segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Para empreender, é preciso ter paixão

Tarde de terça-feira em São Paulo. Em uma sala de aula, sete empreendedores debatem calorosamente sobre o futuro de uma companhia do setor farmacêutico dos EUA. O que fazer para fechar as contas e passar a ter lucro? Aceita a proposta de compra? Abre capital na bolsa? Como lidar com a concorrência com os grandes? Diante dos alunos, o professor americano John Mullins ouve com atenção as diversas opiniões e, em seguida, mostra o que a empresa fez sobre cada um desses tópicos e o resultado obtido. Para quem observa a discussão, fica claro que o intuito do professor é fazer com que os alunos reflitam sobre temas que fazem parte do cotidiano de qualquer empresário e, assim, estejam preparados para tomar suas próprias decisões.
Presidente da Fundação de Empreendedorismo e Marketing da London Business School, Mullins é especialista em educação empreendedora e doutor pela Universidade de Minnesota. Já escreveu cerca de 40 artigos publicados em revistas de renome como a "Harvard Business Review".
Mullins esteve recentemente no país para a segunda edição da Rodada de Educação Empreendedora Brasil, organizada pela Endeavor, em parceria com o Sebrae e a Universidade de Stanford. Em São Paulo, ministrou um workshop e concedeu entrevista ao Valor. Ele disse que apesar da crise financeira na Europa, o momento é excepcional para o brasileiro empreender.
Valor: O número de pequenas e médias empresas que não sobrevivem ao primeiro ano de vida no Brasil é extremamente elevado. Como a educação pode ajudar empreendedores iniciantes a obter sucesso?
John Mullins: A mortalidade não é um problema apenas do Brasil, mas mundial. A educação pode contribuir e muito para a longevidade dos negócios. Na London Business School nós desenvolvemos um curso de verão voltado para start ups que exemplifica como estudar é benéfico. Nossa meta no programa é prepará-las para enfrentar os desafios que surgem no começo. Nos últimos dez anos passaram pelo curso 136 empresas. Delas, 116 continuam operando muito bem, ou seja, 85%. Por que a grande maioria sobreviveu? Porque o estudante teve contato com cases de sucesso, leu artigos, participou de discussões e dividiu com colegas e professores suas dúvidas. Ele aprendeu a estar mais preparado para as adversidades.
Valor: Então o senhor não acredita que empreendedorismo é um dom?
Mullins: Não acredito que você possa, por exemplo, pegar alguém indiscriminadamente e torná-lo empreendedor, mas não acho que seja um talento nato. Para empreender é preciso ter paixão. Este é o primeiro pré-requisito. Além disso, quanto maior o grau de complexidade e inovação da empresa, maior deve ser o nível educacional do dono. Quem se dá bem tem em comum, entre outros aspectos, a paixão pelo que faz e a capacidade de trazer novas soluções.
Valor: É interessante ter experiência em uma grande companhia antes de abrir a empresa?
Mullins: Trabalhar em companhias grandes pode ensinar a lidar com pessoas, a desenvolver características de liderança, desenvolver novas tecnologias e ajuda a entender como os consumidores pensam.
Valor: O que deve ser feito quando o empresário pensa que encontrou uma ótima oportunidade ou que seu produto é inovador e na prática percebe que não é bem assim? É melhor mudar o foco ou insistir na ideia?
Mullins: Ele deve ter sempre um plano B e até um C. A maioria dos negócios que dão certo não levam à risca todos os detalhes do planejamento inicial. O bom empresário é aquele que consegue ser flexível e sabe reconsiderar metas de acordo com aquilo que ele capta do mercado.
Valor: Existe a idade ideal para começar a empreender?
Mullins: Nunca é tarde para abrir um negócio. No Vale do Silício há mais CEOs que já passaram dos 50 do que empreendedores abaixo dos 25 anos. Eles construíram carreira em empresas de ponta, aprenderam no ambiente corporativo e quando atingiram a maturidade se sentiram prontos para montar suas empresas.
Valor: O que as pequenas e médias empresas devem fazer para atrair e reter talentos?
Mullins: No início, as pequenas e médias empresas talvez não tenham como pagar salários mais altos ou tão bons quanto os oferecidos pelos concorrentes, mas é possível mostrar para estes talentos as vantagens de trabalhar em uma start up como, por exemplo, maior autonomia na tomada de decisões e chances de crescer junto com o empreendimento. Ao avaliar uma proposta de trabalho, as pessoas levam em conta até a empatia que tiveram com o gestor na hora da entrevista. E quando já estão empregadas, dificilmente elas pensam em mudar de emprego se o ambiente de trabalho for agradável, produtivo, se estão tendo seus potenciais reconhecidos e se estão crescendo na carreira.
Valor: É um bom momento para empreender por aqui?
Mullins: O momento é excepcional. O Brasil tem um mercado interno robusto. Observa-se também o aumento do poder aquisitivo das classes mais baixas. Elas querem consumir. Ao mesmo tempo, falta infraestrutura para dar suporte ao crescimento. Quem souber captar essas necessidades e transformá-las em novos negócios tem tudo para obter sucesso.
Valor: Quais são os erros mais comuns cometidos pelas start ups?
Mullins: São vários. Entre eles cito: perder muito tempo no planejamento e pouco se alinhando às necessidades do cliente. Subestimar a concorrência. Desorganização financeira é outro erro grave, principalmente porque a maioria das empresas começa com dinheiro curto e é fundamental saber investi-lo de forma apropriada.
 
 
Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Trabalho irregular em feriado pode gerar multa de até R$ 4 mil a empregador

Foi aprovado nesta quarta-feira (26) pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais) o projeto de lei que atualiza o valor da multa aplicada ao empregador  que não conceder repouso semanal ou deixar de pagar os contratados que atuarem em feriados.
De acordo com a proposta (PLC 43/11), o valor da multa ficará entre R$ 40,25 e R$ 4.025,33 e poderá variar conforme a natureza da infração, a extensão e intenção de quem a praticou.
A reincidência e a oposição à fiscalização, além do desacato à autoridade, levarão o infrator a receber a penalidade em dobro.
Regulamentação necessária
Segundo a Agência Senado, o relator da matéria, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), recomendou a aprovação do projeto por concordar com a necessidade de atualização do valor da multa, estabelecido pela Lei 605/49.
Para ele, o fato de o valor atual ser irrisório não inibe o mau empregador nem o pune efetivamente pelo descumprimento desses direitos.
Tramitação
Caso nenhum recurso seja apresentado exigindo votação pelo Plenário, o projeto seguirá direto à sanção presidencial, já que o Senado não alterou o texto vindo da Câmara.

Fonte: Infomoney

É dever do empregador informar sobre período de carência do plano de saúde contratado

Se o empregador concede plano de saúde a seus empregados, incumbe a ele prestar as devidas informações sobre o período de carência para a realização dos procedimentos médicos. Caso contrário, estará obrigado a autorizar os procedimentos médicos e hospitalares necessários junto à empresa contratada para a prestação dos serviços de saúde, em caso de urgência ou risco de morte do empregado. Acompanhando o voto da juíza convocada Maria Raquel Ferraz Zagari Valentim, a 2ª Turma do TRT-MG manifestou entendimento nesse sentido ao confirmar a sentença que impôs à empresa Primo Rossi Administradora de Consórcio Ltda. a obrigação de autorizar à Unimed Uberlândia a realização os procedimentos médicos necessários para o tratamento do reclamante, com exclusão do período de carência. Isso porque, na avaliação dos julgadores, a situação exigia a imediata liberação de atendimento do plano de saúde para a realização de cirurgia programada, já que o empregado apresentava problemas cardíacos, com risco de morte, e não tinha sido informado sobre o período de carência.
Em sua defesa, a empregadora argumentou que o trabalhador aderiu ao plano de saúde da Unimed oferecido aos empregados, ciente de que deveria cumprir as carências. Alegou ainda que, depois do primeiro atendimento, não havia mais necessidade de tratamento cirúrgico e, por isso, não estaria obrigada a autorizar um atendimento que não era emergencial. Rejeitando os argumentos patronais, a relatora acentuou que, embora o benefício de assistência médica fornecido pelo empregador não seja considerado salário, nem por isso deixa de integrar o contrato de trabalho. E sendo cláusula contratual, é dever do empregador inteirar os empregados das condições contratadas com a prestadora de serviços de saúde para utilização do benefício, inclusive acerca do período de carência. Analisando a prova testemunhal, a julgadora constatou que esse dever foi negligenciado pela empresa. Uma testemunha declarou que, três dias após o problema de saúde do reclamante, a empresa comunicou em uma reunião acerca da carência do plano de saúde. Outra testemunha afirmou que a reclamada não forneceu cópia ao empregado do contrato do plano de saúde feito com a Unimed.
Ao examinar os documentos assinados pelo empregado, a magistrada observou que não há qualquer referência a períodos de carência e, ainda que houvesse, quando este passou mal em serviço, foi logo encaminhado a um hospital, onde se submeteu ao atendimento médico indispensável mediante autorização da empresa para os procedimentos necessários. Portanto, de acordo com a conclusão da julgadora, se havia mesmo carência para utilização do benefício, a própria empresa relevou essa condição ao permitir que seu empregado tivesse o primeiro atendimento com a cobertura do plano de saúde contratado por ela. "Destaco, por importante, que o estabelecimento de saúde foi escolhido pela própria recorrente quando do primeiro procedimento (implantação de stents) e, em razão da urgência do serviço médico, por questão de razoabilidade, na mesma instituição hospitalar deveria ser realizado o segundo procedimento (angioplastia)", completou.
Assim, entendendo que a empresa não poderia simplesmente se recusar a fornecer a guia de serviço ao empregado, a Turma acompanhou o entendimento da relatora e, negando provimento ao recurso da reclamada, manteve a condenação.
( 0000239-91.2011.5.03.0104 RO ).

