.
"Não há uma fórmula para lidar com redes sociais", diz Natacha Volpini, gerente de mídia digital da empresa. "Estão todos aprendendo."
 
Fonte: Folha de S.Paulo

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Desaparecimento de marcas famosas

Não obstante o alto valor agregado que possam deter, é usual que marcas amplamente conhecidas pelo público consumidor e, portanto, consideradas famosas, sejam substituídas e desapareçam do mercado.
Atualmente os processos de fusão e aquisição de empresas são a maior razão para a substituição de marcas no mercado. São, por exemplo, os casos da marca Esso, que foi substituída pela Shell; da marca Banco Real, que foi substituída pela marca Banco Santander; da marca Bamerindus, que foi substituída pela marca HSBC, dentre diversos outros.
A substituição das marcas pode igualmente se dar por questões de redução de portfólio, na qual as empresas multinacionais abandonam as marcas nacionais e as substituem por aquelas utilizadas em seu país de origem, como aconteceu com as marcas Kri e Lollo, ambas da Nestlé, que foram substituídas no Brasil pelas marcas Crunch e Milkybar, respectivamente, para identificar os mesmos chocolates. A notoriedade e o valor agregado da marca adquirida, que pode conservar os referenciais de qualidade e prestígio, pode ainda resultar na associação entre as marcas.
Foi esse o destino da marca Colorama, adquirida pela multinacional francesa L'OREAL. Tendo em vista a força da marca nacional no segmento de esmaltes, a L'OREAL optou por associar a Colorama à sua marca Maybelline nos produtos vendidos no exterior, de modo que os esmaltes são atualmente comercializados sob a marca Maybelline Colorama.
Declarada a caducidade, há o risco de apropriação por terceiros
Os fenômenos da substituição e da associação envolvendo marcas famosas - neste último caso, formando uma marca nova - nos levam a questionar se as marcas antigas devem ser protegidas pelos seus novos titulares ou simplesmente abandonadas.
Isso porque, ainda que a substituição e associação das marcas devam ser feitas paulatinamente, permitindo que o consumidor se acostume com a nova marca como sendo a sucessora da antiga, o fato é que esta ainda possui grande valor no mercado.
Como exemplo podemos citar a marca Kolynos, que por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), foi substituída pela marca Sorriso para identificar creme dental. Ainda que a primeira marca tenha deixado de ser usada em 1997, somente em 2003 a marca Sorriso superou a Kolynos como a mais lembrada para o referido produto, conforme apontou a pesquisa Top of Mind.
Com efeito, como consequência dos investimentos realizados ano após ano na consolidação das marcas famosas, estas permanecem no consciente do público consumidor e são capazes de transmitir valores como confiança e qualidade mesmo após deixarem de ser usadas. Assim, acreditamos que a proteção de tais marcas deve ser mantida mesmo que não estejam em uso.
Como então a marca famosa pode ser protegida mesmo após deixar de ser usada no mercado?
A Lei da Propriedade Industrial, que regula o registro de marcas no Brasil, não exige que seja demonstrado o uso da marca no ato do requerimento de sua prorrogação. Assim, mesmo que a marca objeto do registro não esteja em uso no país naquele momento, o requerimento da prorrogação no prazo legal, acompanhado do pagamento das respectivas taxas, é suficiente para que a marca tenha proteção por mais uma década.
A referida lei, no entanto, prevê o instituto da caducidade, isto é, caso a marca deixe de ser usada por um período igual ou maior que cinco anos, a caducidade da marca poderá ser declarada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) mediante requerimento de terceiros interessados.
Diante do requerimento da caducidade do registro da marca, cabe ao titular demonstrar o seu uso para os produtos ou serviços cobertos pelo registro, ou justificar o seu desuso por razões legítimas. Uma vez declarada a caducidade da marca, esta estará livre para apropriação por terceiros.
É o caso da marca El Juego Del Million, cuja caducidade dos registros foi declarada administrativamente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), tendo sido reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a legitimidade da B.F. Utilidades Domésticas Ltda. e da TVSBT - Canal 4 de São Paulo em usar e registrar a marca Jogo Do Milhão.
É o caso também da tradicional marca Scala, para assinalar cosméticos, cuja caducidade foi declarada em decisão proferida pelo INPI e confirmada judicialmente por entender o STJ que a falta do uso da marca não se deu por razões legítimas.
Por outro lado, em consonância com o disposto na Convenção de Paris, a Lei de Propriedade Industrial prevê que a marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade merece proteção no território nacional mesmo que não esteja registrada no Brasil. A marca deve, no entanto, estar registrada em outro país signatário da mencionada convenção.
Por essa regra, o Brasil compromete-se a recusar ou invalidar registro de sinal que constitua imitação ou reprodução de marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade, ainda que a marca não esteja em uso no mercado naquele momento.
Vemos, assim, que a proteção das marcas famosas é possível, ainda que não estejam registradas e em uso no mercado naquele momento.
Essa proteção é imprescindível para que não haja a sua apropriação por terceiros, que se beneficiarão de anos e anos de investimentos realizados em sua construção e solidificação perante os consumidores.

