A Escrituração Fiscal Digital (EFD) Social ou Sped Folha, como é mais
conhecido, deve começar a ser implantado em janeiro do ano que vem, se a
Receita Federal mantiver o cronograma prometido. Mas segundo o Sescap
de Londrina ainda são poucos os empresários que estão se preparando para
poder cumprir as exigências deste sistema. ''As equipes precisam de
treinamento e as empresas têm de usar este prazo para reverem os
procedimentos adotados na rotina do departamento pessoal, para poder
fornecer as informações pedidas pelo Sped Folha. Para isso é necessário
tempo e já estamos no segundo semestre do ano'', alerta o presidente do
Sescap de Londrina, Marcelo Odetto Esquiante.
O Sped Folha vai detalhar as informações da folha de pagamento
de todas as empresas, incluindo todos os pagamentos necessários à
Previdência Social e independente do porte ou faturamento, abrangendo
também as informações do Livro de Registro de empregados. Os dados da
Folha Digitalizada e Registro de Empregados serão armazenados em um
cadastro único, e compartilhados por várias entidades do governo:
Receita Federal, Ministério do Trabalho, Previdência Social e Justiça do
Trabalho.
Apesar das empresas já estarem familiarizadas com o Sped, toda
mudança impõe novas rotinas. Com o Sped Folha, explica Esquiante, as
empresas vão precisar ser mais ágeis no levantamento e fornecimento de
informações que será mensal. Provavelmente as informações como
contratação e rescisão de funcionários, seriam tratados como eventos do
Sped, tal qual a Nota Fiscal Eletrônica. Isso quer dizer que, quando a
empresa contratar ou demitir um funcionário, deverá gerar e transmitir
um arquivo XML com assinatura eletrônica para os órgãos responsáveis em
tempo real.
Para tanto as empresas vão precisar investir em novos
equipamentos e provavelmente na contratação de mais profissionais, além
de consultoria. Para o presidente do Sescap o custo deste investimento é
uma das principais razões pelas quais os empresários têm adiado o
início dos preparativos. ''O Sped Folha vai valer para todos. Para as
micros e pequenas empresas a sua implantação será um peso a mais que vem
se somar a todos os custos que vêm sendo impostos nos últimos anos para
facilitar a fiscalização e aumentar a arrecadação'', avalia.
Apesar do custo, Esquiante acredita que, se o governo cumprir a
promessa de, com o Sped Folha, reduzir as obrigações acessórias, o
resultado será positivo para as empresas. Com a sua implantação, vários
arquivos mensais e anuais, que são obrigatórios hoje, deixariam de
existir. O Manad - manual onde constam todas as informações necessárias
para a geração do arquivo digital a ser apresentado à Secretaria da
Receita Previdenciária - e o Sefip - Sistema Empresa de Recolhimento do
FGTS e Informações à Previdência Social -, para fins de fiscalização e
pagamentos de benefícios previdenciários, serão os primeiros a serem
eliminados. O Sefip para fins de recolhimento do FGTS permanece, mas o
Caged, Rais e a Dirf, entre outros, também estão na lista dos que perdem
a funcionalidade com o Sped Folha.
Uma das possibilidades que o Sped Folha traz é o fim do número
do PIS, que passaria a ser acessado através do próprio número do
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).
Esquiante acredita que o adiamento do prazo seja inevitável. A
Receita Federal ainda não definiu quais as informações que serão
exigidas e até o fechamento desta edição ainda não havia disponibilizado
o layout do sistema. ''A verdade é que muitas empresas ainda estão se
adaptando ao Sped Fiscal e o melhor seria que o Sped Folha fosse
implantado mais tarde e de forma gradativa. Mesmo assim os empresários
precisam começar a se preparar desde já'', concluiu.
Fonte: Sindicato das Empresas de Consultoria, Assessoria, Perícias e Contabilidade de Londrina - Sescap-Ldr
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Muda requisito de inscrição para empreendedor individual
Com a nova forma de inscrição ao
Empreendedor Individual quem quiser se cadastrar na modalidade precisará
repassar informações adicionais, como os números do Título de Eleitor
ou do recibo de entrega da Declaração do Imposto de Renda de Pessoa
Física (DIRPF). A decisão é do Comitê Gestor do Simples Nacional e
estará em vigor a partir das 18 horas desta segunda-feira, 9 de julho.
De acordo com nota técnica do Comitê, o sistema do Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br), onde acontece a formalização, somente pedirá o número do recibo caso o futuro empreendedor tenha entregue alguma declaração de IRPF nos dois últimos anos. “Ao inserir o CPF, automaticamente o sistema identificará se há declarações de imposto de renda que precisam ser citadas; caso não tenha, apenas os campos do título de leitor e data de nascimento se abrirão na tela”, explica o técnico do Sebrae no MS, Julio César Silva.
Além das novas documentações, permanecem as solicitações de número de CPF, data de nascimento, CEP da residência e do local de funcionamento do negócio. Júlio César destaca que as alterações são somente para novos cadastros e não afetam quem já está formalizado.
O Empreendedor Individual
Cabeleireiros, mestres de obras, fotógrafos, costureiras, azulejistas estão entre as mais de 400 atividades que podem se formalizar pela Lei do Microempreendedor Individual. São pessoas que já exercem o trabalho por conta própria e decidem se formalizar como empresa para obter personalidade jurídica.
Formalizados e com CNPJ em mãos, passam a contar com benefícios como acesso a crédito e possibilidades de fornecimento e prestação de serviços a órgãos públicos e grandes empresas. Além disso, passam a contribuir com o INSS, tendo acesso à aposentadoria, auxilio acidente, salário maternidade, entre outras vantagens.
A contribuição paga pela categoria varia entre R$ 33 e R$ 37 mensais, dependendo do setor de atuação, se comércio, serviço, indústria ou atividade mista. Este valor equivale a R$ 5 de ISS, R$ 1 de ICMS e o INSS a 5% do salário mínimo (R$ 31,10).
A lista completa das atividades que integram a Lei do Microempreendedor Individual está disponível no Portal do Empreendedor.
Fonte: MS Notícias
De acordo com nota técnica do Comitê, o sistema do Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br), onde acontece a formalização, somente pedirá o número do recibo caso o futuro empreendedor tenha entregue alguma declaração de IRPF nos dois últimos anos. “Ao inserir o CPF, automaticamente o sistema identificará se há declarações de imposto de renda que precisam ser citadas; caso não tenha, apenas os campos do título de leitor e data de nascimento se abrirão na tela”, explica o técnico do Sebrae no MS, Julio César Silva.
Além das novas documentações, permanecem as solicitações de número de CPF, data de nascimento, CEP da residência e do local de funcionamento do negócio. Júlio César destaca que as alterações são somente para novos cadastros e não afetam quem já está formalizado.
O Empreendedor Individual
Cabeleireiros, mestres de obras, fotógrafos, costureiras, azulejistas estão entre as mais de 400 atividades que podem se formalizar pela Lei do Microempreendedor Individual. São pessoas que já exercem o trabalho por conta própria e decidem se formalizar como empresa para obter personalidade jurídica.
Formalizados e com CNPJ em mãos, passam a contar com benefícios como acesso a crédito e possibilidades de fornecimento e prestação de serviços a órgãos públicos e grandes empresas. Além disso, passam a contribuir com o INSS, tendo acesso à aposentadoria, auxilio acidente, salário maternidade, entre outras vantagens.
A contribuição paga pela categoria varia entre R$ 33 e R$ 37 mensais, dependendo do setor de atuação, se comércio, serviço, indústria ou atividade mista. Este valor equivale a R$ 5 de ISS, R$ 1 de ICMS e o INSS a 5% do salário mínimo (R$ 31,10).
A lista completa das atividades que integram a Lei do Microempreendedor Individual está disponível no Portal do Empreendedor.
Fonte: MS Notícias
Mais de 80% dos empresários querem elevar salários
Otimistas, 88% dos empresários brasileiros pretendem aumentar o salário dos seus colaboradores nos próximos doze meses, aponta Grant Thornton. O percentual é acima da média global, que está em 65%. A pesquisa engloba mais de 11.500 mil empresas privadas em 40 países.
De acordo com os entrevistados brasileiros, 63% devem elevaro salário de acordo com a taxa de inflação e para 25% o aumento deverá ser acima da taxa. Entre os países que vão elevar a renda acima da inflação estão Alemanha, Índia e África do Sul.
"A taxa de desemprego aliada com uma análise do salário real e ajustes salariais são indicadores chave para sinalizar a situação econômica de um país", diz Antoniel Silva, diretor de gestão e pessoas da Grant Thornton Brasil.
Entre os países que mais pretendem elevar a remuneração de seus funcionários em linha ou acima da taxa de inflação estão: Argentina e Turquia (ambos com 96%), África do Sul (92%), Hong Kong (90%) e Austrália, Canadá e Suécia (todos com 88%).
A Grécia é o mais pessimista com relação à elevação da remuneração nesse ano, com apenas 2% dos empresários esperando aumentar os salários nos próximos doze meses, seguida da Irlanda e Armênia (os dois países com 22%).
Regionalmente, a América do Norte (87%) e a América Latina (85%) apresentam o maior percentual de empresários que pretendem elevar os salários nos próximos doze meses. Em seguida estão os países do sudeste asiáticos (75%).
Em relação aos setores, os empresários do segmento de saúde são os que mais pretendem elevar os salários, com 90%. Em segundo estão os de serviços financeiros, com 88% e agricultura, com 82%.
Fonte: Brasil Econômico
Empresas apostam alto nas universidades corporativas
Com
um investimento em capacitação profissional que superou os R$ 130
milhões somente no ano passado, a Universidade Corporativa do Banco do
Brasil (UniBB) completa dez anos hoje. O dia 11 de julho de 2002 marca a
consolidação de um projeto que começou muitos anos antes, em 1965, com o
desenvolvimento de treinamentos internos, presenciais e a distância,
para os funcionários. "O que mudou foi a importância estratégica da
gestão de pessoas", afirma Robson Rocha, vice-presidente de gestão de
pessoas e desenvolvimento sustentável da instituição.
Com sede em Brasília, nesses dez anos a UniBB, que reúne cursos
internos desenvolvidos especificamente para os colaboradores do banco e
programas externos em escolas parceiras, já concedeu 25 mil bolsas de
estudo para graduação, 5 mil para pós lato sensu, 20 mil em MBA e 250
bolsas de mestrado e doutorado a funcionários de todos os cargos.
Além dos programas de formação executiva, 10 mil bolsas para cursos de
idiomas e mais de 250 mil certificações em áreas como agronegócios,
economia e finanças também já foram concedidas. Somente nos cursos
desenvolvidos sob medida, foram investidos R$ 58,5 milhões em 2011.
Rocha afirma que esses programas são formatados de acordo com as
necessidades de momento. "Agora, estamos trabalhando forte no tema
internacionalização", diz.
Segundo Marisa Eboli, professora da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP),
embora existam experiências práticas anteriores a 1999, o ano é
considerado o "marco teórico" da educação corporativa no país. "Foi
nesse período que se publicou o primeiro livro sobre o tema", afirma. Um
estudo publicado por Marisa, em 2009, mostra que as ações educacionais
estão associadas ao cumprimento de objetivos das companhias e são
direcionadas para obtenção de vantagem competitiva. Além disso, são
usadas para mapear as competências das equipes e para disseminar a
cultura organizacional.
Se a essência dos programas continua a mesma, o mesmo não se pode dizer
sobre o tamanho do setor. Em 1999, havia apenas dez universidades
corporativas ativas no país. Hoje, Marisa estima que existam cerca de
500. O público beneficiado pela educação corporativa é bastante amplo.
Segundo dados compilados pela professora junto a 54 empresas, são
atendidos desde trainees e estagiários até profissionais de nível
executivo, passando pela equipe administrativa e de vendas. O
conhecimento é aplicado na inovação de processos e conceitos, na
resolução de problemas, na formação de lideranças e na retenção de
talentos. Para o futuro, Marisa explica que ainda falta, entre outros
aspectos, adotar práticas de educação a distância de forma mais
abrangente.
Para Carlos Netto, diretor de gestão de pessoas do Banco do Brasil, é
fundamental investir no "e-learning", mas sem desconsiderar o aspecto
presencial. "Queremos ampliar a educação a distância em programas que
atendem públicos maiores", diz. Para o segundo semestre deste ano, o BB
espera incluir os clientes do banco em seus programas de educação
corporativa. Há projetos, inclusive, que visam capacitar de forma
on-line donos de pequenas empresas em temas relacionados à gestão do
negócio e universitários, ao desenvolvimento de carreira. Além disso, o
tema educação financeira estará presente em programas-piloto ainda neste
ano.
