quinta-feira, 31 de maio de 2012

Aumenta a demanda de PMEs por capital de giro

Bancos públicos e privados estão atentos ao segmento que mais cresce no país, de pequenas e médias empresas (PMEs). A concorrência com novos produtos na concessão de crédito levou todas as instituições a reduzirem a taxa de juro das linhas para PMEs, entre abril e maio. Em função do pouco tempo, por enquanto, não há avaliação, em números, sobre o crescimento da carteira de crédito, durante a vigência da medida.
Desde o lançamento do Programa Caixa Melhor Crédito, em 9 de abril, houve redução nas taxas nas principais linhas de crédito voltadas para pequenas e médias empresas - faixa com faturamento anual de até R$ 15 milhões na Caixa Econômica Federal. Após o início do programa, o produto de financiamento mais procurado é o Giro Caixa Fácil, linha de capital de giro parcelado. taxa de juros da linha passou de 2,72% para 0,94%, ao mês. O prazo de pagamento, que antes era de 18 meses, agora é de até 40 meses. O limite de financiamento foi ampliado de R$ 60 mil para R$ 1 milhão.
Segundo o superintendente Nacional de Micro e Pequena Empresa da Caixa, Dário Castro de Araújo, o crédito contratado com as PMEs, no primeiro quadrimestre de 2012, foi de R$ 17,5 bilhões, 53% superior ao volume contratado no mesmo período em 2011. Diante do cenário de queda do juro, a expectativa de aumento do volume da carteira de crédito para o segmento de pessoa jurídica, em 2012, foi ampliada para 30%.
Desde 24 de abril, duas linhas de financiamento para PMEs com faturamento até R$ 2,4 milhões tiveram juro reduzido no Bradesco. São as linhas Giro Simples Bradesco e CDC Flex Bradesco. Ambas as linhas somam R$ 1 bilhão disponíveis para crédito às pequenas e médias empresas (PMEs), explica o diretor do departamento de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco, José Ramos Rocha Neto.
A linha de capital de giro, chamada Giro Simples Bradesco, teve a taxa de juro reduzida de 3,64% para 2,90% ao mês. O prazo de pagamento do empréstimo nessa linha é de 36 meses.
Também o juro da linha CDC Flex Bradesco passou de 4,23% para 2,90% ao mês. Para 2012, o Bradesco projeta incremento do volume da carteira de crédito para PMEs na faixa de 23% a 27%. "Continuamos com essa estimativa, sempre lembrando que os recursos desembolsados no primeiro semestre são inferiores ao volume emprestado aos pequenos empresários no segundo semestre do ano", diz o diretor da área do Bradesco.
Segundo o diretor executivo de pequenas e médias empresas do Santander, Marcelo Malanga, em 2012, houve a expansão da concessão de crédito para PMEs em todos os setores da economia, com destaque para comércio. A partir de 21 de maio, quando o Santander colocou em prática taxas de juro menores, o segmento de pequenas e médias empresas teve reduções na taxa no cheque especial que passou de 2,50% para 1,99% ao mês. O juro do capital de giro caiu de 1,38% para 1,20% ao mês. Já a antecipação e desconto de recebíveis teve queda de 1,50% para 0,99% ao mês. O Santander também diminuiu juro na linha Giro Premium que bonifica a pontualidade dos clientes. "Após o anúncio das novas taxas, conquistamos mais clientes", afirma Malanga.
 
Fonte: Valor Econômico

Empresário formal só tem a ganhar

O Paraná é o sexto estado que mais formalizou empresas dentro do programa Microempreendedor In­dividual (MEI). Segundo dados do Ministério do Desen­volvimento, Indústria e Co­mércio Exterior (MDIC), desde 2009, quando o programa foi lançado, 122 mil microempresas paranaenses foram formalizadas. Além de colaborar com a economia do país, o empresário que se formaliza tem acesso a linhas de crédito mais barato e encontra menos burocracia na hora de declarar sua empresa.

O programa contempla os profissionais com faturamento de, no máximo, R$ 60 mil por ano e que tenham até um empregado contratado com salário mínimo ou piso da categoria. O interessado também não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Ao longo do ano passado, as atividades econômicas mais procuradas, de acordo com o MDIC, foram lojas de vestuário e acessórios, cabeleireiros e lanchonetes – ao todo, são cerca de 450 ocupações regulamentadas.
A formalização fez toda a diferença no negócio da empresária Alzira Hening, há 15 anos dona de uma confecção em Curitiba. Ela se formalizou em janeiro e desde então e viu os custos de sua empresa reduzirem: mensalmente Alzira tem economizado cerca de R$ 250, que são reinvestidos na loja. “Foi uma maravilha, porque agora está sobrando dinheiro. Como resultado da mudança, arrumei a frente da minha loja e consertei uma máquina de costura. Quero ainda reformar o balcão, estou fazendo planos para isso”, comemora.
Para o coordenador de políticas públicas do Sebrae-PR, Cesar Rissete, a diminuição dos custos e da burocracia são algumas das vantagens da formalização, que permitem aos empresários fazer melhorias no negócio, como fez Alzira. “Geralmente o empresário informal toma crédito como pessoa física, que é uma linha muito mais cara do que quando ele tem uma empresa. Com isso, há a possibilidade de ter mais dinheiro para investir na empresa”, ressalta.
As seis cidades do estado que apresentaram um maior número de formalização no estado foram Curitiba, Londrina, Cascavel, Maringá, Ponta Grossa e Foz do Igu açu. Para o professor de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Carlos Magno Bittencourt, a posição do Paraná reflete sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“Estamos situados na mesma posição em relação ao PIB, por isso avalio que estamos bem. O governo vem tomando medidas para criar um ambiente favorável à formalização, agora o empresário precisa atentar às vantagens do programa”, destaca Bittencourt.
O professor da PUCPR lembra, porém, que não existem dados oficiais sobre a informalidade, mas estimativas dão conta de que, no Brasil, a cada empresa formal há pelo menos outra informal. “Toda a sociedade sai ganhando com a formalização: o empresário gera mais empregos, renda e arrecadação de tributos. Isso colabora com o desenvolvimento da economia do país”, salienta.

Fonte : Gazeta do Povo

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Aumento da renda valoriza o Norte do país

Depois de traçar planos de expansão para o Nordeste, as redes de franquias estão fazendo as malas em direção ao Norte. "As empresas da região cresceram 61% em faturamento e 40% em número de redes, entre 2010 e 2011", diz Ricardo Camargo, diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Até 2013, marcas como CNA, UNS Idiomas e Restaura Jeans deverão abrir, juntas, quase 40 pontos na região. Novos shopping centers também devem atrair a abertura de negócios.
O crescimento na região é puxado pelo aumento da renda da população, além de investimentos em projetos de industrialização e energia em Manaus (AM) e de obras de mineração no Pará, segundo a ABF. O Norte tem 14 redes e 3,7 mil unidades franqueadas. A previsão de crescimento para 2012 é de 15%, com uma maior procura pelos segmentos de beleza, saúde e produtos naturais. O Estado do Pará concentra a maioria dos pontos comerciais em funcionamento, com 1,5 mil lojas.
A rede CNA, de ensino de idiomas, planeja abrir 13 novas escolas na região em 2012, principalmente em cidades com mais de 50 mil habitantes. A empresa tem 697 franqueadas no Brasil e 13 pontos em operação no Norte. "Os principais locais já mapeados são Belém, Santarém, Altamira e Castanhal (PA); Manaus e Parintins (AM), além de Boa Vista (RR), Cruzeiro do Sul (AC), Ariquemes e Vilhena (RO)", diz o diretor de expansão José Carlos de Souza.
A região Norte representa 1,7% do faturamento da CNA ou o equivalente a R$ 11,5 milhões. "Queremos franqueados com afinidade no setor, disponibilidade para se dedicar ao negócio nos primeiros meses e formação preferencial em pedagogia ou administração." O capital inicial para abrir a franquia é de R$ 150 mil, com prazo médio de retorno financeiro em 18 meses.
Também do ramo de idiomas, a rede UNS, com seis unidades em Manaus e Boa Vista, pretende abrir mais dez escolas na região até 2013, nos Estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre e Pará. A região representa 20% do faturamento da rede.
"Iniciamos os trabalhos no Norte há mais de sete anos e já conhecemos a logística e o treinamento adequados para a área", diz Marcel Magalhães, presidente e fundador da UNS. "O Norte e o Nordeste representam mais de 20% do aporte que pretendemos fazer na empresa, por conta da Copa do Mundo."
Segundo Flávio Conrad, franqueador da Restaura Jeans, de serviços para roupas, calçados e bolsas, um dos maiores atrativos para os empreendedores da região é o baixo investimento da franquia, de cerca de R$ 100 mil. "Estamos ampliando o mix de produtos nas lojas para aumentar o faturamento em 12%, por unidade." Conrad tem mais de 200 lojas e pontos licenciados em 17 Estados. Deve iniciar as inaugurações na região Norte com duas lojas, até 2013.
 
Fonte: Valor Econômico

Má gestão é o principal motivo para o fracasso

Um dos maiores obstáculos das redes e franqueados no caminho do sucesso são os problemas de gestão, segundo empresários ouvidos pelo Valor. Em alguns casos, para colocar a empresa nos trilhos, é preciso reformular estratégias de expansão, investir na capacitação dos funcionários ou assumir o gerenciamento total da operação.
Depois de se associar a restaurantes, distribuidoras e farmácias, o empresário Miguel Yazeji comprou a marca Toca do Biscoito, em 2008. Precisou reformular a empresa e investir em um plano de expansão. Hoje, a companhia especializada no varejo de chocolates, biscoitos e doces tem 20 unidades no Rio de Janeiro e deve abrir mais 15 pontos neste ano.
No início do negócio, o maior entrave era a relação rede-franqueado. "Os lojistas já estabelecidos precisavam de motivação e de uma maior proximidade com a franqueadora", diz Yazeji. "Montamos um plano de ação com reuniões individuais e apresentamos os novos objetivos da marca. Agora, os investidores estão mais ligados à direção e participam de treinamentos e convenções."
O faturamento da rede aumentou 40% após a primeira fase do reposicionamento, que ainda continua. Um escritório de arquitetura foi contratado para mudar o layout das unidades e há um estudo em andamento para viabilizar franquias em outros Estados. "O mercado paulista é o nosso alvo."
Segundo Júlio Monteiro, sócio da consultoria Serses, que atua na formatação de redes, os treinamentos oferecidos pelas franqueadoras são importantes para que os investidores entendam a "alma do negócio" e possam acelerar a operação. Mas, antes disso, o empresário deve realizar um estudo de viabilidade para planejar metas financeiras a médio e longo prazo.
Quando assumiu, no Rio de Janeiro (RJ), uma franquia da Sankhya, da área de tecnologia, Sandro Gatto teve de driblar a falta de conhecimento da marca no mercado fluminense e a consolidação dos concorrentes regionais. "Também não foi fácil contratar mão de obra especializada", lembra. A volta por cima começou a partir da capacitação de colaboradores e da melhoria dos processos seletivos, que tornou a empresa mais assertiva nas contratações.
Com 35 funcionários, a empresa faturou R$ 3 milhões no ano passado e deve alcançar R$ 5 milhões em 2012. "Sugerimos à rede trabalhar em outros países e a expansão internacional começou este ano, via Portugal." Em até cinco anos, Gatto já espera abrir um novo negócio, em outro Estado.
Para Rodrigo Fabro, a solução foi passar de funcionário a sócio de uma clínica da Sorridents, em São Paulo. "Trabalhava apenas como dentista e me tornei sócio para aplicar um novo modelo de gestão e evitar a falência da companhia, da área de serviços odontológicos", lembra. Inicialmente, detinha 10% da sociedade e aplicou R$ 75 mil no negócio. Depois de quase dois anos, injetou mais R$ 230 mil e conquistou 49% da franquia.
A transição de Fabro para gestor ajudou a alavancar o caixa da clínica. O faturamento da empresa de sete funcionários superou R$ 1 milhão no ano passado e a estimativa de crescimento em 2012 é de 15% a 20%. Para tornar-se um bom gerente, investiu em cursos, palestras e vídeos motivacionais.
No próximo ano, Fabro deseja abrir outra franquia da Sorridents e já pesquisa novas opções de redes na área de alimentação. 