Fonte: Valor Econômico

Empresas precisam proteger informações na internet

Em um momento de avanço tecnológico em direção a um futuro cada vez mais virtual, muitas empresas, principalmente as pequenas, desconhecem uma categoria de ativos dos mais importantes para o seu negócio: os intangíveis. São marcas, patentes, softwares, informações sigilosas ou produção intelectual que podem estar desprotegidos e de fácil acesso para os criminosos digitais. “É muito difícil proteger este tipo de riqueza”, avalia Victor Haikal, advogado especialista em direito digital da PPP Advogados. Ele ministrou, na terça-feira (7) à noite, uma palestra sobre o assunto no Like a Boss, o espaço que o Sebrae mantém na Campus Party 2012, em São Paulo.

Segundo Haikal, o Brasil vem resolvendo as questões digitais com muita lentidão. Ele cita como exemplo uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que levou sete anos para afirmar que o Google não pode ser responsabilizado por todo o conteúdo publicado no site de relacionamento Orkut, que pertence à empresa. Apesar da morosidade da Justiça, cada vez mais pessoas recorrem a ela para se defender de problemas nas redes sociais. “Se a pessoa for até o fim no processo, muitas vezes a decisão é favorável a ela”, disse.
Em relação a ataques de criminosos digitais, segundo Haikal no direito digital tudo pode ser prova: cds, disquetes, e-mail, sites de relacionamento, fotos, gravações em caixas-postais de celulares. A grande maioria dos processos na Justiça tem e-mails como provas. Se as relações de compra e venda estão mudando, as relações com o direito também evoluíram. As principais características do direito digital são as relações não presenciais, máquinas como testemunhas e provas eletrônicas.

Por isso, é preciso ficar atento ao construir um site de e-commerce, participar de uma rede social ou fazer publicidade no mundo virtual. De acordo com Haikal, 98% dos incidentes na internet são provocados por usuários incautos. “O desconhecimento da lei é imperdoável”, afirmou. “Crescem os problemas de direitos autorais. Nas redes sociais, tenham cuidado com comentários e piadas de mau gosto. Elas podem levar a um processo”, completou.
Outro ponto importante, diz o advogado, é conhecer a política de privacidade e as normas de utilização do site. “Ao aceitar a política sem ler, o usuário dá um cheque em branco para que o site ou a rede social faça o que achar melhor com as informações ali colocadas. Por isso, é importante saber como as suas informações serão tratadas”, diz Haikal.

Sopa

O especialista em direito digital diz que “a falta de regras claras no mundo todo e, em especial no Brasil, para a utilização das informações que estão na internet leva a um caos”. Ele defende que devem ser elaboradas novas maneiras, menos restritivas, de controlar os direitos autorais de conteúdos. Tramitam no Congresso americano dois projetos de lei, o Stop Online Piracy Act (Pare com a Pirataria On-line, em tradução livre), conhecido como Sopa, e Protect IP Act (Ato para Proteção da Propriedade Intelectual), chamado de Pipa, para tentar combater a pirataria na internet. Os projetos vêm provocando manifestações das empresas de tecnologia. A favor, estão empresas tradicionais de entretenimento, como as emissoras de televisão, gravadoras de músicas, estúdios de cinema e editoras de livros.

Para Haikal, o Sopa penalizará não apenas o usuário, mas também sites de busca, provedores de conteúdo, meios de pagamento on line, entre outros. “Se o site descumprir a lei pode ser penalizado, mas o foco dos projetos está em empresas que ganham dinheiro com a pirataria, como as que vendem remédios falsificados pela internet”, diz. Apesar disso, ele defende que empresas da “velha economia sentem-se à mesa de discussão com a nova economia e que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja mediadora dos conflitos”.