Aumentar o uso do ensino a distância também é um dos objetivos da
Universidade de Negócios do Grupo Algar (UniAlgar). Cícero Domingos
Penha, vice-presidente corporativo de talentos humanos, diz que hoje
cerca de 20% da formação vem do ensino a distância (EAD), mas a meta é
chegar a 50% em até oito anos. "É uma ferramenta importante para atingir
localidades remotas", diz. Ele ressalta, no entanto, que o "e-learning"
não pode ser adotado em qualquer situação. "A dinâmica e o debate entre
as pessoas rendem outro tipo de aprendizado e aproveitamento. Alguns
programas necessitam de encontros presenciais."
Somente no ano passado, a UniAlgar recebeu investimentos de R$ 15
milhões, cinco vezes mais do que no início do projeto, em 1998. Na
época, o foco eram os líderes e havia apenas duas frentes de ensino:
desenvolvimento da cultura organizacional e formação de lideranças.
Hoje, a capacitação permeia todos os níveis profissionais e, ao longo
dos anos, foram acrescentados novos eixos de ensino como formação
mercadológica e ferramentas de gestão de pessoas. "As escolas não dão
conta de preparar o executivo em relação às competências específicas do
negócio. Desse modo, é essencial desenvolver programas internos."
Tanto a UniAlgar quanto a UniBB foram premiadas este ano. A primeira
recebeu o título de melhor universidade corporativa do ano e, a segunda,
o de melhor programa de educação corporativa. O reconhecimento foi dado
pelo International Quality & Productivity Center (IQPC).
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Fonte: Valor Econômico |
Confira três tendências que não dá para ignorar se você pensa em empreender
Novo perfil do consumidor, customização e mercado diferente e amplo.
Essas três tendências fazem parte da nova rotina dos empreendedores
ligados ao comércio. E se você não tem a menor ideia do que elas
significam, é melhor ficar preocupado.Para ajudar o comerciante, porém, o Estadão PME reuniu informações
sobre essas tendências para que o proprietário de uma pequena loja possa
não apenas estar preparado, mas também seja capaz de lucrar cada vez
mais.
Novo perfil do consumidor
Ele mudou. E um exemplo cabal disso talvez seja o fenômeno das mamães modernas. Elas são muito detalhistas, muito exigentes e muito, muito ocupadas. Nas mães, todas as características comuns às consumidoras se intensificam. Por isso, atender bem esse público é uma tarefa que exige, sobretudo, paciência. Mas as empresas que atingem esse objetivo, agregando conveniência e segurança no momento da compra, têm sempre o esforço recompensado.
Essa mudança de perfil já alterou a rotina da loja de decoração de quartos infantis Belle Petit, fundada em 1997. As sócias Adriana Romero e Vanessa Valle contam que, quando eram os homens que davam a palavra final sobre os custos da decoração do quarto do bebê, as vendas eram mais magras. “Os pais são objetivos e não gostam de gastar muito com decoração”, conta Vanessa. Mas hoje o cenário mudou. “Muitas mulheres vêm sozinhas até a loja, com seu próprio dinheiro. Elas dão mais importância ao nosso serviço e, como não precisam consultar o marido para decidir o valor da compra, gastam mais”, afirma a empreendedora.Customização
O cliente quer ser cada vez mais diferente, diferenciar-se por meio das suas compras. Por isso, pense em vender itens restritos, quase personalizados. Se o comerciante souber usar essa característica como argumento de venda, o sucesso atualmente é quase garantido.
Com tecidos variados, pingentes e tiras, Priscila Callegari, por exemplo, crioucriou acessórios que podem ser acoplados aos calçados, criando modelos novos a cada aplicação. Nascia assim, em 2008, a Ciao Mao.
Compras populares
Outra alternativa interessante para quem já tem ou pretende abrir um comércio é apostar na internet - mais do que isso, apostar na internet com foco nas classes populares.
O aumento de renda da população das classes C e D, observado nos últimos anos no País, provoca atualmente uma nova onda de consumo, desta vez, pela internet. E os pequenos e médios empresários têm tudo para aproveitar o momento para aprimorar – e até mesmo desenvolver – suas plataformas de vendas online. O resultado será um só: ampliação das vendas e, como consequência, do faturamento do seu empreendimento.
Os números são animadores. Oito em cada dez internautas brasileiros pertencem ao que se convencionou chamar de ‘nova classe média’. Trata-se de uma fatia da população que, segundo dados do instituto de pesquisas Data Popular, movimenta R$ 378 bilhões em salários anualmente e que compra pela web tudo aquilo que até então não podia.
Fonte: Estadão.com.br
Novo perfil do consumidor
Ele mudou. E um exemplo cabal disso talvez seja o fenômeno das mamães modernas. Elas são muito detalhistas, muito exigentes e muito, muito ocupadas. Nas mães, todas as características comuns às consumidoras se intensificam. Por isso, atender bem esse público é uma tarefa que exige, sobretudo, paciência. Mas as empresas que atingem esse objetivo, agregando conveniência e segurança no momento da compra, têm sempre o esforço recompensado.
Essa mudança de perfil já alterou a rotina da loja de decoração de quartos infantis Belle Petit, fundada em 1997. As sócias Adriana Romero e Vanessa Valle contam que, quando eram os homens que davam a palavra final sobre os custos da decoração do quarto do bebê, as vendas eram mais magras. “Os pais são objetivos e não gostam de gastar muito com decoração”, conta Vanessa. Mas hoje o cenário mudou. “Muitas mulheres vêm sozinhas até a loja, com seu próprio dinheiro. Elas dão mais importância ao nosso serviço e, como não precisam consultar o marido para decidir o valor da compra, gastam mais”, afirma a empreendedora.Customização
O cliente quer ser cada vez mais diferente, diferenciar-se por meio das suas compras. Por isso, pense em vender itens restritos, quase personalizados. Se o comerciante souber usar essa característica como argumento de venda, o sucesso atualmente é quase garantido.
Com tecidos variados, pingentes e tiras, Priscila Callegari, por exemplo, crioucriou acessórios que podem ser acoplados aos calçados, criando modelos novos a cada aplicação. Nascia assim, em 2008, a Ciao Mao.
Compras populares
Outra alternativa interessante para quem já tem ou pretende abrir um comércio é apostar na internet - mais do que isso, apostar na internet com foco nas classes populares.
O aumento de renda da população das classes C e D, observado nos últimos anos no País, provoca atualmente uma nova onda de consumo, desta vez, pela internet. E os pequenos e médios empresários têm tudo para aproveitar o momento para aprimorar – e até mesmo desenvolver – suas plataformas de vendas online. O resultado será um só: ampliação das vendas e, como consequência, do faturamento do seu empreendimento.
Os números são animadores. Oito em cada dez internautas brasileiros pertencem ao que se convencionou chamar de ‘nova classe média’. Trata-se de uma fatia da população que, segundo dados do instituto de pesquisas Data Popular, movimenta R$ 378 bilhões em salários anualmente e que compra pela web tudo aquilo que até então não podia.
Fonte: Estadão.com.br
Saiba como fugir dos 5 micos na hora de investir
Até para guardar dinheiro há custos. Dependendo da escolha na hora da
aplicação, é possível perder 50% ou mais do montante inicial sem nem
sequer ter passado perto de investimentos mais arriscados, como ações.
Especialistas listam cinco pontos com os quais é preciso ter especial
cuidado. Confira.
Título de capitalização, o oposto de rentabilidade. Se a intenção é ter rentabilidade, o poupador iniciante que compra títulos de capitalização começou com o pé esquerdo. A ideia do produto é que o cliente pague um valor todo mês durante um período preestabelecido e concorra a prêmios. Cada instituição tem sua regra, mas a quantia pode tanto render, na sua totalidade, taxas muito baixas (como cerca de 0,5% mais TR mensalmente); como pode ser dividida e ter um ganho apenas sobre uma parte desse total.
No segundo caso, se o poupador não ganhar nenhum prêmio nos sorteios, ainda terá o prejuízo de perder até metade do valor investido, se essa for a regra do plano para concorrer aos sorteios.
"Esse tipo de produto não pode nem ser chamado de investimento. Serve só para quem gosta de jogar com a sorte", afirmou Bolivar Godinho, professor de análise de investimentos da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Outra armadilha do produto é o resgate antecipado do dinheiro. Em alguns títulos de capitalização, o investidor pode receber uma multa se efetuar o saque antes do prazo estipulado. "Além de render pouco menos ou, na melhor das hipóteses, a mesma coisa que a poupança nova, se tiver de pagar multa, o resgate pode ser muito decepcionante", disse Godinho.
Fonte: Estadão.com.br
Título de capitalização, o oposto de rentabilidade. Se a intenção é ter rentabilidade, o poupador iniciante que compra títulos de capitalização começou com o pé esquerdo. A ideia do produto é que o cliente pague um valor todo mês durante um período preestabelecido e concorra a prêmios. Cada instituição tem sua regra, mas a quantia pode tanto render, na sua totalidade, taxas muito baixas (como cerca de 0,5% mais TR mensalmente); como pode ser dividida e ter um ganho apenas sobre uma parte desse total.
No segundo caso, se o poupador não ganhar nenhum prêmio nos sorteios, ainda terá o prejuízo de perder até metade do valor investido, se essa for a regra do plano para concorrer aos sorteios.
"Esse tipo de produto não pode nem ser chamado de investimento. Serve só para quem gosta de jogar com a sorte", afirmou Bolivar Godinho, professor de análise de investimentos da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Outra armadilha do produto é o resgate antecipado do dinheiro. Em alguns títulos de capitalização, o investidor pode receber uma multa se efetuar o saque antes do prazo estipulado. "Além de render pouco menos ou, na melhor das hipóteses, a mesma coisa que a poupança nova, se tiver de pagar multa, o resgate pode ser muito decepcionante", disse Godinho.
Fonte: Estadão.com.br
5 tipos de profissionais que não sabem usar tecnologia
Quem trabalha em escritório pode enumerar uma série de hábitos dos colegas que incomodam no ambiente de trabalho.
Sempre tem aquele que não consegue pensar sem bater com a lapiseira no
teclado, ou o outro que só sabe se comunicar aos berros.
Quando se soma a isso ferramentas como smartphones e e-mails,
as gafes se multiplicam. EXAME.com conversou com especialistas em
gestão e etiqueta (além de alguns profissionais de diversas áreas que
preferiram não se identificar) para descobrir os tipos de profissionais
que mais erram na etiqueta com tecnologia.
Fonte: Exame.com
Aquele que entra em contato por todos os meios
Tudo bem que muitas vezes apenas mandar e-mail não garante um retorno
(apesar de que, segundo Henrique Gamba, da Hays, o e-mail, uma vez
enviado, passa a ser “responsabilidade da outra pessoa, que tem de
ler”), mas enviar a mensagem, ligar cinco minutos depois e ainda passar
na baia do colega para exigir uma resposta é demais.
Aquele que não sabe lidar com o celular
Deixar no silencioso é regra de ouro para qualquer ambiente fechado –
ninguém precisa ouvir aquele toque de balada no seu celular. Se seu
smartphone vibra a cada mínima notificação de Facebook, Twitter, e-mail
etc, também é importante notar que só porque ele está vibrando, não quer
dizer que não faça barulho.Fonte: Exame.com
Smartphone pode ajudar no orçamento
Registrar cada gasto numa planilha -do cafezinho à geladeira- é o que
os planejadores financeiros recomendam como primeiro passo para
organizar o orçamento. Mas, do momento do gasto à hora de registrá-lo,
alguns gastos escapam e é neles que podem estar as "goteiras".
Para evitar esse problema, um aliado tecnológico pode ajudar: os
aplicativos de finanças pessoais, modalidade que a engenheira Marcela
Villamonte, 27, escolheu para organizar o orçamento.
Durante quatro meses, ela usou um app e descobriu onde estava o furo nos gastos.
A partir daí, diminuiu as saídas para bares e restaurantes com amigos, que estavam pesando nas contas.
Há vários tipos de aplicativos -gratuitos e pagos- com diversas funcionalidades.
"Vejo que substitui com facilidade o caderninho. O aplicativo ajuda na
disciplina, porque não tem desculpa para dizer que esqueceu de anotar",
diz o educador financeiro Mauro Calil.