Fonte: TRT-MG

Empregada é demitida por utilizar documentos sigilosos em ação trabalhista

Empregado que tira cópias de prontuários médicos de pacientes do hospital em que trabalha a fim de utilizá-los como prova em processo judicial pode ser demitido por justa causa. Foi o que aconteceu no caso analisado pelo ministro Aloysio Corrêa da Veiga e julgado recentemente pela Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho.

Uma ex-funcionária do Hospital Fêmina, de Porto Alegre (RS), usou cópias de prontuários para demonstrar os tipos de doenças com as quais mantinha contato no local de prestação de serviço e, assim, justificar seu pedido de recebimento de adicional de insalubridade em grau máximo na Justiça do Trabalho. Por isso, foi demitida por justa causa e buscou indenização por danos morais.

A 8ª Vara do Trabalho de Porto Alegre confirmou a validade da justa causa e negou a indenização por danos morais requerida pela trabalhadora. Ao contrário do alegado pela empregada, o juiz considerou desnecessária a realização de sindicância, na medida em que havia prova bastante da conduta faltosa da profissional.

O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) também concluiu que as provas existentes nos autos eram suficientes para manutenção da dispensa por justa causa. Segundo o TRT, a empregada confirmou em depoimento que foi avisada, no momento da demissão, das razões da empresa para demiti-la, além de saber que não poderia divulgar o conteúdo dos prontuários médicos dos pacientes, que são documentos sigilosos.

Inconformada com o resultado, a trabalhadora entrou com um agravo de instrumento no TST para tentar rediscutir a questão por meio de um recurso de revista que havia sido barrado no Regional. Disse que tirara as cópias dos prontuários apenas para exemplificar para a advogada as tarefas que desempenhava no setor, e não imaginava que seriam utilizadas como prova documental no processo judicial em que requereu o pagamento de adicional de insalubridade.

Entretanto, o relator, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, esclareceu que o conjunto das provas do processo confirma a existência de justa causa para fundamentar a despedida da empregada. Para concluir de maneira diferente, observou o relator, seria necessário reexaminar provas – o que não é possível no TST (incidência da Súmula nº 126). O outro argumento da trabalhadora - de que a demissão ocorreu em período vedado pela lei eleitoral ( Lei nº 9.504/1997), ou seja, nos três meses que antecedem as eleições até a posse dos eleitos - também não se sustenta, na avaliação do relator, uma vez que a lei proíbe os agentes públicos de demitir trabalhadores sem justa causa, situação diferente dos autos.

Durante o julgamento na Turma, o ministro Maurício Godinho Delgado observou que os fatos descritos pelo Regional corroboravam a existência de falta grave cometida pela trabalhadora. Segundo ele, a empregada poderia ter utilizado prova pericial para demonstrar o seu direito ao adicional, sem necessidade de divulgar documentos sigilosos. Por fim, a Sexta Turma, em decisão unânime, negou provimento ao agravo de instrumento da empregada.



Processo: AIRR-1000-63.2009.5.04.0008.


Fonte: TST

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Deputados aprovam medida provisória que incentiva indústria e desonera folha de pagamento

A Câmara dos Deputados aprovou na noite de hoje (26) a Medida Provisória 540/11, que prevê medidas de incentivo à indústria e a desoneração da folha de pagamento para alguns segmentos econômicos como calçados, confecção, artefatos de couro e tecnologia da informação. Segundo o relator da matéria, deputado Renato Molling (PP-RS), o principal objetivo é, no longo prazo, estabelecer uma desoneração total da folha de pagamento das empresas, retirando a cobrança da contribuição previdenciária da folha e instituindo uma alíquota sobre o faturamento das empresas.
“O grande mérito é uma mudança de paradigma, porque antes tributávamos a folha de pagamento, penalizando quem emprega bastante. E com essa mudança é um começo para que todo os setores possam ser incluídos para em não tributar a folha, e sim tributar o faturamento final para dar competitividade a todos”, disse o relator.
O parlamentar incluiu em seu relatório as empresas prestadoras de serviço de transporte público coletivo urbano na regra para contribuição previdenciária sobre a receita bruta, com alíquota de 2%. “Trata-se de importante serviço prestado à população de baixa renda, além de ser bastante intensivo em mão de obra”. Para os setores intensivos de mão de obra a alíquota é 1,5% sobre a receita bruta e para os setores de tecnologia da informação, o percentual é 2,5%. O setor moveleiro pediu ao relator para ser retirado da desoneração da folha.
A proposta aprovada hoje institui o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), para restituir valores referentes a custos tributários residuais existentes nas suas cadeias de produção. Também prevê a diminuição do prazo para aproveitamento do crédito do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na compra de máquinas e equipamentos e a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produção de veículos com conteúdo nacional.
O prazo final da nova sistemática é ampliado de dezembro de 2012 para dezembro de 2014. Segundo o relator, esse é um tempo razoável para que as empresas possam se planejar e fechar contratos a longo prazo. A MP ainda será avaliada pelo Senado.
A pedido da bancada do DEM, o relator alterou a proposta que permitia a aplicação de recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) em obras da Copa e das Olimpíadas. Com a mudança, só será permitido aplicar esses recursos em obras de infraestrutura e hotéis, e não em arenas, estádios e centros de treinamento.
O relator da proposta também incluiu na medida provisória dispositivos para restringir o fumo no país, como a proibição de fumódromos em ambientes fechados e a redução da propaganda de cigarros. No entanto, depois de acordo com os parlamentares, Molling retirou do texto a possibilidade de o comércio criar estabelecimentos exclusivos para o público fumante. A MP proibiu cigarros com sabores como morango, canela, baunilha, chocolate ou café, mas permitiu a comercialização de cigarros de cravo ou mentol.

Fonte : Agência Brasil

Empresa sai ganhando ao ajudar seu pessoal endividado

É cada vez maior o número de empresas que contratam especialistas em finanças pessoais para orientar empregados endividados. Muitas áreas de RH já perceberam a relação direta que existe entre produtividade e endividamento, sendo que profissionais com muitos problemas com dívidas tendem a ter desempenhos precários em função das pressões a que estão sendo submetidos.
Segundo Marcelo Maron, diretor financeiro do Grupo PAR, consultor em finanças pessoais e professor da UniEuro, de Brasília, o problema afeta todas as gerações mas, em particular, os mais jovens, que ainda não aprenderam a controlar o repentino acesso ao crédito que surge para todos aqueles que começam a receber salários.
“Algumas empresas que promovem palestras sobre como resolver problemas de endividamento se surpreendem com a elevada participação, o que é sempre um indicador do número de pessoas que enfrentam esse tipo de situação. Em algumas firmas, o número de pessoas com dívidas que estão se tornando problemáticas pode chegar a 90% dos empregados”, avalia Maron.
Para ele, o problema do endividamento no campo do trabalho ainda merece um melhor estudo, mas é fato inequívoco que ele afeta a produtividade das pessoas. Em alguns casos, explica, o endividamento pode prejudicar seriamente o profissional, a ponto dele forçar sua própria demissão visando receber as verbas rescisórias para pagar dívidas, ficando, depois disso, sem trabalho.
“Para pessoas com dívidas problemáticas, ou seja, que chegaram naquela fase incômoda onde o endividado começa a receber cartas e ligações de cobradores, o melhor a fazer é procurar ajuda especializada. Muitas empresas já perceberam que esse tipo de ajuda sai barato e tem ótimos reflexos na produtividade, uma vez que ajuda as pessoas a reorganizarem sua vida financeira", diz.
"Há até empresas que colocam linhas de crédito para os empregados, com juros muito inferiores aos de mercado, permitindo que eles troquem dívidas caras como cartão e cheque especial por outro tipo de dívida, com taxas mais controladas”, explica.
Para o consultor, dívidas contraídas com cartões e cheque especial, por exemplo, são dívidas ruins uma vez que são fáceis de contratar.
“Toda dívida fácil de contratar é cara, tem altas taxas de juros e deve ser evitada, pois elas rapidamente deterioram a saúde financeira de uma pessoa que vive de salário. O salário não cresce na velocidade da dívida", calcula.
"Apenas para termos uma ideia de quanto essas dívidas crescem rápido, a compra de um TV de 42 polegadas com o cartão, por exemplo, algo que sai por cerca de R$ 2.000,00, pode ser tornar uma dívida de R$ 1,5 milhão em 4 anos se o usuário do cartão não amortizar nada nesse período. A dívida para comprar uma TV vira uma dívida de um apartamento caro”, alerta.

Fonte: Canal Executivo

Turma garante a empresa produção de prova oral sobre uso de EPI

A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho garantiu à empresa UTC Engenharia o direito de produzir prova oral num processo em que o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem, Estradas, Pontes, Pavimentação e Terraplanagem (Sintraconst) requereu o pagamento de adicional de insalubridade para os associados que exercem a função de soldadores. A decisão foi por maioria, com base no voto do ministro João Batista Brito Pereira.

O relator destacou que, desde a Vara do Trabalho de origem, a empresa tenta comprovar o fornecimento de equipamentos de proteção individual aos soldadores, porém o pedido foi negado tanto na primeira instância quanto no Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES). O laudo produzido pelo perito concluiu que os empregados que exerciam a função de soldador estavam expostos a radiações não ionizantes e, por consequência, tinham direito ao adicional de insalubridade.