Fonte: Valor Econômico

Volta por cima


O mercado de franquias continua aquecido, mas o sonho de tocar o próprio negócio pode virar um pesadelo do dia para a noite. Antes de contabilizar retornos financeiros, os empreendedores precisam driblar dificuldades como encontrar um ponto comercial bem localizado, saber fidelizar clientes e ainda tornar a loja conhecida na região. "Não há uma fórmula mágica. É preciso dedicação, estratégia, planejamento e sorte", analisa Thaís Kurita, sócia do escritório Kurita, Bechtejew & Monegaglia (KBM), especializado em assessoria jurídica para franquias.
Para quem pretende trilhar o caminho sugerido pela especialista, os números do mercado são atraentes. Em 2011, o faturamento do setor de franquias bateu nos R$ 88,8 bilhões, um montante 16% mais gordo do que o registrado em 2010. Somente no ano passado, 176 novas redes entraram no segmento, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). São mais de duas mil marcas, com mais de 90 mil franqueadas, números que aumentaram 9,5% e 7,8%, respectivamente, no último ano.
Os segmentos que mais aumentaram o faturamento no ano passado foram turismo (85,9%), decoração (35%), esportes e beleza (24,3%). Para 2012, a ABF estima um crescimento de cerca de 15%, estimulado também pela abertura de 43 novos shopping centers durante o ano, em todo o país.
De acordo com Ricardo Camargo, diretor executivo da entidade, apesar do cenário positivo, um dos principais entraves para iniciar uma operação de franquia é a escolha do ponto. "O pagamento de luvas ou a necessidade de reformas para adequar o local ao padrão do franqueador podem elevar o custo do projeto ou inviabilizar a iniciativa." O alto valor dos imóveis, registrado em praticamente todas as regiões do país, é considerado um forte inibidor da abertura de novos negócios e, segundo Camargo, nem sempre é possível repassar o ônus do aluguel para o preço do produto final.
Com a loja aberta, os riscos continuam. Para empresários do setor, a ilusão do negócio próprio pode virar bolha de sabão se o empresário não se dedicar 100% à empreitada. Rafael Carbonell, sócio da Runner na Vila Leopoldina, em São Paulo (SP), teve problemas quando dirigia uma academia de outra bandeira.
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"Deixamos a administração na mão de uma pessoa sem visão empreendedora", lembra. A empresa foi fechada e ele abriu a nova academia em março, com investimentos de R$ 1,2 milhão. Tem mil alunos e 40 funcionários. "O futuro franqueado deve entender do setor que vai atuar para sugerir melhorias aos licenciadores", afirma. Carbonell planeja abrir uma outra academia em 2013.
Segundo Júnior Nascimento, diretor da Cia de Franchising, especializada na venda e expansão de redes, a falta de comunicação com o franqueador pode levar ao fracasso da parceria. "Alguns empreendedores têm dificuldades de seguir regras. O sistema de franqueamento apresenta uma fórmula testada, com modelos de gestão estabelecidos. Se os investidores questionam as estratégias das redes acabam deteriorando o relacionamento."
O especialista aconselha adotar uma gestão rígida, seguindo as orientações do franqueador, mas sem deixar de ouvir o que o mercado está pedindo.
Marcelo Duarte, franqueado da Água Doce em Sinop (MT), teve de suar a camisa antes que o restaurante se firmasse como um ponto de encontro na cidade, a 500 quilômetros de Cuiabá. "Fiz investimentos em marketing para tornar o local conhecido e ainda enfrentamos a crise da soja, que afetou toda a economia do município."
Para atrair mais clientes, o empresário contratou uma agência especializada em mídias sociais para criar e gerenciar a página da empresa no Facebook. Recentemente, investiu R$ 250 mil em uma reforma que durou cinco meses. O esforço foi recompensado: a unidade saltou do 93º lugar para a sexta posição no ranking de negócios da franqueadora. A estimativa para 2012 é alcançar um faturamento de R$ 2 milhões, puxado pela revitalização do parque infantil e de apresentações musicais. "Já estamos quase alcançando essa meta. Para isso, vivo o negócio dia e noite."
Para Thaís, do escritório KBM, Duarte está no caminho certo. "Uma das maiores causas de insucesso nas empresas é o abandono da operação", diz. "Existe um mito de que as franquias são infalíveis e podem caminhar sozinhas." A empresária Ana Cândida Blasi, dona de uma lavanderia da rede Quality, no bairro do Paraíso, em São Paulo (SP), também resolveu levantar o caixa da loja "no braço".
Quando comprou a unidade do primeiro franqueado, em 2007, percebeu que o faturamento podia ser maior. Para aumentar a clientela, criou promoções, distribuiu brindes e fez parcerias com condomínios e um hotel. "Conversava com os porteiros dos prédios e oferecia descontos aos moradores. O retorno financeiro chegou no segundo ano de atividades", diz. Agora, a unidade é considerada a sexta no ranking de faturamento da rede e lava cerca de quatro mil peças ao mês.
Empreendedores interessados em investir no setor podem conhecer novas marcas durante a ABF Franchising Expo, de 13 a 16 de junho, em São Paulo (SP). A feira deve contar com mais de 470 expositores e movimentar R$ 400 milhões em negócios. Neste ano, 71 novas redes participarão do evento, que também trará empresas e associações de franquias de mais de dez países, como França, China, Rússia e Canadá.

Fonte: Valor Econômico

Fique esperto: monitoramento do uso da web nas empresas irá crescer

As empresas estão começando a adotar tecnologias utilizadas para monitorar o uso da internet pelos funcionários, com 60% esperando que até 2015 a vigilância sobre as mídias sociais diminua falhas de segurança, segundo uma nova pesquisa da consultoria Gartner.
Menos de 10% das companhias atualmente supervisionam o uso do Facebook, Youtube, LindkedIn e outros sites de mídia social para evitar problemas com segurança, embora muitas empresas monitorem o uso das mídias sociais para fins de marketing, de acordo com o documento, divulgado na terça-feira.
Novas tecnologias e serviços estão permitindo o crescimento da vigilância sobre os funcionários, mas as empresas terão de ficar alertas para as questões éticas e legais, escreveu no estudo Andrew Walls, vice-presidente de pesquisa da Gartner.
O supervisionamento pode ajudar as empresas a evitar problemas de segurança, tais como empregados postando vídeos não-autorizados de atividades da empresa, escreveu. No entanto, “há outros momentos em que o acesso às informações pode gerar passivos graves, como um gerente analisando o perfil do Facebook de um empregado para descobrir sua religião ou orientação sexual, violando oportunidades iguais de emprego e os regulamentos de privacidade”, escreveu ele.
No início deste ano, houve notícias de que alguns empregadores pediam aos entrevistados suas senhas do Facebook. Essa prática irá “desaparecer gradualmente”, mas as empresas continuarão a monitorar as conversas de mídias sociais de funcionários e clientes, Andrew disse em comunicado para a imprensa.
Empresas que supervisionam as atividades de mídia social podem enfrentar a oposição dos funcionários, escreveu o vice-presidente no relatório. “A vigilância da empresa sobre essas atividades dos funcionários levou a ações disciplinares contra empregados que muitas vezes são apoiadas pela lei, mas violam as expectativas culturais de liberdade de expressão e privacidade pessoal na maioria dos países ocidentais”, escreveu ele.

Fonte: idgnow.uol.com.br

terça-feira, 29 de maio de 2012

Fique longe de gafes tecnológicas em ambientes profissionais


Ricardo Fiuza, presidente da seguradora Assurant, não atende ao telefone celular em reuniões ou encontros profissionais. "Entendo que, tanto quem está falando quanto quem está ouvindo precisa ser respeitado e receber toda a atenção possível. Por isso me preparo para esses encontros e só atendo ligações estritamente necessárias", diz.
A postura do executivo é tida como a mais correta por especialistas quando o assunto é etiqueta tecnológica.
"É bastante comum as pessoas atenderem ao telefone durante reuniões, encontros e almoços de negócios. Se o assunto for urgente, peça licença e atenda reservadamente e de modo rápido. Desta forma não atrapalhará o andamento do encontro", sugere Carlos Eduardo Altona, sócio-diretor da empresa de recrutamento de executivos Exec.
Mais uma dica. "Mantenha, sempre, o telefone celular no modo silencioso. Não há inconveniente nisso se o executivo puder senti-lo vibrar", afirma Ligia Marques, consultora em etiqueta, marketing pessoal e mídia social.
Fiuza segue à risca a recomendação. "Não chego a desligar o telefone celular porque assim sei quem ligou. Dessa forma consigo retornar as chamadas assim que possível", conta.
Outro comportamento bastante comum entre executivos é a utilização de smarthphones e tablets para envio de e-mail. "As pessoas se viciaram nesses aparelhos e seu uso, seja para leitura de e-mails ou envio de mensagens de texto, torna as reuniões improdutivas. Por isso o mais adequado é o executivo não manusear aparelhos eletrônicos", pondera Altona.
"Ir a uma apresentação e acessar os e-mails é deselegante, mesmo que o executivo tenha a capacidade de continuar ouvindo o palestrante. Se a palestra está sobre seu comando, desligue o celular ou mantenha-o no silencioso, ou mesmo peça a alguém fora do evento cuidar disso", recomenda Sueli Aznar, consultora em transição de carreira da Right Management.
Fora desses ambientes, se o assunto em questão pode ser resolvido por e-mail, Altona alerta para o emprego correto da gramática e a formalização da escrita. "Assim, a mensagem soará mais profissional", diz o sócio-diretor da Exec.
Mesmo com a crescente utilização de e-mails e mensagens de texto para fins profissionais, Ligia prefere as ligações. "As chances de um texto ser mal interpretados são maiores se comparadas a de uma ligação, por exemplo. Assim, um telefonema pode ser mais eficiente do que um e-mail, deixando-o somente para confirmações de assuntos já tratados ou de menor relevância."
Redes sociais
As redes sociais também fazem parte da etiqueta tecnológica. Segundo Altona, é necessário diferenciar ambientes profissionais de pessoais. "Se a rede social for profissional, a postura do executivo precisa ser a mais formal possível e seu uso limitado a esse fim."
Para redes pessoais, como o Facebook e o Twitter, é permitida a utilização de uma linguagem mais informal, assim como os assuntos abordados. "Minha sugestão, dado esse aspecto, é fazê-lo com moderação. Hoje, as empresas, utilizam as redes sociais para monitorar o comportamento dos executivos, como e com quem se relacionam. Sendo assim, sugerimos evitar exposição de temas polêmicos, como política e religião."
Jovens executivos também precisam ter moderação na comunicação com pessoas do convívio. Se o assunto diz respeito apenas aos dois, a sugestão é que conversem em um canal reservado. "É importante entender o funcionamento da rede social e seu código de conduta", completa Altona.

Fonte: Brasil Econômico

Conselho isenta ICMS de rações animais

As rações animais e as matérias-primas necessárias à sua fabricação, vendidas para municípios atingidos por estiagem, estão isentas do pagamento do ICMS. A medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em reunião extraordinária realizada na sexta-feira.
A isenção beneficia contribuintes de municípios de seis Estados brasileiros que estão em situação de emergência ou calamidade pública por causa da estiagem que atinge o semi-árido.
A isenção vale para operações interestaduais de produtos para os municípios listados no Convênio ICMS nº 54, publicado ontem no Diário Oficial da União (DOU). Serão beneficiados contribuintes situados nos Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte.
Em uma operação normal, a venda da ração animal por uma empresa do Estado de São Paulo para a Bahia seria tributado com alíquota de 7%. Agora, está isenta até que a situação dos municípios se normalize. "O vendedor deve registrar que a saída da mercadoria está isenta e citar o número do convênio na nota fiscal", afirma a advogada Graça Lage, da Lex Legis Consultoria Tributária.
Segundo ela, a isenção do ICMS para a ração animal e seus insumos já vale desde 1997, mas apenas para as operações internas. "Nas vendas interestaduais há somente a redução da base de cálculo do imposto, benefício que foi ampliado agora para os municípios atingidos pela seca", diz. (BP)
 
 
Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Receita vai parcelar débito com INSS

A Receita Federal anunciou ontem novas facilidades para o contribuinte pessoa física e jurídica. A principal ferramenta anunciada é a possibilidade de pedir pela internet o parcelamento de tributos previdenciários em atraso.

Os débitos poderão ser parcelados em até 60 meses. Segundo o subsecretário de Arrecadação e Atendimento do Fisco, Carlos Roberto Occaso, cerca de 60 mil contribuintes comparecem mensalmente aos postos de atendimento da Receita Federal em busca deste serviço.

O subsecretário anunciou também o início do processamento eletrônico dos pedidos de ressarcimento de PIS, da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra).

Com o novo sistema o ressarcimento será feito entre 30 e 60 dias. No caso do PIS e da Cofins, este prazo era de até três anos. Para o Reintegra o prazo era de até 120 dias.

''Colocamos em produção no mês de maio, com pagamentos programados para junho, o processamento eletrônico do ressarcimento do PIS, da Cofins e do Reintegra. O tempo de ressarcimento será de 30 a 60 dias com esse sistema'', informou Occaso.

Aduana

Outra novidade será a possibilidade de as pessoas fazerem visitas programadas às aduanas brasileiras. ''Vamos chamar a sociedade para conhecer a nossa aduana. Faremos em dois dias a cada ano. Escolas, universidades, sociedade organizada e pessoas físicas poderão fazer visitas. É muito interessante que a sociedade conheça o papel da aduana'', afirmou Ocasso.

As visitas poderão ser realizadas nos dias 4 de julho de 2012 e 26 de janeiro de 2013 e deverão ser agendadas pelo telefone que será disponibilizado no site da Receita no dia 4 de junho.

Fonte: FolhaWEB.com.br

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Gestão de qualidade é arma para as pequenas


Para nós, prestadores de serviço, o processo de trabalho precisa ser o melhor possível do começo ao fim, com todos os envolvidos, assim como sempre entregar um pouco a mais do que foi acordado com o cliente, na prestação de serviço e no atendimento. Isso é o que conquista, satisfaz e fideliza o cliente e este é um dos grandes desafios dos empreendedores.
Quando se lida com inovação e criação de produtos diferenciados e personalizados, fora de uma linha de produção pré-determinada, a qualidade torna-se ainda mais vulnerável se não houver um olhar crítico e atento a cada etapa do processo.
Não se trata apenas da excelência do produto, mas também de outras etapas da demanda, como, por exemplo, uma alteração solicitada pelo cliente em cima da hora, que pode causar transtornos caso não exista alguém que entenda, "defenda" e negocie os interesses das duas pontas: cliente e fornecedor. E, neste caso, uma das principais negociações é o prazo. Prevenir é sempre mais econômico e mais viável que corrigir.
É comum acreditar que qualidade sempre está ligada somente às grandes marcas e às grandes empresas. Isto, no entanto, é hoje uma realidade ultrapassada. Felizmente!
Não importa o porte da empresa. O investimento em gestão de qualidade traz oportunidades valiosas de aprendizagem, crescimento e desenvolvimento para todas as partes envolvidas nos negócios.
O gestor de qualidade é como um maestro orquestrando funcionários, clientes e fornecedores, trazendo harmonia para o processo de prestação de serviço por meio da observação minuciosa do fluxo de trabalho e dos resultados obtidos.
Este profissional deve estar um passo à frente da equipe e sempre atento ao que acontece à sua volta, pensando em novos caminhos, apontando soluções e utilizando recursos estratégicos e visionários. Isso propicia uma melhoria contínua do serviço oferecido e do comportamento da empresa, tendo como focos o crescimento e a diferenciação desta no mercado.
Sua função vai além das funções de um ouvidor: com base nas críticas e sugestões dos clientes, cabe a ele sugerir alternativas e ações de melhorias internas que influenciem positivamente a qualidade final do produto, o respeito aos prazos de entrega e o engajamento e realização da equipe.
Os ganhos não são apenas do ponto de vista empresarial. Os funcionários tornam-se mais comprometidos e satisfeitos sob o comando de um gestor que possa conduzí-los com liderança, atenção e estímulo. Os fornecedores e os clientes também ficam mais confiantes e engajados, por terem uma voz que os representa em suas mais variadas necessidades.
Qualidade não é apenas ter um ótimo produto final. Inclui também um bom atendimento ao cliente e, do ponto de vista do serviço em si, um espaço para os funcionários e fornecedores manifestarem suas opiniões.
A excelência na prestação de serviço, seja numa agência de pequeno ou médio porte, seja numa grande empresa, gera um vínculo forte e praticamente indissolúvel. Nas pequenas empresas, ela ainda cria um valor adicional, ou seja, um relacionamento baseado na confiança, patrimônio imensurável para qualquer negócio.

Fonte: Brasil Econômico

Micro e pequenas empresas respondem por 70% das contratações com carteira assinada em abril

O índice de criação de emprego com carteira assinada no Brasil deve às micro e pequenas empresas seu desempenho positivo no mês de abril. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as MPEs geraram, no período, aproximadamente 70,2% dos novos postos de trabalho no país.
De acordo com os números do Caged, em abril de 2012 houve geração de 216.974 vagas formais de emprego. O valor equivale a uma expansão de 0,57% na quantidade de assalariados, em relação ao mês de março. No acumulado dos últimos 12 meses, criaram-se 1,73 milhões de postos de trabalho, com um crescimento de 4,64% do contingente.
“As micro e pequenas empresas têm mantido a média de gerar 7 a cada 10 empregos formais no Brasil, o que é uma demonstração da força desse segmento na economia brasileira”, afirma o  presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Do total de vagas no período, 54,4% foram fruto de contratações nos empreendimentos com até quatro trabalhadores. Em seguido lugar, destacaram-se as que empregam entre 20 e 99 pessoas, responsáveis por 8,9% dos postos de trabalho. Os negócios que possuem entre cinco e 19 trabalhadores, por sua vez,  criaram 6,9% postos.
Para efeito dessa análise, foram consideradas como micro e pequenas empresas os empreendimentos com até 99 empregados, independente do setor de atuação.

Fonte: Estadao.com.br

Pontualidade das micro e pequenas empresas cresce pelo quinto mês seguido e chega a 95,3%

 A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas cresceu em abril pelo quinto mês consecutivo e chegou a 95,3%. Ou seja, a cada mil pagamentos realizados, 953 foram quitados dentro do prazo estipulado ou com atraso máximo de sete dias, o que não configura inadimplência.De acordo com os técnicos da Serasa Experian, as sucessivas reduções da taxa básica de juros (Selic), que passaram a influenciar diretamente as taxas finais de empréstimos, estão ajudando os empreendedores de pequeno porte. Os técnicos da empresa também acreditam que a inadimplência do consumidor deve cair e esse fator também ajudaria os empreendedores.

As micro e pequenas empresas do setor comercial apresentaram a maior taxa de pontualidade (95,7%). No caso do setor industrial, essa pontualidade chegou a 95,2%. No caso do setor de serviços, ela foi um pouco menor: 94,7%.