Fonte: Agência SEBRAE de Notícias

Mudanças em leis causam transtornos

As alterações feitas nas leis do Aviso Prévio e Simples Nacional – em vigor há um mês – estão deixando empregadores e empresários de cabelo em pé.

As dúvidas são frequentes e os problemas também. A contadora Andreza Rocha teve que demitir um dos funcionários do seu escritório de contabilidade, porém está confusa e não sabe como calcular a rescisão. “A pessoa cumpriu aviso prévio até cinco dias depois da nova resolução. O Ministério do Trabalho diz que a contagem deve ser a antiga, já o sindicato do trabalhador afirma que deve-se seguir as regras da Lei 12.506. Não sei o que fazer”, desabafa.


As novas regras para o Aviso Prévio estão valendo desde outubro de 2011 e são: se o empregado estiver prestando serviços por mais de um ano, deverá ser o período de 30 dias. Terá que ser observado, também, o período de 3 dias a cada ano trabalhado, não podendo superar 60 dias.

Assim, somando-se o aviso prévio de 30 dias e o período de 3 dias a cada ano trabalhado, o resultado será de, no máximo, 90 dias.

Simples nacional/Micro e pequenos empresários, associações e entidades comemoraram a ampliação dos limites para enquadramento no regime de tributação do Simples Nacional, assim como as novas regras de parcelamento de dívidas com o Fisco. Já está em vigor e deve beneficiar cerca de cinco milhões de empresas.

A contadora Pâmela Ferreira correu contra o tempo para reunir os documentos das 30 empresas que atende e para encaixar no regime. “A resolução ajuda muitas empresas a continuarem, já que as dívidas podem ser parceladas”, conta.

A Lei 77, sancionada em 4 novembro de 2011, diz que as micro e pequenas empresas terão reajuste em 50% nos limites de faturamento anual para enquadramento no Simples, elevando o teto das micro de R$ 240 mil para R$ 360 mil, e das pequenas, de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. Além da ampliação do limite para o Empreendedor Individual (EI), de R$ 36 mil para R$ 60 mil anuais e o parcelamento da dívida tributária para os empreendedores que estão enquadrados no Simples Nacional, o que antes não era permitido.

Dívidas/ Os empreendedores que têm dívidas com a Receita Federal já podem regularizar a situação. Por lei complementar, o governo possibilita o parcelamento em até 60 vezes. “Para microempresas, a parcela mínima é R$ 500. No caso de microempreendedores individuais, o mínimo que deve ser pago é um valor pequeno, que não passa dos R$ 50”, diz Milton Gomes, da CPA Consultoria.

Ele ressalta que não vale a pena desistir da empresa formal. “A formalização traz uma série de vantagens. Permite ao empreendedor entrar em uma concorrência pública ou de empresas, financiamento, impostos mais baratos”, diz.“Quem não regularizar, vai pagar mais caro. Os impostos são maiores. Todos os empreendedores devem preservar o direito de ficar no sistema e manter o direito de emitir nota fiscal”, finaliza Gomes.

Cálculo do aviso prévio
Para trabalhadores com mais de um ano de carteira assinada: Aviso prévio = [30 + (3 X número de anos trabalhados na mesma empresa)

Velho de casa
Um empregado que trabalhe a 9 anos na mesma empresa: Aviso prévio = [30 + (3 X 9)] = [30 + 27] = 57 dias

Confirmação
O registro está sendo gerado desde 1° de janeiro

Devedor
A empresa que tiver pendências não tem direito à entrevista. Para isto, o programa disponibiliza o parcelamento do débito tributário

Pagamento
As microempresas e os microempreendedores individuais devem regularizar os débitos pelo site da Receita Federal. Basta digitar o CNPJ e requerer o número de parcelas. Microempreendedores devem pagar parcela a partir de R$ 500.

5 milhões de empresas são beneficiadas com as facilidades.

Fonte: Diário de S.Paulo

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Incentivo aos pequenos negócios gera desenvolvimento social