No entanto, a empresa alega que fornecia o equipamento de proteção individual necessário para neutralizar o agente insalubre (na hipótese, um capuz), apesar de não ter a comprovação do recibo de entrega aos empregados em todo o período analisado por erro de anotação. Em reforço a esse argumento, a UTC Engenharia observou que o próprio perito mencionara no laudo a existência de pessoas entrevistadas que informaram que sempre utilizaram o equipamento.

Mesmo assim o Regional entendeu que era possível a solução do caso sem o depoimento de novas testemunhas, uma vez que o julgador tem o dever de conduzir o processo com rapidez, evitando atos desnecessários. Além do mais, na opinião do TRT, novos depoimentos não alterariam a constatação do perito de que o fornecimento de equipamentos àquelas pessoas ouvidas não comprovava o fornecimento aos substituídos pelo sindicato.

No recurso de revista que apresentou ao TST, a empresa insistiu na tese de que sofreu cerceamento de defesa com o indeferimento das testemunhas. E segundo o relator, ministro Brito Pereira, a parte tinha razão, pois o pagamento do adicional de insalubridade por radiação não ionizante está ligado ao fornecimento e uso do equipamento/capuz necessário para neutralizar o agente insalubre.

De acordo com o relator, na medida em que o perito atestou que pessoas entrevistadas durante os trabalhos periciais informaram que sempre utilizaram o equipamento de proteção, era imprescindível a produção da prova justamente para esclarecer a afirmação do perito (que serviu de amparo aos julgamentos na Vara e no TRT) de que o fornecimento do capuz àquelas pessoas não comprovava o fornecimento aos substituídos do sindicato.

A ministra Kátia Magalhães Arruda divergiu do relator e votou pelo não conhecimento do recurso, mas ficou vencida. Com apoio do ministro Emmanoel Pereira, a Quinta Turma anulou os atos decisórios a partir da sentença e determinou o retorno do processo à Vara do Trabalho de origem a fim de que seja reaberta a instrução processual e a empresa possa produzir a prova oral desejada.



Processo: RR-42900-56.2006.5.17.0012.

Fonte: TST

Seguradora não paga multa a empregada que não foi receber rescisão

A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho isentou a empresa gaúcha Sabemi Seguradora S. A. de multa por não ter quitado no prazo as verbas rescisórias de uma empregada demitida sem justa causa. A Turma considerou indevido responsabilizar a empresa pelo atraso no pagamento, uma vez que foi a empregada quem não compareceu no dia marcado para o acerto de contas, levando a empresa a ajuizar uma ação de consignação em pagamento.

O ministro Ives Gandra Martins Filho, relator que examinou o recurso empresarial na Sétima Turma, esclareceu que a empregada deixou de receber as verbas em tempo hábil por culpa própria, por não comparecer ao sindicato no dia marcado para isso. A empresa, por sua vez, além de ter comparecido, ajuizou, imediatamente após o término de um recesso forense que ocorrera na ocasião, uma ação de consignação em pagamento, o que atendia o prazo previsto nos parágrafos 6º e 8º do artigo 477 da CLT para a quitação das verbas rescisórias.
O relator explicou que o artigo celetista estabelece que o pagamento das verbas pertinentes à rescisão contratual deverá ser feita “até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato, ou até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização deste ou dispensa de seu cumprimento”. Em caso de descumprimento dos prazos, o infrator será obrigado a pagar multa ao empregado, “salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora”, informou o relator.

Diferentemente, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) havia reformado a sentença de primeiro grau que indeferiu o pedido de pagamento da multa, ao fundamento de que o recesso da Justiça do Trabalho, após o qual a empresa ajuizou ação, não servia de pretexto para a empresa deixar de fazer o pagamento, uma vez que poderia fazê-lo diretamente à empregada ou por meio da consignação bancária extrajudicial (artigo 890, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil).

No entanto, o relator afirmou que a forma de pagamento por consignação bancária “é mera faculdade posta à disposição do devedor”. Por isso, entender, como fez o Regional, que a empresa tinha a obrigação de efetuar extrajudicialmente o depósito das verbas rescisórias, quando ela optou por ajuizar ação de consignação, “equivale a imputar-lhe obrigação não prevista em lei”.

Assim, tendo em conta que a seguradora agiu corretamente ao ajuizar a contento e prontamente a ação de consignação em pagamento, o relator excluiu da condenação a multa prevista no artigo 477, parágrafo 8º, da CLT. Seu voto foi seguido por unanimidade.


Processo: RR-138600-12.2008.5.04.0025.

Fonte: TST

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Micro e pequenas terão tratamento diferenciado

As micro e pequenas empresas (MPE) e empreendedores individuais (EI) terão tratamento diferenciado para registrar estabelecimentos juntos aos Corpos de Bombeiros Militares.  A Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) instituiu um Grupo de Trabalho (GT) que irá estabelecer os requisitos de prevenção contra incêndios necessários ao processo de licenciamento empresarial com privilégios para os negócios de pequeno porte. 

A diferenciação no tratamento dos empreendimentos de pequeno porte foi incluída na pauta do GT, instituído pela Portaria nº 39, de 19 de outubro, publicada no Diário Oficial da União de 19 de outubro. Um dos objetivos do grupo é diminuir o tempo necessário para se conseguir a licença de funcionamento expedida pelos bombeiros.

A coordenação do GT será da diretora-substituta do Departamento de Políticas, Programas e Projetos (Depro) Cristina Villanova. Também participarão representantes do Sebrae, da Senasp e dos Corpos de Bombeiros Militares de Santa Catarina, Minas Gerais, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Acre e São Paulo.
Para o desenvolvimento dos trabalhos foram convidados, ainda, representantes do Comitê Gestor da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM), Conselho Nacional de Secretários de Desenvolvimento Econômico (Condesic), Associação Nacional de Presidentes de Juntas Comerciais (Anprej), Fórum Nacional de Secretários de Indústria e Comércio (Fonseinc), Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom) e Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio.
Poderão ser convidados a participar dos debates do GT especialistas, representantes de outras instituições governamentais ou não governamentais e de outras Secretarias do Ministério da Justiça.

Fonte: Agência de Notícias SEBRAE

Planalto teme derrota e retira aumento de impostos da MP do Brasil Maior

O Palácio do Planalto decidiu ontem retirar do texto da medida provisória que institui o programa Brasil Maior as cinco emendas de interesse da Receita Federal que aumentavam a carga tributária e desvirtuavam a finalidade original da MP, de desonerar quatro setores industriais, conforme antecipou ontem o portal Valor.
A decisão foi tomada após reuniões entre integrantes da equipe econômica e a assessoria política da presidente, mediante a avaliação de que as medidas da Receita dificultariam a aprovação da MP no Congresso Nacional. Além disso, o Palácio avaliou que seria um contrassenso aprovar dentro de um pacote de desoneração medidas que aumentariam a carga tributária. Em decorrência disso, o texto final deve ser aprovado com poucas modificações em relação ao que foi proposto por Dilma.
Dentre as medidas propostas pela Receita e rejeitadas pelo Palácio estão a cobrança de empresas e de seus sócios da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre as emissões de debêntures. O mesmo tributo passaria a ser cobrado ainda sobre a participação nos lucros de sócios e administradores. Hoje eles só são obrigados a pagar Imposto de Renda.
O órgão também queria potencializar a arrecadação mediante a determinação do valor de ações ou títulos que seriam utilizados para elevar o capital social de uma empresa, em um período de até dez anos.
A intervenção ocorreu depois que aliados alertaram as lideranças governistas da Câmara dos Deputados de que os eventuais incrementos feitos pela Receita no texto original teriam dificuldades em ser aprovados na Casa. A oposição também prometia obstruir, o que causaria reflexos em outra votação relevante para o governo: a proposta de emenda constitucional que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU). "Se a medida provisória for a plenário como foi idealizada negociamos. O que não podemos concordar é que sejam incluídos dispositivos que aumentem a carga tributária", afirmou ontem o líder do PSDB, Duarte Nogueira (PSDB-SP).
Nesse sentido, foi o próprio líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que, embora sob outra justificativa, propôs o adiamento da votação para hoje. "Temos um problema sério na medida provisória. Eu esperava o relatório chegar às 15h mas ele chegou às 17h20. Assim, não temos condições de apresentar o texto aos deputados."
Nesses horários, o relator da medida provisória, Renato Molling (PP-RS), corria entre o Palácio do Planalto e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio para acertar a retirada das emendas e a consolidação da redação final, semelhante ao texto original.
Ele institui o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que zera a alíquota de 20% para o INSS de quatro setores produtivos (confecções, calçados, móveis e softwares) considerados os mais afetados pelas guerra cambial estimulada por alguns países. (CJ)
 
