As
redes sociais começam a ajudar nas vendas das empresas brasileiras, mas
o mercado corporativo ainda engatinha ao usar esse recurso. É o que
revelou uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Inteligência de
Mercado (Ibramerc). Foram entrevistados cerca de 500 diretores e
gerentes em empresas dos mais variados setores — de bens de consumo a
manufatura, passando por serviços financeiros, energia e imóveis. No
segmento B2C (business to consumer, voltado para o mercado consumidor), o
uso das redes gerou melhora moderada nas vendas em 32% dos casos, e
expressiva em 9% deles.
— Este é o setor que mais vem entrando nas
redes sociais, já que a interação direta com o consumidor hoje se dá
preferencialmente através delas — diz Henrique Gasperoni, diretor de
Projetos e Operações do Ibramerc.
Antes, as mídias sociais eram a
última instância a que o consumidor recorria para falar com as empresas.
Ele começava pelo SAC e outros telefones para chegar até elas. Hoje, já
reclama direto pelo Facebook ou Twitter.
O Facebook, aliás, é a
rede mais usada pelas empresas (24%), seguido do Twitter (21%). No mais
das vezes, é o departamento de Marketing o responsável pela estratégia
nos ambientes sociais, com 66% de participação. Em 17% dos casos, essa
estratégia é terceirizada.
Embora as mídias sociais chamem a
atenção, elas ainda ficam bem para trás no planejamento das empresas
(52% delas apontaram que as redes têm peso de 1 a 5 nesse quesito), e os
investimentos anuais são muito tímidos. Apenas 26% admitem investir até
R$ 50 mil ao ano no setor, e essa taxa cai para 14% no caso de
investimentos que se aproximem de R$ 100 mil. Por fim, 40% dos
diretores-executivos ainda não participam diretamente da estratégia
voltada para as redes, deixando-a aos cuidados do Marketing.
Fonte: o Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário