Cada líder tem um estilo diferente de agir.
Na liderança, influenciam as características
pessoais, a experiência adquirida em anos de trabalho,
treinamentos específicos e a política
interna da empresa, que determina alguns parâmetros
comportamentais. Além disso tudo, pertencer a
uma determinada geração pode ser determinante
para o modo como a liderança e a gestão
são exercidas.
Segundo uma pesquisa da MOT – Treinamento e Desenvolvimento
Gerencial, 78% das corporações acreditam
que as questões geracionais influenciam em nível
alto ou muito alto o estilo de liderança em suas
organizações. Para os entrevistados, pertencer
às gerações X ou Y faz diferença
nas atitudes dos líderes – o que pode comprometer
o desempenho de seus liderados.
“Ser questionador é a principal característica
dos profissionais da chamada Geração Y.
O próprio nome que designa esse grupo de pessoas
sugere isso (Y, em inglês, pronuncia-se “why”,
que também significa “por que”).
Entretanto, mais do que uma característica da
idade – a geração Y é aquela
das pessoas nascidas entre os anos 70 e 90 – questionar
é uma característica do comportamento,
que pode se aplicar também a pessoas de outras
idades”, comenta Alfredo Castro, diretor-sócio
da MOT. Ele é especialista em gestão,
treinamento e desenvolvimento de pessoas e conselheiro
da ASTD (American Society for Training e Development)
no Brasil.
A chegada de profissionais questionadores ao mercado
de trabalho muda completamente o panorama corporativo.
“Hoje, as inquietações são
compartilhadas, as informações são
questionadas na hora, porque o acesso à internet
é rápido e prático”, afirma
Castro. Por isso, a noção de hierarquia
é posta em xeque, o que exige que os líderes
sejam mais flexíveis e tenham maior capacidade
de diálogo. “Os questionamentos levam as
empresas a reverem suas posições e a crescer”,
acredita o consultor.
Ele explica que o aumento das interfaces tecnológicas,
a rapidez da circulação das informações
e a ascensão de jovens a cargos importantes traz
uma ansiedade constante. “A sensação
é que tudo é virtual, nada é bem
sedimentado. Isso renova e alimenta a necessidade de
repensar constantemente a empresa, além de criar
profissionais mais ousados e preparados para o novo”,
defende.
Para ele, esses novos profissionais questionadores
fazem com que mude a percepção do que
é poder. “A geração X lutava
com a geração baby boomer, queria superá-la,
mas a usava como modelo. Hoje, a questão para
a geração Y é o poder de não
se enraizar, de manter sua própria liberdade.
O conflito é por meio de ideias”, sintetiza.
Na opinião do consultor, para lidar com essa
nova geração de profissionais, os mais
experientes precisam se atualizar e a melhor maneira
de fazer isso é observando e aprendendo com os
mais novos. Por outro lado, o desafio é mostrar
aos jovens profissionais a importância de entender
e compreender ritos, símbolos e mitos que constituem
uma empresa. Com isso, a convivência entre as
diferentes gerações torna-se construtiva
e todos podem ganhar com ela.
Fonte: Canal Executivo
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