O ano de 2012 traz oportunidades para inserir o empreendedorismo nos debates das eleições municipais, reforçar a importância dos pequenos negócios para o desenvolvimento local e incentivar a prática das determinações da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. A avaliação foi feita pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto, no lançamento do I Encontro dos municípios com o desenvolvimento sustentável: pequenos negócios, qualidade ambiental urbana e erradicação da miséria. O evento será realizado de 27 a 29 de março, em Brasília, pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o apoio do governo federal e do Sebrae.
O encontro debaterá o desenvolvimento sustentável dos municípios a partir da inclusão produtiva urbana, de acordo com os parâmetros do Plano Brasil sem Miséria. A intenção é mostrar que o fortalecimento das micro e pequenas empresas (MPE) e a formalização por meio do Empreendedor Individual (EI), com respeito às vocações econômicas locais, são instrumentos estratégicos de desenvolvimento e combate à pobreza.
O presidente do Sebrae, no entanto, lembrou que é preciso avançar nas simplificações e adequações das regras para resolver problemas relativos ao licenciamento para o exercício da atividades. "A sobrevivência desses negócios depende muito dos municípios", destacou. O presidente da FNP, João Coser, afirmou que as leis municipais devem ser adequadas para incentivar os pequenos negócios. "As MPE são a grande alternativa para a erradicação da miséria por meio da geração de emprego e oportunidades de desenvolvimento. Por isso precisam de tratamento diferenciado", disse.
No evento, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, destacou a importância dos temas do encontro e disse que a presidente Dilma Rousseff orientou que haja "obsessão na oferta de oportunidades para que as pessoas possam viver com dignidade".
A programação do encontro prevê a apresentação de experiências bem-sucedidas de inclusão produtiva e de tecnologias disponíveis para esse tipo de ação. Haverá quatro painéis debatendo temas como economia local e oportunidades para pequenos negócios, gestão pública aliada do empreendedorismo e qualidade ambiental urbana e desenvolvimento sustentável. 


Fonte: Administradores.com.br

As principais modificações de leis para as empresas em 2012

Inicia-se um novo ano e além das expectativas de um período fiscal lucrativo as empresas brasileiras sabem que para que essa expectativa seja cumprida ao final de 2012 é preciso estar atento ao planejamento tributário.
Dentro de um planejamento fiscal e tributário bem feito as empresas necessitam estar atentas a quantidade de tributos, a complexidade da legislação e as freqüentes alterações em leis, impostos e tributações.
Para o ano de 2012 algumas mudanças impactarão de forma mais direta na rotina das empresas, gerando maior burocracia e uma conseqüente demanda de tempo maior para se planejar e executar as melhores ações.
Em 2012 as empresas que podem participar do Simples Nacional terão uma redução na carga tributária do sistema. A expectativa é que com a modificação da legislação a carga tributária das micros e pequenas empresas possa ser reduzida em aproximadamente R$ 4,8 bilhões por ano. A redução ocorre por causa do acréscimo das faixas anuais de faturamento, que tiveram um aumento de 50% sobre os valores anteriores. O limite de enquadramento no regime simplificado de tributação para as microempresas passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil e o das pequenas empresas sobe de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.
Com a ampliação do Simples Nacional o número de beneficiados em 2012 deve ser de 5,6 milhões de empresas e empresários individuais, ampliando e traindo novos negócios e tirando muitos da ilegalidade.
Mais uma lei que pode beneficiar o novo empreendedor é aquela que permite a abertura de uma empresa de responsabilidade limitada sem a obrigatoriedade de se ter um sócio. Para isso foi desenvolvido um novo tipo de pessoa jurídica, a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli), que desobriga o empresário a buscar um sócio simplesmente para cumprir uma exigência legal para criação do seu negócio.
A nova lei além de diminuir a burocracia também porá fim nas sociedades de "fachada", ou seja, aquelas onde um segundo sócio consta no contrato social, mas não tem nenhuma participação de fato na sociedade e no negócio.
Outra novidade que entra em vigor em 2012 é a exigência da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) para as empresas. A certidão será utilizada como comprovante da inexistência de débitos da instituição com a Justiça do Trabalho.
A certidão negativa será exigida as empresas que participam de licitações públicas, sendo necessária uma atenção maior com relação aos processos e acordos trabalhistas, evitando possíveis surpresas no momento de se reunir a documentação para habilitação nos processos de licitação.
Mais uma mudança que modificará a economia nacional é o aumento do salário- mínimo. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff a nova lei irá permitir ao governo federal editar por decreto o valor do salário mínimo para os próximos quatro anos, injetando mais dinheiro para consumidores e empresas.
As novas leis trazem benefícios e ônus às empresas, mas acima de tudo requerem planejamento e ações bem pensadas dos empresários para que o saldo em 2012 seja positivo para as empresas e a economia brasileira.