Fonte: Estadao.com.br

Executivos dão a receita para evitar alta rotatividade de funcionários

Reter empregados não tem sido uma tarefa fácil para os executivos brasileiros. Com a economia aquecida e o desemprego em queda, a dança das cadeiras se tornou requente e os empresários viram talentos irem embora. Para evitar a alta rotatividade que prejudica os negócios, a busca por instrumentos de retenção tem sido uma constante. Planos de carreira, novos desafios e melhores salários já não são as únicas alternativas. Inspire-se nos exemplos abaixo e evite que os funcionários batam cartão na empresa concorrente. Paulo Fogetti teve de lidar com a perda de bons funcionários no Brasil, apesar dos avanços da Europ Assintance no país. “Estamos buscando maneiras de driblar o turn over”, diz o diretor-geral da companhia francesa de assistência. Para se ter ideia, na Europa,a rotatividade na companhia é de 2% ao ano. Já no Brasil, a incidência é de quase 5% ao mês. O fato é que a maioria dos 1,6 mil funcionários da Europ Assintance é jovem, facilmente atraída por oportunidades de emprego em que não tenham de trabalhar aos finais de semana. “Por isso, nosso Recursos Humanos tem de ser atualizado, ativo, estar em linha com o que se pratica de benefícios e remuneração no mercado. Estamos nos adaptando para conseguir reter os colaboradores da geração Y”, afirma. “As minhas mudanças de emprego foram todas baseadas em fim de ciclos. Só sai quando já tinha cumprido o meu papel e via que não tinha como absorver mais nada”, compara o executivo que é formado em Engenharia Elétrica e Administração de empresas. Outra forma encontrada para reduzir a rotatividade na empresa foi trazer de volta à ativa profissionais de idade mais avançada. “Temos a meta de ter 15% de operadores com mais de 45 anos. Começamos isso em 2011 e tem dado certo”, comemora.
O diretor de Suprimentos do Grupo Hidrau Torque, Armindo Augusto Lopes Júnior, ao contrário, não vive o problema de alta rotatividade em sua empresa. Ele atribui a retenção dos cerca de 400 funcionários ao portfólio de benefícios oferecidos e ao fato de a empresa investir em um plano de carreira para o empregado. “Fazemos um acompanhamento do funcionário por meio do Departamento de Recursos Humanos, damos oportunidade para que façam cursos e subsidiamos parte da sua formação superior”, afirma. O próprio Lopes Júnior é um exemplo da baixa rotatividade da empresa que administra: está há 25 anos na companhia, de 32 anos. O executivo começou como office-boy e hoje é um dos sócios. “Valorizamos o funcionário de forma a que ele se sinta parte da empresa e tenha um olhar de dono”, diz o diretor da Hidrau, empresa que atua nos segmentos de distribuição de peças para equipamentos pesados, especialmente tratores. Para Rubens Augusto Júnior, presidente da Patroni Pizza, motivar o funcionário por meio do respeito é a sua receita para mantê-lo na empresa.
Por atuar em um mercado com alta rotatividade, o de alimentação, o chamado turn over gira em torno de 30% a 40% ao mês do quadro de funcionários. No entanto, na Patroni Pizza este número é de apenas 10% a 15%. Este resultado foi conquistado graças a uma pesquisa interna feita pela empresa com seus 1.500 funcionários e que, surpreendentemente, mostrou que a primeira reivindicação deles não é melhor salário mas, sim, bom tratamento do seu superior. “Isso nos surpreendeu, pois achávamos que o salário seria, pelo menos, o segundo item de maior importância para eles”, diz o executivo da rede de pizzarias, com mais de 100 unidades em todo o Brasil. O segredo do presidente da Patroni Pizzas para reter o funcionário, especialmente de um segmento em que os salários são baixos, é formar equipes criando laços de respeito com os colaboradores. “Tenho funcionários que foram treinados por mim há 20 anos e continuam na empresa”, ilustra. Lopes Júnior, da Hidrau, também pensa assim. “Não é o melhor salário que vai segurar o funcionário, o ambiente e o reconhecimento valem muito mais.” ¦
 
 
Fonte: Brasil Econômico

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Intuição como caminho para o sucesso do empreendedor

Quanto vale a intuição para um empreendedor? Para Daniel Dalarossa, brasileiro pioneiro no Vale do Silício, ela vale mais do que planos de negócio e pesquisas de mercado. É um diferencial. E é por isso que o executivo pretende abrir um curso de empreendedorismo que tenha o estado intuitivo como um de seus pilares. “A intuição não é só para privilegiados, ela pode ser treinada e desenvolvida”, explica Dalarossa, acrescentando que “há diversas técnicas para atingir um estado intuitivo, elevar a consciência até atingir a transmentalização”. Embora seja o patinho feio das disciplinas voltadas para a formação de empreendedores, esquecida por grande parte dos cursos, a intuição é uma parte importante do processo.
A própria história de Dalarossa mostra isso. Para entender, é preciso voltar ao final dos anos 1980, quando ele e João Lima decidiram montar uma empresa de TI, a Cyclades. De 1988 a 2006, quando foi vendido, o projeto conseguiu ultrapassar as barreiras e se estabelecer no Vale do Silício. Dalarossa resume sua trajetória como “uma história de luta, de desprendimento e de conquistas”, mas principalmente de motivação. “Eu atribuo todo o sucesso à motivação”, diz. Mas o que é a intuição? De acordo com a coach e diretora da Pro-Fit, Eliana Dutra, intuição, da forma como tem sido estudada pela neurociência, é um conhecimento que se tem e passa tão rápido pelo cérebro que não se consegue explicar. Segundo Eliana, todos têm intuição.
A coach dá o exemplo de um chefe de bombeiros que, em meio à atuação durante um incêndio, fez todo o time sair de dentro de um prédio, apesar dos protestos de que o trabalho estava quase terminado. Minutos depois, o prédio explodiu. O chefe estava com uma câmera no capacete e depois de rever os seus passos, percebeu que ele tinha visto uma fumaça alaranjada. Ele lembrou dos primeiros treinamentos, quando seu professor disse que o tom alaranjado significava perigo de explosão. “Ou seja, o conhecimento estava no inconsciente e passou tão rápido pela mente dele, que ele não conseguiu justificar. Isso é a intuição”, explica Eliana.Para ela, treinar isso é ficar aberto àquilo que aparentemente não tem explicação. Partindo da ideia de que a intuição é algo que pode ser treinado, ela também é algo que merece ser parte de um curso para empreendedores. A Zymi, empresa de Daniel Dalarossa, foi criada com esse intento, oferecendo cursos com três diferenciais.
O primeiro é ser feito por pessoas que passaram pela complicada tarefa de empreender e que conhecem as dificuldades (e também facilidades) do processo. Dalarossa pretende trazer mentores para participar dos cursos, sendo um deles Gilson Menezes, que foi colaborador da Cyclades. O segundo é o estado intuitivo, considerado muito importante pelo executivo. “Aquilo que te incendeia, incendeia o time. É bem mais importante do que ser um grande tecnólogo, marketeiro ou vendedor”, diz Dalarossa. E o terceiro é a causa social. Ou seja, 100% das receitas obtidas com os cursos serão revertidas para o Instituto Cuore, outra iniciativa de Dalarossa, voltada para o desenvolvimento da autoestima de “crianças em situação de vulnerabilidade social”. De acordo com o líder da Zymi, essa característica é informada aos empreendedores antes da matrícula nos cursos. ¦

De uma garagem em São Paulo direto até o Vale do Silício
A história de como dois sócios deixaram a Vila Olímpia e conquistaram o Vale do Silício
Daniel Dalarossa começou a vida de empreendedor em uma garagem da Vila Olímpia, em São Paulo, dividindo o salário do sócio, João Lima. A história da Cyclades, primeira empresa de Tecnologia da Informação brasileira a ir para o Vale do Silício, começa assim. Ele era formado em Computação na USP.
Lima era engenheiro eletricista pela Unicamp. E os dois abriram uma empresa em 1988 com capital equivalente a US$ 6 mil para vender placas para comunicação entre monitores. Dalarossa conta que foram diversas fases na criação da Cyclades. A primeira, no Brasil, até o início dos anos 1990. A segunda quando surgiu a ideia de ir para os Estados Unidos. “Isso foi sem plano de negócios, sem planejamento. Foi muito por intuição.
Quando contratamos um amigo nosso para ser nosso country manager lá, ele nos botou abaixo”, lembra o empreendedor. Mesmo assim eles foram em frente e, em 1993, apareceu a oportunidade com o Linux. Por ser gratuito, o programa era popular — e a Cyclades aproveitou a oportunidade e adaptou seu produto. Foi o boom da companhia, que chegou em 1999 com receita de US$ 9,3 milhões e exportações para a Europa. Em 2006, quando foi vendida para a Avocent por US$ 100 milhões, a Cyclades já possuía filiais em 14 países e mais de 8 mil clientes. O sucesso dos dois é constantemente citado como exemplo. “Houve sensibilidade para escolher mercado, muita luta em vendas, houve o Linux, mas eu não atribuo o nosso sucesso a tecnologias. Isso é consequência de algo maior, que é motivação. Se você está motivado, você faz tudo”, fala Dalarossa.

Fonte: Brasil Econômico

Use seus contatos profissionais de maneira elegante e sem exageros

Quando ainda era trainee, Ricardo Perez, 34 anos, diretor de marketing e comercial da TVA, costumava encontrar um grupo de funcionários de uma empresa na qual havia trabalhado anteriormente. Enquanto outros profissionais foram perdendo contato, o executivo manteve a agenda em dia. Este relacionamento fez com que um de seus ex-colegas o indicasse para uma vaga de gerente de forma inesperada. Resultado: ele foi contratado. “O relacionamento profissional é algo que é construído no dia a dia. Não se trata de buscar contatos apenas quando precisamos de algo”, aponta Perez.
O comportamento do diretor é considerado correto por especialistas. Marcelo Miyashita, palestrante de networking e professor de MBA, aponta que relacionamentos de mão única não se sustentam. “Só valem para a prospecção de clientes.” Manter a rede profissional consiste em cultivá-la, usar palavras adequadas e, principalmente, enviar o currículo na hora certa. Pressão por favores e indicações e abordagens de pessoas que mal conhece são comportamentos a serem evitados. O ideal, por exemplo, é esperar o momento que o contato peça o seu currículo. “Nunca o envie no primeiro contato. Prefira comunicar que saiu da empresa e está em busca de novas oportunidades. E não peça emprego, mas, sim, orientações”, aponta Jonas Tokarski, coach da Ricardo Xavier Recursos Humanos.
O profissional também deve expandir sua rede inclusive com pessoas com cargos inferiores, algo que não é feito frequentemente por diretores. Em almoços ou cafés com contatos profissionais, falar apenas de trabalho é proibido. Quando o profissional busca se recolocar no mercado, melhor deixar o outro conduzir a conversa durante estes eventos. O networking é o método mais utilizado no Brasil, buscado por 83% dos executivos que estão a procura de nova colocação, segundo pesquisa da consultoria Right Management. Apesar dele ter uma importância muito grande, consultores apontam que o brasileiro ainda não tem a cultura de preservar sua rede profissional e usá-la de forma correta. “Todos buscam contatos na hora de mudar de posição, mas não usam bem as ferramentas, com coerência”, aponta Tokarski. Perez segue à risca estas regras e preserva sua rede profissional. Para ele, não há telefonema que substitua o contato pessoal e, sempre que possível, promove almoços de networking com ex-chefes, colegas, clientes e ex-funcionários.
Nestas ocasiões, 90% dos assuntos são pessoais. O restante do tempo é utilizado para falar sobre momento profissional e mudanças no mercado de trabalho, inclusive de pessoas que os participantes conheçam. “Até mesmo para realimentar essa rede na sequência do evento”, explica. Para reforçar sua rede, Perez também participa de redes sociais. “Compartilho atividades que fazemos na empresa e que deram bons resultados, como convenções, e busco compartilhar conteúdo relevante sobre o segmento.” Miyashita acredita que dessa forma o contato acontece de forma mais natural. “Por conta desta exposição on-line as pessoas fazem contato de maneira mais espontânea. Ao gerar conteúdo, o profissional colabora e se torna útil para os outros. Esta é uma postura que deve ser mantida no networking”, ensina. O diretor da TVA já recebeu uma mensagem pelo LinkedIn de um profissional que o conhecia. Como ele o abordou da maneira correta, lembrando onde tinham se encontrado e que estava a procura de oportunidades, resolveu indicá-lo para uma vaga. “Hoje, ele trabalha ao meu lado e o considero meu braço direito”, completa. 

