As tecnologias para gestão de negócios ainda são consideradas complexas e caras por muitas empresas. Essas combinações de software e serviços, usadas para administrar grandes volumes de dados, levam meses para serem implantadas e chegam a custar milhões de reais. No segmento de gestão de processos de negócios (BPM, na sigla em inglês), uma nova tendência surge: a transformação dessas ferramentas em aplicativos, com uso mais intuitivo e implantação mais simples. Carlos Eduardo Calegari, analista sênior da consultoria IDC, observa que o BPM era adotado sobretudo por grandes companhias por sua complexidade e preço. Mas a oferta no formato de aplicativos torna o BPM mais acessível a pequenas e médias empresas. "A tendência do mercado é migrar para os aplicativos em detrimento do formato tradicional", afirma o analista. Em 2011, o segmento de BPM movimentou no Brasil US$ 600 milhões. Para este ano, a IDC prevê incremento de 14%, para US$ 700 milhões, e ganhos de dois dígitos ao ano até 2015, chegando a uma receita de US$ 1,1 bilhão. A U.Near, empresa brasileira especializada em software e serviços de integração de canais, começou a ofertar sistemas de BPM no formato de aplicativo no ano passado. "A adoção do conceito de aplicativo na área de gestão de processos de negócios vem crescendo no Brasil", afirma Sonia Primo, executiva de contas da U.Near. A empresa não divulga dados de receita. Sonia diz, no entanto, que a empresa dobrou sua receita nos últimos 18 meses e a expectativa é manter esse ritmo de crescimento neste ano. Atualmente, a U.Near atende 40 clientes, entre grandes redes de varejo eletrônico e bancos brasileiros. A principal vantagem em vender BPM como aplicativo, afirma Sonia, está na oferta de serviços. Em vez de apenas vender um sistema de BPM padrão, a empresa presta consultoria para desenvolver aplicativos mais adaptados à necessidade de cada cliente. De acordo com a executiva, 65% do valor dos contratos de implantação do BPM referem-se à prestação de serviços. A U.Near desenvolve softwares que integram os bancos de dados de uma empresa a todos os seus canais de atendimento (e-mail, site, terminais de autoatendimento, call center, serviços por celular etc.). Essa ferramenta permite identificar quais foram as ações mais recentes do cliente e qual meio ele mais usa para se comunicar com a empresa. Com essas informações, a companhia pode oferecer serviços mais adequados à demanda do consumidor. O volume de informação é expressivo. Por ano, a U.Near administra em torno de 10 bilhões de e-mails, 4 bilhões de interações na internet e 400 milhões de contatos telefônicos - só em contatos de consumidores com as empresas. A U.Near iniciou a oferta de aplicativos para os setores financeiro e varejista. Em 2012, diz Sonia, a tecnologia deve ser estendida para clientes das áreas de telecomunicações e saúde. Para isso, a companhia contrata uma equipe de 50 pessoas para atender aos novos segmentos, dobrando o tamanho da equipe. | |
Fonte: Valor Econômico |
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Gestão empresarial vai para aplicativo
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