Mas é preciso ficar atento na hora de escolhê-lo: a dica de Calil é
optar pelo mais simples e agradável de mexer, pois, em geral, o que o
usuário precisa é controlar receitas e despesas. E verificar se a
linguagem é acessível.
Segundo César Caselani, da FGV-SP, o aplicativo ajuda, mas é preciso
lembrar dele na hora de tomar decisões. "A questão é o que a pessoa vai
fazer na hora da compra. Vai lembrar dessa planilha?"
Há também aplicativos de bancos, que permitem serviços como transações
bancárias e localização de agências e aqueles que mostram cotações de
ações e que permitem operar no mercado.
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Fonte: Folha de S.Paulo | |
segunda-feira, 9 de julho de 2012
1 em cada 4 adultos tem ou está abrindo negócio
Um em cada quatro brasileiros tem um negócio ou está criando um. Com
isso, o Brasil tem a oitava maior proporção de empreendedores em relação
à população adulta, entre 54 países pesquisados no mundo. Tailândia e
China lideram o ranking. Os EUA vêm em 16°. Para medir o nível de
empreendedorismo, a taxa considera negócios formais e informais em
estágio inicial (abertos até três anos e meio) e os estabelecidos (mais
de três anos e meio).
Os dados serão apresentados hoje e fazem parte da 12ª edição da GEM
(Global Entrepreneurship Monitor), feita pelo Sebrae em parceria com o
Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade.
No Brasil, são 27 milhões de empreendedores, ou 27% da população adulta, com idade entre 18 e 64 anos.
O número é 28,5% maior do que o registrado em 2010. "Com a melhora no
ambiente econômico e diminuição do desemprego, o empreendedorismo passa a
ser uma opção por oportunidade e não necessidade", diz Carlos Alberto
dos Santos, diretor técnico do Sebrae nacional.
No ano passado, para cada empresa aberta por necessidade (devido a
perda de emprego, por exemplo), outras 2,24 foram abertas porque o
investidor enxergou uma oportunidade de negócio.
Em 2002, essa proporção era inversa: para cada negócio aberto por necessidade, 0,77 era por oportunidade.
"Saímos do empreendedorismo de fundo de quintal para negócios feitos
por profissionais mais capacitados", diz Marcelo Nakagawa, coordenador
do centro de empreendedorismo do Insper.
Além de mais profissionalizado, o empreendedor está mais regionalizado e
otimista, diz ele. Nordeste e Centro-Oeste se destacam.
Entre os que estão no mercado há menos de três anos e meio, 58% têm a
percepção de que, nos próximos seis meses, há boas oportunidades para a
criação de negócios. Na média dos 54 países, esse percentual era de 39%.
Quase a metade dos empreendedores em estágio inicial (até três anos e
meio) informou ainda ter pretensão de contratar entre uma e cinco
pessoas em cinco anos. "Como houve mais formalização no país, é natural
que isso se reflita no empreendedorismo", diz Fernando Barbosa Filho,
professor da FGV.
Após 23 anos no ramo automobilístico, José Walderez Pinto, 51, se
aposentou e decidiu vender roupas em um shopping da zona leste. "Vi que
havia espaço para vender produtos de mais qualidade. Aproveitei a
oportunidade." A meta é recuperar o investimento em 18 meses.
Fonte: Folha de S.Paulo
Gerações X e Y têm estilos diferentes de liderança
Cada líder tem um estilo diferente de agir.
Na liderança, influenciam as características
pessoais, a experiência adquirida em anos de trabalho,
treinamentos específicos e a política
interna da empresa, que determina alguns parâmetros
comportamentais. Além disso tudo, pertencer a
uma determinada geração pode ser determinante
para o modo como a liderança e a gestão
são exercidas.
Segundo uma pesquisa da MOT – Treinamento e Desenvolvimento Gerencial, 78% das corporações acreditam que as questões geracionais influenciam em nível alto ou muito alto o estilo de liderança em suas organizações. Para os entrevistados, pertencer às gerações X ou Y faz diferença nas atitudes dos líderes – o que pode comprometer o desempenho de seus liderados.
“Ser questionador é a principal característica dos profissionais da chamada Geração Y. O próprio nome que designa esse grupo de pessoas sugere isso (Y, em inglês, pronuncia-se “why”, que também significa “por que”). Entretanto, mais do que uma característica da idade – a geração Y é aquela das pessoas nascidas entre os anos 70 e 90 – questionar é uma característica do comportamento, que pode se aplicar também a pessoas de outras idades”, comenta Alfredo Castro, diretor-sócio da MOT. Ele é especialista em gestão, treinamento e desenvolvimento de pessoas e conselheiro da ASTD (American Society for Training e Development) no Brasil.
A chegada de profissionais questionadores ao mercado de trabalho muda completamente o panorama corporativo. “Hoje, as inquietações são compartilhadas, as informações são questionadas na hora, porque o acesso à internet é rápido e prático”, afirma Castro. Por isso, a noção de hierarquia é posta em xeque, o que exige que os líderes sejam mais flexíveis e tenham maior capacidade de diálogo. “Os questionamentos levam as empresas a reverem suas posições e a crescer”, acredita o consultor.
Ele explica que o aumento das interfaces tecnológicas, a rapidez da circulação das informações e a ascensão de jovens a cargos importantes traz uma ansiedade constante. “A sensação é que tudo é virtual, nada é bem sedimentado. Isso renova e alimenta a necessidade de repensar constantemente a empresa, além de criar profissionais mais ousados e preparados para o novo”, defende.
Para ele, esses novos profissionais questionadores fazem com que mude a percepção do que é poder. “A geração X lutava com a geração baby boomer, queria superá-la, mas a usava como modelo. Hoje, a questão para a geração Y é o poder de não se enraizar, de manter sua própria liberdade. O conflito é por meio de ideias”, sintetiza.
Na opinião do consultor, para lidar com essa nova geração de profissionais, os mais experientes precisam se atualizar e a melhor maneira de fazer isso é observando e aprendendo com os mais novos. Por outro lado, o desafio é mostrar aos jovens profissionais a importância de entender e compreender ritos, símbolos e mitos que constituem uma empresa. Com isso, a convivência entre as diferentes gerações torna-se construtiva e todos podem ganhar com ela.
Fonte: Canal Executivo
Segundo uma pesquisa da MOT – Treinamento e Desenvolvimento Gerencial, 78% das corporações acreditam que as questões geracionais influenciam em nível alto ou muito alto o estilo de liderança em suas organizações. Para os entrevistados, pertencer às gerações X ou Y faz diferença nas atitudes dos líderes – o que pode comprometer o desempenho de seus liderados.
“Ser questionador é a principal característica dos profissionais da chamada Geração Y. O próprio nome que designa esse grupo de pessoas sugere isso (Y, em inglês, pronuncia-se “why”, que também significa “por que”). Entretanto, mais do que uma característica da idade – a geração Y é aquela das pessoas nascidas entre os anos 70 e 90 – questionar é uma característica do comportamento, que pode se aplicar também a pessoas de outras idades”, comenta Alfredo Castro, diretor-sócio da MOT. Ele é especialista em gestão, treinamento e desenvolvimento de pessoas e conselheiro da ASTD (American Society for Training e Development) no Brasil.
A chegada de profissionais questionadores ao mercado de trabalho muda completamente o panorama corporativo. “Hoje, as inquietações são compartilhadas, as informações são questionadas na hora, porque o acesso à internet é rápido e prático”, afirma Castro. Por isso, a noção de hierarquia é posta em xeque, o que exige que os líderes sejam mais flexíveis e tenham maior capacidade de diálogo. “Os questionamentos levam as empresas a reverem suas posições e a crescer”, acredita o consultor.
Ele explica que o aumento das interfaces tecnológicas, a rapidez da circulação das informações e a ascensão de jovens a cargos importantes traz uma ansiedade constante. “A sensação é que tudo é virtual, nada é bem sedimentado. Isso renova e alimenta a necessidade de repensar constantemente a empresa, além de criar profissionais mais ousados e preparados para o novo”, defende.
Para ele, esses novos profissionais questionadores fazem com que mude a percepção do que é poder. “A geração X lutava com a geração baby boomer, queria superá-la, mas a usava como modelo. Hoje, a questão para a geração Y é o poder de não se enraizar, de manter sua própria liberdade. O conflito é por meio de ideias”, sintetiza.
Na opinião do consultor, para lidar com essa nova geração de profissionais, os mais experientes precisam se atualizar e a melhor maneira de fazer isso é observando e aprendendo com os mais novos. Por outro lado, o desafio é mostrar aos jovens profissionais a importância de entender e compreender ritos, símbolos e mitos que constituem uma empresa. Com isso, a convivência entre as diferentes gerações torna-se construtiva e todos podem ganhar com ela.
Fonte: Canal Executivo
Na internet, novos endereços podem dar status aos seus donos
A localização sempre foi um conceito de pouca relevância na internet,
onde milhões de empresas disputam a atenção dos usuários à base de
publicidade. Mas a criação de novos domínios promete conferir um novo
status aos endereços da web. Companhias que já investiam em anúncios
on-line para capturar a atenção de milhões de usuários veem nos novos
domínios uma ferramenta para valorizar marcas e atrair internautas. No
Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Ipiranga, Natura, Rede Globo, UOL e
Telefônica/Vivo são os primeiros a investir na mudança.
A Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann),
organização global que gerencia o registro de sites, realizou em junho
um processo de candidatura para novos domínios na internet. A Icann
contabilizou 1.930 pedidos globais, sendo sete do Brasil. A organização
avaliará os pedidos a partir deste semestre e a expectativa é que aprove
novos domínios entre o fim do ano e o início de 2014.
As empresas brasileiras que enviaram suas candidaturas consideram que
os novos domínios garantirão maior exposição de suas marcas e
facilitarão o acesso a seus sites, principalmente em dispositivos
móveis. Para atrair internautas, as companhias fazem uso de anúncios em
portais e sites de busca, que possuem grande audiência. "O Google
tornou-se a página inicial da maioria das empresas. Muitos usuários
preferem pesquisar em vez de se arriscar a digitar o endereço da empresa
com erro", disse o advogado Rodrigo Azevedo, do Escritório Silveiro
Advogados, que conduziu as candidaturas de domínios da Ipiranga, do Itaú
Unibanco e da Telefônica/Vivo.
Tornar o endereço tão simples a ponto de o internauta dispensar os
sites de busca facilitará a relação com os internautas, afirma Jeronimo
dos Santos, diretor de varejo e marketing do grupo Ipiranga. "O endereço
www.ipiranga é simples de ser acessado de qualquer dispositivo", diz
Santos. A Ipiranga mantém um portal com 14 sites, que recebe uma média
de 30 milhões de visitantes únicos por ano. Além da venda on-line de
combustível e da realização de campanhas promocionais, a companhia
mantém shoppings virtuais para venda de produtos diversos.
A Telefônica/Vivo, que opera no país com a marca Vivo, também investiu
no novo domínio para reforçar a marca e facilitar o acesso, sobretudo em
dispositivos móveis, diz Fábio Freitas, diretor de canal on-line e
serviços de valor agregado da Telefônica/Vivo. Além do uso pela própria
companhia, a operadora planeja conceder registros com o mesmo domínio
para empresas parceiras, como as revendas. "Será uma forma de endossar
os parceiros, o que pode favorecer as vendas, sobretudo de parceiros que
só fazem vendas on-line", disse Freitas.
Para companhias que realizam transações financeiras na web, a segurança
é outro aspecto que torna o novo domínio um investimento atraente.
Douglas Tevis Francisco, diretor do departamento de pesquisa e inovação
tecnológica do Bradesco, disse que os cibercriminosos terão mais
trabalho para enganar internautas. Isso porque o banco fará a gestão do
domínio e não aprovará a criação de sites com extensão.bradesco que não
sejam criados pela própria instituição. "O usuário poderá diferenciar
mais facilmente o site do banco dos sites falsos usados para golpes",
afirmou.
Ricardo Dutra, diretor de marketing do UOL, observou que o novo domínio
confere às companhias qualidades como exclusividade e inovação. "Apenas
empresas de certo porte e confiáveis terão um novo domínio", afirmou
Dutra. Para ele, a mudança também facilitará a divulgação das marcas
internacionalmente, o que pode ajudar empresas interessadas em expandir
sua atuação fora do Brasil. "Ao registrar um novo domínio, o que depende
de critérios rígidos de aprovação pela Icann, reforçamos o
posicionamento como empresa confiável no mercado global de internet",
disse.