 
Fonte: Valor Econômico

'Maçã podre' pode destruir o ambiente de trabalho

Os funcionários esforçados costumam receber um monte de atenção dos patrões. Mas as maçãs podres deveriam merecer ainda mais.
Um volume crescente de pesquisas sugere que ter apenas alguns empregados desagradáveis, preguiçosos ou incompetentes pode arruinar o desempenho de uma equipe ou de uma empresa, não importando quão espetacular sejam os outros empregados.
Os maus funcionários distraem e arrastam para baixo toda a equipe e seus comportamentos destrutivos, tais como a preguiça, a raiva e a incompetência, são muito contagiosos. Os líderes que deixam algumas maçãs podres entrar - talvez em troca de favores políticos - ou fazem vistas grossas quando os funcionários são rudes ou incompetentes estão armando um cenário inevitável em que mesmo os profissionais mais hábeis da equipe falharão.
É crucial que os líderes filtrem essas maçãs podres antes de serem contratadas, e se alguma escapar no processo de peneiragem, os gerentes não devem medir esforços para reformá-los ou (se necessário) despedi-los.
É fácil entender por que gerentes preferem se concentrar em atrair e desenvolver funcionários "superstars". Várias pesquisas mostram que as estrelas e gênios podem produzir resultados surpreendentes. E, obviamente, é mais divertido e inspirador se concentrar em alguém com alto desempenho e cheio de energia.
Mas estudos de áreas que vão desde relacionamentos românticos a relações no ambiente de trabalho mostram que as interações negativas podem ter um impacto imensamente maior do que as positivas. A razão é simples: "Ruim é mais forte do que bom", como prega o psicólogo Roy Baumeister e seus colegas. Os pensamentos, sentimentos e desempenho negativos que eles geram nas outras pessoas são muito maiores e mais duradouros do que as respostas positivas geradas por colegas mais construtivos.
Considere a pesquisa sobre a influência de maçãs podres na eficiência de uma equipe realizada por Will Felps, R. Terence Mitchell e Byington Eliza. Eles examinaram o impacto dos membros de uma equipe pouco esforçados, pessimistas, inseguros, ansiosos, irritadiços e desrespeitosos. Um experimento de Felps descobriu que ter apenas um idiota ou preguiçoso no grupo pode fazer o desempenho geral cair de 30% a 40%.
Como podem as organizações se livrar dessas influências negativas? A maneira mais fácil, obviamente, é evitar a contratação de maçãs podres em primeiro lugar, e isso significa ter uma abordagem diferente na avaliação de candidatos a vagas.
Os meios usuais de triagem são muitas vezes fracos quando se trata de determinar se um candidato é uma maçã podre. Os candidatos podem ter ido para as melhores escolas ou podem ser charmosos e brilhantes durante a entrevista, disfarçando bem preguiça, incompetência ou maldade.
É por isso que uma das melhores maneiras de peneirar funcionários é ver como eles realmente trabalham em condições realistas. Akshay Kothari e Ankit Gupta usam essa abordagem. Quando contratam novos empregados para a Pulse, empresa de Palo Alto, Califórnia, que desenvolve aplicativos para leitura de notícias em smartphones e tablets, consideram as avaliações de colegas e superiores e fazem várias rodadas de entrevistas. Mas dizem que a estratégia mais eficaz é trazer os candidatos para um dia ou dois de trabalho freelance, quando desenvolvem uma tarefa simples.
Não só é uma oportunidade de ver de perto as habilidades técnicas dos candidatos, dizem Kothari e Gupta, mas também de conhecer a sua personalidade. Os dois executivos afirmam que houve vários candidatos que pareciam ótimos no papel e vieram altamente recomendados, mas que não foram convidados para preencher a vaga porque as fraquezas técnicas e interpessoais vieram à tona durante o processo de seleção.
Além de uma seleção inteligente, é importante desenvolver uma cultura que não tolera idiotas. As melhores organizações são explicitamente intolerantes com maçãs podres, deixando claro quais comportamentos são inaceitáveis no ambiente de trabalho e agindo de forma decisiva para preveni-los e detê-los.
Considere Robert W. Baird & Co., uma firma de serviços financeiros que acumula elogios como um ótimo lugar para trabalhar. A empresa é séria sobre a criação de uma cultura onde o desrespeito e o egoísmo são inaceitáveis. Eles chamam isso de "regra contra idiotas".
A empresa começa dar dicas sobre sua política durante o processo de contratação, diz o diretor-presidente, Paul Purcell. "Durante a entrevista, olho nos olhos do candidato e digo: 'Se eu descobrir que você é um idiota, vou demiti-lo'", diz ele. "A maioria dos candidatos não se perturba com isso, mas de vez em quando um empalidece e nunca volto a vê-los, eles encontram algum motivo para desistir da vaga."
Sutton é professor da Universidade Stanford e autor do livro " Bom chefe, mau chefe - como ser o melhor e aprender com o que há de pior".
 
 
Fonte: Valor Econômico

Páginas falsas de bancos se espalham pela web

Roubos de senhas estão cada vez mais comuns na internet. Desconfie de e-mails supostamente enviados por entidades bancárias
É preciso ter cada vez mais cuidado com e-mails e links desconhecidos na internet: o golpe de phishing – roubo de senhas bancárias e de cartões – está cada vez mais presente na web, segundo pesquisa do CERT.br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil), órgão ligado ao Comitê Gestor da Internet.
O levantamento aponta que o número de notificações de páginas falsas de bancos apresentou um aumento de 45% entre julho e setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2010.
Os cavalos de troia – programas utilizados para furtar informações e credenciais de acesso a serviços on-line – cresceram 18%. O órgão ainda constatou aumento das notificações sobre ataques a servidores web no terceiro trimestre deste ano, sendo que esse tipo de crime mais que dobrou frente ao ano anterior.
No comparativo com o segundo trimestre deste ano, houve aumento de 16% no número de notificações de páginas falsas de bancos e sites de comércio eletrônico. No caso dos cavalos de troia, houve queda de 9% no mesmo período.
As notificações de incidentes contabilizaram mais de 100 mil casos entre julho e setembro deste ano, o que corresponde a um avanço de 152% frente ao mesmo período de 2010.
Apesar do aumento na passagem anual, em relação ao segundo trimestre deste ano observa se uma queda de 21% no número de notificações de incidentes.

Fonte: NIC.br

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pequenas empresas refazem planejamento para o Simples

Micro e pequenos empresários e diversas associações ou entidades, como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), comemoraram a ampliação dos limites para optar pelo regime de tributação Simples Nacional que tem grande possibilidade de entrar em vigor a partir de 2012 e beneficiar cerca de 5 milhões de empresas. Contudo, especialistas alertam de que nem sempre aderir ao Simples traz benefícios para o empreendedor de micro ou pequeno porte.
"Será grande o número de pequenas e médias empresas que terão que fazer um planejamento para ver se encaixa nesta modalidade tributária que pode ser muito interessante para o empresário. É necessário, porém, ficar atento, pois, o rendimento não é a única questão que será avaliada na hora de optar pelo enquadramento", alerta o diretor-executivo da Confip Contabilidade, Richard Domingos.
Wellington Mota, diretor tributário da consultoria, explica que existem casos em que o empresário terá uma carga tributária maior no Simples do que se tivesse no Presumido. "Tenho um cliente do ramo de construção civil que está no Lucro Presumido e se interessou em saber se compensava passar para o Simples. Concluímos que não, já que pelo regime simplificado ele teria uma carga de 22% [sobre o faturamento], enquanto que no Presumido seria de 17%", exemplifica.
"Por isso não é só faturamento que tem de analisar, como também qual alíquota da atividade em que atua, folha de pagamento e o quanto pagará de INSS", aponta Wellington Mota.
O advogado especialista em direito tributário Alessandro Ragazzi, sócio da Ragazzi Advocacia e Consultoria, endossa a opinião dos diretores da Confirp. "A principal vantagem é para quem tem uma folha de pagamento elevada. Mas cada caso tem que ser avaliado individualmente. Temos que fazer conta de quem tem um faturamento alto para ver se compensa aderir ao Simples", diz Ragazzi, que tem recebido uma média de 10 a 15 consultas por mês sobre esse assunto.
"Quanto antes as empresas procurarem saber qual é o melhor regime tributário em que podem se enquadrar, mais tempo terão para resolver impeditivos, como são débitos com a Receita ou o INSS; a empresa, sabendo destes, poderá pagá-los a tempo e se enquadrar no Simples", aconselha Richard Domingos.
A advogada Fernanda Ferrari, sócia da Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados, afirma que, independentemente da aprovação do projeto de lei que altera as regras do Simples, o empresário tem que avaliar se compensa optar por um regime simplificado. "Às vezes até aderir ao Lucro Real tem mais vantagens para uma determina empresa", diz. "A única diferença é que, se o projeto for aprovado, mais empresas terão outra opção de regime de tributação", acrescenta Fernanda Ferrari.
Mudanças
O projeto de lei complementar que aumenta o limite para optar pelo Simples foi aprovado recentemente pelo Senado, e espera aprovação da presidente Dilma Rousseff. Especialistas acreditam que a mudança entrará de fato em vigor em 2012.
O projeto prevê o ajuste de 50% das tabelas de tributação, de modo que a receita bruta anual máxima para que as microempresas possam optar pelo regime simplificado passa de R$ 240 mil para R$ 360 mil por ano. Para a pequena empresa, a nova faixa de enquadramento irá de R$ 360 mil até o teto de R$ 3,6 milhões. O projeto também amplia o limite para o Empreendedor Individual (EI), de R$ 36 mil para R$ 60 mil anuais.
Dados do Sebrae apontam que atualmente existem cerca de 5,9 milhões de micro e pequenos negócios (Simples Nacional e Empreendedor Individual) que fazem parte de 99% do total de empresas, e mais da metade dos empregos formais no País.
Resolução
Ainda na sexta-feira foi divulgado que o Comitê Gestor do Simples Nacional ligado à Receita Federal aprovou a resolução que prorroga prazos para o pagamento dos tributos incluídos no regime de tributação simplificado.
Foram beneficiados os municípios de Agronômica, Aurora, Brusque, Ituporanga, Laurentino, Lontras, Presidente Getúlio, Rio do Oeste, Rio do Sul e Taió, atingidos pelas recentes chuvas no Estado de Santa Catarina.
De acordo com a Receita, com a mudança, os impostos incluídos no Simples Nacional com vencimento em 20 de setembro de 2011 (da competência de agosto de 2011) podem ser pagos até 30 de março de 2012; os de vencimento em 20 de outubro de 2011 (da competência de setembro de 2011) podem ser pagos até 30 de abril de 2012, e os de vencimento em 21 de novembro de 2011 (da competência de outubro de 2011), até 31 de maio de 2012.
A Receita Federal orienta os contribuintes que ainda não efetuaram o recolhimento relativo às competências de agosto de 2011 e de setembro de 2011 a gerar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) após a atualização do aplicativo Programa Gerador do Documento de Arrecadação (PGDAS), com os novos vencimentos.
 
