O fenômeno de expansão do poder de compra da classe C é algo bastante
conhecido no Brasil. Mas você sabia que a classe média foi responsável
por movimentar R$ 1 trilhão na economia nacional em 2011? Além disso, de
acordo com dados divulgados recentemente pelo Sebrae, esse grupo de
consumidores já possui metade dos cartões de crédito em operação no
País.Por isso, não tem jeito: o dono de um pequeno empreendimento precisa
olhar para esse público e, mais do que isso, definir uma estratégia para
conquistá-lo e cativá-lo. Sai na frente o pequeno negócio que já atua
no ramo de serviços. De acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do
instituto Data Popular, especializado nesse público, a cada R$ 100
gastos pela classe média, R$ 65,20 são desembolsados para a contratação
de serviços e R$ 34,80 para a compra de bens. De acordo com ele, os
serviços de turismo e beleza são os mais demandados por esse público.
Mas é preciso cuidado. Antes de focar neste público, o pequeno
empresário precisa ter algumas informações: o consumo não significa para
a classe C o mesmo que para a elite. O consumo, de acordo com Renato
Meirelles, é visto como investimento, não como objeto de ostentação.
Além disso, o pequeno empresário deve estar atento ao potencial
do consumo virtual na rotina das classes mais baixas. De acordo com a
Agência Sebrae de notícias, dos 31 milhões de brasileiros que fizeram
compras pela internet em 2011, mais da metade (56%) estão nas classes C,
D e E. "O pequeno varejo consegue construir e manter uma imagem na
internet", afirma Romero Rodrigues, um dos fundadores do Buscapé.
Crescimento
E a expansão da classe C no País deve continuar a ocorrer em ritmo
acelerado. De acordo com estudo elaborado pelo instituto Data Popular,
58% da população pertencerá à classe C em 2014. Hoje, 54% dos
brasileiros se enquadram nesse estrato social que, segundo critérios do
levantamento, reúne famílias com renda média de R$ 2.295.
“Os padrões de consumo dessa nova classe C não serão iguais
aos de hoje. Há uma mudança em andamento”, avisa Wagner Sarnelli, sócio
do Data Popular, especializado em pesquisas de consumo. “Portanto, a
empresa que quiser vender para esse público deve entender bem seus
códigos e seus valores para se comunicar corretamente.”
Fonte: Estadão.com.br
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