Entre as companhias do Brasil que solicitaram novos registros, o UOL é o
único grupo que pretende dar um uso comercial - e não apenas de
marketing - ao novo domínio. O custo das empresas para obter o novo
registro é de US$ 185 mil (R$ 371 mil), acrescido de uma taxa anual de
US$ 25 mil (R$ 50,2 mil). Os gastos anuais, no entanto, podem encarecer
em mais US$ 200 mil (R$ 401,3 mil) por ano se a companhia comprar seus
endereços originais na internet e anexá-los aos novos sufixos. Por essa
razão, a expectativa é que apenas companhias de grande porte, que operam
com orçamentos gordos de marketing, se interessem em solicitar novos
domínios - além, é claro, das empresas de internet.
Embora o custo seja muito mais alto que o valor pago para manter um
site com extensão convencional (na faixa de R$ 50 por ano), o novo
domínio permite à companhia estabelecer políticas mais rígidas de
concessão de registros, dificultando a criação de sites falsos ou com
conteúdos que desfavoreçam sua marca. "Devido às vantagens, causou
estranheza o desinteresse das companhias pelos novos domínios", disse o
advogado Azevedo. Ele estima uma procura mais intensa das companhias a
partir de 2013, quando os primeiros domínios forem aprovados. Mas novos
pedidos só poderão ser feitos em 2014.
Trocando em miúdos
A Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann), que
administra o registro de sites, começa a analisar neste semestre os
pedidos de registros de domínios de primeiro nível, também conhecidos
pela sigla gTLD. São as extensões genéricas adotadas para distinguir
categorias de sites, como.com e.gov. Atualmente, existem 22 domínios
desse tipo e a expectativa é que esse número suba para algumas centenas.
A Apple, por exemplo, solicitou a extensão.apple; se tiver sucesso no
pedido, a companhia poderá mudar seu endereço para www.apple. A maioria
dos pedidos é para nomes e marcas de grandes companhias, mas há também
solicitações genéricas, como o.books, feito pela Amazon, e que serve
para editoras e livrarias. A Icann prevê encerrar a análise dos 1.930
pedidos até 2014. Após esse prazo, a instituição aceitará novos pedidos.
As companhias que não solicitaram domínios ainda podem proteger suas
marcas, participando das consultas públicas em andamento sobre as
candidaturas já feitas. A Delta Airlines, por exemplo, poderia pedir à
Icann para vetar o pedido de domínio.delta solicitado pelo site de
notícias Delta Discovery, porque corresponde à sua marca. "Para as
companhias que não se candidataram esse é o momento de evitar que suas
marcas sejam apropriadas indevidamente como terminação, ou impedir que
sejam malutilizadas", afirmou o advogado Rodrigo Azevedo, do Escritório
Silveiro Advogados.
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Fonte: Valor Econômico |
Empresas em recuperação poderão parcelar ICMS
O tão esperado parcelamento especial para dívidas fiscais de empresas
em recuperação judicial foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz). Todos os Estados concordaram em conceder um prazo
de 84 meses para que contribuintes nessa situação possam pagar seus
débitos. Após sete anos da edição da Lei nº 11.101 - a Lei de Falências -
a medida veio seguida de certa decepção por parte de empresários e
advogados, que há muito aguardavam a edição de uma norma para o
pagamento parcelado de dívidas com a União e Estados.
Na avaliação de especialistas em recuperação judicial e tributaristas,
esse parcelamento deverá ter pouca adesão. A primeira razão seria o fato
de o prazo ser pequeno em relação às dívidas que parte dessas
companhias possui e de muitas terem, no Judiciário, obtido parcelamentos
maiores. Outro motivo seria a falta de qualquer tipo de perdão para
juros ou multas. "Na nossa opinião, esse convênio traz uma situação pior
para as empresas", dizem os advogados Antonio Mazzuco e Marcia Harue de
Freitas, sócio e advogada, respectivamente, do escritório Madrona Hong
Mazzuco Brandão - Sociedade de Advogados (MHM).
As dívidas fiscais não entram nos planos de recuperação judicial, mas a
própria Lei de Falências prevê a edição de norma específica com esse
tipo de parcelamento para empresas em dificuldade. Como a legislação
sobre a questão nunca foi aprovada pelo Congresso, muitas companhias em
recuperação começaram a entrar no Judiciário para pedir a inclusão no
Refis ou em parcelamentos estaduais de 180 meses - mesmo prazo do
programa federal - ou de 120 meses, como já oferecido por São Paulo.
Há dois anos, por exemplo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ)
autorizou uma empresa em processo de falência a ser reincluída no Paes -
programa federal de parcelamento. A Corte entendeu, na época, que a
tendência da legislação brasileira seria a de permitir que as empresas
se viabilizassem, ainda que estivessem em situação falimentar. Para os
ministros, as companhias em dificuldade deveriam ter garantido o direito
de acesso a planos de parcelamento para que pudessem manter seu "ciclo
produtivo", os empregos e a satisfação de interesses econômicos e de
consumo da comunidade
Os advogados Fernando Fiorezzi de Luizi e Frederico Loureiro de
Oliveira, do Advocacia De Luizi, afirmam que no escritório cinco
clientes em recuperação foram à Justiça pedir o parcelamento de seus
débitos fiscais. Todos conseguiram com o argumento de que, apesar da
previsão legal, nenhuma norma sobre a questão havia sido editada. Nesses
casos, os parcelamentos foram obtidos no Estado de São Paulo, com
prazos de 180 meses.
Segundo Mazzuco, a impressão que se tem é que os Estados em razão das
liminares obtidas pelas empresas acabaram aprovando a medida, que seria
menos benéfica, para fechar uma brecha legal. A proposta aprovada pelo
Confaz de 84 meses, segundo os advogados, também é pouco atrativa
porque, ao aderir ao parcelamento, a empresa será obrigada a incluir
todos os seus débitos e a confessá-los.
Para o advogado Júlio Mandel, do Mandel Advocacia, além disso, a
companhia teria que abrir mão daquilo que já discute no Judiciário. "É
uma espécie de cobrança oblíqua de débitos", diz.
O Convênio Confaz nº 59 foi publicado no dia 27 de junho. Além dos 84
meses, estipula que o contribuinte poderá ser excluído do parcelamento
se não quitar duas parcelas. Com a expulsão, o saldo remanescente será
inscrito na dívida ativa ou encaminhado para execução fiscal.
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Fonte: Valor Econômico |
Pequenas e médias empresas iniciam corrida em busca de private equity
O
fomento da economia brasileira, somado aos olhos interessados de
investidores internacionais no País foram constatados na última pesquisa
da KSI Brasil, auditoria e consultoria internacional focada no middle
market. De acordo com a pesquisa, o interesse das pequenas e médias
empresas pela captação de recursos de private equity, seja para investir
na expansão do negócio ou para melhorar a governança, já é uma
realidade no mercado.
"Tem surgido, por outro lado, um número maior de fundos interessados no
segmento das médias empresas, o que ampliou as possibilidades de
captação de recursos", afirma Ismael Martinez, sócio-diretor da KSI
Brasil, ao observar que há fundos especializados em empresas que estão
sendo criadas (seed capital) e empresas já constituídas e em fase de
crescimento (venture capital).
Segundo a pesquisa, a opção pelos fundos de private equity tem
prevalecido, em muitos casos, sobre a possibilidade de abrir o capital.
Embora, este ano, as small caps (nome em inglês de companhias pequenas e
médias de capital aberto) venham apresentando um desempenho na bolsa de
valores bem superior ao das grandes companhias, as empresas que ainda
não fizeram seu IPO têm preferido buscar capital junto aos fundos de
private equity, em função das incertezas que rondam as bolsas e da falta
de regularidade na performance dos papéis das empresas menores. Além
disso, o especialista explica que os fundos de investimento podem
contribuir também para a melhora da gestão do negócio e da governança.
Ele observa ainda que há também empresas que buscam recursos para
pagamento de dívidas como condição para alavancar o seu crescimento,
desde que o seu negócio seja sólido e tenha perspectivas de expansão
consistentes, requisitos estes fundamentais para atrair o capital
privado.
No caso de empresas de menor porte que requerem recursos com foco no
curto prazo, por exemplo, para pagamento de dívidas, o valor dos aportes
propostos é equivalente ao percentual que a dívida representa no
faturamento da empresa, em torno de 20% e 50% do faturamento anual.
Mercado
Em 2011, os fundos de private equity brasileiros respondiam por 18% de
todo o volume captado por fundos de private equity em países emergentes,
segundo o Emerging Markets Private Equity Association (Empea).
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Fonte: DCI – SP |
Novo domínio na Internet exige cuidado com marca e registro
A
partir de amanhã será disponibilizado um novo domínio na Internet, o
eco.br, categoria voltada para pessoas físicas ou jurídicas que atuam na
área ambiental ou têm interesse em promover iniciativas "verdes", com
foco ambiental. A novidade exige cuidados extras para os detentores de
marcas.
Segundo o advogado Wilson Pinheiro Jabur, sócio do Salusse Marangoni
Advogados, os titulares de domínios já existentes no com.br, emp.br,
net.br e org.br podem atualizar seus registros no prazo de 60 dias após 5
de julho, data de lançamento do eco.br. "Nesse período inicial, ou de
'alvorada', os interessados que tenham outros domínios que se encaixam
na nova categoria têm preferência em receber o registro", afirma.
Para ele, as empresas, especialmente aquelas que já têm suas marcas
devem ficar alertas com a cada vez mais comum "pirataria cibernética".
"Nesses 60 dias iniciais as empresas que já têm suas marcas em outros
domínios evitam maiores problemas", diz.
Depois desse período, por volta de 5 de setembro, qualquer pessoa pode
fazer o registro no eco.br. "As empresas devem ter um duplo alerta:
primeiro, o surgimento de uma nova categoria para aqueles que já têm
atuação ambiental. Segundo, os titulares de marcas famosas. É preciso
cautela para que depois outra pessoa faça mau uso do nome ou queira
vender o registro", afirma.
"É mais barato e simples fazer esse registro antes. Além disso, é mais
fácil agir no preventivo do que no reativo", diz. A entidade que faz os
registros no Brasil é o site registro.br.
Trabalho
A partir de 1º de agosto os autores de recursos internos contra as
decisões do Tribunal Superior do Trabalho (embargos, embargos
infringentes, agravo regimental, agravo e embargos de declaração) terão
que informar o número de inscrição das partes no cadastro de pessoas
físicas ou jurídicas da Receita.
O objetivo, segundo o TST, é tornar mais precisa a identificação dos
envolvidos no processo. Em janeiro, o Tribunal publicou ato determinando
a identificação do cadastro na Receita nas ações originárias no TST, e
agora estende essa obrigação também para os recursos internos.
Com o novo ato, as petições recebidas pelo TST, fisicamente ou pelo
sistema e-Doc, referentes à interposição dos recursos internos e que não
contenham o CPF ou o CNPJ, serão submetidas à consideração do
vice-presidente do TST ou do relator, conforme a situação.
Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determina que o
cadastramento de partes nos processos deverá ser realizado,
prioritariamente, pelo nome ou razão social constante dos cadastros da
Receita.
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Fonte: DCI - SP |
Gestores aprendem a lidar com a distância
Quem já usou a webcam para matar a saudade da família concorda que a
tecnologia encurta espaços e ajuda no contato com quem está longe. Mas a
facilidade de comunicação que a tecnologia permite hoje também é
responsável pelo surgimento de uma nova distância, cada vez mais comum
no mundo corporativo: a entre funcionário e chefe.
Desde o início do ano, quando o trabalho remoto foi reconhecido pela
lei 12.551, o Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de
Trabalho Flexível (Cetel), da Business School São Paulo (BSP), estima
que o número de empresas que adotam o teletrabalho aumentou 30%. São
quase 12 milhões de profissionais que fazem ao menos uma parte do
expediente fora do escritório, segundo o coordenador Álvaro Mello. Mas,
mesmo com a recente popularidade, ele diz que os desafios são grandes - e
quase todos estão ligados aos aspectos comportamentais.