Fonte: Brasil Econômico

Quase 50% das médias empresas brasileiras investem "nada" ou "quase nada" em inovação

 Um recente estudo da Fundação Dom Cabral (FDC) revela que 46% das empresas brasileiras de médio porte  investem ‘nada’ ou ‘muito pouco’ em inovação. A maior dificuldade dos empresários para desenvolver práticas inovadoras é justificada pela falta de informações sobre o tema. De acordo com a pesquisa, conduzida pelo Núcleo Bradesco de Inovação da FDC com 150 empresas com faturamento entre R$ 16 milhões a R$ 90 milhões, 48,9% das organizações de médio porte desconhecem programas de incentivo nesta área e, em consequência disso, cerca de 79,8% das empresas não usam incentivos fiscais para inovar.
O fraco desempenho das empresas brasileiras também é justificado pela falta de parcerias com universidades e institutos - uma prática mais disseminada em países da Europa e nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa,  69,4% dos consultados não uniou esforços com quem estuda a fundo o assunto.
A falta de aptidão das empresas nacionais de médio porte para lidar com o desafio é legitimada por outro dado da pesquisa:  29% delas afirmam que a inovação não está nem na ideologia da empresa.
De acordo com a FDC, a pesquisa aponta ainda que o potencial inovador das médias empresas brasileiras é afetado por barreiras como cultura conservadora, em que não há espaço para inovar; aversão da empresa ao risco; falta de incentivo para ideias inovadoras; e cultura rígida, hierarquizada e burocratizada.
“Muitas empresas de médio porte não possuem uma direção clara da inovação em sua estratégia empresarial, sendo que a ausência do conhecimento do papel da inovação pode ser apontada como o principal motivo para esse baixo envolvimento. A criação de uma cultura para inovação, portanto, é essencial para que o empresariado enxergue valor na inovação, como forma de trazer ganhos competitivos para a empresa”, diz Fabian Salum, professor do Núcleo Bradesco de Inovação e coordenador do estudo.
A pesquisa mostra que somente 2,01% do faturamento anual das empresas consultadas são investidos em atividades de inovação.

Fonte: Estadão.com.br

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Lei da Informação é um golpe na burocracia

Um novo Brasil, mais aberto, mais rigoroso na prestação de contas e menos burocrático, pode surgir a partir da Lei de Acesso à Informação que entrou em vigor na quarta-feira 16. Ela diz, em resumo, que os dados contidos em órgãos públicos estão disponíveis para quem quiser vê-los. Há exceções: os ultrassecretos assim permanecerão por 25 anos, prorrogáveis por mais 25; os secretos, por quinze anos; e os reservados, por cinco anos. No mais, basta ao cidadão verificar as informações na internet (e a maioria tem de estar), ou solicitá-las no Serviço de Informações ao Cidadão (SIC), que passará a existir em todas as repartições públicas do país e também será oferecido em cada site oficial — o da Coordenadoria-Geral da União (www.acessoainformacao.gov.br) reúne todos eles. Os pedidos têm de ser atendidos num prazo máximo de trinta dias. Com a nova lei, o Brasil se torna o 92º país do mundo a reconhecer que informações guardadas pelo estado são um bem público (o primeiro foi a Suécia, em 1776). "É um grande avanço da democracia na medida em que permite às pessoas vigiar e cobrar o governo", diz o economista Maílson da Nobrega. O prazo de 180 dias para os órgãos se prepararem já venceu e só o Executivo está adiantado (mas não pronto). Cabe agora ao Ministério Público cobrar a implementação das mudanças em estados e municípios. Algumas das mais importantes são:
- A remuneração de todos os servidores públicos (nome, cargo e salário) terá de constar do site de cada órgão na internet. O Executivo já divulgava o salário de parte dos servidores e se prepara para abrir o que falta. O Legislativo resiste, alegando razões de segurança pessoal e de privacidade. O Judiciário vai se manifestar em sessenta dias. Estados e municípios, com a honrosa exceção da prefeitura de São Paulo, ainda estão na estaca zero nesse quesito.
- Todas as pessoas terão acesso a contratos (valores, prazos e empresas envolvidas) e contas (utilização de recursos, licitações, inspeções, auditorias) públicas. Por enquanto, só o Executivo está se preparando para disponibilizá-los. Quando for regra geral, porém, qualquer um poderá, por exemplo, verificar o valor das diárias em viagens oficiais.
- Qualquer pessoa terá acesso a todo tipo de documentação, sua e dos outros, desde que não infrinja a segurança nacional, o segredo de justiça e a privacidade. Detentores de passaporte diplomático, por exemplo, serão conhecidos por quem quiser se informar.
- Os votos dos diretores do Banco Central que formam o Comitê de Política Monetária (Copom) serão nominais. De posse dessa informação, quem acompanha de perto a economia saberá a posição de cada um no órgão e o nível de divergências. No Legislativo, porém, as sessões secretas são garantidas por lei e continuarão a existir.
- As fundações e as ONGs que recebem recursos públicos terão de divulgar todos os dados de convênios, contratos, parcerias e acordos com o governo.
- Os hospitais públicos terão de fornecer a relação dos médicos com as suas especialidades e horários de trabalho. Isso evita que um cidadão passe horas ou dias em busca de atendimento.
- Os sites dos ministérios passarão a divulgar o nome de todos os beneficiá­rios de seus programas, como o Bolsa Família e o ProUni. Dessa forma, a própria população poderá ajudar a fiscalizar a existência de irregularidades na distribuição dos benefícios.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Profissional multisentidos ganha peso no mercado

As empresas estão cada vez mais buscando o profissional multisentidos. O termo, usado pela Deep - Desenvolvimento e Envolvimento Estratégico de Pessoas, define o profissional disposto a aproveitar ao máximo as oportunidades de desenvolvimento de negócios e carreira que surgem em sua vida.
“É aquele que possui visão a longo prazo, identifica oportunidades de relacionamento e é leal; que possui audição com atenção para conseguir construir contextos e criar conexões; que possui tato para lidar com o outro, seja ele cliente, parceiro, fornecedor ou colega; que possui olfato para sentir novas oportunidades ou identificar riscos e que tem paladar para aproveitar as oportunidades que aparecem no dia a dia, que saiba transformar o que muitas vezes é deixado de lado em joias de gestão”, explica Juliana Almeida Dutra, diretora executiva da Deep, que trabalha anualmente com o desenvolvimento de competências de mais de cinco mil profissionais de todas as idades e momentos de carreira.
Ainda segundo ela, a falta de qualificação profissional e o despreparo para os mais simples procedimentos que envolvem o ambiente de trabalho podem atrofiar os processos da estrutura funcional e sobrecarregar funcionários mais experientes, gerando um quadro de estresse maléfico para trabalhadores e empregadores.
“As empresas estão sentindo falta daquilo que chamamos de funcionário multisentidos. Não aquele que faz tudo, mas o que consegue desempenhar o seu papel cobrindo competências técnicas e comportamentais sem deixar espaços sem preencher fazendo com que seu colega mais disposto, dedicado e/ou experiente precise cobrir espaços necessários para garantir o crescimento sustentado da empresa", diz.
"Isso tem sobrecarregado muitos bons profissionais, fazendo com que a carga horária de trabalho muitas vezes seja duplicada gerando um grande problema para as empresas de reconhecimento, versus manutenção de estrutura de cargos e salários, versus equiparação de funções com o mercado de trabalho”.
Segundo Juliana, o que se vê no mercado de trabalho são muitos casos de acomodação em relação ao tema, consequência da grande oferta de vagas no Brasil, o que faz com que funcionários mudem de um emprego para outro ao menor sinal de obstáculo no serviço atual.
“Parece uma constatação corriqueira, mas é um fenômeno que vem se arrastando e que, em breve, apresentará impacto desastroso no mercado de trabalho. Todo mundo espera já começar no topo e, ao se deparar com a realidade, cria-se uma frustração imediata", diz.
"Ao invés de desenvolver-se para superar obstáculos, grande parte das pessoas desiste e passa o seu tempo de desenvolvimento buscando novas vagas. Isso acaba impactando na grande preocupação que se vê por parte dos empregadores e na enorme falta de motivação que se constata entre os empregados. As empresas e profissionais estão precisando de alinhamento em relação às suas expectativas e trabalhar em programas fortes de comunicação e envolvimento”, alerta.
A especialista cita alguns perfis aparentes hoje no mercado:
- iniciantes que não são comprometidos e que, ao menor sinal de esforço para se desenvolverem, mudam ou não se importam com sua carreira;
- profissionais que tentam se esforçar, mas não sabem o caminho e precisam de gestores preparados para desenvolvê-los. Há gestores que não estão preparados, alguns que se empenham em desenvolver suas equipes e ainda os que estão resolvendo e colocando a mão na massa pelas falhas dos outros e desempenhando dois ou três papéis;
- os que se sobressaem porque são bons e esforçados, mas estão estafados por trabalhar para suprir a demanda dos que não o fazem;
- os confusos, que são aqueles de boa intenção, mas que não conseguem se adequar ao ambiente corporativo.
- profissionais e empresas alinhados, trabalhando em total harmonia.
Na avaliação da especialista, para conciliar as diversas situações e buscar soluções adequadas para cada variável, além de identificar e desenvolver o profissional multisentidos, é necessário realizar uma mudança e um alinhamento cultural, de expectativas e sonhos de futuro, de desenvolvimento de sentidos e de harmonia da comunicação interna.
"Diversas empresas, em vez de buscar programas de desenvolvimento completos, buscam treinamentos únicos e pontuais. Mas estes pontos somente são possíveis através de programas conjuntos de desenvolvimento, com periodicidade, e que trabalhem com foco em parceria”, finaliza Juliana.

