sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Fatores importantes para o crescimento

Ver sua empresa crescer é um dos principais objetivos dos empresários. Diante das oscilações da economia, o quê é preciso fazer para alcançar este objetivo? Para o professor Luis Lobão, da Fundação Dom Cabral, é preciso fazer a empresa crescer de forma sustentada e sustentável. Só empresas excepcionais conseguem pensar seu crescimento antes que ele seja necessário”, afirma Lobão.



Lobão afirma também que para garantir o crescimento das empresas é preciso estar preparado para agir em situações críticas e principalmente, ter capacidade para enxergar as mudanças antes que elas se tornem óbvias demais. Há três fatores que não podem ser esquecidos:

1- Planejamento

Antes de mais nada, é preciso concentração em um plano, definir missões, valores, comportamentos e atitudes. "Ter um plano não significa engessar a empresa, mas ter um alinhamento com todos", cita Lobão. O professor recomenda também uma análise dos ambientes interno e externo, pensar em meios para melhorar a produtividade e estruturar o crescimento.

2- Passo-a-passo

Avaliar os colaboradores, os processos estabelecidos e o projeto financeiro são os primeiros passos rumo ao crescimento. Estabelecer um bom modelo de governança é um passo importante nesse processo. "Muitas pequenas empresas ainda não pensam nisso, mas, para ter acesso a capital e investidores, precisa apresentar um bom modelo de governança”, ressalta o professor.

3- Cuidados

Para garantir o crescimento de qualquer empresa, os gestores precisam tomar alguns cuidados importantes. O desvio de foco e a arrogância são os maiores vilões. “O inimigo está dentro das organizações. O primeiro fator de perda de crescimento é arrogância. Antes do resultado financeiro, a diferenciação, os talentos e a relevância no mercado vão se perdendo”, afirma.

E então, prontos para crescer?

Até mais!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Brasileiro amplia o consumo de serviços


Com o crescimento da renda e a ascensão da classe C, o consumo do brasileiro diversificou-se, o que permitiu a ampliação do acesso a serviços como restaurantes, hotéis, viagens, cursos e reparação de veículos e artigos de informática -comprados na esteira do crédito farto.
Três ramos de serviços se beneficiaram especialmente desse cenário: os prestados às famílias (alimentação, cultura, hotelaria, cursos privados e outros), as atividades imobiliárias (compra, venda e locação) e a reparação e a manutenção (consertos).
O faturamento dessas atividades cresceu 44,9%, 59,8% e 63%, respectivamente, no acumulado 2007-2010, segundo a Pesquisa Anual de Serviços (Pas) do IBGE. Os percentuais superaram a expansão média, de 31,6%.
Os fatores "decisivos" para a inclusão de novas classes no consumo de serviços foram o aumento da renda, do emprego formal e do crédito, segundo Ana Carla Magni, economista do IBGE.
"Nos últimos anos, o brasileiro passou a comer mais fora de casa, ir mais vezes ao cabeleireiro e frequentar curso de inglês. Essa nova dinâmica se refletiu no faturamento das empresas."
Com o consumo em alta, o faturamento do setor de serviços cresceu, em média, 8% ao ano de 2007 a 2010, acima do PIB no período. Mesmo na crise de 2009, houve expansão: 6,4%; em 2010, a cifra subiu para 11%.
Segundo Gilberto Braga, professor do Ibmec, a renda mais elevada e a "inclusão social" levaram as famílias a saírem de casa para consumir serviços, como ir ao cinema.
Já o crédito, diz, dinamizou os mercados de imóveis e veículos, ampliando o acesso aos serviços relacionados a esses setores.
Esses fatores foram mais marcantes no Nordeste, onde os reajustes do salário mínimo e as transferências de renda têm peso maior e alavancaram mais o consumo.
Na região, o faturamento dos serviços subiu 36,1% no acumulado de 2007 a 2010, acima da média nacional.
Para Braga, a continuidade do aumento do mínimo acima da inflação, do crescimento do emprego e do crédito resultaram em novas expansões dos serviços em 2011 e 2012. "Houve uma mudança de hábito importante nesses últimos anos, que não acabou. Em todos os países onde a renda cresce, aumenta o consumo de serviços. É um processo histórico."
Um sinal dessa transformação é o crescimento da receita de alimentação (50,4%), a maior dentre o grupo de serviços destinados às famílias.
Composto por firmas de pequeno porte e muito pulverizado, o grupo de serviços destinados às famílias liderava em número de empresas e era o segundo a mais empregar, mas representava apenas 9,9% do faturamento total.
SALÁRIOS
A demanda aquecida e a restrição de mão de obra obrigaram as prestadoras a pagar melhores salários para atrair e reter profissionais. O aumento acumulado de 2007 a 2010 foi de 38%.
Os maiores reajustes vieram de serviços de reparação e serviços de informação (telecomunicações e informática) -de 45%. Ambos sofrem mais com a falta de mão de obra.
Os serviços pagavam, porém, salários relativamente baixos -de 2,4 salários mínimos na média de 2010. As maiores remunerações eram de serviços de informação (5,8 salários).
O ramo, que vive de inovação e de lançamentos de novos serviços, teve, porém, um desempenho mais fraco em faturamento por conta da forte concorrência entre as empresas. Sua receita subiu 21,8% no acumulado de 2007 a 2010, abaixo da média do total dos serviços.

Fonte: Folha de S.Paulo 

Executivos apostam na vaidade para melhorar a imagem e a carreira


A política de incentivos e benefícios para retenção de talentos executivos chegou aos tratamentos estéticos.
Cada vez mais empresas oferecem esse tipo de cobertura. É uma maneira de unir o útil ao agradável: executivos, principalmente de alto escalão, costumam refletir a imagem da empresa que representam, principalmente em negociações.
A Care Plus é uma operadora de planos de saúde que oferece,nas modalidades empresariais, duas cláusulas específicas que podem ser contratadas de maneira adicional: uma referente a cirurgias plásticas (exceto próteses) e outra de dermatologia estética, que cobre peeling, cirurgia de acne, carboxiterapia e fototerapia.
"São coberturas que não estão incluídas em planos tradicionais", diz Eduardo Pereira, gerente comercial.
Caso o plano inclua cirurgias estéticas, o executivo pode utilizar uma verba limite de até R$ 12 mil por ano. No caso de tratamentos para a pele, a verba varia de R$ 2,5 mil a R$ 3,6 mil por ano.
"Estes planos geralmente são contratados por grandes empresas da área de serviços, e destinados a diretores, vice-presidentes e presidentes", explica Pereira.
A Omint é outra operadora que oferece planos com cobertura para cirurgias plásticas.
O benefício une o útil ao agradável. Uma boa imagem tem um efeito positivo no ambiente corporativo, principalmente quando ela está intimamente relacionada com o negócio da empresa.
E é mais fácil buscar soluções quando a própria empresa incentiva este processo.
É o caso de Elisabete Leite, 29 anos, consultora de campo da Sorridents, rede de clínicas odontológicas. Trabalhando há cinco anos na área, resolveu encarar um tratamento dentário, com duração de dois anos, para corrigir seu problema de mordida cruzada, que desalinhou seus dentes, e que foi parcialmente custeado pela própria empresa.
A consultora ficou incomodada com a observação do problema por dentistas com os quais lidava. "Trabalho na franqueadora, e tenho que ser referência. Quando decidi fazer o tratamento, os dentistas repararam, e me disseram que, além do sorriso, minha dicção e fala também mudariam", diz a consultora.
Novidades
Para quem quer melhorar a aparência, não faltam opções de tratamentos estéticos em grandes centros urbanos como São Paulo. Ruth Inamura, esteticista chefe da Amarynthe, cita novidades, como a oxigenoterapia, que potencializa o tratamento da pele, e melhora sua tonalidade, bem como atenua olheiras.
"Executivas geralmente buscam tratamentos de rejuvenescimento, para melhorar a firmeza e textura da pele, também buscados por homens, bem como os que reduzem gorduras localizadas, como drenagem linfática e massagens modeladoras", diz a esteticista.
Os tratamentos para a pele são feitos em cinco a dez sessões, semanais ou quinzenais. Após o período, é necessário fazer uma limpeza ou hidratação mensal, e repetir o tratamento depois de seis meses.
"Eles sempre devem ter caráter preventivo. É muito mais fácil obter efeitos melhores quando os tratamentos começam a ser feitos em clientes mais jovens", afirma.
Para quem não gosta de procedimentos invasivos, o Elements, do Hotel Tivoli Moffarej, prioriza o toque e o ritual de relaxamento à tecnologia.
"Oferecemos esfoliações facial e corporal com massagens que duram até três horas", diz Larissa Tiemi, supervisora de operações do spa.
Os preços dos tratamentos variam de R$ 350 a R$ 450, em média, por sessão. Mas pacotes completos podem custar até R$ 1,8 mil.

Fonte: Brasil Economico

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sem reduzir tributos, pode-se reduzir custos

Finalmente ouvimos boas notícias que vão no caminho certo para o desenvolvimento do Brasil: desonerações tributárias e um choque de gestão na infraestrutura!
Todos reclamam da alta carga tributária e esquecem-se de que ela decorre da necessidade de arrecadar para fazer frente ao custo do Estado. Ninguém quer reduzir despesas, mas todos querem reduzir tributos, ou seja, reduzir receitas. Daí porque muito se fala em reforma tributária e ela nunca sai.
É preciso saber o que significa reforma tributária: para o contribuinte é simplificação e desoneração, para o Estado, é aumento de arrecadação. Com esse conflito de interesses não se chega a lugar algum. Antes de falarmos em reforma tributária, portanto, é preciso repensar que Estado queremos, de que tamanho, prestando que serviços e quem pagará a conta.
Não existe fórmula mágica: não se pode reduzir receita sem cortar despesas. Uma alternativa salutar é aumentar a arrecadação por meio do crescimento e desenvolvimento econômico do país e geração de mais emprego, tudo acompanhado de uma gestão eficiente.
Apesar de a carga tributária ser alta para quem paga ela é insuficiente para que o Estado preste os serviços de qualidade necessários à população. Segundo publicação em 2010 da OCDE1, se compararmos a carga tributária de 29,77% dos países do G-7, que têm um PIB por habitante de U$ 39,67, com a do Brasil de 33,56%  e um PIB por habitante de U$ 3,79, constata-se que o Brasil precisaria arrecadar três vezes mais ou ser três vezes mais eficiente para dar o retorno social que a população necessita, isto é, a carga tributária precisaria aumentar.
Precisa-se, portanto, de um choque de gestão que deve iniciar por implementar uma alternativa mais rápida e que trará reflexos positivos para a economia: a redução da burocracia!
Esse é um custo adicional para as pessoas e empresas que não é só fiscal, mas decorre do excesso e complexidade de normas e regulações, exigências de papéis e procedimentos, muitas vezes repetidos em vários órgãos, que resultam em perda de tempo e dinheiro para todos, inclusive para o Estado, além de contribuir para onerar e aumentar a insatisfação geral dos que são obrigados a cumprir esse cipoal de exigências.
É preciso controlar e combater de forma acirrada a sonegação, as fraudes, os desvios e as corrupções, mas esse controle não pode alimentar a burocracia e produzir o efeito inverso de estimular tais desvios e aumentar o gasto da sociedade.
Segundo estudo do Banco Mundial (Doing Business - 2012), entre 183 países pesquisados, o Brasil ocupa posição baixa no ranking1.É incrível que dos 183 países pesquisados, nosso país, como a 6ª economia do mundo, esteja classificado entre os países menos desenvolvidos com relação à facilidade de fazer negócios (126ª); abrir empresas (120ª); obtenção de licenças e alvarás para construir (127ª); registro de propriedades (114ª) e fechamento de empresas, cuja nomenclatura atual é resolução de insolvência, (136ª).
Para abrir uma empresa, no Brasil, gastam-se cerca de 120 dias e são necessários mais de 18 procedimentos realizados em 12 órgãos, enquanto no Canadá levam-se, apenas, três dias. Se abrir é difícil, fechar é muito pior: levam-se meses ou até mesmo anos. Tudo isso tem reflexos negativos sobre a economia, especialmente considerando que as empresas gastam, em média, 2,6 mil horas para cumprir com todas as exigências burocráticas dos diversos órgãos federais, estaduais e municipais.1
Não se pode negar que existem boas iniciativas que tentam reduzir procedimentos e entraves: cite-se a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa de cuja concepção e elaboração participamos junto com a equipe do Sebrae (2002/2003) e que mostrou seu resultado ao conseguir a formalização de, aproximadamente, 6 milhões pequenas e micro empresas, a criação do MEI (microempreendedores individuais), que formalizou mais de 2,8 milhões de microempreendedores e a implantação da REDESIM.1
No aspecto da desburocratização fiscal, o Brasil, com a Receita Federal do Brasil e a Procuradoria da Fazenda Nacional, tem grandes avanços tecnológicos: 95% das pessoas físicas transmitem as declarações via internet, e em relação às pessoas jurídicas o percentual chega a 100%, tudo levando à agilidade da cobrança de débitos tributários.  Infelizmente ainda não se pode dizer o mesmo relativamente ao prazo em que são efetuadas as restituições devidas aos contribuintes. Mas, essa modernidade ainda não chegou a todos os órgãos públicos.
Cada vez mais, são repassadas obrigações para os contribuintes, que eram de responsabilidade das fazendas públicas, o que lhes onera ainda mais, pois além da carga tributária, há o custo do controle. Precisa-se reduzir o excesso de informações, certidões, licenças, alvarás e declarações que têm que ser apresentadas aos órgãos da União, dos Estados e dos Municípios. Já é tempo de se criar um só número de inscrição, seja para pessoas físicas ou pessoas jurídicas, e que este sirva para fins societários, comerciais, entre outros. Os recolhimentos dos tributos poderiam ser feitos por meio de um único documento, e a repartição dos recursos caberia ao Estado, aliviando assim as empresas para que pudessem gerar, produzir e arrecadar mais, contribuindo também para a satisfação geral. São várias exigências que têm de ser cumpridas pelo mesmo contribuinte.
Faz-se urgente a implementação de um plano de desburocratização para facilitar, agilizar e simplificar (o projeto FAS?) a vida de todos, especialmente daqueles de mais baixa renda, que, proporcionalmente, pagam mais tributos indiretos e são os que mais sofrem recebendo serviços de baixa qualidade, duplamente castigados. Para esses o ônus é muito maior. Quem ganha até dois salários mínimos paga o dobro (13,13%) dos tributos indiretos daqueles que ganham acima de 30 salários mínimos (6,94%).1
O grande nó da burocracia precisa ser desatado e resultar em simplificação e redução de custos, com ganhos para a economia, o emprego e o desenvolvimento do país e... sem reduzir tributos pode-se reduzir custos e aumentar os lucros. Com isso ganham todos.

Fonte: Conjur.com.br

Aumentam ações de incentivo para pequenas aderirem à inovação


Na segunda quinzena de setembro entrou em campo em São Paulo — maior concentração de micro e pequenas empresas (MPE) no país — a primeira turma de bolsistas do programa Agentes Locais de Inovação (Ali), uma das mais ousadas iniciativas da parceria Sebrae/CNPq no incentivo às MPE para aderirem aos programas de inovação. Esta primeira turma de 60 agentes do programa em São Paulo é constituída por profissionais de 15 áreas distintas, com formação superior. O projeto terá um total de 450 participantes no estado e será implantado em três ciclos. Outros 390 bolsistas já estão em fase de capacitação. Eles vão promover ações de inovação nas empresas aproximando-as de institutos de pesquisas, centros tecnológicos e universidades, com o propósito de promover a melhoria da competitividade. “Em campo, eles coletarão dados para avaliar o grau de competitividade e inovação de cada empresa e, junto com o empresário, vão elaborar um plano de inovação, validado por um técnico do Sebrae”, explica Sérgio Ricardo, coordenador do Ali no estado. Estes 450 Alis de São Paulo praticamente dobram o número de agentes com que o programa conta até agora no país. Até maio último, eram cerca de 500 e acompanharam mais de 14 mil empresas. A meta ao dobrar o quadro é levar orientações sobre inovação a 25 mil negócios, sendo 14 mil só no estado.
Ao Ali nacional, em parte pode ser atribuído o fato das MPE estarem sobrevivendo mais. Em 2011, segundo o Indicador Serasa de Falências e Recuperações, o número de pedidos de falência de MPE foi menor que nos dois anos anteriores. Foram 1.143 em 2011; 1.233 em 2010; e 1.512 em 2009. “Os dados da Serasa coincidem com os do Sebrae, o que mostra o aumento da taxa de sobrevivência das MPE. A cada 100 negócios, 73 sobrevivem nos dois primeiros anos, considerados os mais críticos”, afirma o presidente do Sebrae nacional, Luiz Barretto. O fato é que nos últimos 10 anos, as MPEs adquiriram grande relevância nas políticas públicas de desenvolvimento econômico implementadas no país. Segundo o superintendente regional do Sebrae-SP , Bruno Caetano, um levantamento recente realizado pela entidade mostra que no Brasil há 6,5 milhões de MPEs que faturam até R$ 3,6 milhões por ano. Na última década um bom contingente delas aderiu aos programas de inovação definidos tecnicamente pela adoção de um novo método produtivo; o lançamento de um produto ou serviço; e o acesso a novos mercados. A inovação, destacam os especialistas, foi um dos fatores decisivos para as MPE converterem-se numa importante alavanca para a elevação dos níveis de emprego e renda no país. De acordo com o Dieese, elas respondem por mais da metade do total de empregos formais gerados no Brasil e correspondem a mais de 90% das empresas brasileiras.
Mas, apesar da adesão crescente, a última pesquisa do Sebrae indica que 54% das 6,5 milhões de MPEs são consideradas “não inovadoras” - ou seja, não adotaram a nenhum dos três requisitos básicos de inovação. Do contingente de 46% de empresas que aderiram, 25% adotaram novos processos de produção; 24% um novo produto ou serviço; e 17% conquistaram um novo mercado. Ainda há dificuldades reais que contribuem para que mais da metade das MPEs constituídas no país ainda esteja fora de qualquer programa de inovação. Uma delas, é a ideia persistente entre os pequenos empresários de que inovação está restrita às empresas de grande porte ou àquelas de base tecnológica.
¦ REFORÇO
O total de participantes do projeto Ali em São Paulo será de
450
¦ META
Número de empresas que vão receber orientação deve ser de
25 mil
¦ REALIZADO
Número de empresas que já receberam orientação
14 mil

Fonte: Brasil Econômico 

Planejamento é fundamental na busca por crédito


Algumas instituições têm linhas de financiamento especialmente destinadas a projetos de pesquisa, além de programas específicos de crédito para companhias de áreas, como as de software, tecnologia da informação e comunicação. Conforme levantamento do Sebrae, entre essas linhas estão as da Financiadora de Estudos e Pesquisa (Finep), de abrangência nacional, e as operadas pelas Fundações de Amparo à Pesquisa nos estados. Do segmento bancário, a entidade cita as do Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Nesta lista podem ser incluídos também o próprio Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica (Sebraetec), que cobre até 90% dos custos do empresário com ações de inovação, e as linhas da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve-SP) direcionadas às empresas pequenas de base tecnológica e perfil inovador. Valores, taxas, prazos e as formas de acesso a essas linhas, entretanto, não são uniformes e dependem das políticas de crédito de cada instituição, da organização das empresas e de quais são os projetos que se pretende financiar. “A experiência do empreendimento com desenvolvimento tecnológico é considerada para liberação do crédito, mas o principal para acessar as linhas é apresentar projetos viáveis e observar os demais critérios, como ter capacidade de pagamento, oferecer garantias e cumprir as exigências da instituição”, diz o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. O executivo acrescenta que, em geral, proprietários de pequenos negócios enfrentam dificuldades para construir as propostas de projetos que devem ser apresentadas às instituições financeiras. “O ideal é que as empresas tenham contrapartida de pesquisa, ou seja, capacidade laboratorial e de investimento, além de equipe própria de pesquisa.” Geralmente, falta plano de negócio, o que dificulta o acesso ao crédito, endossa Helena Tenório Veiga, chefe do departamento de acompanhamento, inovação e conhecimento da área de planejamento do BNDES. “Nem sempre uma boa ideia ou invenção se transforma em inovação, que precisa chegar ao mercado, ser parte do negócio e da sobrevivência da empresa”, diz Helena, afirmando que a política do banco não é voltada para invenções puras e sim para fomentar a inovação e, em consequência, a competitividade das empresas brasileiras. Milton Luiz de Mello Santos, presidente da Desenvolve SP, afirma que os principais entraves são a falta de documentação e a desatualização cadastral das companhias. “Muitas pequenas empresas ainda não possuem uma gestão planejada e organizada. Planejar e manter a documentação em dia é muito importante, não só para acessar o crédito, mas para o crescimento sustentável.”

Fonte: Brasil Econômico 

Preferência nas compras do governo mostra bons resultados


Em dezembro de 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas (123/06), que regulariza e amplia as vantagens para essas organizações. Entre uma série de facilidades tributárias e benefícios incluídos na lei, está o tratamento diferenciado em licitações públicas. “Desde que a lei entrou em vigor percebemos que as capitais e as grandes cidades do país já regulamentaram a lei em âmbito estadual e municipal”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. Dos 5.565 municípios brasileiros, mais de 3,3 mil já aprovaram a lei, “o importante agora é implementar e garantir que ela será colocada em prática”, afirma o executivo.
Somente no estado de São Paulo, dos 645 municípios, 328 regulamentaram a lei. Números do estado mostram que no primeiro semestre de 2010, do volume compras oficiais de R$ 4 bilhões, 17% tiveram micro e pequenas empresas como fornecedoras. Já no mesmo período do ano passado, dos R$ 20 bilhões em aquisições do governo estadual, as empresas do segmento ficaram com uma fatia de 30%. “São números importantes, pois mostram que essa categoria movimentou cerca de R$ 6 bilhões no período”, diz Caetano. No que diz respeito ao volume comprado pelo governo federal, em 2010, as micros e pequenas empresas foram responsáveis por 27,8% do volume de compras, segundo dados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Essas licitações públicas podem ocorrer de duas formas: a compra direta, quando o governo, seja federal, estadual ou municipal, realiza uma chamada pública para aquisição de produtos ou serviços com um teto máximo de R$ 80 mil; ou a subcontratação, quando contratos com médias e grandes empresas permitem uma subcontratação compulsória de 25% (cota) a 30% (faturamento direto) do serviço executado por uma micro ou pequena empresa. Entre os setores que mais fornecem para os governos estão o de papelaria, serviços e insumos para merenda escolar. “Este último, com destaque principalmente nos municípios em que a prefeitura percebeu as vantagens de contar com as pequenas e micro empresas no fornecimento”, diz o executivo. Para participar das licitações, as empresas precisam estar em dia com a documentação, incluindo certidões e impostos, uma vez que qualquer tipo de irregularidade impossibilita a entrada na concorrência. “Além disso, é preciso que o empreendedor tenha a consciência de que vai passar por uma disputa e pode perder, por isso o importante é não basear seu negócio somente no fornecimento para o governo”, frisa Caetano. A avaliação para aprovação da empresa em uma licitação passa primeiro pela regularidade fiscal e depois pela capacidade técnica para o fornecimento do produto ou serviço. “Conforme a modalidade da licitação a avaliação pode ser pela melhor técnica, melhor técnica aliada a preço ou melhor preço”, informa o diretor-superintendente do Sebrae-SP.
Multas
É importante lembrar que o contrato com o governo exige qualidade e pontualidade na entrega do serviço ou produto, e multas são aplicadas caso a empresa não consiga cumprir seus deveres, “daí a importância de atender à capacidade técnica, pois muitas vezes as micros e as pequenas vencem uma licitação, mas não conseguem cumprir os prazos, o que acarreta uma série de multas altíssimas”, alerta o diretor do Sebrae-SP. Toda compra pública é divulgada pelos órgãos de divulgação dos governos federal, estadual e municipal, tendo como principal fonte de informações o Diário Oficial. “É muito importante que o empreendedor aprenda a acompanhar esse canal de comunicação para saber as exigências e toda a documentação necessária para se inscrever nos processos”, afirma. Além disso, os governos também são obrigados a publicar as informações em jornais de grande circulação. “O Sebrae também realiza palestras em todo o país explicando e detalhando toda a política de compras governamentais.”
Contratos são garantia em financiamentos
A lei 8.666 limita em 60 meses o contrato de uma micro ou pequena empresa com o governo, após esse período deve ocorrer um novo processo de licitação para o fornecimento daquele produto ou serviço. Com esse contrato, os empresários têm a possibilidade de obter crédito com taxas de juros mais baixas do que as praticadas pelo mercado. “Hoje, tanto o governo federal como os estaduais oferecem linhas de créditos para micro e pequenas empresas por meio de instituições como o BNDES e o Desenvolve São Paulo, e aceitam o contrato com os órgãos públicos como garantia do empréstimo, o que facilita a obtenção do crédito com taxas menores”, informa Bruno Caetano. “Hoje cerca de 4% do faturamento das micros e pequenas empresas resultam da vendas para o governo, o importante é fazer com que se movimentem no mercado e passem a pertencer à cadeia onde o volume de capital é mais alto, as compras públicas.”

Fonte: Brasil Econômico

Para profissionais, fax e horários fixos estão em extinção

A máquina de fax e os horários fixos de trabalho estão, de acordo com mais de 7 mil profissionais em todo o mundo, em extinação. O dado é do estudo Ferramentas de Escritório em Extinção, feito pelo site de rede profissional LinkedIn, que consultou profissionais a respeito das ferramentas de trabalho e tendências que devem deixar de existir em cinco anos.
De acordo com 81% dos profissionais brasileiros, a máquina de fax está em extinção. Depois dela, os padrões de horário de trabalho (62%) devem, conforme o público consultado, deixar de existir em breve.
No dado global, os profissionais selecionaram tablets (55%), armazenamento em nuvem (54%), horas flexíveis de trabalho e smartphones (que empataram em 52%) como as ferramentas de trabalho que estão se tornando onipresentes. 
Os profissionais ao redor do mundo também sugeriram alguns sonhos que gostariam de ver no futuro. Globalmente, esses sonhos incluem ter um clone ou assistente para ajudá-lo ao longo do dia (25%), um lugar no escritório que tenha luz natural (25%) e um lugar quieto no escritório onde você possa tirar um cochilo (22%). Além disso, 19% dos inquiridos globais disseram que gostariam de ter um botão de mudo para seus colegas de trabalho, assim não teriam de ouvi-los falar. 
Para os profissionais brasileiros, o sonho número um é ter uma área no escritório que tenha luz solar (30%).
Veja os 10 itens e tendências de escritório que, para os brasileiros, estão se tornando raros e podem desaparecer até 2017:
1. Máquinas de fax – 81%
2. Padrões de horário de trabalho – 62%
3. Gravadores de fita – 48%
4. Computadores de mesa – 41%
5. Trajes formais de trabalho (terno, gravata, etc.) – 35%
6. Porta-cartões de mesa – 29%
7. Um escritório com porta – 26%
8. Baias – 25%
9. Telefones de mesa – 23%
10. Cartões de visita – 17%

Fonte: Jornal do Comércio

Maioria das pequenas empresas já usa internet para divulgar negócios

Pesquisa realizada pela Amcham junto a empresas de pequeno e médio porte mostra que 92% já investem no mundo virtual como forma de divulgar seus negócios. Elas dizem que a aposta nos meios eletrônicos traz impactos positivos, tais como maior velocidade de exposição (61% das respostas), aumento da capilaridade da atuação (38%) e redução de custos (31%).
Para 50% dos consultados, os recursos aportados em internet já representam mais de 50% do total previsto no plano de comunicação corporativo.
Os canais de comunicação mais explorados pelas pequenas e médias empresas na internet são sites próprios (96%) e páginas e perfis em redes sociais (73%). Com menor incidência, aparecem anúncios em redes sociais e sites de busca (42%), blogs de formadores de opinião (38%), propaganda em sites de terceiros (12%) e lojas virtuais (4%).
A sondagem foi aplicada junto a pequenos e médios empresários durante reunião do comitê BIG (Business in Growth) da Amcham-São Paulo, voltado a companhias com alto potencial de expansão.
No encontro do dia 18/09, ocasião em que foi aplicada a pesquisa, foi debatido o tema “Utilizando o ambiente virtual para tornar o seu negócio mais competitivo”, com a participação de Malte Hussnar, diretor de Marketing da Dafiti, e André Artacho, diretor-geral da Euro RSCG Social. Site: www.amcham.com.br.

Fonte: CanalExecutivo.com.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

8 coisas que você pode comprar, mas que não valem a pena

Gastar dinheiro com coisas inúteis é um mau hábito de todos que, somando todos os gastos no final do ano, acaba se tornando um grande desperdício. O site LearnVest listou 8 despesas desnecessárias que fazem diferença no seu bolso.
1- Taxa de saque: quando você vai sacar dinheiro no Banco 24 Horas é paga uma taxa, após os quatro primeiros saques do mês, que varia  de um banco para o outro, mas, em média, custa R$ 2,00. Este gasto pode ser evitado se  a pessoa retirar dinheiro no caixa do banco onde tem conta, ou sacar uma quantia que dure o mês todo. Para se ter uma ideia, ao realizar 8 saques em bancos 24 horas no mês, considerando os quatro saques sem tarifa, você gasta R$ 8,00. No final do ano serão R$ 96 economizados.
2- Roupas: cuidado na hora de comprar roupas, avalie se precisa de alguma peça e use a regra de “um dentro, um fora”. Ou seja, para cada par de sapatos que omprar, tire do armário um par antigo. Se evitar gastar R$ 50 por mês, a economia anual  será de R$ 600.
3- Bilhetes de loteria: muitas pessoas acreditam que ganhar na loteria é a única maneira de se tornar financeiramente seguro, contudo a chance de ganhar é de cerca de 50 milhões para 1. Comprar bilhetes de loteria é um exercício divertido de pensamento positivo, mas, segundo o site, a verdade é que pessoa está, essencialmente, jogando dinheiro fora. O valor mínimo de uma Mega-Sena, por exemplo, é de R$ 2,00 (6 números), se a pessoa jogar toda semana, nos dois sorteios existentes, em um mês são R$ 16, o que, ao longo do ano resultará em um gasto de R$ 192.
4- DVDs e CDs: caso você seja um fanático por filmes ou adore música, considere utilizar serviços como o Netflix ou o Hulu Plus, em vez de comprar um DVD ou CD. Enquanto o DVD tem custo em torno de R$ 35 (segundo informações do site Buscapé), o Netflix, por exemplo, custa R$ 15 por mês e permite assistir quantos filmes quiser. Assim, comprando um DVD por mês, por exemplo, o gasto será de R$ 300 por ano, adquirindo o serviço  este valor cai para R$ 180.
5- Almoço: em vez de almoçar todos os dias fora, que tal aproveitar para levar comida de casa ? Outra alternatvia é montar, se for possível, o almoço no escritório, basta levar a salada crua e cortar na hora do almoço. Caso o tempo esteja curto e seja necessário algo mais fácil, mesmo a compra de refeições pré-embaladas em supermercados será mais barata do que ir a um restaurante, visto que, neste último caso, uma refeição custa em média R$ 20, gerando despesa de R$ 400 por mês e um total de R$ 4.800 anuais.
6- Cinema: filmes 3D são muitas vezes uma forma de as empresas de cinema ganharem mais, já que a tecnologia permite cobrar mais pelo ingresso. Antes de ir ao cinema pergunte a si mesmo o que mais seria possível fazer com os R$ 4 a mais gastos em um filme 3D. Considerando que uma pessoa que vá ao cinema uma vez por mês e o preço do filme 2D a R$ 20, enquanto o do 3D é R$ 24; no final do ano serão R$ 240 (no 2D) e R$ 288 (no 3D).
7- Livros: assim como os DVDs e os CDs, a era digital permite que o texto seja adquirido por um valor mais baixo. Porém, se você faz parte do grupo que prefere ter um livro na mão em vez de um tablet, opte pelas edições de bolso. Além de compactas elas são mais baratas, o livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, por exemplo, custa R$ 25,20, no entanto a sua versão em livro de bolso sai R$ 12,90 na Livraria Saraiva. Caso você compre um livro por mês, escolhendo o estilo pocket é possível economizar R$ 147,60 por ano.
8- Água: em vez de comprar uma garrafa de água por dia, que tal encher a garrafinha de plástico com água do filtro? Além de ajudar o meio ambiente, você diminui os gastos no orçamento. Um garrafa de água de 500 ml custa em torno de R$ 1,90, caso você compre uma por dia, no final do ano terá gasto R$ 693,50.

Fonte: InfoMoney

Mulher ganha espaço no trabalho e já é maioria entre os graduados

O aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho formal foi maior do que o dos homens no ano passado, de acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgada pelo Ministério do Trabalho.
Enquanto a mão de obra feminina aumentou 5,93%, a masculina aumentou 4,49%.Em dezembro de 2011, elas representavam 41,90% dos trabalhadores com carteira assinada no país.
A participação feminina cresce proporcionalmente à escolaridade: entre os empregados analfabetos, elas são 12,5%; entre os com ensino superior completo, 58,53%.
Entretanto, a diferença de remuneração entre os gêneros permanece e também aumenta com a escolaridade. Enquanto as analfabetas ganham cerca de 85% do rendimento dos homens, o salário cai para 60% do masculino no nível superior completo.
Em dezembro de 2011, o salário médio recebido pelos homens era de R$ 1.828,90, e o das mulheres, R$ 1.393,34.
Para Rodolfo Torelli, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, a diferença pode ser explicada pela entrada "tardia" das mulheres no mercado de trabalho.
"Elas demoram mais para galgar os degraus da empresa, e, muitas vezes, apesar de terem a mesma escolaridade, ficam em cargos inferiores aos dos homens, ganhando menos", afirma o diretor.
 
Fonte: Folha de S.Paulo

Proposta amplia crédito para microempreendedores individuais

O aumento de pesquisas do Sebrae sobre crédito para os microempreendedores individuais (MEI) e o cruzamento de informações por parte dos bancos públicos sobre como se dá essa oferta. Esses são alguns encaminhamentos que servirão de base para a proposta de ampliação de financiamentos para esse segmento, conforme ficou definido em reunião do Grupo de Trabalho (GT) que operacionaliza o MEI, nessa terça-feira (18), no Ministério da Previdência Social (MPS). A previsão é de que as propostas sobre os estudos sejam apresentados no próximo encontro, previsto para 17 de outubro.
A decisão foi tomada pelo subgrupo do GT que trata especificamente sobre crédito para MEI. Os debates levaram em conta a recente pesquisa do Sebrae sobre o perfil do Microempreendedor Individual. Entre as informações, o levantamento mostra que apenas 10% dos mais de 11,5 mil MEI entrevistados buscaram financiamentos. Desse número, 68% foram aos bancos públicos, sendo que 50% obtiveram sucesso. Os 27% restantes procuraram instituições privadas, cooperativas e organizações não governamentais. Desses, 52% conseguiram. 
“A ideia é cruzar essa pesquisa com informações das instituições financeiras envolvidas”, explicou o analista de Acesso a Mercado e Serviços Financeiros do Sebrae, João Silvério.
O grupo também vai analisar os resultados do Programa Crescer de Microcrédito Produtivo Orientado, criado em agosto de 2011 pelo governo federal e destinado a microempreendedores informais e MEI, além de microempresas com receita bruta de até R$ 120 mil. O programa, que usa 2% dos depósitos à vista e tem subvenção econômica, empresta até R$ 15 mil por operação com juros de 8% ao ano e taxa de abertura de crédito de 1% sobre o valor financiado.
Balanço apresentado pelo secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, João Rabelo, mostra que, até julho deste ano, o Programa Crescer emprestou mais de R$ 2,5 bilhões. Desse valor, R$ 207,1 milhões foram destinados aos microempreendedores individuais – trabalhadores por conta própria que ganham no máximo R$ 60 mil por ano, como cabeleireiras, vendedoras de roupa, borracheiros e encanadores. A ideia é que as instituições bancárias que operacionalizam o programa reforcem a iniciativa para maior acesso do MEI a esses recursos.
Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social do MPS, Leonardo Rolim, também será feito o cruzamento de dados entre a oferta de crédito aos empreendedores informais e MEI com Cadastro Único para Programas Sociais, do governo federal. Um dos objetivos é entender as dificuldades de acesso ao crédito por parte dos empreendedores e por que aqueles que estão obtendo financiamento continuam na informalidade. “O crédito é um dos itens de incentivo à formalização”, lembrou.

Fonte: Agência SEBRAE de Notícias

Muito além da gestão


Quando Jimi Hendrix perguntou em seu primeiro disco em 1967: "Are You Experienced?", provavelmente o guitarrista estava se referindo às experimentações psicodélicas que despontavam naquele momento de grandes transformações socioculturais. O que os executivos buscam hoje em experimentos que vão das artes plásticas à astrofísica não é muito diferente do que o músico propunha. Eles querem entender um mundo em movimento onde a tecnologia, a economia criativa, as redes colaborativas e a nova divisão de forças no planeta geram desafios inusitados para a gestão.
Com o propósito de tirar os executivos da zona de conforto e pensar sobre esses temas e uma gestão contemporânea à brasileira, a Fundação Dom Cabral montou o curso "FDC Experience". Com ele, a instituição segue os passos de escolas de negócios renomadas como Stanford e Harvard que incluíram as artes e ciências humanas no ensino de liderança.
Em quase dois dias, 300 profissionais de vários estados brasileiros, de áreas diversas, que ocupam cargos de gestores em suas companhias, experimentaram na sede da FDC em Nova Lima (MG) situações que aparentemente não têm muito a ver com administração. Eles pintaram, grafitaram, fizeram caleidoscópios, jogaram xadrez, videogame e ouviram palestras de filósofos, físicos e pensadores. Entre um rabisco e uma surpresa, pensaram sobre o modo como podem dirigir melhor suas empresas em um cenário de mudanças constantes.
"É bom poder sair um pouco da pressão do dia a dia. As ideias surgem quando vemos coisas diferentes", diz Rosana Martins, vice-presidente de recursos humanos da Schneider Electric. Ela foi uma das participantes de uma experiência onde todos entravam em uma sala escura, vendados, para discutir legado e a importância das conexões sociais. "Não pensava muito sobre a morte antes daqui."
O objetivo do programa, segundo Roberto Sagot, diretor executivo da FDC, é justamente trabalhar com a subjetividade. "Para fazer gestão hoje não se pode considerar apenas os aspectos cartesianos", explica. As empresas têm hoje várias gerações convivendo sob o mesmo teto, onde pessoas de diferentes culturas atuam no mesmo negócio. "O desafio é muito mais comportamental. É saber trabalhar junto". A parte lúdica do programa, segundo ele, é inspirada em museus e exposições de arte. "Brincar é coisa séria". O professor Ricardo Carvalho ressalta: "Apenas 3% dos insights criativos acontecem no escritório."
A empresária Alayde Garcia, de 68 anos, dona do frigorífico Vitello, veio do Amazonas com a filha para participar do curso. Ela fez grafite virtual e topou todas as propostas do programa. "Quero quebrar preconceitos, me desarmar e conhecer o novo. Ainda me sinto muito disposta a continuar trabalhando", diz. Esse espírito de aventura juntou cabelos brancos e jovens em discussões acaloradas sobre temas diversos como o futuro do mercado editorial, das cidades e até do empreendedorismo social.
A tecnologia, inevitável e desafiadora, foi um assunto recorrente nos debates por preocupar tanto os jovens quanto os mais velhos, ainda que por diferentes razões. "Mais de 40% dos adolescentes americanos poderiam mandar uma mensagem de texto de olhos vendados", afirma Luli Radfahrer, um dos palestrantes. Para os jovens, é fácil perder o controle do tempo diante das inúmeras possibilidades e ferramentas tecnológicas. Os mais experientes, por sua vez, ainda se amedrontam diante da rapidez com que precisam se atualizar. "Digerir o Facebook é como entrar em uma longa estrada sem saída", disse um participante.
Um labirinto mostrava fotos, vídeos e textos sobre a história do Brasil e a evolução da gestão moderna. Nele, obras sem legendas conduziam ou confundiam sensorialmente o participante no trajeto até uma sala para reflexões. Em um único ambiente estavam Andy Warhol, Caetano Veloso, Max Weber, Peter Drucker e Clarice Lispector. "Quando o caminho é sinuoso, precisamos pensar mais para tomar a decisão certa", disse um executivo ao fim do percurso.
A maneira como os brasileiros administram os negócios, com flexibilidade e improviso, é ressaltada em várias plenárias como um exemplo para os dilemas da gestão moderna. Em uma sociedade que se conecta cada vez mais em um emaranhado de redes, a experiência do país na maneira como organizamos as coisas pode ser valiosa. "Conhecemos isso muito bem porque estamos habituados a lidar com a complexidade", diz a filósofa Viviane Mosé. Na conclusão do curso, o moderador afirma que o modelo de gestão está mudando, mas não existe uma fórmula a ser seguida nesse momento. "É preciso levar as interrogações para casa."
Enquanto termina seu segundo quadro, em um espaço reservado à pintura, pouco antes do fim do programa, o consultor Geraldo Pontes, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemig), diz que ficou feliz ao perceber o otimismo em relação ao papel que o Brasil pode exercer nessa nova força de encarar a gestão. "É o momento de se quebrar paradigmas para acompanhar essas mudanças", afirma. "Acho que é isso que vou dizer para o pessoal do trabalho amanhã."

Fonte: Valor Econômico 

Lei Geral beneficia mais de 28 milhões de brasileiros

Donos de micro e pequenas empresas (MPE) e microempreendedores individuais (MEI) de 548 municípios espalhados por todo o país já desfrutam de ambiente mais favorável para realizar seus negócios. São efeitos produzidos pela implantação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que efetiva, entre outras coisas, tratamento especial aos empreendimentos de pequeno porte nas compras governamentais.
Com isso, a expansão da melhoria do ambiente para os negócios virou realidade em uma de cada dez cidades brasileiras, isto é, quase 10% do total. São 28 milhões de pessoas, ou 15% da população nacional, colhendo os frutos da dinamização das economias locais com consequente geração de renda e emprego.
O número de municípios que implementaram a Lei Geral no conjunto de suas normas legais retrata com fidelidade o momento atual. É fato comprovado porque a lei só é considerada implementada em determinado município depois de produzir efeitos concretos de favorecimento das MPE e MEI.
A apreciação da implementação é feita sobre quatro eixos fundamentais: uso do poder, desburocratização, Agentes de Desenvolvimento e empresário individual. Um sistema desenvolvido pelo Sebrae auxilia no acompanhamento dos avanços da Lei Geral nos municípios.
O analista-técnico do Sebrae, Robson Schmidt, que acompanha a evolução dos efeitos da norma em toda a federação, lembra que a implementação da Lei Geral nos 548 municípios é motivo de comemoração pela instituição, já que se tratava de uma meta a ser alcançada até o fim do ano. “Não é apenas um número. É a comprovação de que o momento favorece o empreendedorismo nessas localidades”, diz Schmidt.
A apropriação da legislação que favorece o empreendedorismo de pequeno porte por todo o território evidencia o esforço promovido pela instituição nos últimos cinco anos em defesa da regulamentação e implementação da norma em nível local. Um batalhão de mais de 200 pessoas, entre consultores, analistas, técnicos e agentes de desenvolvimento percorreram grandes distâncias sob mau tempo em estradas de terra ou mesmo inexistentes e superaram barreiras geográficas como os rios amazônicos.

Capacitação
Cecília Miranda, analista-técnica do Sebrae que também acompanhou os trabalhos da implementação, lembra que o esforço da instituição inclui capacitação e treinamento dos colaboradores, além de articulação política. “Com isso, tivemos êxito e agregamos qualidade às ações", explica.
A tendência é de que a expansão do ambiente favorável ao empreendedorismo se mantenha até o fim deste ano. Isso por que oito estados ainda correm para cumprir suas metas individuais fixadas para 2012. “Não temos dúvidas de que vamos superar a previsão. Assim, reforçamos a boa situação econômica do país, com efeito na distribuição de renda, fortalecimento da cidadania e consolidação da onda de desenvolvimento”, completa Robson.
Com a meta de 2012 superada, agora os esforços do Sebrae serão direcionados para que, até 2015, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa esteja em vigor em 2.014 municípios.

Fonte: Agência SEBRAE de Notícias

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Evite a síndrome do 'apelo da tia' na hora de contratar um parente para sua pequena empresa

Contratar um parente para sua empresa pode ser uma ideia a se considerar. Você geralmente o conhece há anos, sabe de seus antecedentes, temperamento e até nutre com ele uma vivência por vezes saudável, estabelecida fora dos limites do universo corporativo.
Mas o inverso também é verdadeiro e, nesse caso, contratar um parente para sua empresa pode ser uma ideia problemática. Em um dado momento, você conclui que não o conhece tão bem assim, descobre que antecedentes não são garantias de um temperamento amistoso no trabalho e que o histórico de vivência pode se tornar o estopim para insubordinações.
E já que o assunto é controverso, a solução para o dilema, diz a consultora Patrice Gaidzinski, coordenadora do curso negócios familiares da HSM Educação, é pensar com calma, evitar precipitações. Não existem provas de que recrutar um parente pode vir a ser uma boa ou uma má ideia.
"Pode até ser bom ter um familiar na empresa. Desde que ele venha para somar”, destaca.
Para auxiliar o empresário nessa reflexão, Patrice sugere quatro dicas que, se obervadas com atenção, têm tudo para minimizar os riscos. Vale a pena refletir sobre o tema.
Trate todo mundo do mesmo jeito
Patrice Gaidzinski é reticente. Para ela, não existe prova de que é ruim ou bom contar com um parente na folha de pagamento da empresa. Se positivo ou negativo, o resultado vai depender da estrutura do empreendedor. “A empresa precisa estar preparada para receber todos os funcionários. E tratar de maneira profissional a todos”, diz ela. “É preciso investir na profissionalização”, afirma.
Desenvolva ferramentas de controle
E já que o assunto é profissionalização, uma dica da consultora é desenvolver ferramentas de avaliação de desempenho e aplicá-la a toda a equipe. Sem distinção de sobrenome ou tempo de empresa. “Com isso, o empresário vai poder, objetivamente, oferecer um retorno sobre os funcionários e ajudá-los a desenvolver suas habilidades. Seja ele parente ou não”.
Evite subordinar um parente a outro parente
Tudo bem, você é dono da empresa e contratou seu primo. A ideia deu certo. Daí você cresceu um pouco mais, promoveu o primo eficiente, ampliou o organograma e, para ocupar a nova vaga, foi buscar outro parente. Tudo certo? Para Patrice, tudo errado. “Evite criar organogramas com parentes chefiando outros parentes. Existem empresas, por exemplo, que proíbem que casados trabalhem juntos. Qualquer dificuldade na vida pessoal deles vai influenciar o ambiente da empresa”.
Resista aos apelos da tia
Sabe o primo que não para em emprego, mas tem uma mãe amada pela família? Pois o desafio do "familiar-empreendedor" é, segundo Patrice, resistir aos apelos da tia querida. “Se você colocar um parente difícil em sua empresa, os funcionários vão perceber que ele tem desempenho inferior e podem até ficar desmotivados”, conta Patrice.

Fonte: Estadao.com.br

Por favor, organize meu caos

A sensação de estar sobrecarregado de informação já faz parte do trabalho de muita gente. Mas pode chegar uma hora em que o volume de tarefas, prazos e e-mails é demais para qualquer um - e acaba influenciando os resultados. É o momento em que algumas empresas e profissionais pedem socorro para especialistas no assunto: os "personal organizers".
O mercado, que existe há 25 anos nos Estados Unidos, vem ganhando força no Brasil. O organizador pode ser chamado para resolver os mais diversos tipos de bagunça: em residências, home offices e empresas. Ele dá um jeito nos arquivos, na mesa e na rotina dos profissionais. "O perfil mais comum de cliente é o desesperado", brinca Débora Monique, que desde 2009 acumula a função com a de advogada especializada em direito internacional. "Em 70% das vezes, a situação está um caos".
O mais comum, segundo ela, é o cliente contratar o serviço quando não consegue mais encontrar documentos e informações importantes - o que impede que o arquivo da empresa, por exemplo, seja usado no dia a dia. Foi o caso da Solutione, empresa de médio porte do Recife de soluções de comunicação virtual. O setor cresceu bastante nos últimos anos e a companhia abriu escritórios em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro. "Você acaba crescendo sem se preocupar com detalhes como a organização dos papéis, que aumentaram muito em volume", explica o diretor de marketing, Davison Afonso de Souza.
Débora criou um sistema de organização do arquivo da empresa de acordo com as diretrizes dadas por Souza. "Foi algo simples, mas com um ótimo resultado", diz. Ele garante que ainda hoje mantém o novo padrão e que a rapidez com que os funcionários acham os documentos necessários melhorou o trabalho. "É preciso organizar para o todo, e não para si próprio", ressalta Débora. Além de ir ao resgate de empresas, ela também atua em home offices, geralmente de ex-executivos que investem na carreira de consultor e precisam se organizar pela primeira vez sem a ajuda de uma secretária. Recentemente, Débora começou a estudar para atuar com coaching. Segundo ela, seu trabalho também envolve "organizar as pessoas". "Às vezes, não adianta arrumar só o espaço físico."
Com uma abordagem mais preventiva, desde 2001 a Volvo oferece aos funcionários um curso de organização pessoal no trabalho. Segundo Rubens Cieslak, especialista em educação corporativa da empresa, o processo faz parte do programa de desenvolvimento de líderes, que identificou que a administração do tempo era uma questão a ser melhorada internamente. A solução foi chamar o personal organizer Ivo Abreu, que possui uma empresa na área junto com a esposa. Especialista em organização no trabalho, Abreu deixou uma carreira de gerente de vendas depois de ter feito um treinamento de organização.
Com duração de três semanas, o programa de eficiência pessoal da Volvo inclui não só cursos para turmas de cerca de dez pessoas, mas um treinamento em que Abreu vai até a mesa de cada funcionário e desenvolve junto com ele as práticas e ferramentas de administração do tempo que melhor combinam com a rotina do profissional. "O curso é focado em como você enfrenta a tarefa", afirma. De acordo com ele, as técnicas independem do tipo de atividade realizada pelo profissional. "O importante é estar no controle".
Abreu também oferece o serviço a profissionais que sentem a necessidade de melhorar a organização por conta própria. "Geralmente sou procurado quando a pessoa percebe que tem um problema que começa a prejudicá-la profissionalmente", diz. Com duas ou três turmas por ano, Cieslak diz que mais de 300 dos 3.800 funcionários da fábrica da Volvo em Curitiba já participaram do curso, desde engenheiros e analistas até diretores e o antigo presidente - o atual ainda não participou, mas sua secretária, sim.
A analista administrativa sênior Joseane Ramos esteve na turma mais recente, no fim de agosto. Além da organização física da mesa, três sessões de coaching com Abreu serviram para organizar melhor o e-mail, a agenda e o computador, que concentra a maior parte do seu trabalho. "Tive a oportunidade de conhecer ferramentas que a empresa oferece e que eu nunca tinha usado", diz. Ela conta que passou a planejar melhor a rotina no trabalho, o que a permitiu reduzir as horas extras e cumprir os prazos com mais eficiência.
Atualmente gerente de pós-vendas da Harley Davidson, Rocco Belfort participou do programa da Volvo quando era gerente de compras da empresa, em 2005. Hoje, ainda usa as ferramentas e o planejamento aprendido tanto na vida profissional quanto na pessoal. Além da agenda e do plano de negócios individual, mantém todo o orçamento familiar em planilhas e ganha tempo ao manter o Microsoft Outlook sincronizado no computador e no smartphone.
Quando estava na Volvo, o programa aconteceu em um momento em que a empresa estudava contratar mais funcionários para a área de Belfort. O programa, porém, foi suficiente para ajudar a equipe a cumprir as metas. "As pessoas passaram a usar melhor o tempo."
O responsável corporativo pela qualidade na Bosch, Amadeu Dalceno Júnior, também participou de um curso de organização pessoal no trabalho oferecido pela empresa a todos os gestores da sua divisão. Hoje, pratica na íntegra o que aprendeu, fazendo um planejamento diário e semanal das tarefas e mantendo o sistema de arquivos mais eficiente. Para ele, o mais importante é criar uma disciplina para definir as prioridades do dia e considerar intervalos para problemas inesperados. "Antes, era difícil dar conta do fluxo de informação que chegava e muitas vezes não conseguíamos dar o retorno no tempo apropriado."
 
Fonte: Valor Econômico

A empresa pode ser pequena, mas tem empregados fiéis

Em um momento em que cerca de um terço das demissões no mercado de trabalho brasileiro são motivados por funcionários em busca de outras oportunidades, empresários encontram-se diante de um dilema para conter essa rotatividade: como fidelizar o empregado para que ele não saia atrás de outro emprego? O problema é ainda maior nas pequenas e médias empresas, que por vezes não conseguem enfrentar em pé de igualdade as ofertas das maiores, com condições de oferecer mais benefícios e atrair os funcionários.
Mas há quem tenha tido sucesso. Ademir Barcheky é sócio-proprietário da Indústria Metalúrgica Barcheky, que trabalha há 24 anos com peças plásticas injetáveis, como teclados para alarmes e condutores, por exemplo. O “caçula” entre os dez funcionários está na empresa há 12 anos e o “mais velho” há 18. O segredo de Barcheky para cativar seus funcionários é oferecer aquilo que não tinha na época em que era empregado: liberdade.
“Antes de abrir a empresa trabalhei durante 18 anos como empregado, no chão de fábrica. Lá havia encarregados e gerentes que passavam a maneira de fazer o trabalho, mesmo eu sabendo que estava errado. Na minha indústria o funcionário tem liberdade para se sentir útil e desenvolver seu trabalho da maneira que acha melhor”, ressalta.
O empresário avalia ainda que os seus empregados são fiéis por terem salários melhores que os pagos no ramo e pelos investimentos em formação, com cursos de capacitação ao longo do ano. “Eles se sentem importantes porque investimos neles”, analisa. Outra questão que beneficia a empresa, segundo Barcheky, é o critério de seleção. “Recebemos muitos currículos, mas não aceitamos pessoas com menos de quatro anos pelas empresas que passaram. É uma maneira de filtrar os funcionários que querem mesmo estar na empresa”, pondera.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Emprego e Trabalho (MTE), o número de trabalhadores que se demitiram cresceu 72% nos últimos três. Essa situação, avalia a consultora do Sebrae-PR Fernanda Pesarini Tarli, afeta principalmente as pequenas empresas. “A rotatividade alta impacta as menores empresas, que para reter por mais tempo precisam de algumas características em comum”, explica.
Entre elas está uma política de recursos humanos bem definida, com direitos e deveres claros; um programa de cargos e salários (ou uma política transparente que mostre como os colaboradores podem crescer na empresa) e um ambiente agradável, em que empresário e funcionários se veem como pares. “Esses pontos geram um sentimento de pertencimento, que faz com que as pessoas trabalhem melhor”, ressalta.
A professora de Gestão de Pessoas do FGV Manegement Mara Beckert salienta que o diferencial das pequenas e médias empresas para reter os funcionários é aproveitar e desenvolver o potencial de cada pessoa. “Mais importante é o como fazer, que abre espaço para a criatividade e a bagagem de conquistas dos funcionários. Eles não ficam subutilizados nem desanimados, sentindo-se parceiros do negócio”, pontua Mara.

Fonte: Gazeta do Povo

10 regras de sobrevivência fundamentais para a pequena empresa brasileira

Abrir um negócio traz, muitas vezes, incertezas a respeito do futuro do empreendimento. Muitos questionamentos passam pela cabeça do pequeno empresário no momento de se lançar no mercado. Pensando na carência de informações práticas sobre esse universo, os especialistas em micro e pequenas empresas Dirceu Pio e Pedro Cascaes Filho lançaram o livro "Caminhos Seguros para o Empreendedor" (Paco Editorial, 2012). O objetivo da dupla é instruir esses empresários a como trilhar um caminho de sucesso e livrar seus pequenos negócios da ruína.
Em entrevista ao Estadão PME, Dirceu Pio estabeleceu 10 regras fundamentais para a sobrevivência do pequeno empreendimento. Se você pretende ou já tem um negócio, confira e veja de que maneira você pode aprimorá-lo.

1 - Como planejar a abertura de uma empresa?
Antes de abrir uma empresa, você tem que se cercar de todas as preocupações financeiras. O planejamento financeiro precisa ser feito por uma pessoa que tenha conhecimento nessa área de finanças. Caso não o tenha, o melhor a fazer é deixar esse trabalho na mão de um bom contador, que possa assessorar e que faça o serviço mais pesado.

2 - Como lidar com a falta de crédito facilitado?
Tem que evitar pedir empréstimo para parente. Somente em último caso, se tiver a certeza que vai poder pagar. Nada perturba mais um negócio do que ter um credor na família, ou um credor próximo de você. Analise as ofertas do banco de maneira geral. Analise tudo e peça ao seu contador ajuda para calcular os números.

3 - Negócios com familiares dão certo?
Não pense que sociedades nunca dão certo. Deve-se saber que, muitas vezes, uma boa ideia só se viabiliza com uma boa sociedade, seja com alguém da família ou com algum amigo. Para dar certo, você precisa tomar algumas providências.

A primeira delas é fazer a autocrítica quando algo dá errado e saber que não se pode culpar o sócio por tudo. Em segundo lugar, é importante você tomar informações sobre seu possível sócio, procurar saber quem é a pessoa com a qual você vai se associar para não entrar numa fria. Por fim, uma das coisas mais importantes é você resolver as pendências do negócio no dia a dia. Deve existir uma comunicação diária.

4 - Como deixar os clientes fascinados com a minha empresa ?
Ouvir o cliente tem que se tornar uma grande preocupação de rotina. Mais importante ainda é dar consequências práticas para as reclamações do cliente. Você pode ter uma pequena urna, um pequeno questionário. E é preciso estimular o consumidor a responder isso e levar muito a sério essa opinião. Se ele faz uma queixa, entre em contato com ele, ligue, dê uma satisfação.

5 - Como faço um bom planejamento de marketing?
A grande missão de uma pequena empresa deve ser na área de marketing. É ele quem vai determinar se o negócio vai fazer sucesso ou se ele vai fracassar. Pesquisas apontam que as duas grandes causas da morte das pequenas empresas é a dificuldade em lidar com dinheiro e a falta de visão de marketing.

É preciso fazer algumas perguntas. Quem vai comprar o meu produto? Qual preço esse consumidor está disposto a pagar por ele? O que eu sei sobre o meu público-alvo? Como me informar sobre esse público? Qual o perfil desse dele? Quais são seus concorrentes? Capte e pesquise todas as informações e só abra seu negócio com muita informação sobre o público.

6 - Que estratégias devo usar para motivar minha equipe?
De acordo com cálculos dos autores, um trabalhador dedica ao emprego uma carga horária que supera todas as outras atividades no dia: ele fica de 14 a 16 horas de seu tempo útil no emprego. Se ele não encontra no trabalho um clima agradável, um mínimo de felicidade no trabalho, como ele pode se sentir motivado? O empresário, então, deve providenciar um ambiente de trabalho agradável, descontraído, tratar com respeito as pessoas e não exercer pressão acima do razoável sobre seus funcionários.

Uma boa medida é estimular a participação dos funcionários nos assuntos da empresa. Hoje, os trabalhadores querem participar da vida do negócio, nas estratégias, dar a sua contribuição. Isso os motiva.

Outro aspecto diz respeito ao valor da empresa. Não se pode estabelecer os valores de cima pra baixo, tem quem ouvir o que essas pessoas pensam e assumir esses valores como os da própria empresa.

 7 - Preciso treinar meus funcionários, mas não tenho dinheiro. Como faço?
O treinamento precisa ser sistemático. Pesquisas pelo mundo inteiro mostram que o treinamento de pessoas é que faz a grande diferença no sucesso de qualquer empreendimento. Acontece que as pequenas empresas normalmente não têm condição de contratar empresas especializadas em fazer treinamento, seja para tarefas de rotina ou para atender o cliente. Então, uma medida interessante é o empreendedor ir a uma loja semelhante, ainda que seja seu concorrente, e imaginar como que ele gostaria de ser atendido lá. E então trazer essa receita pra dentro do seu negócio e treinar as pessoas pra seguir esses objetivos.

Caso opte por contratar serviços de treinamento, o empresário tem que insistir e não pode desistir de capacitar seus funcionários, porque uma hora eles vão aprender a fazer o trabalho. Ele também deve facilitar a vida do funcionário que busca por cursos externos e liberá-lo se for preciso, pois todo o conhecimento adquirido beneficia o negócio. Isso traz motivação e muitas vezes evita que ele perca o funcionário para um concorrente.

8 - Como arcar com os encargos sociais na folha de pagamento?
Se o pequeno empresário optou por abrir o negócio, ele tem que saber quais são as regras trabalhistas as quais ele está sujeito. O livro recomenda que ele pense duas vezes antes de contratar alguém. Só contrate quando você percebe que é extremamente necessário, pois a legislação brasileira não favorece a pequena empresa.

A saída, então, é evitar contratar ou contratar absolutamente quando for indispensável. Há negócios que morrem por mau atendimento ao cliente. Se você for olhar com atenção, ele - o empreendedor - não tinha as pessoas necessárias pra prestar esse serviço.

9 - Quais os cuidados que o empreendedor precisa ter na gestão financeira de seu negócio ?
O planejamento financeiro precisa ser feito por uma pessoa que tenha conhecimento nessa área de finanças. Caso não o tenha, o melhor a fazer é deixar esse trabalho na mão de um bom contador, que possa assessora-lo e que faça o serviço mais pesado.

10 - Meu negócio está indo muito bem. É hora de abrir uma franquia?
Antes de abrir uma franquia, você precisa saber se ela está bem posicionada no mercado em que vai chegar. Checar se existe demanda na região pelo produto que você vai oferecer é uma boa estratégia. Tem que pesquisar o público e analisar os concorrentes. Se não fizer isso, você pode fazer uma opção por uma franquia errada no lugar errado e enfraquecer seu negócio. Você tem que olhar a franquia pelo lado do posicionamento da marca, se ela terá uma bos visibilidade como tem a sede. 

Fonte: Estadao.com.br

Proposta simplifica regras para abrir e fechar empresas

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3687/12, do deputado Irajá Abreu (PSD-TO), que busca reduzir a burocracia na abertura e no encerramento (“baixa”) de empresas no Brasil.
O texto autoriza a Receita Federal a firmar convênios com os conselhos regionais de contabilidade para criar um banco de dados de contabilistas. A ideia é que esses profissionais fiquem habilitados a inscrever empresas por meio eletrônico, sem uso de papel, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e no cadastro único de contribuintes.
A inscrição deverá ser feita com uso de senha ou assinatura digital. Também caberá aos contabilistas o exame e a guarda de documentos, nos prazos legais, para eventual comprovação de dados. A remessa prévia de documentos em papel será dispensada.
Atualmente, ao receber o pedido de inscrição de uma empresa via internet, a Receita Federal valida o pedido do contabilista em até duas horas. Em seguida, o pedido é devolvido, e o documento precisa ser assinado pelo sócio-gerente da empresa e encaminhado à Receita pelos Correios, junto com a documentação da empresa. A Receita precisa, então, analisar e validar os documentos. O trâmite chega a demorar 30 dias.
Fechamento de empresas
A proposta amplia as possibilidades de documentos que poderão ser apresentados para instruir os pedidos de arquivamento de empresas. Atualmente, a Lei 8.934/94 exige o instrumento original de constituição, modificação ou extinção de empresas mercantis, assinado pelo titular, pelos administradores, sócios ou seus procuradores.
O projeto também permite a apresentação dos documentos relativos à transformação societária, alteração de capital, incorporação, cisão e fusão.
Irajá Abreu afirma que também é frequente se condicionar o andamento do processo de arquivamento da documentação societária nas Juntas Comerciais à apresentação de certidões negativas ou positivas com efeito negativo de débitos com tributos, seja da empresa ou de seus titulares e sócios.
“Tais certidões muitas vezes resultam negativadas em razão de débitos inexistentes ou já pagos, cuja comprovação é sempre exigida do contribuinte, que se sujeita a prolongados transtornos e procedimentos extremamente burocráticos até conseguir a necessária regularização”, diz o deputado.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Noticias

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vá em busca dos seus sonhos, mas com planejamento


Mudar a rota da carreira e começar a atuar em uma área ou função completamente diferente pode assustar, principalmente para profissionais que já são reconhecidos em sua área de atuação. Mas há quem encare o desafio mesmo que a mudança acarrete em menores ganhos ou uma função, aparentemente, de menor status.
Esse é o caso, por exemplo, da economista Eduarda La Rocque. Embora com carreira predominante no mercado financeiro, tinha o desejo de trabalhar na área social. A guinada não foi imediata. Para chegar onde queria, primeiro se tornou secretária de Finanças da prefeitura do Rio de Janeiro no inicio da administração de Eduardo Paes, em 2009, mas já tinha a ideia de ir para a área social.
"Comecei a estudar a possibilidade de abrir uma organização não governamental ou algo parecida em 2008, mas aí achei que migrar para o setor público me daria uma oportunidade maior", disse.
Nesse período, estava em processo de venda de sua empresa, a Risk Control, para a Accenture. Aceitado o desafio, avisou o prefeito de que o desejo era trabalhar na área social.
Esse momento chegou em agosto, quando Eduarda assumiu a presidência do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), que é responsável, entre outras coisas, a autarquia municipal cuida do desenvolvimento de projetos voltada para a integração social e urbana da cidade.
"Aparentemente pode ser um cargo de menor peso, mas isso não é problema. Quero transformar o instituto em referência em políticas públicas", afirma.
De acordo com a economista, ganhar dinheiro nunca foi o objetivo principal, mas o fato de ter feito um colchão anterior ajudou na decisão, uma vez que gestores públicos possuem uma remuneração inferior aos da iniciativa privada. "Vivemos em uma sociedade em que o sucesso é identificado por dinheiro."
A experiência de Eduarda mostra que planejamento é essencial para quem está em busca de se dedicar a uma outra área.
A especialista em coaching Susana Azevedo afirma que é preciso que o profissional tenha claro em sua mente as razões para mudança e onde quer chegar, para aí sim traçar um plano. "Quando isso está claro, fica mais fácil definir as estratégias", afirmou.
Os riscos no meio do caminho também precisam ser dimensionados para que o projeto não seja abandonado. "Qualquer mudança te tira da zona de conforto e é bom olhar o que pode dar errado para maximizar as possibilidades da transição dar certo."
Outro fator importante é ter uma reserva financeira, uma vez que a mudança de área pode implicar na redução de salário ou mesmo um período sem ganhos, caso a decisão seja abrir uma empresa.
O também especialista em coaching Mike Martins afirma que o ideal é ter um colchão que cubra por, no mínimo, seis meses das necessidades do profissional.
"Ter uma redução de renda no inicio é um fato. Quando se está em uma transição de carreira, é importante ter essa reserva", defende.
Estabelecer metas também é importante, porque é a partir disso que será possível como está o desempenho na nova função. "São inúmeros os obstáculos e a área de conforto vai se esfarelar, por isso o preparo é importante."
E planejamento foi o que fez a advogada Gracielle Vaconcelos de Brito Barbosa, que em 2010 tomou a decisão deixar o cargo que exercia no departamento jurídico da Odebrecht. Antes disso, conversou com o marido sobre o motivo da decisão e o que poderia fazer.
O motivo era querer investir em uma área que sempre teve paixão, a aprendizagem de idiomas, e a necessidade de morar em uma única cidade - como funcionária de uma construtora, precisou trabalhar em diferentes regiões. Feita as contas, que considerou um período sem trabalhar para se dedicar ao novo projeto, tomou a decisão e saiu do emprego.
De janeiro a maio, ainda morando no Rio, estudou várias possibilidades e avaliou franquias. Com a mudança do marido, a trabalho, para Recife (PE), decidiu que iria abrir uma unidade da escola de idiomas CNA em João Pessoa (PB), o que ocorreu no final de junho de 2011.
"No início, a captação de alunos não era o que eu esperava, mas na virada do ano o número de estudantes aumentou e fez acredita que o negócio vai dar certo", conta.
Com a melhora nos negócios, já começou a recolher um pro-labore de seu negócio. "Agora trabalho com algo que me fascina bastante. Sempre foi uma paixão minha. Já havia estudado inglês, francês e espanhol e agora posso trabalhar com isso."

Fonte: Brasil Econômico
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