"Apesar dos avanços da tecnologia, o gestor ainda tem dificuldade de
exercer a liderança a distância", explica. Segundo Mello, a falta de
contato direto com os colaboradores pode levar o chefe a achar que não
tem mais o controle, o que causa perda de confiança e sinergia com o
resto da equipe. Desse modo, é comum que muitos líderes ainda sintam a
necessidade de um espaço físico para exercerem o poder. Mas os tempos
estão mudando. O número de empresas que não têm sala para os chefes ou
mesa fixa para todos os funcionários, por exemplo, é cada vez maior. "As
empresas estão se organizando para se adaptarem à nova realidade."
Lucyane Rezende, diretora de recursos humanos da Unilever para a
América Latina, trabalha em São Paulo, mas lida diariamente com
profissionais espalhados por toda a região. Manter equipes dispersas
pelo mundo sempre foi uma prática comum na multinacional, mas não é o
único contato que Lucyane tem com o trabalho a distância: há dois anos, a
empresa começou um programa, já adotado por 30% do pessoal elegível,
que formalizou o home office e permite que os profissionais trabalhem
pelo menos um dia da semana de casa. "O trabalho remoto deixou de ser
apenas uma necessidade para se tornar uma opção do colaborador", diz.
Os escritórios da empresa possuem facilidades como a possibilidade de
atender o ramal de qualquer lugar e salas de "telepresence" - ferramenta
que equipa mesas de reunião com telas de vídeo. Lucyane admite, porém,
que a distância traz algumas dificuldades como não ver a pessoa
diariamente e ter de lidar com diferentes culturas. "É preciso traçar um
objetivo comum, ser mais direta e assertiva", explica, ressaltando que a
prática depende da confiança entre os envolvidos. Para preparar o
funcionário, a empresa oferece treinamentos on-line que abordam desde
dicas de como usar e-mail e programas de mensagens instantâneas até
maneiras de aumentar a produtividade longe do escritório.
Veterana na gestão aliada à tecnologia, a Microsoft possui um
treinamento global que inclui aspectos tecnológicos e culturais do
trabalho em equipes espalhadas pelo mundo desde 2003, e que recebe
atualizações frequentes. Todo colaborador que entra na empresa tem um
prazo de 90 dias para realizar o curso, diz a gerente de recursos
humanos Daniela Sicoli.
A empresa também possui um manual que passa por aspectos práticos, como
que ferramenta usar para cada tipo de comunicação, e dicas de etiqueta,
como a melhor maneira de se portar em uma reunião formada por
profissionais presentes na sala e conectados via teleconferência para
que todos tenham seu espaço. Outra orientação é que conversas mais
"sensíveis", como avaliação de desempenho, sejam feitas por vídeo ou ao
vivo. "É importante nunca subestimar a necessidade do encontro
presencial", diz.
As escolas de negócio também estão atentas à necessidade de ensinar os
gestores a administrar equipes remotas. O MBA da Kenan-Flager, escola de
negócio da universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos,
desenvolve um projeto em que os alunos formam times com estudantes de
outras 11 universidades de cidades e países diferentes e realizam
projetos de consultoria com empresas internacionais. Em visita ao
Brasil, onde nove projetos foram realizados com empresas como a GE,
Monsanto e Procter & Gamble, a professora Lynne Gerber explica que
ensinar os alunos a lidar com times virtuais e multiculturais foi uma
das motivações para o programa.
Os estudantes se encontram duas vezes ao longo do período que passam
desenvolvendo o projeto - uma nos Estados Unidos, no início, e a outra
no país da empresa, para apresentar os resultados. No mais, toda a
comunicação é feita com a ajuda de e-mail, mensagem instantânea,
videoconferência e sistemas de armazenamento de arquivos em nuvem. "É
preciso haver um casamento entre saber lidar com a tecnologia e
trabalhar em equipe", afirma.
No Brasil, o curso de graduação da Faculdade FIA de Administração e
Negócios desenvolveu uma parceria com universidades nos Estados Unidos,
Argentina e Estônia para realizar discussões de temas ligados à gestão. O
professor criador do projeto, Alfredo Behrens, diz que a preocupação
foi dar aos alunos uma experiência global. "Os estudantes precisaram se
comportar internacionalmente e lidar com o choque de culturas", diz.
O e-mail, principal ferramenta usada, dá a vantagem aos americanos, que
estão mais acostumados em ser mais objetivos "Já os brasileiros falam
mais obliquamente, dão muita importância à linguagem corporal", conta.
Para ele, o brasileiro ainda precisa aprender melhor a lidar com os
diferentes estilos de comunicação de outros países, e as empresas
deveriam investir mais em desenvolver essas habilidades.
O professor da Kenan-Flager e especialista em gestão de times virtuais,
Arvind Malhotra, considera que se antes essa era uma realidade apenas
de multinacionais, agora a comunicação a distância é essencial até em
empresas novas, que podem possuir fornecedores e clientes espalhados
pelo mundo. "Há cerca de cinco anos esse modelo era uma escolha.
Atualmente, é uma maneira de fazer negócios", explica.
Ele conta que a chave está em desenvolver a confiança a partir das
habilidades dos profissionais e não baseada em aspectos sociais,
tradicionalmente mais associados ao contato físico. Enquanto os chefes
precisam aprender a liderar de uma posição menos autoritária e mais
inclusiva, é fundamental que os integrantes do time também desenvolvam a
capacidade de se autoadministrar, tomar a iniciativa e trabalhar em um
ambiente com poucas limitações. "Esse é um cenário muito novo e
desafiador. Os times virtuais, contudo, podem ser mais produtivos do que
nunca", garante.
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Fonte: Valor Econômico |
Mulheres são maioria entre empreendedores individuais
Aproximadamente
70% dos empreendedores individuais registrados pelo Sebrae nos últimos
anos são do sexo feminino. O índice corresponde a aproximadamente 1,1
mil mulheres formalizadas contra cerca de 800 homens. No total, Três
Lagoas contava, até ontem, com 1.829 empreendedores individuais – vinte
deles formalizados apenas na última semana.
A
prevalência das mulheres, explicou Ana Flávia, deve-se ao tipo de
modalidade profissional em que a formalização mais cresce no município:
cabeleireiro e profissionais da beleza (manicura, pedicura, depiladora
etc.) são a maioria.
“Este
ano está se superando. Está cada vez maior a saída da informalidade.
Como Três Lagoas está crescendo, as empresas procuram comprar com
empreendedores formais. Por isso, o aumento da procura e as mulheres são
as que mais buscam os benefícios”, completou.
Apenas
no primeiro semestre do ano, conseguimos 512 formalizações. A meta do
Sebrae, entretanto, é dobrar este índice até o final de 2012. “Queremos
encerrar o ano com mais mil empreendedores individuais”.
BENEFÍCIOS
Entre os benefícios para sair da informalidade, Ana Flávia destaca a aposentadoria, o auxílio-doença, a licença-maternidade.
Além disso, o empreendedor individual passa a possuir CNPJ, o que
possibilita a ele a participação em processos de compras públicas e de
grandes empresas, e linhas de crédito específicas.
Fonte: Jornal do Povo
Estique a viagem de negócios e tire alguns dias para descansar
No fundo da mala abarrotada de ternos e gravatas, bermudas e regatas pegam carona na viagem. À primeira vista, a combinação das peças não faz muito sentido para uma viagem de negócios, mas a bagagem também foi pensada para aqueles dias em que o executivo vai permanecer na cidade a lazer.
Emendar folgas depois dos compromissos - principalmente quando são no exterior - tem sido cada vez mais frequente, pois a agenda que um dia foi aliada se tornou um empecilho para os merecidos 30 dias de férias.
O advogado Dagoberto Lima sempre tenta conciliar as viagens a negócios com turismo. Em uma das últimas idas à Europa, o executivo pediu à agência de viagens para trocar o destino da passagem São Paulo-Madri - paga pelos clientes para que ele pudesse participar de um congresso internacional - para Lisboa.
Assim, ele e a esposa desembarcaram em Portugal para uma estadia de três dias, anteriores ao evento. O trecho para Madri foi pago por ele, que ainda emendou mais três dias para conhecer Barcelona, depois do fim do congresso.
No total, Lima desembolsou 85% a menos do que teria de pagar caso essa viagem fosse puramente a lazer. "É claramente mais barato.Os clientes pagam a minha viagem e eu pago a parte da minha mulher."
Newton de Oliveira, presidente da Indústria Brasileira de Gases (IBG), conhece 50 países - muito por causa do trabalho. Um dos lugares que não conhecia, mas tinha vontade de ir era Hong Kong. Ele, que aprende mandarim, foi para um congresso na região administrada pela China e ainda aproveitou para visitar Bangcoc e Cingapura.
Outro executivo que não desperdiça as horas gastas no avião é Lúcio Oliveira, diretor executivo da Tour House. Em viagem recente a Las Vegas para participar de uma convenção, Oliveira aproveitou o fim de semana para visitar a família que mora em Miami.
"Às vezes, consigo aproveitar as cidades e descansar um pouquinho. Mas não é a mesma coisa de férias", compara. "Alguns colegas não emendaram porque tinham que voltar para o Brasil."
Essa volta para o país nem sempre é motivada por questões pessoais. Algumas empresas não autorizam os funcionários estenderem a estadia nas viagens a negócios.
Marcello Restivo, diretor comercial da Tivoli Tour, lembra que a permissão para tirar folgas envolve, inclusive, questões de seguro. Segundo Restivo, os trechos mais requisitados ainda são Nova York e Londres, mas agora alguns destinos asiáticos entraram para o mapa, como Hong Kong.
"Nestes casos, maximiza-se a agenda e minimiza-se o tempo", afirma. Reginaldo Albuquerque, diretor na Globalis Viagens e Turismo, dá uma dica para quem não podem emendar dias de folga no exterior: dividir as férias em três.
Fonte: Brasil Econômico
Dívida de valor pequeno não pode provocar falência de sociedade comercial
O princípio da preservação da empresa impede que valores inexpressivos
de dívida provoquem a quebra da sociedade comercial. A decretação de
falência, ainda que o pedido tenha sido formulado na vigência do
Decreto-Lei 7.661/45, deve observar o valor mínimo de dívida exigido
pela Lei 11.101/05, que é de 40 salários mínimos.
Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso especial interposto por empresa que pretendia ver decretada a falência de outra, devedora de duplicatas no valor de R$ 6.244,20.
O pedido de falência foi feito em 2001, sob a vigência do Decreto-Lei 7.661, cujo artigo 1º estabelecia: “Considera-se falido o comerciante que, sem relevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação líquida, constante de título que legitime a ação executiva.”
Mudança
A Lei 11.101 trouxe significativa alteração, indicando valor mínimo equivalente a 40 salários mínimos como pressuposto do requerimento de falência.
O juízo de primeiro grau extinguiu o processo, visto que o valor da dívida era inferior ao previsto na nova legislação falimentar. A decisão foi mantida em segunda instância, entendendo o tribunal que deveria incidir o previsto na Lei 11.101.
No recurso especial interposto no STJ, a empresa alegou que a falência, de acordo com o artigo 1º do Decreto-Lei 7.661, era caracterizada pela impontualidade no pagamento de uma obrigação líquida e não pela ocorrência de circunstâncias indicativas de insolvência.
O ministro Luis Felipe Salomão, relator do recurso especial, analisou a questão sob o enfoque intertemporal e entendeu que a nova lei especificou que, se a falência da sociedade fosse decretada na sua vigência, seriam aplicados os seus dispositivos. “Assim, no procedimento pré-falimentar, aplica-se a lei anterior, incidindo a nova lei de quebras somente na fase falimentar”, disse.
Entretanto, ele explicou que a questão não deveria ser analisada simplesmente sob o prisma do direito intertemporal, mas pela ótica da nova ordem constitucional, que consagra o princípio da preservação da empresa.
Repercussão socioeconômica
“Tendo-se como orientação constitucional a preservação da empresa, refoge à noção de razoabilidade a possibilidade de valores insignificantes provocarem a sua quebra, razão pela qual a preservação da unidade produtiva deve prevalecer em detrimento da satisfação da uma dívida que nem mesmo ostenta valor compatível com a repercussão socioeconômica da decretação da falência”, sustentou Luis Felipe Salomão.
Para ele, a decretação da falência de sociedade comercial em razão de débitos de valores pequenos não atende ao correto princípio de política judiciária e, além disso, traz drásticas consequências sociais, nocivas e desproporcionais ao montante do crédito em discussão, tanto para a empresa, quanto para os empregados.
Por fim, o ministro explicou que o pedido de falência deve ser utilizado somente como última solução, sob pena de se valer do processo falimentar com propósitos coercitivos.