Fonte: Canal Executivo

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Projeto permite abrir empresa pela internet

A partir de junho, será possível abrir uma empresa pela internet. Um piloto do projeto Integrar será implantado no Distrito Federal e em oito estados: Sergipe, Paraná, Rondônia, Roraima, Tocantins, Ceará, Pará e Paraíba. A iniciativa abre caminho para a implantação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) em todo o país.
O Integrar é uma parceria entre o Sebrae, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Junta Comercial de Minas Gerias. O projeto é uma adaptação do Minas Fácil, iniciativa que simplificou a legalização de empresas no estado. “O projeto segue as regras para abertura e funcionamento de negócios validadas pelo Comitê Gestor da Redesim, que são mais simples, operadas de forma eletrônica”, explicou a gerente-adjunta de Políticas Públicas do Sebrae, Inês Schwingel.
“Enquanto o Banco Mundial aponta que o tempo médio para abertura de empresas no Brasil é de 152 dias, em Minas Gerais é de até 9 dias”, explicou Alex Francisco de Oliveira Barbosa, diretor da Junta Comercial de Minas Gerais. Ele participou, nesta quarta-feira (16), do II Encontro Nacional da Rede Sebrae de Políticas Públicas, em Brasília.
O evento reúne cerca de 60 gerentes e analistas do Sistema Sebrae. O objetivo é alinhar ações para o desenvolvimento das estratégias estabelecidas pela instituição. Entre os objetivos da iniciativa está a implantação em todo o país da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06). "Vamos trabalhar com metas, objetivos claros visando implementar medidas em favor dos pequenos negócios, a exemplo do acesso às compras governamentais e da  desburocratização para abertura e funcionamento de empresas previsto na Redesim”, disse o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick.
O grupo trabalha ainda para resolver a questão da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) por substituição tributária. Empresários reclamam que, na prática, o mecanismo anula a redução do tributo pelo Simples. A Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional propõe uma alteração na Lei do ICMS (Lei 87/06) para resolver o problema. O deputado Pedro Eugênio (PT/PE) confirmou para o dia 5 de junho uma reunião com o comitê Gestor do Simples Nacional e representantes do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para tratar do assunto.

Fonte: Agência SEBRAE de Notícias

O desafio de lidar com uma equipe de três gerações

Marcos Vinicius Cascino tem apenas 32 anos e gerencia 600 funcionários como presidente da mantenedora do Centro Universitário Ítalo Brasileiro. É uma equipe diversificada, que engloba desde aprendizes até professores com Ph.D. Marcos também tem, como clientes, alunos de 18 a 50 anos de idade. Já são 14 anos desde que começou sua carreira na instituição, aos 18 anos, como coordenador da área de marketing e uma equipe de apenas três pessoas. O segredo, aponta, é realizar um trabalho cooperativo e, principalmente, saber ouvir. “Todos se complementam. Vejo que o jovem chega com pontos de vistas diferentes e quer inovar, mas se não for conduzido de forma experiente, esta energia se dissipa”, comenta Marcos. “Por outro lado, funcionários com mais idade têm vivência do que deu certo ou errado. Por isso, sempre busco colocar as pessoas para trabalharem juntas. Não desprezo nenhuma delas.”
No início do trabalho em sua atual função, Marcos teve que apresentar resultados rápidos e lidar com características pessoais e próprias de sua geração, como a impulsividade. O executivo lembra que teve que encarar o preconceito e a desconfiança dos funcionários mais velhos e buscar ouvi-los para amadurecer ideias. “Muitos jovens saem da faculdade já se sentindo donos da verdade e transmitem arrogância. Isto é um erro. Por mais inovador que seja o meu ponto de vista, é sempre bom conciliá-lo com experiências.” O vice-presidente das Américas da consultoria de recursos humanos Right Management, Bram Lowsky, aponta que o desafio de lidar com uma equipe diversa é maior agora. “Somos mais multigeracionais do que nunca e o gestor tem que entender cada faixa etária.
Enquanto os mais velhos trabalharam para apenas uma companhia em toda a sua carreira e estão acostumados com promoções, os mais jovens vão ter pelo menos 15 empregos durante sua vida profissional”. É necessário, portanto, que o gestor saiba lidar com estes ritmos e valores diversos. “A geração de profissionais mais velhos está acostumada com hierarquia e não sabe lidar com autonomia. Já os mais jovens querem autonomia, mas não têm experiência em tomar decisões difíceis”, diz Zuca Palladino, gerente da divisão de vendas da consultoria de recursos humanos Michael Page. A solução, aponta a consultora da Right Sueli Aznar não é competir e confrontar, mas, sim, buscar colaboração. Os mais velhos, por exemplo, podem ter uma posição de mentor, principalmente se atuarem como gestores. “Eles devem buscar um comportamento mais ponderado para desenvolver a nova geração e até mesmo repensar hábitos, como doar a vida ao trabalho.
É necessário impor limites à jornada buscando maior qualidade de vida, algo visto frequentemente entre os profissionais mais jovens.” Os mais novos, por sua vez, devem aceitar essa parceria para maturar ideias e decisões. “Eles são ligados em tecnologia, têm boa formação e sabem lidar com grande quantidade de informação, mas são imaturos ao lidar com pessoas. Eles têm que entender que o mais velho pode ser um grande conselheiro, independentemente da posição, que pode até ser um cargo abaixo do dele”, completa Sueli. Neste processo, o ideal é não sobrecarregar ninguém, aponta Palladino. “Não se deve colocar apenas tarefas operacionais ou apenas estratégicas para determinado funcionário. As pessoas hoje buscam um bom ambiente de trabalho. A rigidez não tem mais espaço.”

Fonte: Brasil Econômico

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Brasil cortará impostos sobre energia para estimular economia

A presidente Dilma Rousseff planeja reduzir e simplificar os impostos pagos pelos produtores e distribuidores de eletricidade, disseram dois importantes funcionários de seu governo à reportagem, como parte de uma estratégia para reduzir os elevados custos dos negócios no Brasil e estimular a economia em crise.

O Brasil está à beira de uma recessão desde a metade de 2011, com impostos altos, uma taxa de câmbio supervalorizada e outros problemas estruturais pressionando uma economia que vinha sendo uma das mais dinâmicas entre os mercados emergentes.

Nos últimos meses, a presidente anunciou cortes de impostos direcionados a setores estagnados, como a indústria automobilística, adotando uma abordagem gradual de reforma que atraiu críticas de investidores, para os quais mudanças mais drásticas são necessárias.


Mas os funcionários de seu governo, que pediram que seus nomes não fossem citados, disseram que os cortes nos impostos das empresas de eletricidade provavelmente seriam os mais abrangentes até o momento.

Eles afirmaram que Dilma Rousseff deve anunciar os planos nas próximas semanas. O Brasil tem o terceiro mais alto custo de energia do mundo, e por isso Rousseff está tentando aliviar a situação tanto dos consumidores quanto de empresas em setores como o siderúrgico e o petroquímico.

Estudos internos do governo sugerem que, a depender de que impostos sejam cortados, os custos de eletricidade poderiam cair em entre três e 10 por cento, a partir do começo de 2013, segundo as autoridades.

Isso teria impacto mensurável sobre a inflação, e assim ajudaria os esforços da presidente para forçar uma baixa nas taxas de juros brasileiras. Um dos funciónários disse que o governo está ciente de que os impostos no Brasil são absurdos e, portanto, procura-se fazer algo a respeito.

Dilma provavelmente não imporá os cortes por decreto-lei, e por isso terá de negociá-los com o Congresso e outros grupos.

Ela planeja usar sua elevada popularidade a fim de forçar cortes nos impostos federais e estaduais, com atenção especial à eliminação de tributos sobrepostos ou difíceis de calcular, disseram os funcionários.

O código tributário brasileiro é tão complexo que uma companhia média gasta 2,6 mil horas anuais calculando quanto deve em impostos, de acordo com o estudo Doing Business, um relatório anual do Banco Mundial. Isso é quase 14 vezes mais tempo do que é necessário para declarar impostos nos Estados Unidos, e de longe o maior tempo entre os 183 países pesquisados pelo banco.

O outro funcionário disse que o foco é tanto simplificar os impostos quanto reduzi-los.

O setor de eletricidade brasileiro inclui estatais como a Eletrobras e multinacionais como a AES e GDF Suez.

Custos são problema para empresa

Os preços da energia elétrica são um fator importante do chamado “"custo Brasil" -a mistura de impostos, altas taxas de juros, custos trabalhistas, gargalos de infraestrutura e outras questões que fazem com que a economia do país seja menos competitiva.

Depois de uma década de forte desempenho, o Brasil cresceu abaixo da média latino-americana tanto em 2011 quanto até agora este ano.

O custo médio de eletricidade no Brasil, de 180 dólares por megawatt/hora, só é mais alto na Itália e Eslováquia, de acordo com estudo de 2011 da FGV (Fundação Getúlio Vargas), com base em dados da AIE (Agência Internacional de Energia).

O alto custo da eletricidade contribuiu para uma estagnação do investimento e produção nos setores que empregam energia intensamente.

A despeito do recursos brasileiros de bauxita e alumina, nenhuma fundição nova de alumínio foi instalada no Brasil depois de 1985, e duas fecharam, o que manteve estagnada a produção, de acordo com o estudo da FGV. A pesquisa constatou que a eletricidade responde por 35 por cento dos custos de produção do setor -"uma proporção insana".

Estratégia com bancos

As táticas de Dilma Rousseff são semelhantes às que usou para reduzir as taxas de juros nos últimos meses -um dos pilares de sua estratégia para reduzir o "custo Brasil".

Seu governo congelou bilhões de dólares em gastos, o que permitiu que o banco central baixasse a taxa de juros de referência em 3,5% desde agosto. Quando bancos privados hesitaram em reduzir os juros ao consumidor, Rousseff e outras autoridades os criticaram publicamente por terem alguns dos maiores spreads do mundo.

Os bancos estatais então anunciaram juros mais baixos, levando os bancos privados a ceder e fazer o mesmo.

Essas táticas causaram fricção entre Dilma e alguns membros da classe empresarial, especialmente executivos bancários que a acusam de tentar intimidar o setor privado.

Os funcionários dizem que a presidente está usando as melhores ferramentas de que dispõe para restaurar a competitividade. O Congresso bloqueou os esforços de reforma tributária geral de seu predecessor, e ela acredita que a única alternativa politicamente viável é avançar setor por setor.

Quando visitou a Índia, em março, a presidente disse estar consciente de que o Brasil precisa reduzir seus impostos.

— O que fiz foi tomar pequenas medidas que, somadas, criam maiores incentivos tributários, o que é fundamental para o crescimento do país.

