O desconhecimento do que, de fato, seja uma marca e da sua importância estratégica para o negócio, mesmo os de pequeno porte, é a principal barreira que as micro e pequenas empresas enfrentam na adoção da marca como ferramenta de competitividade. A constatação é do publicitário, designer e empresário, especialista em estratégia e gestão de marcas, Gian Franco Rocchiccioli, de São Paulo. Segundo ele, a marca não é privilégio das grandes empresas e pode, sim, ser adaptada à realidade dos pequenos negócios.
“Muito se ouve falar na grande mídia sobre a importância das marcas, porém essas histórias estão sempre ligadas a empresas como Natura, Itaú, Nike, Apple, McDonald's etc, que são realidades muito distintas à do micro e pequeno empreendedor. Isso acaba criando uma consciência errada de que só é possível construir marca com muito dinheiro ou quando a empresa for grande o suficiente para fazer grandes investimentos, o que sabemos não é uma verdade”, afirma Gian Franco.
De acordo com ele, investir na marca é investir na diferenciação e a diferenciação é o que dá motivo para o consumidor preferir um produto em detrimento de outro. “Ao apostar na marca, o empresário gera consumidores fieis a essa marca e a conseqüência disso é o lucro e uma maior rentabilidade da empresa. Outro ponto importante é que no mercado de hoje construir uma imagem diferenciada passou a ser fundamental. Na moda essa necessidade é ainda maior”, avalia.
Para rever o quadro de desinformação, Gian Franco sugere que a primeira etapa é buscar entender melhor o que é marca e como essa ferramenta poderá ajudar a empresa crescer. Em seguida, o empresário deve contratar um escritório de design, com experiência no ramo de atividade da empresa.
“Os empresários devem dar preferência a escritórios de design filiados à alguma associação com credibilidade que endosse a qualidade do escritório, como é o caso da Associação Brasileira de Empresas de Design, a Abedesign. Para projetar e administrar bem uma marca, é importante que ele entenda bem daquilo que vai demandar, e contratar gente séria e capacitada para ajudá-lo”, explica Gian Franco.
Bárbara Holanda
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