Fonte: STJ
Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso especial interposto por empresa que pretendia ver decretada a falência de outra, devedora de duplicatas no valor de R$ 6.244,20.
O pedido de falência foi feito em 2001, sob a vigência do Decreto-Lei 7.661, cujo artigo 1º estabelecia: “Considera-se falido o comerciante que, sem relevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação líquida, constante de título que legitime a ação executiva.”
Mudança
A Lei 11.101 trouxe significativa alteração, indicando valor mínimo equivalente a 40 salários mínimos como pressuposto do requerimento de falência.
O juízo de primeiro grau extinguiu o processo, visto que o valor da dívida era inferior ao previsto na nova legislação falimentar. A decisão foi mantida em segunda instância, entendendo o tribunal que deveria incidir o previsto na Lei 11.101.
No recurso especial interposto no STJ, a empresa alegou que a falência, de acordo com o artigo 1º do Decreto-Lei 7.661, era caracterizada pela impontualidade no pagamento de uma obrigação líquida e não pela ocorrência de circunstâncias indicativas de insolvência.
O ministro Luis Felipe Salomão, relator do recurso especial, analisou a questão sob o enfoque intertemporal e entendeu que a nova lei especificou que, se a falência da sociedade fosse decretada na sua vigência, seriam aplicados os seus dispositivos. “Assim, no procedimento pré-falimentar, aplica-se a lei anterior, incidindo a nova lei de quebras somente na fase falimentar”, disse.
Entretanto, ele explicou que a questão não deveria ser analisada simplesmente sob o prisma do direito intertemporal, mas pela ótica da nova ordem constitucional, que consagra o princípio da preservação da empresa.
Repercussão socioeconômica
“Tendo-se como orientação constitucional a preservação da empresa, refoge à noção de razoabilidade a possibilidade de valores insignificantes provocarem a sua quebra, razão pela qual a preservação da unidade produtiva deve prevalecer em detrimento da satisfação da uma dívida que nem mesmo ostenta valor compatível com a repercussão socioeconômica da decretação da falência”, sustentou Luis Felipe Salomão.
Para ele, a decretação da falência de sociedade comercial em razão de débitos de valores pequenos não atende ao correto princípio de política judiciária e, além disso, traz drásticas consequências sociais, nocivas e desproporcionais ao montante do crédito em discussão, tanto para a empresa, quanto para os empregados.
Por fim, o ministro explicou que o pedido de falência deve ser utilizado somente como última solução, sob pena de se valer do processo falimentar com propósitos coercitivos.
Fonte: STJ
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Operações de compra e venda de empresas
Não
é novidade que o Brasil tem se destacado como novo eldorado de
investimentos, tanto na forma de consolidação de setores, por meio da
combinação de negócios de grupos locais, quanto pela intensa atividade
de compra e venda de empresas como conduíte de entrada no país de grupos
estrangeiros, incluindo grupos empresariais e investidores
institucionais. Esse investidores têm visto no país um enorme potencial
de expansão, advindo do aumento do poder de compra de parcela importante
de nossa população.
É muito comum nas operações de compra e venda de empresas,
principalmente naquelas em que grupos estrangeiros se utilizam para
ingressar no Brasil, que seja condição que os vendedores da empresa
continuem à frente do negócio, de forma que possam contribuir com sua
experiência para que o negócio, agora com novo dono, continue
prosperando.
Não raro, os vendedores permanecem na empresa em cargos de gestão,
celebrando contratos de trabalho, ou de prestação de serviço, com a
empresa adquirida, pelo período que os compradores entendem como
minimamente necessário para que possa haver a transferência da
experiência dos vendedores aos compradores.
Tais contratos de trabalho, ou de prestação de serviço, conforme o
caso, usualmente trazem cláusula restritiva de liberdade, pela qual o
contratado, no caso os vendedores, comprometem-se, pelo prazo do
contrato, e por um período adicional, a não competir, em território
especificado, com os negócios da sociedade e, também, não solicitar
clientes, empregados e prestadores de serviço da sociedade. Faz todo o
sentido, pois os compradores sabem que parte do goodwill da empresa
adquirida com certeza se perderá com a saída do negócio dos vendedores.
E, por tal fato, é imprescindível que os vendedores fiquem afastados de
atividades similares, e impedidos de solicitar clientes, por prazo
dentro do qual a empresa possa se consolidar com sua nova gestão.
Recomenda-se prudência no uso de cláusula restritiva nessas operações
A jurisprudência, calcada pelo o artigo 5º, VIII, da Constituição Federal, que dispõe sobre a liberdade de trabalho, vem sistematicamente decidindo que não é lícito que se imponha cláusula que restringe a liberdade de trabalhar, sem que haja a correspondente indenização pelo período de restrição (além de prazo razoável e área geográfica delimitada). São diversas as decisões do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, em São Paulo, que determinam que o pagamento da indenização é condição para validade de tais cláusulas (processo nº 01186-2007-351-02-00-5, acórdão nº 20080573295; processo nº 01344-2002-078-02-00-7, acórdão nº 20071056976; processo nº 02243-2000-381-02-00-9, acórdão nº 20040281579).
A jurisprudência, calcada pelo o artigo 5º, VIII, da Constituição Federal, que dispõe sobre a liberdade de trabalho, vem sistematicamente decidindo que não é lícito que se imponha cláusula que restringe a liberdade de trabalhar, sem que haja a correspondente indenização pelo período de restrição (além de prazo razoável e área geográfica delimitada). São diversas as decisões do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, em São Paulo, que determinam que o pagamento da indenização é condição para validade de tais cláusulas (processo nº 01186-2007-351-02-00-5, acórdão nº 20080573295; processo nº 01344-2002-078-02-00-7, acórdão nº 20071056976; processo nº 02243-2000-381-02-00-9, acórdão nº 20040281579).
Aí é que surgem questões controversas sobre a restrição e a correlata
indenização. Isso porque, em muitos casos, o contrato no qual se insere a
referida cláusula restritiva traz disposição no sentido de que a
indenização pelo período restritivo já se encontra embutida no preço de
compra da participação societária que os vendedores possuíam na empresa.
Esse tipo de cláusula, que mais parece daquelas "se colar, colou", pode
trazer questionamentos no futuro e colocar em risco a validade da
importante cláusula restritiva e seu alcance. Isso porque a natureza
jurídica do preço de compra é totalmente diversa daquela da indenização
pela restrição de liberdade. Tal fato pode ter impactos diversos, para
todas as partes envolvidas.
Ora, se os vendedores, agora contratados para gerir o negócio, eram
pessoas físicas, o ganho de capital havido pela venda de sua
participação societária seria tributado à alíquota de 15%. Mas como
ficaria a segregação, do ponto de vista fiscal, da parte do preço de
compra que serviu como indenização pelo período no qual a liberdade de
trabalho ficará restrita, já que tal valor, de natureza indenizatória,
não deveria ser tributado?
Por outro lado, se o comprador é pessoa jurídica, qual foi o ágio que
contabilizou pela compra da participação societária dos vendedores? Foi
segregada a parte que se referia à indenização?
Na grande maioria dos casos, os vendedores, na ausência de menção
expressa no contrato de compra e venda de suas participações
societárias, pagam Imposto de Renda sobre o ganho de capital como um
todo, sem levar em conta que parte do preço de compra se destinaria, em
tese, ao pagamento da indenização pela restrição da liberdade de
trabalhar.
Da mesma forma, na maioria das vezes, o comprador também contabiliza o
ágio da aquisição sem levar em conta que parte do preço de compra era
destinada, também em tese, ao pagamento da indenização pela restrição de
liberdade a ser imposta aos vendedores.
Nesse cenário, não haveria como se sustentar que, de fato, apesar do
quanto disposto em sentido contrário no contrato de trabalho ou de
prestação de serviço, os vendedores foram devidamente indenizados pela
restrição da liberdade de trabalhar. Dessa forma, poderia ser
questionada a validade da cláusula restritiva em eventual discussão
judicial ou arbitral, já que a respectiva indenização, imprescindível
nesse caso, nunca teria sido, de fato, paga aos vendedores.
Recomenda-se prudência na utilização da cláusula restritiva de
liberdade em operações de compra e venda de empresas, pois a validade de
tal dispositivo pode vir a ser questionada, caso não se comprove, de
fato, que a correlata e indispensável indenização foi paga aos
vendedores, o que pode, por si só, criar um risco adicional
desnecessário ao sucesso da aquisição na fase pós-fechamento..
Fonte: Valor Economico
Sociedade entre casais vai além das expectativas
A sociedade empresarial costuma ser comparada ao casamento: é difícil e
trabalhosa, e não são raros os casos em que os maiores problemas de
gestão estão justamente da falta de acordo entre os sócios. Quando os
parceiros são casados, então, a tendência, aparentemente, seria de
aumentarem os conflitos.
Na prática, no entanto, casos bem-sucedidos de empresas tocadas por
casais afinados no negócio provam que, se houver disposição e empenho, o
resultado pode superar em muito outros tipos de sociedade empresarial.
"Não tem receita de bolo para a sociedade em casal dar certo", define
Luiz Felipe Campos, sócio de sua esposa, Bia Campos, na rede de fast
food saudável Seletti. Mas, segundo ele, há ingredientes comuns:
amadurecimento psicoemocional, transparência e, além de tudo,
profissionalismo como parâmetros de atitude.
"Separar o profissional do pessoal é o ponto de partida, junto com o
estabelecimento de regras claras para que o negócio não interfira no
casamento e vice-versa", afirma Luiz Felipe.
Segundo o empresário, ele e sua sócia costumam fazer avaliações
semestrais sobre a interconexão trabalho/casamento. Até agora, o saldo é
positivo: criada em 2005 a partir de um projeto comum ao casal, a rede
Seletti já conta com 24 unidades em operação, faturamento de R$ 30
milhões em 2011 e perspectiva de fechar 2012 com 45 unidades.
"Quando há o respeito profissional, a sinergia e o envolvimento do
casal no negócio só podem gerar bons frutos para o negócio", acredita
Marcel Magalhães, sócio de Érika Magalhães na UNS Idiomas.
Criada em 2003, a partir da insatisfação dos dois com o emprego que
tinham, a UNS Idiomas foi planejada por Marcel e Érika por um período de
seis meses.
Ele era na ocasião gerente de expansão de uma escola de inglês, e não
via ali espaço para crescer. Ela fazia parte da equipe dele, e abraçou o
sonho de Marcel, de ter um empreendimento próprio, e expandi-lo por
meio de franquias.
"Enquanto Érika cuidava da unidade-modelo, testando processos e
procedimentos, eu trabalhava no projeto de abertura de outras unidades,
em outras regiões", afirma ele.
Marcel Magalhães recorda que a primeira franqueada chegou apenas um ano
depois de instalada a primeira unidade própria, no bairro dos Jardins,
em São Paulo. Hoje, a rede fatura R$ 30 milhões, e tem 60 unidades.
Marcel acredita que o casal precisa entender claramente seu papel
profissional. "Caso não haja clareza, a situação pode fugir ao
controle", diz ele, ressaltando que quando se trabalha com os mesmos
objetivos, o trabalho não é um peso mas sim uma grande recompensa para
ser usufruída em conjunto.
Ellen Pires, sócia de seu marido, Ventura Gonçalves, na P&G
Advogados também acredita que os resultados compensam o esforço para
superar os desafios que o casal enfrenta em sociedades empresariais.
"Não é tarefa simples, mas o negócio fica mais sólido quando há o
alinhamento dos dois em torno da empresa."
O autocontrole e a certeza de dar prioridade para o lado profissional
já estavam presentes desde o início da empresa, quando eram apenas
namorados. "Ficamos dois anos nos relacionando afetivamente sem que a
equipe que trabalhava com a gente soubesse", conta Ellen.
Hoje, a P&G tem 16 anos, mais de 100 funcionários, entre eles 50
advogados. Conquistou o certificado ISO 9001:2008, e atua em diversos
ramos do direito, tanto consultivo como em contencioso, envolvendo
desapropriações, causas trabalhistas, entre outros. Ellen se
responsabiliza pela diretoria jurídica e Ventura pela
administrativo-financeira.
A diretora jurídica credita grande parte do sucesso à estrutura
organizacional profissionalizada, que dá ênfase ao desenvolvimento de
lideranças e decisões compartilhadas. "Os profissionais que trabalham
com a gente sabem que não há 'decisões a portas fechadas', diz. Em
relação à contaminação do trabalho na vida pessoal, ela acha inevitável.