Fonte: DCI - SP

Pequenas empresas geram 130 mil empregos em setembro

As micro e pequenas empresas (MPE) geraram 130 mil vagas de emprego em setembro, o que corresponde a 62% do total. Os pequenos negócios têm sido os grandes geradores de postos de trabalho. De cada dez vagas abertas nos nove primeiros meses de 2011, sete estão no segmento. No total, elas contrataram 1,3 milhão de trabalhadores desde janeiro.  Os números foram levantados pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O ministério considera como micro e pequena empresa aquelas que possuem um quadro de funcionários de, no máximo, 49 empregados, nos setores de comércio e serviços, e 99 trabalhadores, no setor industrial O ritmo menor da geração de emprego, segundo o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, evidencia a tendência de desaquecimento da economia, diante das medidas de política monetária e fiscal adotadas pelo governo para controlar a inflação e garantir o crescimento com foco no mercado interno, ainda que reduzido frente às projeções iniciais. “No caso das micro e pequenas empresas, mesmo diante dessa realidade, a participação na geração de emprego ainda é bastante significativa”, destacou.
Carlos Alberto lembra que a participação dos pequenos negócios em cadeias produtivas e nas oportunidades decorrentes dos investimentos nos megaeventos esportivos podem ajudar na manutenção e até na abertura de postos de trabalho nos próximos meses. “Há ainda o maior movimento do comércio e serviços pressionados pelo crescimento da demanda nos últimos meses do ano”, assinalou.
Em setembro, o setor de serviços e o comércio foram os que mais contrataram. As MPE de serviços empregaram 61,8 mil pessoas apenas no mês passado. As de comércio contrataram 39,5 mil. As micro e pequenas indústrias de transformação geraram 22,3 mil vagas. As outras 7 mil contratações foram feitas pelos setores de construção civil, indústria extrativa mineral, serviços industriais de utilidade pública e pela administração pública. As pequenas propriedades rurais fecharam 4,4 mil postos de trabalho no mês.  
As oportunidades geradas em 2011 beneficiaram a ex-professora de Brasília (DF) Ana Lúcia Berg, de 42 anos. Após nove anos sem trabalhar, Ana Lúcia decidiu voltar para o mercado de trabalho quando os filhos cresceram. Mas a volta não foi fácil. Ela precisou procurar por um ano e meio até conseguir uma oportunidade. Hoje trabalha como vendedora em uma loja de brinquedos educativos em Brasília. "Foi difícil voltar a trabalhar, mas agora estou muito feliz. Meu salário tem ajudado na renda da família", conta.
A expectativa é que até o fim do ano as contratações continuem crescendo, em função do aquecimento do comércio, com a proximidade do Natal. A Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) estima que o comércio abra 147 mil vagas temporárias até o Natal. A associação estima que 29% desses trabalhadores sejam efetivados no emprego após as datas comemorativas. As empresas de comércio representam 52% do total de micro e pequenos negócios brasileiros.

Fonte: Agência de Notícias SEBRAE

O dono sumiu

O senhor de cabelos brancos e com largo sorriso, confortavelmente sentado em uma cadeira em sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, é o argentino Andres Cristian Nacht, 68 anos, dono da carioca Mills. A empresa, fundada por seu pai José Nacht há quase 60 anos, atua na produção e serviços para a construção pesada e para o mercado imobiliário, fornecimento de andaimes para refinarias de petróleo e plataformas offshore. Com receita líquida de R$ 550 milhões em 2010, a Mills não é o que se pode considerar uma média empresa. Mas nem sempre foi assim. Há apenas três anos, a companhia faturava R$ 192 milhões. Um dos fatores para esse salto foi a decisão de Nacht de deixar a presidência, em 1998, e profissionalizar a Mills. À frente do conselho de administração, que ele preside até hoje, Nacht se dedicou a buscar investidores para acelerar o crescimento da empresa, sem se preocupar com o dia a dia da operação. Estes, por sua vez, só investem em companhias que tenham um bom nível de transparência e boas práticas de gestão corporativa, como um conselho consultivo separado da administração.

“Contávamos com auditorias desde 1975”, diz Nacht. “E, além de mim, nunca tivemos parentes envolvidos na operação.” Em 2007, os fundos de privaty equity Axxon Group e Investidor Profissional compraram 28% da Mills. Com a ajuda deles, a Mills iniciou um plano agressivo de expansão, que culminou com a abertura de capital em abril de 2010, quando captou R$ 686 milhões.  “Ganhamos musculatura com os investidores”, afirma Nacht. Deixar o comando de uma empresa da família é uma decisão sempre difícil para quem, ao longo de muitos anos de suor, construiu um legado empresarial. Grandes companhias brasileiras, como a rede de supermercados Pão de Açúcar, a fabricante de tubos e conexões Tigre, a construtora Andrade Gutierrez e a fabricante de cosméticos Natura, entre outras,  trilharam esse caminho. Os fundadores, nesses casos, deixaram a presidência e foram ocupar posições no conselho de administração.
É verdade que optaram por essa estratégia quando a empresa já tinha um porte na casa dos bilhões de reais. Mas não é preciso ser gigante para sair à caça de executivos no mercado, como mostra o exemplo da Mills. Observe também o caso da Tecnoblu Your ID, fabricante de etiquetas, tags, botões, metais, lacres plásticos e embalagens para a indústria da moda, de Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O fundador da empresa, Cristiano Buerger, percebeu que estava gastando muito tempo resolvendo problemas do dia a dia, em vez de se envolver em decisões estratégicas. O primeiro passo para mudar essa situação foi formar um comitê consultivo, que incluía funcionários da empresa. O comitê chegou à conclusão de que a Tecnoblu não iria crescer aceleradamente, se não fizesse mudanças nas suas práticas de gestão. “A minha área sempre foi criação, inovação e marketing”, afirma Buerger. “Precisava de reforço na área financeira.” 
 
 A saída foi ir atrás de um profissional no mercado especializado em controladoria e gestão. Foi quando contratou Edmur Polli para assumir a parte financeira. “O nosso faturamento, que era da ordem de R$ 6 milhões ao ano, passou para R$ 40 milhões em dez anos”, diz Buerger. Hoje, Polli é dono de 10% da Tecnoblu. É claro que a simples contratação de um executivo não resolve todos os problemas de uma empresa. O aconselhável, nesses casos, é criar metas que devem ser perseguidas pela nova administração. A função do dono, em sua nova posição, é dar o direcionamento estratégico e aprovar – ou não – planos de expansão. No caso da Mills, com a chegada dos sócios, a decisão foi apostar nas áreas de construção e infraestrutura. “Com Copa do Mundo, Olimpíada e pré-sal, as perspectivas de crescimento são muito favoráveis”, diz Nacht. Hoje, ele não dá mais expediente na empresa e trabalha confortavelmente em sua casa.
 
Fonte: Isto É Dinheiro

Pense grande

Alguns caminhoneiros irlandeses nem sequer imaginam que carregam em seus veículos de carga um produto desenvolvido pela gaúcha Tlantic, de Porto Alegre, empresa de desenvolvimento de aplicações focadas no varejo. O software, que funciona em um celular ou mesmo em um terminal semelhante ao das máquinas de cartão de crédito, está integrado ao estoque da Musgrave Retail Partners, a maior distribuidora de alimentos daquele país. Toda vez que uma mercadoria é entregue a um varejista, basta ao caminhoneiro dar baixa no item que ele sai do inventário da distribuidora. Enfrentar a concorrência de pesos-pesados do segmento de soluções móveis para varejo, como SAP e Oracle, as duas maiores fornecedoras de software para empresas do mundo, foi somente uma das barreiras enfrentadas pela equipe da Tlantic, para exportar para um país europeu.

“Além dos desafios tecnológicos, como o da compatibilidade com vários tipos de dispositivos de hardware, tivemos de lidar com diferenças culturais dos varejistas daquela região geográfica”, afirma Reginaldo Back, diretor da Tlantic. Para conquistar o cliente irlandês, a empresa se esforçou muito, apesar de não precisar ir até Cork, segunda cidade mais populosa da Irlanda, sede da Musgrave. Remotamente, fez um levantamento das necessidades da companhia. E, por fim, desenvolveu um teste piloto de seu software. Tudo isso em um prazo exíguo de três meses. Com essa agilidade, ela conseguiu convencer os irlandeses a assinar o contrato. Fundada em 2004, a Tlantic tem 130 funcionários e conta entre os seus acionistas com a portuguesa Sonae, holding que detém participações em empresas de varejo, shopping centers e tecnologia. 
Com faturamento de R$ 20 milhões em 2010, a empresa, atualmente, já exporta para Portugal, África do Sul, Arábia Saudita, Espanha, Irlanda e Turquia. A Tlantic é um exemplo de que não é preciso ser uma grande empresa, como a BRFoods, Vale ou Petrobras, para conquistar espaço no mercado internacional. Mesmo pequenos negócios podem pensar grande e se lançar rumo ao Exterior em busca de clientes. É fato que a trajetória para fora das fronteiras brasileiras nem sempre é fácil. Há ainda muitos gargalos estruturais para serem vencidos. De acordo com pesquisa do Comitê de Comércio Exterior, do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, os principais problemas enfrentados pelos empresários locais são a dificuldade para obtenção de crédito, o elevado custo da exportação e a pesada carga tributária. O estudo, feito neste ano, ouviu 131 pequenas e médias empresas. 
 