Fonte: Administradores.com.br

Quando a empresa vai para o divã

Simon (nome fictício), um designer gráfico de 42 anos, submeteu-se recentemente a algumas sessões de terapia de grupo e individual. Não por iniciativa própria, mas da empresa em que trabalha -que pagou pelas sessões. A terapia foi desencadeada pela crise de relacionamento entre os cofundadores da companhia. Eles eram amigos, mas a parceria profissional começou a se desgastar com o crescimento dos negócios. Diante disso, resolveram fazer terapia de duplas para melhorar seu relacionamento e, depois, encaminharam altos executivos como Simon a consultas com o terapeuta.
"No curto prazo houve mais tensões e inseguranças, pois as coisas vieram à tona, as pessoas se sentiram vulneráveis e todos ficaram um pouco confusos", diz. "Era como se os alicerces do nosso local de trabalho tivessem deixado de ser estáveis."
No entanto, ele garante que no longo prazo a terapia patrocinada pela empresa revelou-se de valor inestimável. "Depois do terremoto, deixamos a poeira baixar e tudo ficou bem melhor. Foi uma boa oportunidade de dizer coisas com a ajuda de um mediador na frente dos meus chefes."
Gillian Lock, uma psicoterapeuta de Londres, trabalhou com diversas organizações de setores que vão desde construção civil até televisão. "Meu papel é segurar um espelho para as pessoas, de forma que elas possam ver que tipo de impacto estão tendo sobre as outras", diz.
Formada pela Universidade de Princeton, Lock acredita que sua carreira anterior de arquiteta lhe dá as condições de fazer a ponte entre o universo da terapia e o empresarial. "Tenho experiência em administrar, sei o que é isso."
Antes de estudar para ser terapeuta, 15 anos atrás, ela foi diretora da BDG McColl, parte do grupo de mídia WPP que atua no segmento de arquitetura e design de interiores. Antes disso, trabalhou na construtora Mace. "A psicoterapia, tanto quanto a arquitetura, é uma arte e uma ciência. Não se pode ser inflexível com relação às suas próprias ideias, tem-se de estar preparado para repensá-las e reduzi-las a pó", ressalta.
Uma parte crescente de seu trabalho, que inclui terapia de casal, terapia individual e orientação empresarial, é o atendimento a sócios de uma empresa. "No ambiente de trabalho pode haver conflitos, pois você não traz apenas sua 'persona' profissional ao trabalho, mas toda a sua formação", afirma.
A introdução de um terapeuta pode lançar luz sobre alguns dos problemas psicológicos que estão por trás de comportamentos no trabalho. "Às vezes, os dois sócios não entendem de onde surgem os conflitos."
Assim como no casamento, a chegada da dupla empresarial na pequena sala, com paredes cobertas por estantes de livros, normalmente é desencadeada por uma crise. E, também a exemplo do que acontece com o casamento, seu papel não é obrigar o casal a continuar junto; um bom resultado poderá ser ajudá-los a se separar.
Ela destaca que a função dos terapeutas não é aconselhar, e sim ajudar as pessoas a fixar metas e a descobrir o impacto de seu comportamento sobre os outros, "como ele faz a outra pessoa se sentir."
Lock dá o exemplo de uma sociedade responsável pela fundação de uma empresa de relações públicas. Os dois profissionais disseram que queriam continuar juntos, mas que não conseguiam imaginar como. Um dos maiores problemas era que um dos sócios achava que o outro o impedia de assumir um papel mais criativo. "Quando começamos a destrinchar a situação, tentamos ver por que ele se tinha permitido ficar preso nesse papel e não assumia responsabilidades".
Depois da terapia, a parceria continuou e a empresa prosperou. Há pouca diferença, diz Lock, entre trabalhar em terapia de casal e com sócios no mundo corporativo. "As pessoas têm de ser tão sinceras quanto sentem que é possível e tentar se expressar gentilmente."
No entanto, acrescenta, sua formação lhe permite "conviver com sentimentos difíceis". E as emoções que afloram de sessões desse tipo podem ser incrivelmente fortes. Uma das cenas mais memoráveis do documentário "Some Kind of Monster", sobre a terapia de grupo a que se submeteu a banda de heavy metal americana Metallica, foi um confronto entre o cantor e guitarrista James Hetfield e o baterista Lars Ulrich.
Como melhores amigos por mais de duas décadas, os dois foram obrigados a encarar a luta pelo poder que travavam na época. Em certo momento, Ulrich finalmente reconhece que se incomoda com o desejo de Hetfield de controlar tudo. "Eu simplesmente acho que você é muito centrado em si mesmo", diz, percorrendo a cozinha do estúdio. "Você diz que eu sou controlador, eu acho o contrário. Você controla mesmo quando não está aqui". Em pouco tempo, a conversa amigável se transforma em um confronto físico na medida em que ganham força os xingamentos pronunciados na surdina por Ulrich, até configurar um rugido de impropérios.
Durante dois anos e meio de sessões diárias, o grupo - no passado rotulado de "Alcoholica" - imergiu na linguagem terapêutica. Suas roupas de couro e seu cabelo eriçado contrastavam com os pulôveres em tons pastel de Phil Towle, o orientador introduzido, ao que consta, por US$ 40 mil mensais pelos empresários do grupo. Segundo Ulrich, o valor foi bem gasto. "Por causa de Phil, estamos tendo o melhor relacionamento de todos os tempos", disse ele em recomendação no site de Towle.
Mas terapia funciona sempre? Simon acha que depende da empresas (ou do grupos de rock). Sua experiência foi boa porque a cultura de seu local de trabalho estimula a empatia. "Já havia uma certa dose de consideração pela vida pessoal das pessoas no escritório", afirma. "É uma empresa muito humana". Mesmo assim, ele conta que em sua empresa houve uma colega extremamente hostil à terapia.
"Ela achava que era uma completa perda de tempo". É um argumento que Lock reconhece, dizendo que muitos setores são durões e resistentes a uma linguagem abertamente afetiva. Consequentemente, nem sempre ela chama seu trabalho de "terapia". A especialista, contudo, está otimista quanto ao futuro da terapia no ambiente de trabalho.
Em parte porque há um número crescente de terapeutas buscando pacientes individuais, mas também porque a cultura corporativa está ficando mais receptiva a serviços que melhoram o bem-estar e a produtividade do funcionário. "Podemos ajudar uma empresa a recuperar sua energia, o que é importante em períodos de recessão", diz ela.
 
 
Fonte: Valor Econômico

Empresários defendem adesão facultativa à desoneração da folha de pagamento

Sancionada em dezembro e em teste pelo governo até 2014, a desoneração da folha de pagamentos para setores da economia recebe críticas pouco depois de entrar em vigor. Empresários defendem a diminuição das alíquotas e que a adesão ao sistema se torne opcional. Eles alegam que o novo regime beneficia apenas uma pequena parcela das empresas, criando desigualdades dentro dos setores contemplados.
Para os empregadores, a mudança no pagamento da contribuição dos patrões à Previdência Social só reduz a carga tributária para as empresas intensivas em mão de obra. As empresas mais automatizadas, na prática, passaram a pagar mais. Nas estimativas do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), o novo sistema é vantajoso apenas caso o custo com os empregados represente mais de 10% do faturamento.
Presidente do Sescon-SP, José Alcazar disse que, em um momento em que a tecnologia ganha força e diversos setores da economia passam por um processo de automatização, a mudança na forma de recolhimento encarece os custos com a mão de obra e reduz a competitividade. “Não é à toa que a indústria de móveis, que está se automatizando, foi ao Congresso e pediu para ser excluída do novo regime”, destaca.
Anunciada em agosto do ano passado, como parte do Plano Brasil Maior (nova política industrial do governo), a desoneração da folha de pagamento mudou a forma como as empresas de cinco setores pagam a contribuição dos empregadores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em vez de pagarem 20% sobre a folha de pagamento, esses segmentos passaram a recolher um percentual sobre o faturamento.
Para as empresas de tecnologia da informação e de call center, a contribuição passou para 2,5% do faturamento. Para as confecções e as indústrias de calçados e de artefatos de couro, o percentual corresponde a 1,5%. O novo sistema vigora até 2014, quando o governo se reunirá com os setores contemplados e avaliará se esse modelo pode ser estendido a outros setores da economia.
Alcazar defende que o governo altere a legislação para permitir que os empresários escolham se querem mudar a forma de recolhimento ou permanecer no sistema tradicional, opinião compartilhada pelo diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Tecidos (Abit), Fernando Pimentel. “Já que o sistema está em fase de teste, as empresas deveriam ter o direito de escolher em qual regime querem ficar, mas o governo, na época das negociações, alegou que não teria como controlar isso”, disse.
Segundo a Abit, a alteração no recolhimento teve efeitos contraditórios no setor de confecções. Entre 55% e 60% das empresas do segmento tiveram algum benefício, mas 35% foram prejudicadas, e de 5% a 10% ficaram na mesma. “Como a tendência, no longo prazo, é as indústrias se automatizarem cada vez mais, certamente o percentual de empresas prejudicadas vai aumentar nos próximos anos”, declarou. Ele sugere que a alíquota sobre o faturamento seja reduzida para 0,8% a fim de recalibrar essas desigualdades.
Alcazar adverte que, se o modelo não sofrer ajustes, o resultado pode ser o aumento no uso de artifícios para pagar menos impostos. “Muitas empresas vão se dividir em duas: uma com mão de obra intensiva e outra em que os empregados têm peso menor. No futuro, haverá problemas. Esse planejamento tributário não chega a ser ilegal, mas é combatido pela Receita Federal, que a todo tempo baixa normas para coibir essa prática”, explicou.