"Temos paixão pelo que fazemos, e compartilhamos isso um com o outro,
também em momentos pessoais", conta.
Para Carla Sarni e Cléber Soares, sócios da Sorridents, rede de
serviços odontológicos, com 185 unidades espalhadas pelo Brasil, a
conscientização sobre a necessidade de separar as dimensões pessoal e
profissional foi um processo gradativo. "No início da empresa, levávamos
os problemas para casa, respirando a empresa 100% do tempo", conta
Carla.
A empresa foi criada em 1995, e o casamento dos sócios aconteceu em
2001. "Quando nos conhecemos, a empresa era apenas um consultório no
andar superior de uma padaria", diz a hoje presidente da Sorridents.
Cleber não era dentista formado, mas decidiu-se pela carreira para
entender melhor do negócio e, quando se formou, a clínica já tinha 19
unidades. Hoje, Cléber é vice-presidente de operações, e a empresa conta
com outros cinco diretores.
As personalidades complementares ajudaram na consolidação da gestão,
acredita a presidente da Sorridents, que faturou R$ 148 milhões no ano
passado. "Eu sou ligada no 220, e ele é mais tranquilo", diz,
ressaltando que seu amadurecimento passou por amenizar seu perfil
centralizador, com a ajuda de cursos de gestão e de coaching.
Em casa, um controla o outro para que não haja contaminação dos
problemas profissionais na vida pessoal. "Fora do trabalho, buscamos
falar de outras agendas que temos em comum, como a educação dos filhos",
afirma ela.
Definição clara de papéis evita conflitos de decisão
O casal Wagner Teixeira e Renata Bernhoef, sócios no controle da
Höft-Bernhoeft & Teixeira, especializada em gestão familiar, tem uma
dupla função na empresa, criada há 35 anos.
De um lado da moeda estão os desafios do dia a dia da consultoria, na
qual Renata é sócia líder de conteúdo e Wagner o sócio diretor. Do outro
lado está a necessidade de servir de exemplo para clientes e
funcionários, mostrando que as fórmulas prescritas para o sucesso da
gestão familiar são eficazes.
"Não é um caminho natural o êxito de um casal na gestão, é preciso
trabalhar de forma consciente para contornar as questões que são
decorrentes desse modelo", analisa Renata, que é filha do fundador da
empresa, Renato Bernhoeft, hoje distante da operação. Entre os clientes
da consultoria estão empresas como Algar, Marcopolo e Gerdau.
Segundo ela, há o perigo de os funcionários perceberem a gestão como de
uma pessoa só, e isso pode inibir o diálogo na prática. "A saída é um
empenho ainda maior para criar práticas para promover a abertura", diz.
Wagner reforça esse ponto, adiantando que é necessário "parar para
refletir, sempre". "O que mais prejudica o trabalho é achar que nada
nunca abalará o núcleo da gestão", argumenta. Como consultores, Wagner e
Renata indicam que é necessário ter clareza e definir os limites entre o
relacionamento profissional e o pessoal.
"É preciso haver abertura entre o casal para falar honesta e
francamente, além da definição do papel de cada na gestão da empresa",
afirma Wagner.
Renata acredita que o casal precisa desenhar com clareza a composição
dos papéis de cada um em três aspectos: o familiar, em relação ao
patrimônio e em relação à gestão propriamente.
Ela exemplifica de uma maneira pragmática: "Na família, somos um casal,
com as características próprias a um casal; em relação ao patrimônio,
somos sócios em igualdade de condições; e em relação à gestão, Wagner é
hierarquicamente superior a mim, por decisão baseada em critérios
profissionais".
O casal admite que não é fácil conseguir o equilíbrio necessário. As
pessoas precisam saber lidar com o ciúme, profissional e pessoal,
desenvolver o autoconhecimento e ter grande disposição para a
empreitada. Valem diversos instrumentos para chegar lá: terapia
individual, de casal, consultoria em gestão - caminhos não só
desenvolvidos junto a seus clientes como também trilhados por eles.
A boa notícia nesse caso é que o gerenciamento do que poderia ser
considerada uma fragilidade em geral traz resultados extremamente
satisfatórios, uma vez que o alinhamento de objetivos, afinidade na
linguagem e nos valores, e conhecimento da dinâmica de trabalho de cada
um podem traduzir-se em muita solidez e prosperidade para os negócios.
(CLT)
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Fonte: Valor Econômico |
Encare uma aquisição ou fusão e sobreviva
Nos últimos 10 anos, Paulo Macedo trabalhou em cinco empresas
diferentes sem nunca ter encaixotado os seus pertences. O executivo é o
que se pode chamar de “sobrevivente” a fusões e aquisições. A história
começa com a sua chegada à empresa de bebidas canadense Molson que, logo
em seguida, comprou a Kaiser. Cinco anos depois, em 2007, foi a vez da
Femsa substituir o grupo controlador no Brasil. Em 2010, a empresa mudou
de mãos novamente: passou para os holandeses da Heineken. Nessa dança
das cadeiras dos acionistas, Macedo não ficou parado. A cada mudança, as
responsabilidades do executivo aumentaram — no início era diretor de
comunicação e hoje é vice-presidente de um dos maiores conglomerados do
setor de bebidas do mundo. Assim como Macedo, Theo Pinheiro também é
figurinha marcada na equipe escolhida para ficar no escritório de
publicidade que passou por quatro operações de aquisição e fusão. O
publicitário começou na Dez Propaganda que passou a se chamar Energia,
Dez Brasil e ainda Energy. Hoje, se chama VML. Esses casos são curiosos
por serem, na maior parte das vezes, exceções. Quando companhias passam
por uma fusão ou aquisição, o mais comum é que, em caso de duplicata de
cargos, ocorram demissões. Portanto, o que os dois executivos têm em
comum que explicam a permanência deles? Especialistas dizem que a
flexibilidade a mudanças, os conhecimentos sobre o setor e a empresa,
além dos resultados apresentados nos últimos anos são os fatores que
mais pesam na balança, na hora de definir o novo quadro de funcionários
da companhia. “Portanto, não se precipite, apenas demonstre a sua
competência. O melhor é não pedir demissão, e esperar ser escolhido ou
não. Se a situação não for insuportável, é melhor aguardar ser,
eventualmente, demitido pois, neste caso, o executivo terá direito a
benefícios como a retirada do FGTS”, recomenda Gilberto Guimarães,
gestor de carreiras.
O conselho é dirigido às centenas de executivos que estão com medo de
perderem o emprego depois das 86 operações de fusões e aquisições que
ocorreram no Brasil apenas em maio, segundo a consultoria PwC. Este é o
segundo maior número da história, atrás apenas de dezembro de 2010 que
apresentou 95 transações. Izabel de Almeida, managing partner da Thomas
Case & Associados/Case Consultores, diz que é natural as pessoas
sentirem medo das mudanças. Por isso, não é raro que executivos optem
por não ficar na empresa, mesmo quando são convidados a ficar. O
importante, segundo Ana Guimarães, gerente da divisão de mercado
financeiro da Robert Half, é perguntar exatamente quais são as
expectativas e planos da nova companhia. Assim, é possível identificar
se eles são compatíveis com a trajetória que o executivo pretende
seguir. Macedo, da Heineken, sempre aproveitou esses momentos para
propor novas responsabilidades. “Ao longo desses anos, por mais que a
empresa fosse a mesma, sempre encarei como novo emprego”, afirma.
“Colhemos o que plantamos. A época de plantio é o que dá a base sólida —
a formação acadêmica e os conhecimentos de mercado. Depois, é
importante saber que não existe cultura certa e, sim, diferente. É
preciso ter capacidade de absorver novas culturas de forma rápida. E o
mais importante: se não trouxer resultado de curto prazo, não fica na
empresa”, diz. Macedo acrescenta que uma armadilha que os executivos
precisam ter cuidado é com a zona de conforto. “Não quer dizer que a
pessoa escolhida vai ficar lá para sempre. Eu acredito que posso crescer
com a Heineken. Esse é o meu novo objetivo.”
Fonte: Valor Economico
Micro e pequenas geram 75,7% dos postos de trabalho
As micro e pequenas empresas (MPE) com até 99 empregados geraram
aproximadamente 75,7% dos postos de trabalho com carteira assinada no
país em maio de 2012. Significa que a cada dez vagas, mais de sete foram
criadas por este segmento. É o que mostram os dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Na comparação com abril deste ano, os números evidenciam aumento na participação das MPE na geração de postos de trabalho. Naquele mês, ainda segundo o Caged, elas contribuíram com 70,2% do total.
“A cada mês, os pequenos negócios são decisivos para a geração de empregos no país. Os dados oficiais mostram também que, na última década, enquanto os salários tiveram aumento real de 4% nas médias e grandes empresas, nas MPE o ganho foi de 14%”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Levando-se em conta a quantidade de pessoas empregadas, as empresas que possuem até quatro trabalhadores responderam por 80,1% das novas vagas. Esta situação compensa perdas nos empreendimentos que reúnem entre 20 e 99 pessoas, que fecharam 0,6% dos postos de trabalho. Já os negócios que possuem de cinco a 19 t
Setores em destaque
Considerando as microempresas com até quatro profissionais, destacaram-se em abril os setores de Serviços (27,8%), seguido do Comércio (18,1%) e Construção Civil (12,3%). Nas microempresas que têm entre cinco e 19 trabalhadores, a Agropecuária obteve o desempenho mais significativo – 7,3%. Por sua vez, a geração de empregos nas pequenas empresas com 20 a 99 funcionários foi de 3,8% na Agropecuária e de 0,8% na área de Serviços.
Segundo o cadastro do MTE, no mês de maio foram criados 139.679 empregos celetistas, uma expansão de 0,36% em relação a abril. No acumulado dos últimos 12 meses, houve surgimento de 1,61 milhão de postos de trabalho, um crescimento de 4,32% no contingente de assalariados com carteira assinada no Brasil.
Ainda em maio de 2012, ocorreu expansão em sete dos oito setores da atividade econômica nacional. Os que mais contribuíram para o desempenho positivo foram Agricultura, Serviços, Indústria de Transformação e Construção Civil. No recorte geográfico, registrou-se expansão do emprego nesse período em todas as cinco regiões. O Sudeste lidera o ranking, com 101.876 vagas abertas.
Fonte: Agência SEBRAE de Notícias
rabalhadores foram responsáveis por 3,8% das demissões.
Na comparação com abril deste ano, os números evidenciam aumento na participação das MPE na geração de postos de trabalho. Naquele mês, ainda segundo o Caged, elas contribuíram com 70,2% do total.
“A cada mês, os pequenos negócios são decisivos para a geração de empregos no país. Os dados oficiais mostram também que, na última década, enquanto os salários tiveram aumento real de 4% nas médias e grandes empresas, nas MPE o ganho foi de 14%”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Levando-se em conta a quantidade de pessoas empregadas, as empresas que possuem até quatro trabalhadores responderam por 80,1% das novas vagas. Esta situação compensa perdas nos empreendimentos que reúnem entre 20 e 99 pessoas, que fecharam 0,6% dos postos de trabalho. Já os negócios que possuem de cinco a 19 t
Setores em destaque
Considerando as microempresas com até quatro profissionais, destacaram-se em abril os setores de Serviços (27,8%), seguido do Comércio (18,1%) e Construção Civil (12,3%). Nas microempresas que têm entre cinco e 19 trabalhadores, a Agropecuária obteve o desempenho mais significativo – 7,3%. Por sua vez, a geração de empregos nas pequenas empresas com 20 a 99 funcionários foi de 3,8% na Agropecuária e de 0,8% na área de Serviços.
Segundo o cadastro do MTE, no mês de maio foram criados 139.679 empregos celetistas, uma expansão de 0,36% em relação a abril. No acumulado dos últimos 12 meses, houve surgimento de 1,61 milhão de postos de trabalho, um crescimento de 4,32% no contingente de assalariados com carteira assinada no Brasil.
Ainda em maio de 2012, ocorreu expansão em sete dos oito setores da atividade econômica nacional. Os que mais contribuíram para o desempenho positivo foram Agricultura, Serviços, Indústria de Transformação e Construção Civil. No recorte geográfico, registrou-se expansão do emprego nesse período em todas as cinco regiões. O Sudeste lidera o ranking, com 101.876 vagas abertas.
Fonte: Agência SEBRAE de Notícias
rabalhadores foram responsáveis por 3,8% das demissões.
