segunda-feira, 9 de julho de 2012
Estique a viagem de negócios e tire alguns dias para descansar
No fundo da mala abarrotada de ternos e gravatas, bermudas e regatas pegam carona na viagem. À primeira vista, a combinação das peças não faz muito sentido para uma viagem de negócios, mas a bagagem também foi pensada para aqueles dias em que o executivo vai permanecer na cidade a lazer.
Emendar folgas depois dos compromissos - principalmente quando são no exterior - tem sido cada vez mais frequente, pois a agenda que um dia foi aliada se tornou um empecilho para os merecidos 30 dias de férias.
O advogado Dagoberto Lima sempre tenta conciliar as viagens a negócios com turismo. Em uma das últimas idas à Europa, o executivo pediu à agência de viagens para trocar o destino da passagem São Paulo-Madri - paga pelos clientes para que ele pudesse participar de um congresso internacional - para Lisboa.
Assim, ele e a esposa desembarcaram em Portugal para uma estadia de três dias, anteriores ao evento. O trecho para Madri foi pago por ele, que ainda emendou mais três dias para conhecer Barcelona, depois do fim do congresso.
No total, Lima desembolsou 85% a menos do que teria de pagar caso essa viagem fosse puramente a lazer. "É claramente mais barato.Os clientes pagam a minha viagem e eu pago a parte da minha mulher."
Newton de Oliveira, presidente da Indústria Brasileira de Gases (IBG), conhece 50 países - muito por causa do trabalho. Um dos lugares que não conhecia, mas tinha vontade de ir era Hong Kong. Ele, que aprende mandarim, foi para um congresso na região administrada pela China e ainda aproveitou para visitar Bangcoc e Cingapura.
Outro executivo que não desperdiça as horas gastas no avião é Lúcio Oliveira, diretor executivo da Tour House. Em viagem recente a Las Vegas para participar de uma convenção, Oliveira aproveitou o fim de semana para visitar a família que mora em Miami.
"Às vezes, consigo aproveitar as cidades e descansar um pouquinho. Mas não é a mesma coisa de férias", compara. "Alguns colegas não emendaram porque tinham que voltar para o Brasil."
Essa volta para o país nem sempre é motivada por questões pessoais. Algumas empresas não autorizam os funcionários estenderem a estadia nas viagens a negócios.
Marcello Restivo, diretor comercial da Tivoli Tour, lembra que a permissão para tirar folgas envolve, inclusive, questões de seguro. Segundo Restivo, os trechos mais requisitados ainda são Nova York e Londres, mas agora alguns destinos asiáticos entraram para o mapa, como Hong Kong.
"Nestes casos, maximiza-se a agenda e minimiza-se o tempo", afirma. Reginaldo Albuquerque, diretor na Globalis Viagens e Turismo, dá uma dica para quem não podem emendar dias de folga no exterior: dividir as férias em três.
Fonte: Brasil Econômico
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