Talvez por causa desses entraves, as micro e pequenas empresas parecem não estar muito interessadas em exportar. Dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) afirmam que apenas cerca de 1% do volume de dólares exportados vem desse segmento. “Isso é um erro que precisa ser sanado”, afirma Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP. “Muitas oportunidades estão sendo perdidas pelas empresas de pequeno porte.” Não foi o que aconteceu com a ABN8, de São Paulo, trading que dá assessoria a empresas que querem exportar ou importar. Recentemente, a companhia descobriu um verdadeiro “negócio da China”: vender suco de açaí para os chineses. A oportunidade de colocar o produto amazônico nas prateleiras de Hong Kong e Pequim começou em abril deste ano. Segundo Alfredo Novais, diretor da ABN8, o produto teve rápida aceitação no país asiático, devido às suas propriedades antioxidantes e fitoterápicas únicas. 
 
Os chineses já conhecem a fruta em três sabores: puro, com banana e com guaraná. Envasar o suco em embalagens longa vida de um litro foi um jeito de se adequar à realidade do consumidor chinês. O próximo passo, de acordo com Novais, será a exportação do líquido em quantidades menores. “Vamos vender em embalagens de 250 ml”, afirma Novais. “Essa pequena alteração vai aumentar o poder de penetração do produto, pois facilita o consumo imediato.” Uma vez abertas as portas chinesas, outras oportunidades começam a surgir para a ABN8. A trading brasileira planeja vender para o Sudeste Asiático, em países como Cingapura e Malásia. Além do açaí, a intenção é ampliar o leque de produtos “exóticos” e levar uma bebida energética natural à base de guaraná, chamada Caff. Como uma empresa descobre que tem vocação para a exportação? 
 
“A decisão para exportar é um processo natural de crescimento da empresa, observado aí o empreendedorismo do empresário e o comprometimento de sua equipe”, diz Miriam Ferraz, coordenadora do Programa de Internacionalização da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás.  Esse é o caso do Grupo Colmeia, pequena empresa com 20 anos de mercado. Com sede em Esteio, no Rio Grande do Sul, a companhia, que fabrica contêineres habitáveis para ambientes de trabalho e eventos, começou a exportar neste ano. Dos 15 milhões de faturamento previsto para 2011, 20% será de vendas para o Exterior. É de olho nessas pequenas empresas que o Sebrae resolveu se estruturar para dar apoio à exportação. A seccional São Paulo, por exemplo, criou, há cerca de dois meses, a Gerência Internacional. A nova divisão tem dois objetivos bem claros: incentivar a internacionalização das micro e pequenas empresas e divulgar institucionalmente o nome do Sebrae no Exterior.
 
Fonte: Isto É Dinheiro

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Brasileiros levam quase quatro meses para iniciar um negócio

Abrir uma empresa no Brasil é processo que exige paciência e tempo dos empreendedores. O relatório “Doing Business” do Banco Mundial, edição 2012, divulgado nesta quinta-feira (20), revela que os empresários levam, em média, 119 dias para iniciar seu negócio, ou seja, cerca de quatro meses.

O número de dias é superior ao de outros países da América Latina e Caribe e dos integrantes do OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que é de 54 dias e 13 dias, respectivamente.

Ao analisar os 183 países participantes, no indicador “starting business”, o Brasil ocupa a 120ª posição no ranking. Frente à última edição do estudo, o País subiu cinco posições.

Procedimentos
No Brasil, o tempo de abertura é maior devido ao número de procedimentos que os empreendedores têm de cumprir. Segundo o levantamento, ao todo, são 13 procedimentos, enquanto em outros países da América Latina são nove procedimentos e nos países da OCDE, apenas cinco.

Entre os processos que os empresários do Brasil têm de cumprir, destacam-se registrar o nome na Junta Comercial, registrar os funcionários no PIS (Programa de Integração Social), ir à Receita Federal para se cadastrar, pagar taxas de inscrição, entre outros.

Taxas
Ao analisar as taxas que os empresários têm de pagar, o Brasil novamente está em desvantagem. No ranking mundial, neste quesito, o País ocupa a 150ª colocação. Na comparação com a última pesquisa, houve queda de duas posições.

Por ano, os empresários brasileiros gastam 2.600 horas para pagar todos os tributos obrigatórios. Na América Latina, são 382 horas, enquanto na OCDE são 186 horas.

Entre as obrigações dos brasileiros, está o pagamento de tributos como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido), entre outros.

Fonte Infomoney

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Empresas que contratarem pessoas com mais de 60 anos poderão receber incentivos

Foi aprovado nesta quarta-feira (19) pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais) o projeto de lei 461/03, que incentiva a contratação de pessoas entre 60 e 69 anos de idade.
A proposta, de autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), foi aprovada no início do mês na forma de substitutivo e prevê incentivos econômicos às empresas que tiverem 30% de sua mão de obra formada por tais profissionais.
De acordo com a medida, as organizações que se enquadrarem nas exigências do projeto poderão deduzir do Imposto de Renda até 25% do montante de salários e encargos previdenciários pagos aos empregados.
Mudanças
Segundo a Agência Senado, o documento também determina outras medidas. As deduções, por exemplo, não poderão ultrapassar 15% do lucro real. Além disso, para o valor dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, o percentual de 25% será calculado sobre os salários inferiores ao limite máximo.
Com isso, a expectativa será de mudança. Para o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), os empresários terão seu comportamento afetado, afinal, eles estão acostumados a contratar pessoas mais jovens com uma remuneração inferior.
“A manutenção do vínculo empregatício e as novas oportunidades de trabalho são importantes para o trabalhador com mais de 40 anos. Após uma demissão involuntária, por exemplo, muitos chegam a desistir de procurar um novo emprego, e não raro, passam a viver de subempregos e biscates”, diz.
Para se ter uma ideia, a proposta original (PLS 461/03) previa a concessão de subvenção econômica de até R$ 50 milhões por ano às companhias que tivessem 30% de colaboradores com idade entre 40 e 55 anos. Contudo, tal faixa etária foi alterada no novo relatório de Miranda, que também substituiu a concessão de subvenção pelo incentivo fiscal.

Fonte: Infomoney

Atraso de salário nem sempre gera direito a indenização para trabalhador

O atraso do empregador no pagamento dos salários nem sempre gera o dever de indenizar o trabalhador por danos morais. Foi o que aconteceu no caso julgado recentemente pela Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, em que os ministros rejeitaram pedido de indenização feito por ex-empregado da Terra Comércio de Veículos que havia passado por esse tipo de problema.

Na ação, o trabalhador alegou que a demora no recebimento dos salários provocou, em consequência, o atraso no pagamento de suas contas, a exemplo da faculdade da filha. Disse ainda que foi forçado a utilizar cheque especial e a pedir dinheiro emprestado à mãe, o que lhe teria causado enormes constrangimentos por não ser capaz de arcar com o sustento da família. Como forma de compensar o abalo emocional sofrido, pediu indenização por danos morais.

Contudo, a sentença de origem e o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) negaram o pedido por concluírem que, embora a supressão de 80% do salário do empregado possa provocar diversos tipos de danos, esses não podem ser presumidos. De acordo com o TRT, o trabalhador não comprovou o abalo emocional com o atraso dos salários – apenas desenvolveu uma argumentação incapaz de produzir a condenação da empresa.

No recurso de revista que encaminhou ao TST, o empregado sustentou que não havia necessidade de prova do dano moral para a condenação ao pagamento de indenização, nos termos do artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal.

Ao analisar o processo, o relator, ministro Emmanoel Pereira, destacou que o Regional adotara a tese de que a reparação de dano moral depende da efetiva comprovação da lesão a direito da personalidade. Já o TST tem adotado entendimento no sentido da configuração de dano moral em decorrência de atraso salarial, exceto quando não demonstrada a prova do prejuízo.

De acordo com o ministro Emmanoel, a teoria da responsabilidade civil subjetiva requer, além da demonstração da culpa, da conduta e do nexo de causalidade, a comprovação do prejuízo à esfera moral da vítima. Na hipótese, seria preciso a efetiva submissão do empregado a situações vexatórias ou de inequívoco constrangimento, como, por exemplo, a inscrição do seu nome em cadastros de proteção ao crédito ou impedimento de realizar transações financeiras.

O relator também observou que é impossível a caracterização do dano moral presumido, em razão da condição econômica das partes envolvidas e da natureza alimentar do salário. Desse modo, não havia como enquadrar o caso como gerador do direito à indenização por dano moral, porque faltou prova do constrangimento do trabalhador perante terceiros em decorrência das eventuais dificuldades financeiras provocadas pela demora no recebimento dos salários.

A decisão da Quinta Turma de negar o pedido de indenização foi unânime. A ministra Kátia Magalhães Arruda fez questão de ressaltar que o TRT declarou que não houve prejuízo para o empregado. O presidente do colegiado, ministro João Batista Brito Pereira, ponderou que, às vezes, a demora no pagamento dos salários pode gerar desgosto emocional que justifique a concessão da indenização por danos morais, e citou como exemplo a angústia de passar por uma ação de despejo, entretanto situação semelhante não foi verificada no processo.