O novo mundo das empresas sem dono
Com
a revitalização do mercado acionário brasileiro a partir de 2004,
empresas sem controlador definido têm ganhado espaço. Quais os riscos
dessas companhias?
Já tratei do tema no post ?Controle definido ou pulverizado? O que é
melhor para o minoritário??, de 30/11/2011. Com o mau desempenho de
algumas ações de companhias de controle difuso ou pulverizado, o assunto
voltou à tona. Por isso, não sem razão, Pedro Rudge, da Leblon
Equities, abordou o mesmo assunto neste espaço na última semana.
A criação, em 2000, do Novo Mercado ? espaço onde apenas companhias com
base acionária composta por ações votantes são permitidas ? e a
revitalização do mercado de capitais a partir de 2004 foram responsáveis
pelo aparecimento de empresas com controle difuso, sem a presença de um
controlador majoritário. A captação de recursos no mercado por meio da
emissão de ações teve como contrapartida a diluição da participação do
controlador ou grupo de controle.
Atualmente, empresas de controle pulverizado não são apenas aquelas de
baixa capitalização, as ?small caps?. Um dos principais índices do
mercado acionário brasileiro, o IBrX, possui seis companhias sem
controlador majoritário: a empresa do setor de shopping center BR Malls
(BRML3), a de varejo Lojas Renner (LREN3), a corretora Brasil Brokers
(BBRK3), a incorporadora PDG Realty (PDGR3), a de óleo e gás HRT
Participações (HRTP3) e a imobiliária Gafisa (GFSA3).
Além disso, há diversas outras empresas do IBrX nas quais o controle é
detido com uma participação inferior a 50% do total de ações, como a
companhia de vestuário Hering (HGTX3), a de tecnologia Totvs (TOTS3), a
de aluguel de carros Localiza (RENT3), a de análises clínicas Dasa
(DASA3), a de educação Anhanguera (AEDU3), a construtora (MRVE3) e
muitas outras.
A tendência é de que, ao longo do tempo, novas companhias sem dono
façam parte dos principais índices de ações do mercado brasileiro, pois
já há diversas empresas no Novo Mercado com controle difuso ou com
percentual elevado de ações no mercado.
A existência de um número expressivo de papéis negociados em bolsa
(?free float?) aumenta a possibilidade de um grupo alheio à companhia
tentar obter o controle. Quando a operação acontece sem negociação com o
grupo de controle original é chamada de oferta hostil (?take over?).
No 5º Congresso Value Investing, onde se reuniram alguns dos principais
fundos de valor do país, notei uma preferência por companhias com
controlador majoritário. Um dos gestores chegou a comentar: ?É
preferível empresa com dono, mesmo que ele seja problemático?. Mas deve
se ter em mente que essa escolha não é uma panaceia, pois empresas com
controlador definido como Aracruz e Sadia sofreram enormes perdas com
derivativos na crise de 2008.
Os investidores reclamavam, em um passado recente, do abuso dos
controladores em relação aos minoritários. Novos tempos, novas
preocupações. O risco agora é termos o chamado ?conflito de agência?. O
que é isso? São práticas adotadas pela administração não alinhadas ao
interesse dos demais acionistas. Muitas vezes, os diretores adotam
estratégias de curto prazo com o objetivo de aumentar a sua remuneração,
mas penalizando a continuidade da companhia no longo prazo. A obtenção
de elevados ganhos em curto espaço de tempo pode reduzir a diligência e o
cuidado dos administradores com a gestão. Não seria este o caso dos
bancos estrangeiros? Aqui recorro ao conceito de utilidade marginal
ministrado nas aulas de economia. O primeiro milhão de reais recebido
pelo profissional pode ter o efeito de motivá-lo ainda mais. Mas será
que o vigésimo milhão de reais terá o mesmo efeito?
Fonte: Valor Econômico
Onde investir com os juros baixos
hegou a hora de rever seus investimentos. A tendência de juros a um
dígito se consolidou e, na semana passada, os analistas que mais acertam
suas previsões no levantamento do Banco Central afirmaram que a Selic
deve passar de 8,5% para 7,5% até o final do ano. Se o cenário de juros
baixos é fundamental para estimular investimentos em infraestrutura e
garantir a retomada do crescimento, ele também muda a maneira de poupar.
Está cada vez mais difícil, sem correr riscos, conseguir ganhos acima de 10% ao ano. Da boa e velha poupança à previdência privada, é preciso atualizar suas expectativas de rendimento e, se necessário, mudar de administrador ou de aplicação. O momento exige planejamento e paciência. “O erro dos investidores é não acompanhar a rentabilidade e isso pode ser uma falha grave”, diz Myrian Lund, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) e consultora de finanças da P3 Consultoria. A seguir, compare as principais formas de investimentos em época de juros baixos.
Fonte: Revista Isto É
Está cada vez mais difícil, sem correr riscos, conseguir ganhos acima de 10% ao ano. Da boa e velha poupança à previdência privada, é preciso atualizar suas expectativas de rendimento e, se necessário, mudar de administrador ou de aplicação. O momento exige planejamento e paciência. “O erro dos investidores é não acompanhar a rentabilidade e isso pode ser uma falha grave”, diz Myrian Lund, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) e consultora de finanças da P3 Consultoria. A seguir, compare as principais formas de investimentos em época de juros baixos.
Fonte: Revista Isto É
É possível uma empresa sobreviver sem chefe
Assim
como muitas empresas de tecnologia, a Valve Corp., uma fabricante de
videogames de Bellevue, no Estado de Washington, oferece a seus
funcionários um café de alta qualidade, massagens de graça e serviço de
lavanderia. Mas há uma coisa que ela não tem: chefes.
A Valve, cujo website diz que a empresa não tem chefes desde a sua
fundação, em 1996, também não tem gerentes ou projetos designados. Em
vez disso, seus 300 empregados selecionam colegas para trabalhar em
projetos que eles acreditam que vale a pena. A empresa preza tanto a
mobilidade que as mesas dos funcionários são montadas sobre rodas,
permitindo que eles as movam para formar as áreas de trabalho que
quiserem.
Bem-vindo à empresa sem chefe, onde a hierarquia é horizontal, o
salário é geralmente determinado pelos colegas e o dia de trabalho
direcionado pelos próprios empregados. Mas, como garantir que o serviço
não fique por fazer?
"No início, esse modelo com certeza parece ser menos eficiente", diz
Terri Kelly, diretora-presidente da W.L. Gore, de Newark, Delaware,
fabricante do material impermeável Gore-Tex, além de outros. Ela é uma
das poucas pessoas na empresa com um cargo oficial. "Mas, uma vez que
você tem uma organização por trás, a designação das tarefas e a execução
acontecem rapidamente", acrescenta.
As empresas vêm achatando sua hierarquia nos últimos anos, eliminando
camadas gerenciais intermediárias que podem criar gargalos e diminuir a
produtividade. O punhado delas que levou a ideia um passo adiante,
dispensando inteiramente os chefes, diz que a abordagem ajuda a motivar
os empregados e torná-los mais flexíveis - mesmo que isso signifique que
algumas tarefas, como tomada de decisões e contratações, possam demorar
mais.
Na Valve e em outras empresas sem chefe, os próprios empregados sugerem
projetos e recrutam colegas para trabalhar na equipe. Lá não há
promoções, apenas projetos novos. Para ajudar a decidir a remuneração,
os empregados fazem um ranking dos seus colegas - mas sem incluir a si
próprios - votando em quem eles acreditam que gera mais valor. A empresa
não quis fornecer informações sobre como os salários variam.
Qualquer empregado pode participar nas decisões sobre contratações, que
são em geral tomadas por equipes. As demissões, relativamente raras,
funcionam da mesma forma: equipes decidem juntas se alguém não está
correspondendo. Já quanto aos projetos, alguém geralmente emerge como
gerente na prática, diz Greg Coomer, que está há 16 anos na Valve e
trabalha no design de produtos. Quando ninguém toma a liderança,
acrescenta ele, com frequência é um sinal de que o projeto não vale a
pena.
Caso os colegas discordem sobre manter ou eliminar produtos, o mercado
decide, diz Coomer. "Quando nós honestamente não conseguimos chegar a um
consenso - o que é muito raro - fazemos a entrega e logo descobrimos
quem estava certo. Com o tempo, passamos a aceitar a ideia de que
podemos estar cometendo um erro ao fazer isso. Nossos clientes, no
entanto, sabem que, se fizermos bobagem, nós consertaremos", diz.
Contratar empregados altamente motivados é vital para fazer o sistema
sem chefe funcionar - e ele é não é para qualquer um. A maioria dos
empregados leva entre seis meses e um ano para se adaptar e alguns
acabam saindo da companhia em busca de ambientes de trabalho mais
tradicionais, diz Coomer.
O sistema tem suas desvantagens. Sem os gerentes, pode ser mais difícil
identificar o baixo desempenho. Mesmo o manual do empregado, que
explica a filosofia e processos da Valve, assinala que contratações
erradas "podem algumas vezes levar muito tempo para ser identificadas."
Estudos recentes sobre o valor das organizações horizontais tiveram
resultados conflitantes. Um estudo feito por pesquisadores da
Universidade de Iowa e a Universidade A&M, do Texas, mostrou que
equipes de trabalhadores fabris que supervisionam a si mesmos tendem a
ter um desempenho melhor do que trabalhadores em hierarquias mais
tradicionais, desde que os membros de um mesmo time se entendam bem. "As
equipes assumem elas mesmas muitas das funções gerenciais", diz Stephen
Courtright, coautor do estudo.
"Os funcionários trabalham em conjunto, incentivam e apoiam os colegas,
além de cooperar com outras equipes. Eles desempenham coletivamente o
papel de um bom gerente". Outros estudos, no entanto, descobriram que as
hierarquias podem aumentar a efetividade de um grupo. Além disso, ter
papéis claramente definidos pode ajudar as pessoas a ser mais eficientes
no trabalho.
Durante anos, a General Electric Co. operou algumas das suas fábricas
de aviões sem um supervisor ou gerente de chão de fábrica. A gigante
industrial diz que usou o sistema para aumentar a produtividade em
fábricas de baixo volume e com um número relativamente pequeno de
empregados, cada qual capaz de executar várias tarefas. Um líder, o
gerente da planta, estabelecia as metas de produção e ajudava a resolver
problemas, mas não interferia na rotina diária. As equipes, cujos
integrantes escolhiam as várias tarefas voluntariamente, encontravam-se
antes e depois de cada turno para discutir o trabalho a ser feito e
tratar dos problemas que precisavam ser resolvidos.
As primeiras dessas equipes autogerenciadas foi formada quase vinte
anos atrás na fábrica de Durham, na Carolina do Norte. Nos últimos cinco
anos, porém, elas se espalharam para outras instalações da GE. A
estrutura da equipe está sendo reproduzida em todas as 83 locações de
cadeias de suprimento da GE Aviation, que emprega atualmente 26 mil
pessoas.
Subir na empresa pode ser difícil quando não há degraus hierárquicos.
Mas muitos empregados acreditam que é mais fácil crescer em suas
carreiras sem camadas de gerência, diz Chris Wanstrath,
diretor-presidente da empresa de software GitHub, de San Francisco (ele
insiste que seu cargo é nominal). A empresa, cujos produtos permitem que
equipes trabalhem juntas para desenvolver software, geralmente sem a
ajuda de um gerente, tem 89 funcionários.
Na GitHub, uma grupo pequeno forma o alto escalão que cuida dos
assuntos em nível nacional e das comunicações externas, mas não dá
ordens aos empregados. As equipes de funcionários determinam que
projetos são prioritários, e qualquer um é livre para se juntar a um
deles na função que escolher. "Você tem o poder de estar onde você é
mais útil", diz Wanstrath.
Tim Clem, de 30 anos, foi contratado pela GitHub no ano passado como
programador. Depois de alguns meses no emprego, ele convenceu outros
colegas de que a empresa precisava desenvolver um produto para usuários
do Windows, da Microsoft. Ele liderou o projeto, contratando
funcionários para ajudá-lo a criar o aplicativo, que foi lançado há
pouco tempo.
A estrutura sem chefe pode às vezes ser caótica, diz ele, mas "você
sente que há confiança total e um elemento de liberdade e dedicação.
Leva você a querer fazer mais," diz Clem, que antes havia trabalhado em
uma grande companhia de tecnologia e em pequenas empresas iniciantes.
(Colaborou Kate Linebaugh)
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Fonte: Valor Econômico |
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