Os bancos Bradesco e Itaú anunciaram na manhã desta quarta-feira, 18, a redução de juros no crédito para pessoas físicas e empresas. Ontem, o Santander já havia anunciado o corte de algumas de suas taxas de juros para pequenas empresas.
As medidas são reflexo da pressão do governo, que por meio do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal está pressionando essas instituições a baixar os juros e o spread (a diferença entre o custo que o banco capta recursos e a que ele empresta ao cliente). Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os bancos privados têm espaço para reduzir os spreads.Confira quais são as principais mudanças anunciadas por cada banco:
Bradesco
O banco ampliou o limite de crédito em mais R$ 15 bilhões, sendo R$ 9 bilhões para pessoas físicas e R$ 5 bilhões para pessoas jurídicas. Para as pequenas e microempresas, o Bradesco criou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para capital de giro e CDC (crédito direto ao consumidor) para aquisição de máquinas e equipamentos. A taxa para essa linha será de 2,90% ao mês, comparada à anterior de 5,56%, segundo o comunicado do banco.
Itaú Unibanco
Já no caso do Itaú Unibanco, a redução chegou a 66% no cheque especial, de forma que os juros passam a ser de a partir de 1,95% ao mês. Para as pequenas e microempresas houve cortes em várias linhas de empréstimos, segundo o banco, que afirma ter volume de crédito superior a R$ 70 bilhões para o segmento. No capital de giro as taxas serão a partir de 1,14% ao mês e em desconto de duplicatas e cheques, a partir de 1,29% ao mês. As novas taxas passam a valer a partir de segunda-feira, dia 23.
Santander
O banco vai reduzir as taxas de juros em algumas modalidades de crédito às empresas e decidiu implantar no Brasil um modelo de gerente unificado, para sócios de empresas com faturamento anual de até R$ 1 milhão, o que permite a redução em taxas de pacotes de serviços. Isso significa que esses clientes passam a ter o mesmo gerente nas contas Pessoa Física e Pessoa Jurídica.
Segundo o vice-presidente executivo do Santander, Pedro Coutinho, com o novo serviço, o banco reforçará a gestão de risco, oferecerá maior acesso ao crédito e taxas mais competitivas. A centralização das contas permite ao gerente conhecer melhor o cliente para apoiá-lo na gestão financeira do negócio e da vida pessoal, segundo o executivo. “No modelo tradicional, as informações ficam divididas entre gerentes e, às vezes, até bancos diferentes”, afirma. As tarifas dos pacotes de serviços terão redução na migração para esse modelo de 50% a 100%.
A taxa para desconto de duplicatas, que variava de 2,51% a 3,89% ao mês, cai para mínima de 1,99% e máxima de 2,57% ao mês. A taxa mínima para desconto de cheques diminui de 2,34% para 1,87% ao mês, enquanto a máxima, que era de 3,21% passa para 2,49% ao mês. Por fim, a taxa de recebíveis de cartões, antes mínima de 2,54% e máxima de 3,27% ao mês diminui para 1,5% e 2% ao mês.
Fonte: Estadao.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário