O aumento de pesquisas do Sebrae
sobre crédito para os microempreendedores individuais (MEI) e o
cruzamento de informações por parte dos bancos públicos sobre como se dá
essa oferta. Esses são alguns encaminhamentos que servirão de base para
a proposta de ampliação de financiamentos para esse segmento, conforme
ficou definido em reunião do Grupo de Trabalho (GT) que operacionaliza o
MEI, nessa terça-feira (18), no Ministério da Previdência Social (MPS).
A previsão é de que as propostas sobre os estudos sejam apresentados no
próximo encontro, previsto para 17 de outubro.
A decisão foi tomada pelo subgrupo do GT que trata especificamente
sobre crédito para MEI. Os debates levaram em conta a recente pesquisa
do Sebrae sobre o perfil do Microempreendedor Individual. Entre as
informações, o levantamento mostra que apenas 10% dos mais de 11,5 mil
MEI entrevistados buscaram financiamentos. Desse número, 68% foram aos
bancos públicos, sendo que 50% obtiveram sucesso. Os 27% restantes
procuraram instituições privadas, cooperativas e organizações não
governamentais. Desses, 52% conseguiram.
“A ideia é cruzar essa pesquisa com informações das instituições
financeiras envolvidas”, explicou o analista de Acesso a Mercado e
Serviços Financeiros do Sebrae, João Silvério.
O grupo também vai analisar os resultados do Programa Crescer de
Microcrédito Produtivo Orientado, criado em agosto de 2011 pelo governo
federal e destinado a microempreendedores informais e MEI, além de
microempresas com receita bruta de até R$ 120 mil. O programa, que usa
2% dos depósitos à vista e tem subvenção econômica, empresta até R$ 15
mil por operação com juros de 8% ao ano e taxa de abertura de crédito de
1% sobre o valor financiado.
Balanço apresentado pelo secretário-adjunto de Política Agrícola do
Ministério da Fazenda, João Rabelo, mostra que, até julho deste ano, o
Programa Crescer emprestou mais de R$ 2,5 bilhões. Desse valor, R$ 207,1
milhões foram destinados aos microempreendedores individuais –
trabalhadores por conta própria que ganham no máximo R$ 60 mil por ano,
como cabeleireiras, vendedoras de roupa, borracheiros e encanadores. A
ideia é que as instituições bancárias que operacionalizam o programa
reforcem a iniciativa para maior acesso do MEI a esses recursos.
Segundo o secretário de Políticas de Previdência Social do MPS,
Leonardo Rolim, também será feito o cruzamento de dados entre a oferta
de crédito aos empreendedores informais e MEI com Cadastro Único para
Programas Sociais, do governo federal. Um dos objetivos é entender as
dificuldades de acesso ao crédito por parte dos empreendedores e por que
aqueles que estão obtendo financiamento continuam na informalidade. “O
crédito é um dos itens de incentivo à formalização”, lembrou.
Fonte: Agência SEBRAE de Notícias
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