Processo: RR-296900-91.2007.5.12.0055


Fonte: TST

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Desoneração da folha de salários

A necessidade de desoneração da folha de salários e os benefícios dela advindos são temas recorrentes entre empresários, governo, congresso e interessados. Porém, a ausência de prioridade e o vazio de liderança que mobilize o País para promover as mudanças e torne nossa produção competitiva no mercado globalizado e atenda o outro lado da balança que é a geração de postos de trabalhos formais, nos levam a refletir sobre a necessidade da segunda inconfidência mineira. - Temos de tirar a máscara e dizer com clareza que, nas eleições - tanto para cargos majoritários (executivo) como para os proporcionais (legislativo) - quem paga a conta das caríssimas campanhas são os empresários, pelo sistema político vigente pela Carta Magna de 1988. Entretanto, nossos Congressistas têm-se omitido na sua principal função - produção legislativa - tornando as casas do Congresso num balcão de troca de favores com o executivo. A prova da omissão do Congresso está nos Códigos Legais vigentes. Enquanto se compra e transaciona com os bancos através da telefonia móvel, nosso Código Comercial é assinado por Dom Pedro (Lei Nº 556 - de 25 de junho de 1850 - 31/12/1850); o Código Penal é de 1940 (DL No 2.848, de 7 de dezembro de 1940), enquanto a CLT é de 1943 (DL N.º 5.452, 1º de maio de 1943) - sendo os dois últimos promulgados na Ditadura Vargas.
A Constituição Federal democrática de 1988 induz os congressistas a atualizarem as principais leis do país, aliando-as aos princípios democráticos implantados em 1988, mas, passados 23 anos, nossas Casas Legislativas prestaram apenas para "remendar" as Medidas Provisórias.
Nesse cenário, só as lideranças empresariais seriam capazes de se unirem numa segunda inconfidência, criar projetos e pressionar aos eleitos por eles (empresários) a votarem os textos legais capazes de corrigir o rumo da economia, do sistema tributário e administrativo, não somente a desoneração da folha como também a correção das tabelas do IRRF e IRPF aos níveis de 1996 (ficaram 9 anos congeladas), além da atualização dos valores do Regulamento do Imposto de Renda, congelados desde 1995, como se não houvesse inflação. Neste último caso a defasagem passa dos 250%, excluindo muitas empresas do lucro presumido - migrando para o Lucro Real - quando o teto do faturamento (atualizado de 1995 a 2011) ainda permitiria sua permanência do sistema presumido. Outra urgência na correção da rota é a alto custo da burocracia tributária, ruim para empresários e governo.
Estudos feitos pela FGV apontaram que 0,5% de contribuição sobre movimentação financeira substituiria a contribuição patronal da previdência social e o salário educação, desonerando 22,5% da folha salarial, abrindo portas para formalização de postos de trabalho e desonerando o custo Brasil, tornando o País mais competitivo no mercado global, no que se refere aos industrializados. A Coréia do Sul exporta 3 vezes mais que o Brasil (sem exportar minério, soja e café). E os salários dos coreanos são superiores aos dos brasileiros.
Porque a segunda inconfidência mineira? Ora, vivenciamos um período em que as lideranças nacionais da sociedade vêm sendo ocupadas por mineiros. Veja-se: Confenen, Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, tem como principal diretor Roberto Geraldo de Paiva Dornas, MG; a CNT, Confederação Nacional do Transporte é presidida pelo senador mineiro Clésio Andrade e a CNI, Confederação Nacional da Indústria, presidida pelo mineiro Robson Braga de Andrade.
Tais lideranças poderiam convidar os presidentes da CNS, CNPL, OAB, CNA, tão bem dirigida pela Senadora Kátia Abreu, para debaterem a substituição do custeio da Previdência Social, bancado em sua maioria pelos empresários, uma vez que o Sistema criado por Getúlio Vargas, na década de 30 do século passado, tornou-se inviável tanto para o governo quanto para os maiores contribuintes - os empresários. A segunda safra dos inconfidentes mineiros poderia, inclusive, solicitar à Fiesp a colaboração técnica de seu Conjur, composto pelos maiores e renomados juristas do País, como pode-se constatar pelo rol de conselheiros no link daquele órgão http://www.fiesp.com.br/irs/conjur/membros.aspx.
As lideranças empresariais necessitam urgentemente se unirem em torno das mudanças necessárias - numa segunda inconfidência mineira - que certamente trará benefícios imediatos para todos os cidadãos, sem necessidade de novo mártir, por estarmos vivenciando uma democracia que vai se consolidando. Atualizar a legislação federal passa a consolidar a democracia neste País.
 
Fonte: DCI - SP

Brasil Maior ou Imposto Maior?

Vai de mal a pior o Plano Brasil Maior, uma das incursões do governo da presidente Dilma Rousseff no campo da política industrial. Cada vez mais parecido com um daqueles pacotes inventados para esfolar o contribuinte, o projeto em tramitação no Congresso poderia ser rebatizado como Plano do Imposto Maior. Com o número de artigos ampliado de 24 para 31, a Medida Provisória (MP) chamada "da desoneração" agora inclui novas e onerosas formas de tributação, incorporadas no texto por intervenção da Receita Federal - com a aprovação, certamente, do gabinete da Presidência. Segundo o relator da MP na Câmara, deputado Renato Molling (PP-RS), a Receita informou que se trata apenas de "ajustes" na legislação atual, mas essa explicação foi desmentida por empresários, preocupados, segundo ele, com o aumento da carga tributária. Uma das inovações, se aprovada, encarecerá o financiamento das empresas, produzindo efeito exatamente oposto ao proclamado pelo governo ao apresentar sua "política industrial".
Uma das inovações principais do Plano Brasil Maior, em sua versão original, deveria ser a desoneração da folha de pagamentos das indústrias de confecções, calçados, móveis e de software. Concebida por quem desconhecia os assuntos, a MP foi em pouco tempo criticada por empresários do setor de confecções. A troca dos encargos trabalhistas por uma contribuição sobre o faturamento elevaria a tributação de várias empresas. Pelo menos o deputado Renato Molling parece ter entendido o equívoco e promete defender uma alíquota menor que a proposta.
Mas a fome arrecadadora voltou a manifestar-se. As emendas incluídas por intervenção da Receita Federal deverão resultar, se aprovadas, em maior tributação das debêntures, uma das formas de financiamento mais baratas à disposição das empresas. A Receita pretende, além disso, recolher um tributo a mais quando a empresa destina o lucro à ampliação de seu capital.
Ao realizar essa operação, a companhia distribui, naturalmente, novas ações ao seus sócios. Não se trata, nesse caso, de distribuição de dividendos, mas apenas da atualização das parcelas de cada acionista no patrimônio próprio da empresa. A operação é hoje isenta do Imposto de Renda, mas o governo pretende mudar a regra para cavar um dinheiro a mais. Essa inovação é um evidente desestímulo ao reinvestimento dos lucros e, portanto, à expansão das empresas e ao desenvolvimento do setor produtivo.
As emendas apresentadas pela Receita incluem outras formas de elevação dos tributos, atingindo operações no mercado acionário e encarecendo os prêmios de resseguro - entre outras mudanças. A maior parte dessas propostas confirma claramente, mais uma vez, as preocupações dominantes no governo. Qualquer desoneração anunciada como benefício ao setor produtivo será seguida de novas manobras para preservar e, se possível, aumentar a arrecadação. O objetivo normal da administração é gastar com a própria máquina, sempre inchada e sempre ineficiente. Se sobrar algum dinheiro, a ordem será usá-lo em programas e em distribuições de vantagens potencialmente rentáveis em termos eleitorais.
Quando essa é a concepção de governo, a racionalização dos tributos e a desoneração das atividades empresariais só podem ser objetivos de menor importância, condicionados à sustentação de um Estado balofo e gastador. Essa concepção é naturalmente aliada a um permanente desprezo à competência administrativa. Isso se revela na maior parte das iniciativas impropriamente classificadas como ações de política industrial. Cabem perfeitamente nessa moldura as desastradas medidas protecionistas apresentadas, há algumas semanas, como incentivos à modernização do setor automobilístico. Os incentivos, nesse caso, tomaram a forma de uma elevação do imposto cobrado sobre veículos com menos de 65% de componentes nacionais. Criar um programa de modernização tecnológica, de atualização de processos e de ganho de competitividade exige imaginação e competência, itens em falta no governo.

Fonte O Estado de S. Paulo

Veja dicas sobre uso dos meios eletrônicos no trabalho

Se no cotidiano a boa educação recomenda que, por exemplo, se bata na porta antes de entrar, aos poucos o ambiente digital também revela suas próprias regras de comportamento e etiqueta. A disseminação de aparelhos cada vez mais compactos que permitem acesso a e-mails e redes sociais em qualquer hora ou lugar podem fazer a pessoa cair em armadilhas, principalmente no ambiente corporativo.
O envio errado de e-mail ou um comentário maldoso sobre o chefe ou a empresa publicado no twitter ou no facebook, por exemplo, podem deixar a pessoa numa situação constrangedora, comprometer a reputação e a carreira e até gerar demissões. No Brasil, 70% dos executivos já enviaram e-mail errado ou copiarem algum destinatário por engano, segundo pesquisa da Robert Half, que atua em recrutamento especializado.
Para 40% dos executivos brasileiros a quebra de regras de etiqueta digital prejudica “muito” a imagem do profissional e mais de 90% acredita que afeta “pelo menos um pouco” a imagem do profissional. O estudo ainda mostra que a massificação do uso de aparelhos móveis, segundo 78,8% dos entrevistados, também “fez aumentar” o número de quebra de regras de etiqueta no ambiente de trabalho.
De acordo com 92,4% dos entrevistados pela pesquisa, as redes sociais são “capazes de gerar negócios”. Por outro lado, parte dos usuários ainda não está preparada para utilizar as ferramentas de forma profissional no ambiente corporativo. O levantamento mostra que um em cada três executivos já viveu problemas com o comportamento de funcionários em redes sociais.
A pesquisa mostra também que a rede social com viés profissional LinkedIn é unanimidade entre os executivos brasileiros. Mais de 90% dos entrevistados possuem perfil na rede e 85,5% deles utilizam a ferramenta para buscar emprego.
Faça a coisa certa
A consultoria organizou algumas dicas de como se comportar no ambiente digital:
Redes sociais como Facebook:
Você usa redes sociais, como Facebook, por exemplo, para uso pessoal ou profissional? Se você decidir adicionar colegas de trabalho, chefes e clientes mantenha uma abordagem inteiramente profissional. Evite colocar, por exemplo, o que você comeu hoje ou qual bar você vai à noite. Avalie se não é o caso de usar um perfil apenas profissional e outro apenas pessoal.
Ø Fotos:
Se você utiliza as redes sociais de forma profissional, evite deixar o seu perfil sem foto. Uma foto vale por mil palavras, e vai confirmar se você é a mesma pessoa que o seu contato conhece. Evite ainda fotos muito informais.
Ø Comentários:
Em muitas redes sociais, o que você escreve pode ser lido por outros usuários. Portanto, qualquer um de seus “amigos” (incluindo colegas de trabalho, chefes etc) pode ver seus comentários, fotos e links do YouTube, gostar ou não gostar.. Opte por mandar um e-mail ou use o sistema de mensagens privadas, caso o assunto seja mais profissional ou muito informal;
Twitter:
Ø Comentários:
Ao usar o twitter para fins profissionais seja atencioso e generoso. Ao invés de tweetar apenas detalhes irrelevantes, agregue valor aos seus seguidores compartilhando links para artigos interessantes e fontes online.
Ø Encaminhe:
Não faça o “tipo” egoísta. Retweetar atualizações de outros encoraja discussões e mostra às pessoas que não é tudo sobre você – os outros também têm coisas pertinentes a dizer!
Sites de networking profissional, incluindo LinkedIn:
Se o uso de redes sociais pessoais no ambiente coorporativo já alerta para a necessidade de cuidados, a atenção deve ser ainda maior quando se trata de redes de natureza profissionais. Evite postar assuntos triviais. Seu objetivo deve ser tornar-se uma referência e não um chato na rede.
Ø Perfil:
O perfil é seu cartão de visitas para a sua rede de relacionamento e futuros contatos. Para deixá-lo mais atrativo, evite lacunas de informações. Complete o perfil com seu resumo profissional, histórico profissional e formação acadêmica. Acrescente realizações importantes de sua carreira para que seus contatos possam ter uma clara ideia de suas qualificações.
Ø Solicitações:
A demora em responder convites para ampliar a rede de relacionamento pode afetar sua imagem. Paciência é uma virtude, mas nem todos a possuem. Responda os pedidos prontamente – em menos de 24 horas, se possível.
E-mail:
As novas tecnologias tornaram o acesso ao e-mail mais fácil, mas também reforçaram a necessidade de se atentar a cuidados para não se comprometer e tampouco ser indelicado com os destinatários.
Ø Respostas:
Deixar as pessoas esperando por você não é nunca uma boa opção, principalmente no ambiente coorporativo. Tente responder todas as mensagens em menos de 24 horas. Se você está em reuniões consecutivas, deixe uma mensagem de ausência temporária.
Ø Destinatários:
Dependendo do teor do e-mail, um engano no campo destinatários pode trazer conseqüências ruins. Sempre revise a lista de distribuição quando enviar uma mensagem.
Ø Seja claro:
Ao se comunicar via e-mail evite ser prolixo. Explique logo no início o que você deseja. Depois no corpo da mensagem entre nos detalhes e use tópicos, que facilitam a leitura.
Ø Cuidado com o tamanho.
Lotar a caixa do destinatário ou evitar que o e-mail chegue por conta de anexos enormes é algo considerado indelicado. Antes de enviar, pense em zipar o arquivo ou utilizar outro programa que permita compartilhar arquivos pela internet.
Celulares e smartphones são ferramentas praticamente indispensáveis no ambiente coorporativo. Porém, a maneira como são utilizados dizem bastante quanto à sua postura profissional. Em reuniões, é importante mostrar que está focado, e olhar o celular constantemente ou ficar escrevendo mensagens mostra aos outros que o seu foco está em outro lugar. Em situações urgentes, saia da sala para responder uma mensagem ou fazer uma ligação.
Aparelhos de celular:
Ø Localização:
Antes de iniciar uma ligação pense em quem eventualmente poderá ouvi-la. Freqüentemente conversas confidenciais são feitas por telefone celular em lugares públicos como cafeterias e aeroportos. Você teria essa conversa se atrás de você estivesse alguém da concorrência? Faça ligações delicadas de um lugar privado.
Ø Mensagens:
Não utilize o recurso de mensagens para diálogos extensos. Esta é uma ferramenta útil para enviar um endereço ou avisar os colegas que você vai se atrasar.

Fonte Canal Executivo

Pequenas e médias empresas profissionalizam área de RH

A profissionalização das empresas de pequeno e médio porte chegou às políticas de gestão de pessoas. Buscando atrair e reter mão de obra em um mercado aquecido, muitas delas estão montando suas estruturas de recursos humanos. Contratar executivos experientes para liderar a área e implementar programas de meritocracia são alguns dos investimentos dessas companhias, que apostam nas pessoas para crescer e ganhar competitividade diante das grandes.
"Não importa o tamanho da empresa, os desafios são os mesmos: buscar, desenvolver e manter talentos", afirma Danilo Nascimento, diretor da BPC PME, braço recém-criado da consultoria Business Partners para pequenas e médias organizações. Segundo ele, a abertura da unidade foi motivada pelo aumento da procura dessas companhias por serviços de consultoria em RH nos últimos anos.
Foi graças ao crescimento acelerado e à necessidade de treinar seus profissionais que a Village, rede varejista de produtos de acabamento com 15 lojas na região metropolitana de São Paulo, decidiu contratar uma executiva de RH. O sócio Marcos Gabriel Atchabahian conta que, nos últimos dois anos, a empresa inaugurou um centro logístico e abriu cinco novas lojas, criando 150 vagas. "Decidimos fazer uma mudança radical na estrutura da organização, e o RH foi uma das áreas estratégicas na qual investimos", afirma o sócio.
Há alguns meses no cargo, a gerente geral Fernanda Vassoller chegou à empresa com o desafio de rever políticas de cargos e salários, desenvolvimento e treinamento de 500 funcionários. "Encontrei uma estrutura muito concentrada em folha de pagamento. Com o tempo, fomos diagnosticando todas as necessidades da empresa e já estamos implementando mudanças", garante. A reestruturação colocada em prática pela executiva contemplou estudos de clima organizacional, ações para retenção de talentos e até projetos de seleção de trainees e de uma universidade corporativa.
Casos como o da Village mostram que as boas práticas herdadas das grandes empresas estão sendo absorvidas pelo mercado de pequenas e médias. "Elas estão aplicando cada vez mais esses programas, mas respeitando limitações e fazendo adaptações à sua realidade", diz Nascimento.
Esse é o caso do Cemitério Parque Senhor do Bonfim, empresa com 40 funcionários e faturamento anual de R$ 4 milhões, sediada em Curitiba. Nos últimos anos, a necessidade de ganhar competitividade no mercado fez com que a direção implementasse um sistema de gestão de pessoas focado em treinamento e desenvolvimento. No início deste ano, contratou uma consultoria especializada para avaliar o planejamento estratégico, que motivou a criação de uma área de recursos humanos. "Tínhamos programas de metas e comissões, mas que eram administrados de forma muito intuitiva", revela o sócio diretor Robson Posnik.
O profissional de RH contratado ajudou a companhia a aumentar o time e a estruturar áreas até então inexistentes como cobrança e atendimento ao consumidor. "Também estamos treinando gestores e definindo políticas de meritocracia", afirma Posnik. O planejamento de médio prazo inclui subsídio a cursos, salários extras e participação nos lucros para funcionários que se destacarem.
A atração de talentos também é um desafio para as pequenas e médias. Na Automalógica, especializada em automação de sistemas elétricos, a disputa é ainda maior - todo o quadro técnico da companhia de 15 funcionários é formado por engenheiros, que estão entre os profissionais mais demandados do mercado hoje. "Disputamos talentos com grandes empresas de engenharia", ressalta o sócio-diretor Marcelo Barbosa Ferreira.
Para atrair esses profissionais, a Automalógica desenvolveu políticas para oferecer perspectivas de futuro aos funcionários. Uma das primeiras mudanças foi definir a matriz de cargos e salários e o processo de capacitação dos novos colaboradores. "Também investimos fortemente em uma avaliação de desempenho mais formal", explica Ferreira.
Este ano, a empresa inicia um ciclo de avaliação dos profissionais. A partir daí, eles definirão as metas para cada período junto aos seus gestores. "O objetivo é incluir tanto o aprendizado técnico quanto o comportamental", destaca. As mudanças, segundo o sócio, levam em conta os planos da companhia, que cresce, em média, 50% ao ano. "Nosso foco é desenvolver mão de obra própria. Como os especialistas disponíveis no mercado são caros e disputados, optamos por capacitar profissionais em início de carreira", diz.
Segundo Danilo Nascimento, da BPC PME, esse mercado tem entendido melhor a função estratégica do RH. "Estruturar esse setor é um passo importante que, além de trazer crescimento e bons resultados, agora se tornou uma questão de sobrevivência."
 
 
Fonte: Valor Econômico
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