Fonte: R7

Por que os nossos executivos são mais equilibrados que os outros

O equilíbrio entre vida pessoal e profissional avançou no Brasil nos dois últimos anos, ainda que a carga de trabalho tenha crescido e quase metade dos profissionais ainda não esteja plenamente feliz com o tempo disponível para cuidar de assuntos pessoais. É o que aponta pesquisa da consultoria de soluções para o ambiente corporativo Regus, feita com 16 mil profissionais em mais de 80 países, entre eles 419 no Brasil. Esse equilíbrio aumentou 45 pontos entre 2010 e 2012 e atingiu 151 pontos, acima da média global, de 124 pontos. O resultado são profissionais satisfeitos: 81% gostam mais do seu trabalho hoje do que em 2010. Para Guilherme Ribeiro, diretor geral da Regus no Brasil, este aumento está relacionado ao momento econômico do país. “As empresas crescem e passam a oferecer um local de trabalho mais adequado, maiores salários ou condições mais flexíveis, como a opção de trabalhar de forma remota”, aponta. Levantamento da consultoria global de gestão de negócios Hay Group com profissionais de recursos humanos de 83 empresas pertencentes a 30 setores aponta que 35,7% estão investindo em programas de qualidade de vida e 13,1% em jornadas flexíveis para reter talentos. Por outro lado, ainda há espaço para desenvolvimento. Quando se trata da quantidade de tempo disponível para passar tempo com a família ou cuidar de assuntos pessoais, 51% dos entrevistados estão satisfeitos, número abaixo da média global. Além disso, 73% tomaram para si obrigações adicionais durante desde 2010 que ainda não foram delegadas para novos funcionários ou membros da equipe. Mais de 50% apontam que passam mais tempo trabalhando agora do que em 2010. “O Brasil ainda tem uma carga horária extremamente elevada se comparada ao restante do mundo”, aponta Ribeiro. “Porém, as pessoas estão satisfeitas com mais tarefas porque vieram acompanhadas por maiores salários, reconhecimento e possibilidade de ascensão na carreira. Portanto, isso não é encarado de forma negativa, mas como uma oportunidade”, completa. Na pesquisa, 83% afirmam que tiveram mais conquistas na carreira no período. Gaus Azeredo, 35 anos, gerente regional do Sul e Sudeste da consultoria de recursos humanos Randstad Professionals, divisão com foco em recrutamento de executivos que chega agora ao Brasil, é um exemplo de que, mesmo diante de desafios e grande carga de trabalho, é possível ter mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Seu escritório está localizado na avenida Paulista, na capital, mas ele mora em Vinhedo, no interior do Estado. Diariamente percorre um trajeto de 72 quilômetros, sem contar o trânsito. Mas graças à tecnologia e condições flexíveis de trabalho, consegue trabalhar dois dias por semana em casa, perto da família. “Isso não impede que tenha contato com clientes. Já faço 20% das reuniões via Skype e tenho celular com roteador, com o qual consigo me conectar em qualquer lugar. Poderia ser algo desgastante, mas considero um período prazeiroso da minha vida, de conhecimento”. 

Fonte: Valor Economico

terça-feira, 15 de maio de 2012

Fazenda já tem medidas de incentivo prontas

A equipe econômica está fazendo uma espécie de “marcação a mercado” dos dados econômicos que estão saindo para definir o momento adequado para o anúncio de novas medidas de estímulo. No jargão do mercado financeiro, significa atualizar para o valor do dia o preço dos ativos, mas no intramuros do Ministério da Fazenda, é olhar atentamente, a cada nova divulgação, a evolução de todas as variáveis que interferem no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), inclusive do panorama externo que, segundo o ministro Guido Mantega, será muito delicado neste ano. “A situação atual é de alerta. E isso quer dizer que novas medidas podem ser tomadas a qualquer momento”, disse ao B RASIL E CONÔMICO uma fonte que participa das discussões. A redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota foi reduzida de 3% para 2,5% em dezembro passado é uma possibilidade que pode ser tirada da gaveta. Tudo está sendo feito para não deixar que a economia encerre 2012 “patinando” no ritmo do ano passado (2,7%) e abaixo do seu potencial de crescimento. Já têm início, inclusive, discussões entre os integrantes da equipe de Mantega indicando que será bem complicado alcançar os 4,5% previstos e prometidos à presidente Dilma Rousseff. Nesse sentido, o ideal seria entregar a atividade econômica em dezembro com uma “sensação de 4,5%”, ou seja, indicando um ritmo de expansão dessa magnitude, mas não oficialmente nesse patamar.
Evolução do crédito
Neste momento, a evolução menor das concessões de crédito ganha a atenção na Esplanada. O volume de empréstimos, que está em torno de 15% em 12 meses, é considerado aquém do desejado para ajudar a impulsionar a expansão da atividade econômica para além da marca dos 3%. Por isso mesmo, uma nova medida de incentivo pode vir nessa direção. Mas, tudo vai depender do acompanhamento dos dados econômicos e de conversas que estão ocorrendo com bancos e financeiras sobre as perspectivas para uma retomada mais forte da oferta de crédito, que há menos de dois anos crescia nada menos que 20% na média. “Como mexer no IOF é uma medida de fácil aplicação, é só calcular o percentual de redução, o que pode ocorrer de um dia para outro”, explicou a fonte. Com uma nova rodada de redução do IOF —mesmo que voltada especificamente para o segmento de veículos, que é o mais retraído —, o governo poderia atingir dois objetivos: seria mais um estímulo ao consumo das pessoas físicas e uma contribuição para melhorar o custo financeiro do país, justamente no momento no qual o discurso oficial segue nessa direção. Em 2011, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, passou o ano indicando em seus discursos que o ideal seria uma expansão das concessões entre 13% e 15%. O que mudou? Na avaliação de técnicos, o diagnóstico indica inflação muito arrefecida e economia fraca, o que dá espaço para um crescimento mais acentuado da oferta dos recursos pelos bancos. É preciso contar com o setor privado e com um impulso monetário porque o espaço fiscal está limitado, após todos os incentivos que vem sendo concedidos desde o ano passado. A avaliação é que os benefícios tributários dados na primeira fase do Plano Brasil Maior e do Supersimples já apareceram e que os anunciados na segunda fase ainda não tiveram tempo de maturar. “A ampliação do Simples e o reajuste do salário mínimo é que estão segurando a economia nesse início de ano. Não fosse isso, estaríamos crescendo bem menos”. ¦
 
Fonte: Brasil Econômico

Cresce presença de mulheres em posição de liderança no Brasil

O Brasil aumentou o percentual de mulheres em cargo de liderança, segundo o International Business Report 2012 (IBR) da Grant Thornton International. Os dados revelam que 27% dos cargos de liderança no país são ocupados por mulheres, uma elevação de 3 p.p em relação ao ano passado e superior aos 21% globalmente.
Com esse resultado o Brasil subiu novamente de posição no ranking global. Em 2009, estava na 10ª posição, com 29%, em 2011 ficou na em 21ª lugar e agora em 2012 subiu para 18ª colocação. A média global também registrou elevação de 1 p.p para 21% em 2012.
“É importante que as empresas percebam que ter um balanço entre homens e mulheres no processo de tomadas de decisão traz perspectivas de crescimento. No Brasil isso deve ser mais fácil de notar visto os grandes exemplos que temos de mulheres em cargos importantes, a começar pela presidenta e mais recentemente a troca de comando na maior estatal do país”, diz Madeleine Blankenstein, sócia da Grant Thornton Brasil.
Globalmente, a Rússia conquistou a melhor posição de mulheres em cargo de liderança (46%), seguido da Bósnia, Tailândia e Filipinas (todos com 39%), Geórgia (38%) e Itália (36%). Os países com a menor classificação no ranking são Japão com apenas 5% das mulheres em cargos de liderança. Alemanha (13%), Índia (14%), os Emirados Árabes e a Dinamarca (ambos com 15%) e os Estados Unidos (17%).
Regionalmente, o destaque para as mulheres nas empresas é na Zona do Euro com 25% das mulheres liderando nas companhias, 6 p. p a mais que no ano anterior. Na América Latina e nos BRICs, 22% e 26% respectivamente, das mulheres ocupam cargos de liderança, uma ligeira queda em relação a 2011 (ambos 1 p.p).
A maior parte das mulheres em cargo de liderança no Brasil está na área de Recursos Humanos (16%). Essa mesma tendência acontece na China onde 41% dos cargos de lideranças em RH são ocupados por mulheres e França (37%). As brasileiras se destacam também no segmento financeiro como Diretora (15%) e Chief Financial Officer (CFO) (13%) e na área de vendas (13%).
No Brasil, apenas 3% dos cargos de Chief Executive Officer (CEO) são exercidos por mulheres, abaixo da média global de 9%. O cenário é bem diferente de países como Austrália (30%), Tailândia (29%) e Itália (20%), países onde as companhias têm mais de um quarto das posições de CEO sendo ocupadas por mulheres. O percentual de mulheres brasileiras que ocupam posição de sócia caiu para 6%.

Fonte: Canal Executivo

Brasil é destaque em compra por celular

O brasileiro está se tornando um dos usuários mais ativos do mundo em serviços como buscas, visualização de vídeos e compras por meio de smartphones.
A conclusão é da pesquisa "Our Mobile Planet", realizada pelo Google, em parceria com o instituto Ipsos, em 40 países. Pela primeira vez, o Brasil foi incluído no estudo, que ouviu mil usuários do aparelho no país.
Embora a penetração de smartphones no Brasil, de 14%, ainda seja menor que em países como Argentina e México, a base de usuários desses aparelhos -de cerca de 27 milhões- já é maior que a da Alemanha.
Além disso, para determinadas funções, os brasileiros já utilizam mais o aparelho que europeus e americanos.
Segundo a pesquisa, 31% dos usuários de smartphones já fizeram alguma compra por meio do aparelho, índice maior que o verificado entre franceses e alemães, onde a penetração ao menos o dobro da registrada no Brasil.
Pelo menos 80% também afirmaram que fazem pesquisa de produtos e de serviços no celular; 66% costumam realizar as buscas dentro de uma loja física.
"Isso representa uma mudança tremenda no processo de compra, uma informação fundamental para as empresas", diz Peter Fernandez, diretor de publicidade móvel do Google América Latina.
Ainda de acordo com a pesquisa, 73% dos brasileiros dizem não sair de casa sem o aparelho.
A utilização ocorre principalmente em casa e no trabalho, mas também em restaurantes (69%), no trânsito (64%) e no transporte público (60%).
MAIS BARATO
Com a diversificação da oferta de smartphones -hoje são cerca de 160 modelos no mercado, o dobro do ano passado-, a tendência é que aumente o número de usuários dos serviços "mobile".
"A diminuição dos preços tem tornado os dispositivos de tecnologia cada vez mais acessíveis para o brasileiro", acrescenta Attila Belavary, analista da consultoria IDC.
 
Fonte: Folha de S.Paulo

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quando a culpa é do dono

Sabe aquela meta de vendas que apesar de não ser nada demais, entra mês e sai mês continua lá, distante de ser alcançada? Ou aquele funcionário de semblante pesado, que a despeito de todo o seu interesse e esforço permanece desmotivante e desmotivado? Pois bem, para alguns especialistas, as raízes para esses problemas podem não estar necessariamente dentro do departamento comercial, que anda pouco inspirado na abordagem aos cliente, ou na cabeça do empregado, que parece mal humorado por natureza. Para eles, quando alguma coisa vai mal dentro de uma empresa, a culpa – quase sempre – está com o empreendedor, o dono do negócio.

