mperador e Hipólito embolsaram, a título de royalties, 8% desse total. “Resolvemos apostar na profissionalização dos serviços porque vimos que os prestadores informais já não davam conta do trabalho”, diz Imperador à DINHEIRO. O ponto de partida do negócio montado pelos dois sócios foi o ganho de renda da população de menor poder aquisitivo nos últimos anos. Essa nova realidade já se reflete na participação do setor na economia brasileira. Na década de 1980, os serviços representavam 56,3% do PIB. Em 2010, último dado disponível, 66,6%. “O que move os serviços atualmente é o consumo das famílias, assim como nos países desenvolvidos”, diz Silvio Sales, responsável pela sondagem de serviços da Fundação Getulio Vargas. Responsável por dez redes de franquias, o grupo paulista Brasil Franchising tem quatro bandeiras na área de serviços: Sapataria do Futuro, Lavanderia do Futuro, Costura do Futuro e Chaves do Futuro.
A marca que mais cresceu foi a de lavanderias, com expansão de 30% no ano passado. A bandeira explora um formato de lojas de pequeno porte, instaladas em supermercados e shoppings. A estratégia garantiu ao grupo incrementar em 15% seu faturamento em 2011. Agora, projeta um crescimento de 20% para 2012. Somente o segmento de serviços teve faturamento de R$ 50 milhões com as 207 lojas em funcionamento, o que equivale a 25% da receita total da Brasil Franchising, que também controla a rede de livrarias Nobel. “Temos equipamentos que exigem um investimento 50% menor que o dos nossos concorrentes”, diz Paulo César Mauro, diretor da rede de franquias de serviço do grupo. O investimento para montar uma lavanderia da marca varia de R$ 150 mil a R$ 180 mil. Se a classe C tornou-se um alvo importante, ela também virou forte candidata a assumir o papel de franqueada, principalmente das chamadas microfranquias, com investimento inicial de até R$ 50 mil, a exemplo das bandeiras do grupo Zaiom.
No caso específico das bandeiras de serviços domésticos, o apelo é grande, pois não exigem estoque nem espaço fixo para um estabelecimento, o que reduz ainda mais a necessidade de capital inicial. “Hoje a classe C já tem uma boa poupança guardada e tem mais oportunidades de abrir uma franquia do que há quatro anos”, diz Ricardo Camargo, diretor-executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). No ano passado, as microfranquias cresceram 20%, mais do que a média do mercado de franchising, com expansão de 15%. No Grupo Zaiom, por exemplo, o investimento inicial nas bandeiras da marca vão de R$ 20 mil, como a Dr. Jardim, de jardinagem, a R$ 30 mil, no caso da Dr. Faz Tudo, de manutenção predial. No ano passado, as microfranquias faturaram R$ 4,3 bilhões, enquanto o setor movimentou R$ 86 bilhões. Trata-se ainda de uma parcela pequena dentro do universo do setor, mas seu potencial de crescimento é enorme.
Fonte: Isto É Dinheiro
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