quinta-feira, 26 de abril de 2012

As redes sociais começam a ajudar nas vendas das empresas brasileiras, mas o mercado corporativo ainda engatinha ao usar esse recurso. É o que revelou uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc). Foram entrevistados cerca de 500 diretores e gerentes em empresas dos mais variados setores — de bens de consumo a manufatura, passando por serviços financeiros, energia e imóveis. No segmento B2C (business to consumer, voltado para o mercado consumidor), o uso das redes gerou melhora moderada nas vendas em 32% dos casos, e expressiva em 9% deles.
— Este é o setor que mais vem entrando nas redes sociais, já que a interação direta com o consumidor hoje se dá preferencialmente através delas — diz Henrique Gasperoni, diretor de Projetos e Operações do Ibramerc.
Antes, as mídias sociais eram a última instância a que o consumidor recorria para falar com as empresas. Ele começava pelo SAC e outros telefones para chegar até elas. Hoje, já reclama direto pelo Facebook ou Twitter.
O Facebook, aliás, é a rede mais usada pelas empresas (24%), seguido do Twitter (21%). No mais das vezes, é o departamento de Marketing o responsável pela estratégia nos ambientes sociais, com 66% de participação. Em 17% dos casos, essa estratégia é terceirizada.
Embora as mídias sociais chamem a atenção, elas ainda ficam bem para trás no planejamento das empresas (52% delas apontaram que as redes têm peso de 1 a 5 nesse quesito), e os investimentos anuais são muito tímidos. Apenas 26% admitem investir até R$ 50 mil ao ano no setor, e essa taxa cai para 14% no caso de investimentos que se aproximem de R$ 100 mil. Por fim, 40% dos diretores-executivos ainda não participam diretamente da estratégia voltada para as redes, deixando-a aos cuidados do Marketing.


Fonte: o Globo

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