Se torna cada vez mais distante a possibilidade de as empresas, seja  lá qual for seu porte, prestarem contas com o fisco por meio manual. O  uso das tecnologias digitais e a internet entraram definitivamente neste  universo. Assim, novas exigências vão surgindo para as organizações na  área contábil. Se até pouco tempo a ordem era utilizar o Sistema Público  de Escrituração Digital (Sped), agora todas as empresas terão que se  preparar para novas obrigações.
O auditor fiscal do Ministério Público do Rio de Janeiro e autor de  livros na área contábil, José Carlos Oliveira de Carvalho, traz a  Fortaleza informações sobre as exigências que as empresas terão que  cumprir utilizando o meio digital. Vale destacar que muitas  organizações, inclusive as micros e pequenas, ainda desconhecem estas  obrigações que já entraram em vigor. O especialista vem à Capital  cearense hoje, a convite do Grupo Fortes, em parceria com o Conselho  Regional de Contabilidade (CRC-CE).
Empresários, profissionais e estudantes da área contábil poderão  esclarecer suas dúvidas sobre o chamado Teste de "Impairment" e conhecer  melhor essa obrigatoriedade acessória. José Carlos faz questão de  enfatizar que a medida não se trata de auditoria, "independentemente de  haver ou não auditoria, o teste é obrigatório desde 2008 e está na Lei  11.638/ 07 como alteração da Lei das S/As. Portanto, as empresas que  ainda não fizeram por desconhecimento ou negligência estão irregulares",  esclarece o especialista.
Agilidade
O Teste de Impairment ou recuperabilidade dos ativos é uma obrigação  acessória de 100% das empresas, sejam elas grandes, médias, pequenas ou  micros, optantes pelo Lucro Real, Presumido ou Simples. Segundo José  Carlos, é preciso que as empresas agilizem o cumprimento da norma para  não sofrerem consequências.
"Muitos bancos já exigem o Impairment para liberar serviços como os  financiamentos. A expectativa é que em médio prazo todos passem a fazer  essa exigência. É uma forma do banco garantir que os ativos daquela  empresa valem mesmo o que elas dizem", ressaltou o professor. "A  expectativa é que mais de 50% das organizações no Brasil ainda não  fizeram o teste. É importante ressaltar que não se trata de um serviço  simples. É fundamental procurar um especialista para que as coisas sejam  feitas corretamente", alerta.
Fonte: Diário do Nordeste
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