Para quem acha a tese acima pouco crível, o professor da Fundace Business School, Gilberto Tadeu Shinyashiki, logo rebate: “a empresa sempre vai ter a cara de seu dono, tanto para o lado ruim, quanto para o bom”. Para ele, é errado pensar que os problemas do empreendedor não repercutem no desempenho dos funcionários  e no negócio como um todo.O consultor Claudio Diogo, sócio-diretor da Tekaore, especializada em treinamento de equipes comerciais, concorda com Shinyashiki. “Quando um adolescente dá muito trabalho, eu costumo dizer que, não é apenas ele que está errando, mas seus pais também. Falta alguma coisa dentro de casa que justifique aquele comportamento. Em uma empresa, seja ela pequena, média ou grande, é igual”, afirma.

Para os dois especialistas, no entanto, pode ser difícil o empreendedor perceber que seus vícios e comportamentos negativos contaminam a empresa. Na expectativa de auxiliar a compreensão desses problemas, eles sugerem cinco dicas com o que consideram os erros mais comuns dentro do universo corporativo. Vale ler o conteúdo e refletir sobre o tema.

“Eu brilho sozinho”
Uma empresa nasce e cresce partindo de uma atitude positiva do empresário. Segundo o consultor  Claudio Diogo, o empreendedor é forjado, geralmente, pela necessidade de resolver um determinado problema  por conta própria. “Chega uma hora que não dá para esperar e você mesmo resolve. É assim que normalmente nasce uma empresa de sucesso, criada a partir de uma ideia original”, afirma. No entanto, ressalta Diogo, o impulso desbravador precisa ceder um pouco no dia a dia dos negócio. O empreendedor de sucesso, destaca o consultor, precisa tomar cuidado para que seu brilho natural não intimide o despertar de novos talentos na equipe. “Tem hora que o empresário precisa apagar um pouco sua luz e criar espaço para o desenvolvimento de uma equipe. A empresa não pode girar em torno de seu dono apenas.”

“Meu negócio sou eu”
Os empresários gostam de dispender energia refletindo sobre planos de crescimento, expansão e, em alguns casos, de pura sobrevivência. Mas fecham os olhos e fazem careta quando a ideia de se desligarem do negócio por eles fundado passa pela mente. Isso, para o professor Gilberto Tadeu Shinyashiki, é o causador de muitos dos problemas dentro da empresa. “Quem prepara a empresa para sua saída, tem outro relacionamento com os funcionários, investidores e o próprio mercado”, diz o especialista. Para ele, ao encarar uma aposentadoria, o empresário é obrigado a formar sucessores e atrair interessados em investir no negócio, que por sua vez vislumbram um plano de longo prazo para a empresa. “Pensar em sair da operação também estimula a competição entre a equipe, que enxerga um plano de carreira dentro da empresa”, afirma.

“Esse é dos meus”
Para o empresário, é mais fácil conviver com funcionários que nutrem pensamentos próximos ao dele do que com uma equipe formada por personalidades divergentes. No entanto, acredite, a diferença é saudável para um negócio, no sentido que instiga o debate e a visão múltipla sobre os desafios corporativos. “Se o dono da empresa  montar uma equipe comercial com base em seu estilo de vendas, vai ter problema. É preciso atrair pessoas diferentes, complementares. Esse é um erro muito comum dentro de pequenas e médias empresas”, afirma Diogo.

“Entramos nos trilhos”
Quem não desconfia do sucesso, corre o risco de ser ultrapassado pela concorrência e ver a empresa se tornar obsoleta. Quem dá a dica é Shinyashiki. O professor ressalta que, na prática, um dos principais problemas dos empresários é não saber quando é o momento de revisar o seu negócio. “É difícil mesmo para o dono da empresas. Ele teve uma ideia legal, montou uma empresa com base nisso, sofreu para se solidificar, cresceu e chegou lá. É muito duro, nesse momento, criticar e encarar a ansiedade de começar novamente. Mas esse é um exercício que deve ser cotidiano, tocado de tempos em tempos”, destaca.

“Faz um vale aí”
Olhar um negócio da perspectiva em que ele se apresenta, às vezes pode causar algumas ilusões. Para Shinyashiki, o empresário precisa levantar a cabeça e passar a observar o mundo por outro patamar. Assim, não corre o risco de, por exemplo, não perceber que a empresa cresceu, o que requer do dono uma nova postura, principalmente com os seus colaboradores. “Quer ver um exemplo de empresário que não percebe que a empresa cresceu? É quando o gerente financeiro estabelece uma série de normas para o departamento, cria métricas, implementa fluxo de caixa,  sistemas, e, um belo dia, no final do expediente o empresário bate no balcão e diz: 'faz um vale de R$ 500 que vou viajar neste final de semana'. Esse empreendedor não entendeu que a organização precisa que ele faça coisas diferentes agora”.

Fonte: Estadao.com.br

Jovens brasileiros apostam na carreira de empreendedor social

O ano era 2006. Tiago Dalvi começou a reparar no talento dos artesãos brasileiros, que criavam produtos de qualidade a preços competitivos. O único problema é que eles não faziam ideia de como vendê-los. Assim nasceu a empresa social Solidarium Comércio Justo, que leva produtos artesanais para grandes redes varejistas.
Dalvi, 26 anos, lembra as dificuldades no início do empreendimento. "Comecei com aquela intenção inocente de mudar o mundo, tropecei muito mas aprendi com os erros", relata. O primeiro alvo do empreendedor foi a rede Walmart. Foram precisos seis meses para que ele conseguisse passar da secretária. Um dia, um dos diretores ligou para marcar uma reunião. Dalvi encheu duas malas de produtos e foi correndo para o encontro. Em um primeiro momento, conseguiu vender apenas para uma loja, depois passou a negociar com 56. "Foi uma vitrine que ajudou a abrir portas", afirma. A Solidarium ganha uma comissão de 10% sobre cada transação e faturou R$ 450 mil no ano passado.
Não é ONG. Não é filantropia. A empresa social tem CNPJ como outra qualquer, paga impostos e dá lucro. Na verdade, em alguns casos, muito lucro. Os empresários do setor explicam que é importante se manter sem o apoio financeiro do governo ou de terceiros. A independência é a maneira mais eficaz de fazer a diferença em larga escala - uma das principais características desse tipo de negócio - e de forma sustentável.
As empresas sociais avançam em ritmo acelerado no mundo todo. Em países europeus e nos Estados Unidos, já há quem diga que em pouco tempo todas as companhias nascerão híbridas, isto é, terão a vocação social em sua essência. Muitos dos especialistas e profissionais que trabalham no setor criticam o fato de a área de responsabilidade social das empresas ser separada, como se fosse um apêndice e não uma parte efetiva do negócio.
O Brasil surge como uma referência do setor, na visão de especialistas, e com uma característica peculiar: por aqui, as empresas sociais são comandadas por jovens. Entre os donos de negócios tidos como promissores, há pessoas com 20 e poucos anos. "O país possui gente bem formada e talentosa. Além disso, tem muitos desafios sociais para superar", afirma Daniel Izzo, sócio da Vox Capital, fundo de venture capital que só investe em negócios de impacto social.
No exterior, Dalvi está fazendo história. A Solidarium foi eleita uma das cinco maiores inovações do mundo para o desenvolvimento socioeconômico. Ela concorreu com 900 negócios de 83 países em uma competição da Fundação eBay em parceria com a Ashoka.
O empresário enxerga longe. "Depois de mudar a realidade dos nossos artesãos e de outros da América Latina, vamos expandir o negócio para a China e a Índia, que enfrentam problemas parecidos. Em 2013, estaremos lá fora", garante Dalvi.
Izzo, da Vox, comenta que o que chama mais atenção é que esta geração "não acha esquisito unir impacto social com lucro". Eles têm ainda uma vantagem em relação às gerações anteriores - o ambiente propício ao empreendedorismo. Com a estabilidade da economia brasileira, eles podem se dar ao luxo de buscar menos segurança no início da carreira e fazer algo que dê sentido às suas vidas. "Os jovens cada vez mais unem o trabalho a um propósito", afirma Izzo.
O investidor lembra ainda que crescem os eventos de empreendedorismo social, os mentores, os fundos de investimentos e as aceleradoras- empresas que fazem um trabalho parecido com as incubadoras, a diferença é que seu foco está no desenvolvimento do modelo de negócio.
O próprio Daniel Izzo tinha 32 anos quando criou a Vox, em 2009. Mas a história começou mesmo quando ele tinha 28, trabalhava na Johnson & Johnson como gerente de produto de Sundown e teve uma crise de origem profissional. "Eu não tinha como métrica aumentar o número de pessoas que se beneficiavam do protetor solar, e sim o lucro. Mas acho que a finalidade dos negócios deve ser tornar a vida melhor", afirma.
Um dos negócios de impacto social no portfólio da Vox Capital é o Banco Pérola, que concede microcrédito a jovens excluídos do sistema financeiro. Alessandra Gonçalves de França, diretora-presidente da entidade, cuja sede fica na cidade de Sorocaba, em São Paulo, tinha 16 anos quando leu o livro "O banqueiro dos pobres", de Muhammad Yunus. Nele, o pai do microcrédito, que em 2006 ganhou o prêmio Nobel da Paz, relata a criação de um banco para emprestar dinheiro à população carente. "Encantei-me com a história de Yunus", afirma a empreendedora.
O Banco Pérola é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que funciona sob a coordenação dos Ministérios da Justiça e do Trabalho e Emprego, no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado.
O modelo de negócio do Pérola surgiu a partir de uma pesquisa, que mostrou que 3,9 milhões de jovens no país sonham em empreender, mas não têm acesso a crédito. A vocação de Alessandra para o empreendedorismo social surgiu cedo, já que ela trabalha no terceiro setor desde os 15 anos. Hoje ela coleciona casos que graças a ela tiveram desfechos positivos. "Por exemplo, dois jovens que catavam lixo nas ruas para reciclar tomaram um empréstimo conosco e atualmente ganham R$ 10 mil por mês com uma empresa de reciclagem", conta.
Tony Marlon, 24 anos, também optou pela carreira de empreendedor social. Em 2011, fundou no bairro de Campo Limpo, na periferia de São Paulo, a Escola de Notícias, uma produtora sociocultural que trabalha com a formação de jovens em comunicação e geração de conteúdo. "Pedi demissão dos dois empregos, comprei três computadores, uma filmadora e transformei a casa dos meus pais em sede", conta. "Para mim, a comunicação tem três papéis fundamentais: informar, inspirar e mobilizar."
O próprio Marlon conseguiu se formar e trabalhar por conta de projetos sociais dos quais participou. "O que me faz levantar todos os dias é a possibilidade de fazer de fato algo para mudar as coisas", afirma.
 
 
Fonte: Valor Econômico
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