É fato que o setor de serviços é um dos que mais crescem em todo o País, propiciando o crescimento econômico de diversas cidades. Contudo, a falta de qualificação profissional está prejudicando essa evolução mercadológica, o que faz com que muitas empresas tenham que rever e, até mesmo, adaptar seu planejamento de atuação e expansão em seu segmento. Outro aspecto preocupante é que, de acordo com um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a escassez de mão de obra qualificada prejudica 69% das companhias que atuam no cenário industrial. A grande questão é: como resolver essa problemática?
O setor de serviços está vivenciando um momento aquecido, o que impacta, há vários meses, em um forte ritmo de contratações, porém a falta de preparo profissional acaba atrasando os processos corporativos. E não estamos falando apenas daqueles que já estão no mercado de trabalho, mas também de pessoas que estão iniciando suas carreiras, sendo que, muitas vezes, elas não têm preparo técnico e escolaridade suficientes para preencher a vaga. Sabe-se que a formação básica é essencial para qualquer área de atuação, mas o Brasil apresenta essa deficiência escolar e, muitas vezes, os profissionais acabam aprendendo, o que já deveriam saber, no exercício prático de suas atividades no dia a dia.
O que tem sido muito comum em empresas prestadoras de serviços é reduzir as exigências para contratação, assim torna-se mais “fácil” encontrar mão de obra para atender a demanda. Mas, na prática, isso não é tão simples. É preciso trilhar pelo caminho do treinamento e capacitação de pessoas com baixa escolaridade. O investimento nessa alternativa dentro do universo de recursos humanos vale para todos os níveis e exigências de trabalho. Por exemplo, o profissional que utiliza esforço físico em seu trabalho precisa saber ler e identificar rótulos de produtos, compreender placas de avisos e orientações, além de ter uma postura na hora de se portar e se comunicar em seu ambiente profissional que, neste caso, será como prestador.
Qualificar profissionais sempre foi uma das principais necessidades da área de limpeza e conservação. Este segmento da prestação de serviços deve se focar na valorização deste trabalhador que está presente em diversos ambientes, desde os corporativos, de saúde até os de lazer. Dessa forma, a criação de programas de treinamento permite às empresas que prestam esse serviço oferecer o que há de melhor em capital humano aos clientes, ou seja, é importante estimulá-los a se relacionar com uma empresa que prioriza também a evolução social do colaborador, por meio do aperfeiçoamento profissional.
A aplicação de um treinamento bem fundamentado reflete diretamente nos clientes por meio de dois indicadores importantes: os índices de satisfação com a prestação de serviços e o tempo médio de duração dos contratos. Somado a isso, a tecnologia vem com a missão de contribuir em todas as dimensões. Com ela, ganha-se em agilidade na identificação das melhores fontes de recrutamento, na mensuração dos resultados em termos de prazo de fechamento das vagas, e na rapidez na comunicação com os candidatos.
Sobretudo, a única certeza que se tem é a de que treinar é essencial, uma vez que diversas empresas dispensam pessoas por falta de estudo ou qualificação e, muitas vezes, elas sabem realizar aquele tipo de atividade, mas são excluídas por não terem o básico da educação formal. Mas no cenário atual que estamos vivendo, essa deficiência básica pode ser suprida dentro do ambiente de trabalho, por meio de programas de incentivo, orientação e qualificação. Medidas como estas resgatam, além da autoestima profissional, a referência do trabalhador como ser humano, uma vez que, por estar empregado, ele se sente inserido em seu círculo familiar, na comunidade e sociedade.
Fonte : Jornal do Comércio
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