Fonte: Agência Brasil

Código Comercial traz redução de custos

Criado em 1850, o Código Comercial brasileiro deve passar por significativas reformas que devem garantir segurança jurídica no campo da microeconomia e redução de custos para as empresas, além do barateamento dos preços dos produtos e serviços ao consumidor. Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1.572/2011, de autoria do deputado Vicente Cândido (PT-SP), que pretende modernizar o marco regulatório das relações empresariais e garantir proteção para pequenas e médias empresas.
"Nas relações contratuais com as grandes empresas, as pequenas estarão mais resguardadas. Se duas grandes empresas se fundirem, por exemplo, elas devem obrigatoriamente avisar as micro e pequenas empresas que forem suas credoras para que estas possam exercer seus direitos", afirmou o deputado Vicente Cândido em entrevista ao DCI.
Hoje, as micro e pequenas empresas não são avisadas individualmente, mas sim pelo Diário Oficial, o que dificulta o exercício de seus direitos de credoras.
O texto do projeto está em consulta pública pela Internet desde novembro do ano passado, no site do Ministério da Justiça.
Na prática revogado e quase inteiramente regrado pelo Código Civil de 2002 ou até mesmo por normas de Defesa do Consumidor, a lei comercial deve ter mudanças que levem à diminuição da burocracia. Segundo o deputado, haverá a eliminação de toneladas de documentação empresarial, que hoje deve obrigatoriamente ser feita em papel e passará a ser feita exclusivamente em meio eletrônico.
"Desde o Código Civil, de 2002, as sociedades limitadas ficaram excessiva e desnecessariamente burocratizadas. Com a modernização e simplificação da lei, as sociedades limitadas voltarão a ser um modelo de sociedade mais barato", afirma Cândido. As sociedades limitadas são a forma societária mais adotada pelos micro e pequenos empresários, que se beneficiarão da redução de custos com regras mais simples.
Outra mudança é a diminuição do prazo geral de prescrição, reduzido para cinco anos. "Isso atende às características das relações empresa-empresa, que são sempre dinâmicas e velozes. Prazos longos de prescrição não se justificam, porque eternizam indevidamente as pendências jurídicas", diz o autor do projeto.
Dentre os 670 artigos da proposta, destaca-se ainda alterações na responsabilidade civil na relação comercial entre as empresas, com o estabelecimento de limites claros da responsabilidade independente de culpa. No Código Civil, hoje, a responsabilidade objetiva do empresário está definida em termos amplos e imprecisos, gerando insegurança para as empresas. "O Código Comercial não vai restringir a responsabilidade do empresário nas relações com os consumidores ou com seus empregados. Continuarão a vigorar as normas protetivas do Código de Defesa do Consumidor e a legislação trabalhista", diz Cândido.
O deputado prevê ainda benefícios para o consumidor, com o barateamento dos preços dos produtos e serviços no mercado brasileiro. "Nos países em que o risco jurídico é alto, os empresários aplicam uma fórmula centenária dos investimentos: se o risco é alto, o retorno também tem que ser alto. O retorno alto significa, evidentemente, preços mais elevados. O novo Código reduz o risco jurídico nas relações empresa-empresa e, consequentemente, o País passa a atrair empresários dispostos a investirem com vistas a retornos moderados", diz.
O comércio eletrônico que envolve exclusivamente empresas, o chamado B2B (da sigla em inglês para negócios entre empresas), também deverá sofrer impactos com a nova legislação. As plataformas de venda, via Web, de insumos e serviços para os empresários não está disciplinado em nenhuma lei. "O Código Comercial trará segurança jurídica para o segmento", afirma o autor da proposta. Já o comércio eletrônico entre empresas e consumidores, conhecido como B2C, deve ser contemplado com outra reforma em curso, a do Código de Defesa do Consumidor.
O prazo para que cidadãos opinem sobre a proposta vai até abril e, depois disso, o texto deve sofrer alterações no Congresso Nacional por conta das contribuições.
Segundo Cândido, como a matéria é complexa e envolve diferentes setores e interesses, a aprovação não deve se dar em menos de três anos.
 
Sistematização
Advogados afirmam que o projeto do Código Comercial vai sistematizar diversas matérias, hoje reguladas de forma dispersa. "A nova lei deve introduzir práticas que já são adotadas pelos empresários, sem que sejam objeto de normatização", diz Paula Vergueiro, do Siqueira Castro Advogados. Para ela, a aprovação do projeto implicará a revogação ou alteração de muitos dispositivos legais vigentes, por isso a segurança jurídica.
De acordo com o advogado Rafael Villac Vicente de Carvalho, do Peixoto e Cury Advogados, muitos princípios do projeto, especialmente com relação à parte de obrigações, serão bem diferentes dos constantes no Código Civil. "Com a aprovação do projeto, os princípios do Código Civil se aplicarão, só a relações civis", afirma.
Para Cláudia Soares Garcia, também do escritório Peixoto e Cury, o projeto também exclui, expressamente, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor a relações empresariais o qual, ainda hoje, acaba, por vezes, sendo aplicado pelo Judiciário em questões de direito empresarial. "A lei comercial tende a acabar com a insegurança jurídica que existe com relação às relações empresariais que, muitas vezes, acabam sendo analisadas sob o prisma de outros tipos de relação jurídica, como civis e consumeristas", afirma.
João Rafael Furtado, do Furtado, Pragmacio Filho & Advogados Associados, destaca que a real mudança que se espera com o código é a respeito dos princípios, resgatando valores do direito comercial e sedimentando "a importância do empresário".
Para Paula Vergueiro, a consulta pública poderia trazer uma possível alteração quanto à supressão de alguns artigos relacionados à disciplina das sociedades por ações. "Embora o projeto de lei não introduza qualquer alteração no marco regulatório do mercado de capitais e na Lei n. 6.404, a manutenção dos dispositivos referentes a esse tipo societário no novo Código Comercial poderia gerar incertezas para os investidores de companhias abertas. O mercado de capitais brasileiros, em fase de consolidação e expansão, poderia sofrer com certa instabilidade", diz.
Segundo a advogada, apesar do tratamento legal diferenciado em certas matérias ser aplicável apenas ao microempresário e ao empresário de pequeno porte, alguns benefícios alcançarão todos os empresários como a possibilidade de todos os atos societários serem elaborados e mantidos em meio eletrônico.
 
Fonte: DCI – SP

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Estudo aponta ideias de negócios mais procuradas

Lojas de roupas, lanchonete e salão de beleza foram os ramos de negócios mais procurados pelos empreendedores mineiros em 2011. O levantamento foi feito a partir do número de downloads das cartilhas da série Ponto de Partida, no site do Sebrae-MG. Os manuais trazem informações sobre abertura de empresas em diferentes segmentos.
Durante o ano foram mais de 14 mil downloads de cartilhas. As 10 atividades que despertaram mais interesse foram: loja de roupa; lanchonete; salão de beleza; academia de ginástica, esporte e recreação; restaurante; pet shop; confecção; casas de festas e eventos; consultoria técnica e empresarial e bar.
A coletânea Ponto de Partida é formada por mais de 250 cartilhas. O conteúdo, disponível para download gratuito no www.sebraemg.com.br, inclui informações sobre legislação, funcionamento da empresa, equipamentos, instituições ligadas à atividade escolhida, sugestão para leitura e vídeos.
Além da Série Ponto de Partida, também está disponível para consulta, o manual “Como abrir uma empresa”, com informações sobre como fazer um plano de negócio, aspectos legais para formalização, perfil empreendedor e como identificar oportunidades.
Os manuais impressos também estão disponíveis nos Pontos de Atendimento do Sebrae-MG no interior do estado, por R$ 10.
Top 10 - Ponto de Partida
RANKING / IDEIAS DE NEGÓCIO / NÚMERO DE ACESSOS

1) Loja de Roupa 1018

2) Lanchonete 608

3) Salão de Beleza 515

4) Academia de Ginástica, Esporte e Recreação 423

5) Restaurante 395

6) Pet Shop 324

7) Confecção 316

8) Casa de Festas e Eventos 293

9) Consultoria Técnica e Empresarial 293

10) Bar 260

Fonte: Canal Executivo
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